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11 de ago. de 2011

A Cruz - Paulo Junior




Mateus 16 : 24;25

Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.



        A Centralidade da Cruz

por
James Montgomery Boyce
 
Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. O nascimento de Cristo, por si mesmo, não é a essência do evangelho. Mesmo a ressurreição, embora seja importante no plano geral da salvação, não é o cerne do evangelho. As boas-novas não consistem apenas no fato de que Deus se tornou homem, ou de que Ele falou com o propósito de revelar-nos o caminho da vida, ou de que a morte, o grande inimigo, foi vencida. As boas-novas estão no fato de que Deus lidou com nosso pecado (do que a ressurreição é uma prova); que Jesus sofreu o castigo como nosso Representante, de modo que nunca mais tenhamos de sofrê-lo; e que, por isso mesmo, todos os que crêem podem antegozar o céu. Gloriar-se na Pessoa e nos ensinos de Cristo somente é possível para aqueles que entram em um novo relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus como seu Substituto. A ressurreição não é apenas uma vitória sobre a morte, mas também uma prova de que a expiação foi satisfatória aos olhos do Pai (Rm 4.25) e de que a morte, o resultado do pecado, foi abolida por causa desta satisfação. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho. Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho. O verdadeiro evangelho é aquele que fala sobre o “único Mediador” (1 Tm 2.5-6), que ofereceu a Si mesmo por nós. E, assim como não pode haver um evangelho que não apresenta a expiação como o motivo para a encarnação, assim também sem a expiação não pode haver vida cristã. Sem a expiação, o conceito de encarnação facilmente se degenera num tipo de deificação do homem, levando-o a arrogância e auto-exaltação. E além disso, com a expiação (ou sacrifício) como a verdadeira mensagem da vida de Cristo e, por conseguinte, também da vida do cristão, quer homem ou mulher, esta deverá conduzi-lo à humildade e ao auto-sacrifício em favor das reais necessidades de outros. A vida cristã não demonstra indiferença àqueles que estão famintos e doentes ou têm qualquer outra dificuldade. A vida cristã não consiste em contentar-nos com as coisas que temos, ou com um viver da classe média, desfrutando de uma grande casa, carros novos, roupas finas e boas férias, ou com uma boa formação educacional, ou com a riqueza espiritual de boas igrejas, Bíblias, ensino correto das Escrituras, amigos ou uma comunidade cristã. Pelo contrário, a vida cristã envolve a conscientização de que outros carecem de tais coisas; portanto, precisamos sacrificar nossos próprios interesses, para nos identificarmos com eles, comunicando-lhes cada vez mais a abundância que desfrutamos...Viveremos inteiramente para Cristo somente quando estivermos dispostos a empobrecer, se necessário, para que outros sejam ajudados.


Fonte: Fé para Hoje, Versão Online, Número 8, Ano 2000.


A Finalidade da Cruz
por
Dave Hunt

Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.19b-20).

A ilusão do "símbolo" do cristianismo
Os elementos anticristãos do mundo secular dariam tudo para conseguir eliminar manifestações públicas da cruz. Ainda assim, ela é vista no topo das torres de dezenas de milhares de igrejas, nas procissões, sendo freqüentemente feita de ouro e até ornada com pedras preciosas. A cruz, entretanto, é exibida mais como uma peça de bijuteria ao redor do pescoço ou pendurada numa orelha do que qualquer outra coisa. É preciso perguntarmos através de que tipo estranho de alquimia a rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados se tornou tão limpa, tão glamourizada.
Não importa como ela for exibida, seja até mesmo como joalheria ou como pichação, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo – e é aí que reside o grave problema. A própria cruz, em lugar do que nela aconteceu há 19 séculos, se tornou o centro da atenção, resultando em vários erros graves. O próprioformato, embora concebido por pagãos cruéis para punir criminosos, tem se tornado sacro e misteriosamente imbuído de propriedades mágicas, alimentando a ilusão de que a própria exibição da cruz, de alguma forma, garante proteção divina. Milhões, por superstição, levam uma cruz pendurada ao pescoço ou a tem em suas casas, ou fazem "o sinal da cruz" para repelir o mal e afugentar demônios. Os demônios temem a Cristo, não uma cruz; e qualquer um que não foi crucificado juntamente com Ele, exibe a cruz em vão.

