Prover-nos de bons exemplos é       uma abordagem pela qual o Senhor decidiu instilar em nós um  sentido de       sermos bons modelos. Exemplos são efetivos para inspirar-nos a  fazer uma       mudança. Por exemplo, se um amigo acabou de perder cem reais,  pode-se       raciocinar: "Se ele pôde perder cem reais, certamente poderei  perder       meus cinqüenta." Exemplos bíblicos não estão registrados       meramente para serem leitura interessante; eles foram escritos  para nosso       aprendizado (1 Coríntios 10:11). A história de José na casa de  Potifar       registrada em Gênesis 39:1-12 provê algumas lições interessantes.
No versículo 2, o  texto       afirma: "O Senhor era com José que veio a ser homem  próspero..."       Ainda que isto se refira a tornar-se materialmente próspero, José  era       também, certamente, bem sucedido espiritualmente. Uma das lições  que       pode ser aprendida conforme a história se desenvolve é que até  mesmo       uma pessoa espiritualmente bem sucedida não está isenta da  tentação.       Paulo adverte: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja  que       não caia" (1 Coríntios 10:12). Precisamos estar sempre em       guarda contra as manobras de Satanás.
       "O  Senhor abençoou a       casa do egípcio por amor de José"       (versículo 5). Uma segunda lição a ser       aprendida é que até mesmo aqueles que estão fora do Senhor podem  ser       abençoados simplesmente por terem algum contato com aquele que  está no       Senhor. O trabalhador eficiente e bem apessoado pode ser  instrumento útil       para levar muitos a Cristo. A esposa crente que é casada com um  descrente       pode ter uma profunda influência para sempre sobre seu esposo (1  Pedro       3:1-2). Os cristãos orarão freqüentemente por não cristãos, até       mesmo por inimigos. A influência de quem está no Senhor transcende  o círculo       somente de cristãos.
José era  "formoso       de porte e de aparência" (versículo 6). Uma terceira lição       é que traços que o mundo estima podem tornar-se pedras de tropeço  para       aqueles que os possuem. Por exemplo, um jovem e bem apessoado  zagueiro que       está convencido de que é uma dádiva de Deus à humanidade, ou a  moça       bonita que se considera superior a outros tem uma visão confusa de       prioridades. É óbvio, pelo texto, que José não permitiu que sua  boa       aparência fizesse-o tropeçar. Se você é uma pessoa que foi  abençoada       com uma aparência atraente, dê graças a Deus por ela mas não  tropece       por causa dela. Permaneça sempre humilde como nosso Senhor foi  humilde.
José perguntou,  piedosamente,       "...como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria  contra       Deus?" (versículo 9). Um desserviço a um companheiro é,       antes de tudo, um desserviço a Deus. Quando Natã expôs o pecado de  Davi       com Bate-Seba, a resposta do rei foi: "Pequei contra o       Senhor" (2 Samuel 12:13). Mais tarde, quando Davi estava       recordando seu terrível feito, ele falou para Deus: "Pequei       contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus       olhos" (Salmo 51:4). O pecado de Davi não afetou outros?       Certamente que sim, de vários modos, mas ele afirmou que, com  maior       importância, ele tinha pecado contra seu Deus. Quando o filho  pródigo       recobrou finalmente seus sentidos, ele fez um voto "Levantar-me-ei        e irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e  diante de       ti" (Lucas 15:18). Observe a ordem na qual "céu" e       "diante de ti" aparecem. Que importante lição a ser recordada!       Quando pecamos contra nosso companheiro, primeiro fazemos um  desserviço a       Deus.
Há, ainda, outra lição  a       ser colhida. O registro inspirado informa ao leitor que a esposa  de       Potifar instigou José não uma só vez, mas antes "todos os       dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou seduzi-lo  tanto       quando ele estava fraco como quando ele estava forte. Algumas das  mais       fortes tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os       dias". Para quem está fazendo dieta, não é tanto uma única  refeição       farta que o "arruína," como são as tentações de todos os       dias para apenas mais um bocado. Não admira que a organização dos  Alcoólicos       Anônimos lute para convencer os alcoólatras em recuperação a que  vivam       um dia de cada vez; se eles podem passar um dia sem uma bebida,  isso é um       grande sucesso!
Finalmente, a resposta  de José       à tentação de sua tentadora de impor-se a ele é impressionante.  Uma       palavra descreve a resposta: "fugiu" (versículo       12). José tinha uma escolha: ele poderia ficar e tentar  justificar-se       (pois afinal eram os atos dela e ele não tinha escolha) ou poderia  fugir.       Tem-se que desejar aceitar as conseqüências de seus próprios atos.       Nunca se pode dizer "Ele (ou ela) me obrigou a fazer isto". Ele       pode ter contribuído com a tentação mas ele não o forçou a fazer       nada. Alguns anos atrás, um homem, na praia de Newport, na  Califórnia,       ignorou os sinais que diziam "Perigo! Não mergulhe, água       rasa". Quando ele sofreu sérios danos na coluna vertebral, depois  de       mergulhar na água, ele tentou processar a prefeitura por danos!       Precisamos estar dispostos a aceitar as conseqüências de nossos  próprios       atos.
Estas são algumas  lições       que podem ser aprendidas da história de José na casa de Potifar.  Parece,       contudo, que a lição mais importante a ser aprendida é a pureza  moral.       Honre, glorie e louve a Deus por nos dar este exemplo de pureza  moral para       homens de todas as gerações.
Larry Houchen
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