A "palavra da cruz": poder de Deus
Paulo afirmou que a “palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1 Co 1.18). Assim sendo, o poder da cruz não reside na sua exibição, mas sim na sua pregação; e essa mensagem nada tem a ver com o formato peculiar da cruz, e sim com a morte de Cristo sobre ela, como declara o evangelho. O evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16), e não para aqueles que usam ou exibem, ou até fazem o sinal da cruz.
O que é esse evangelho que salva? Paulo afirma explicitamente: “venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei... por ele também sois salvos... que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.1-4). Para muitos, choca o fato do evangelho não incluir a menção de uma cruz. Por quê? Porque a cruz não era essencial à nossa salvação. Cristo tinha que ser crucificado para cumprir a profecia relacionada à forma de morte do Messias (Sl 22), não porque a cruz em si tinha alguma ligação com nossa redenção. O imprescindível era o derramamento do sangue de Cristo em Sua morte como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22); “é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11).
Não dizemos isso para afirmar que a cruz em si é insignificante. O fato de Cristo ter sido pregado numa cruz revela a horripilante intensidade da maldade inata ao coração de cada ser humano. Ser pregado despido numa cruz e ser exibido publicamente, morrer lentamente entre zombarias e escárnios, era a morte mais torturantemente dolorosa e humilhante que poderia ser imaginada. E foi exatamente isso que o insignificante ser humano fez ao seu Criador! Nós precisamos cair com o rosto em terra, tomados de horror, em profundo arrependimento, dominados pela vergonha, pois não foram somente a turba sedenta de sangue e os soldados zombeteiros que O pregaram à cruz, mas sim nossos pecados!

A cruz revela a malignidade do homem e o amor de Deus
Assim sendo, a cruz revela, pela eternidade adentro, a terrível verdade de que, abaixo da bonita fachada de cultura e educação, o coração humano é “enganoso... mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto” (Jr 17.9), capaz de executar o mal muito além de nossa compreensão, até mesmo contra o Deus que o criou e amou, e que pacientemente o supre. Será que alguém duvida da corrupção, da maldade de seu próprio coração? Que tal pessoa olhe para a cruz e recue dando uma reviravolta, a partir de seu ser mais interior! Não é à toa que o humanista orgulhoso odeia a cruz!
Ao mesmo tempo que a cruz revela a malignidade do coração humano, entretanto, ela revela a bondade, a misericórdia e o amor de Deus de uma maneira que nenhuma outra coisa seria capaz. Em contraste com esse mal indescritível, com esse ódio diabólico a Ele dirigido, o Senhor da glória, que poderia destruir a terra e tudo o que nela há com uma simples palavra, permitiu-se ser zombado, injuriado, açoitado e pregado àquela cruz! Cristo “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Enquanto o homem fazia o pior, Deus respondia com amor, não apenas Se entregando a Seus carrascos, mas carregando nossos pecados e recebendo o castigo que nós justamente merecíamos.

A cruz prova que existe perdão para o pior dos pecados
Existe, ainda, um outro sério problema com o símbolo, e especialmente o crucifixo católico que exibe um Cristo perpetuamente pendurado na cruz, assim como o faz a missa. A ênfase está sobre o sofrimento físico de Cristo como se isso tivesse pago os nossos pecados. Pelo contrário, isso foi o que o homem fez a Ele e só podia nos condenar a todos. Nossa redenção aconteceu através do fato de que Ele foi ferido por Jeová e “sua alma [foi dada] como oferta pelo pecado” (Is 53.10); Deus fez “cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53.6); e “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24).
A morte de Cristo é uma evidência irrefutável de que Deus precisa, em Sua justiça, punir o pecado, que a penalidade precisa ser paga, caso contrário não pode haver perdão. O fato de que o Filho de Deus teve que suportar a cruz, mesmo depois de ter clamado a Seu Pai ao contemplar em agonia o carregar de nossos pecados [“Se possível, passe de mim este cálice!” (Mt 26.39)], é prova de que não havia outra forma de o ser humano ser redimido. Quando Cristo, o perfeito homem, sem pecado e amado de Seu Pai, tomou nosso lugar, o juízo de Deus caiu sobre Ele em toda sua fúria. Qual deve ser, então, o juízo sobre os que rejeitam a Cristo e se recusam a receber o perdão oferecido por Ele! Precisamos preveni-los!
Ao mesmo tempo e no mesmo fôlego que fazemos soar o alarme quanto ao julgamento que está por vir, precisamos também proclamar as boas notícias de que a redenção já foi providenciada e que o perdão de Deus é oferecido ao mais vil dos pecadores. Nada mais perverso poderia ser concebido do que crucificar o próprio Deus! E ainda assim, foi estando na cruz que Cristo, em seu infinito amor e misericórdia, orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Assim sendo, a cruz também prova que existe perdão para o pior dos pecados, e para o pior dos pecadores.

Cuidado: não anule a cruz de Cristo!
A grande maioria da humanidade, entretanto, tragicamente rejeita a Cristo. E é aqui que enfrentamos outro perigo: é que em nosso sincero desejo de vermos almas salvas, acabamos adaptando a mensagem da cruz para evitar ofender o mundo. Paulo nos alertou para tomarmos cuidado no sentido de não pregar a cruz “com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo” (1 Co 1.17). Muitos pensam: “É claro que o evangelho pode ser apresentado de uma forma nova, mais atraente do que o fizeram os pregadores de antigamente. Quem sabe, as técnicas modernas de embalagem e vendas poderiam ser usadas para vestir a cruz numa música ou num ritmo, ou numa apresentação atraente assim como o mundo comumente faz, de forma a dar ao evangelho uma nova relevância ou, pelo menos, um sentido de familiaridade. Quem sabe poder-se-ia lançar mão da psicologia, também, para que a abordagem fosse mais positiva. Não confrontemos pecadores com seu pecado e com o lado sombrio da condenação do juízo vindouro, mas expliquemos a eles que o comportamento deles não é, na verdade, culpa deles tanto quanto é resultante dos abusos dos quais eles têm sido vitimados. Não somos todos nós vítimas? E Cristo não teria vindo para nos resgatar desse ato de sermos vitimados e de nossa baixa perspectiva de nós mesmos e para restaurar nossa auto-estima e auto-confiança? Mescle a cruz com psicologia e o mundo abrirá um caminho para nossas igrejas, enchendo-as de membros!” Assim é o neo-evangelicalismo de nossos dias.
Ao confrontar tal perversão, A. W. Tozer escreveu: “Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretêm. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado – mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz”.

A cruz é o lugar onde nós morremos em Cristo
Eis o “x” da questão. O evangelho foi concebido para fazer com o eu aquilo que a cruz fazia com aqueles que nela eram postos: matar completamente. Essa é a boa notícia na qual Paulo exultava: “Estou crucificado com Cristo”. A cruz não é uma saída de incêndio pela qual escapamos do inferno para o céu, mas é um lugar onde nós morremos em Cristo. É só então que podemos experimentar “o poder da sua ressurreição” (Fp 3.10), pois apenas mortos podem ser ressuscitados. Que alegria isso traz para aqueles que há tempo anelam escapar do mal de seus próprios corações e vidas; e que fanatismo isso aparenta ser para aqueles que desejam se apegar ao eu e que, portanto, pregam o evangelho que Tozer chamou de “nova cruz”.
Paulo declarou que, em Cristo, o crente está crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gl 6.14). É linguagem bem forte! Este mundo odiou e crucificou o Senhor a quem nós amamos – e, através desse ato, crucificou a nós também. Nós assumimos uma posição com Cristo. Que o mundo faça conosco o que fez com Ele, se assim quiser, mas fato é que jamais nos associaremos ao mundo em suas concupiscências e ambições egoístas, em seus padrões perversos, em sua determinação orgulhosa de construir uma utopia sem Deus e em seu desprezo pela eternidade.
Crer em Cristo pressupõe admitir que a morte que Ele suportou em nosso lugar era exatamente o que merecíamos. Quando Cristo morreu, portanto, nós morremos nEle: “...julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.14-15).
“Mas eu não estou morto”, é a reação veemente. “O eu ainda está bem vivo”. Paulo também reconheceu isso: “...não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.19). Então, o que é que “estou crucificado com Cristo” realmente significa na vida diária? Não significa que estamos automaticamente “mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Rm 6.11). Ainda possuímos uma vontade e ainda temos escolhas a fazer.

O poder sobre o pecado
Então, qual é o poder que o cristão tem sobre o pecado que o budista ou o bom moralista não possui? Primeiramente, temos paz com Deus “pelo sangue da sua cruz” (Cl 1.20). A penalidade foi paga por completo; assim sendo, nós não tentamos mais viver uma vida reta por causa do medo de, de outra sorte, sermos condenados, mas sim por amor Àquele que nos salvou. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19); e o amor leva quem ama a agradar o Amado, não importa o preço. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.23), disse o nosso Senhor. Quanto mais contemplamos a cruz e meditamos acerca do preço que nosso Senhor pagou por nossa redenção, mais haveremos de amá-lO; e quanto mais O amarmos, mais desejaremos agradá-lO.
Em segundo lugar, ao invés de “dar duro” para vencer o pecado, aceitamos pela fé que morremos em Cristo. Homens mortos não podem ser tentados. Nossa fé não está colocada em nossa capacidade de agirmos como pessoas crucificadas mas sim no fato de que Cristo foi crucificado de uma vez por todas, em pagamento completo por nossos pecados.
Em terceiro lugar, depois de declarar que estava “crucificado com Cristo”, Paulo acrescentou:  “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). O justo “viverá por fé” (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) em Cristo; mas o não-crente só pode colocar sua fé em si mesmo ou em algum programa de auto-ajuda, ou ainda num guru desses bem esquisitos.

A missa: negação da suficiência da obra de Cristo na cruz
Tristemente, a fé católica não está posta na redenção realizada por Cristo de uma vez para sempre na cruz, mas na missa, que, alegadamente, é o mesmo sacrifício como o que foi feito na cruz, e confere perdão e nova vida cada vez que é repetida. Reivindica-se que o sacerdote transforma a hóstia e o vinho no corpo literal e no sangue literal de Cristo, fazendo com que o sacrifício de Cristo esteja perpetuamente presente. Mas não há como trazer um evento passado ao presente. Além do mais, se o evento passado cumpriu seu propósito, não há motivo para querer perpetuá-lo no presente, mesmo que pudesse ser feito. Se um benfeitor, por exemplo, paga ao credor uma dívida que alguém tem, a dívida sumiu para sempre. Seria sem sentido falar-se em reapresentá-la ou reordená-la ou perpetuar seu pagamento no presente. Poder-se-ia lembrar com gratidão que o pagamento já foi feito, mas a reapresentação da dívida não teria valor ou sentido uma vez que já não existe dívida a ser paga.
Quando Cristo morreu, Ele exclamou em triunfo: “Está consumado” (Jo 19.30), usando uma expressão que, no grego, significa que a dívida havia sido quitada totalmente. Entretanto, o novo Catecismo da Igreja Católica diz: “Como sacrifício, a Eucaristia é oferecida como reparação pelos pecados dos vivos e dos mortos, e para obter benefícios espirituais e temporais de Deus” (parágrafo 1414, p. 356). Isso equivale a continuar a pagar prestações de uma dívida que já foi plenamente quitada. A missa é uma negação da suficiência do pagamento que Cristo fez pelo pecado sobre a cruz! O católico vive na incerteza de quantas missas ainda serão necessárias para fazê-lo chegar ao céu.

Segurança para o presente e para toda a eternidade
Muitos protestantes vivem em incerteza semelhante, com medo de que tudo será perdido se eles falharem em viver uma vida suficientemente boa, ou se perderem sua fé, ou se voltarem as costas a Cristo. Existe uma finalidade abençoada da cruz que nos livra dessa insegurança. Cristo jamais precisará ser novamente crucificado; nem os que “foram crucificados com Cristo” ser “descrucificados” e aí “recrucificados”! Paulo declarou: “porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Cl 3.3). Que segurança para o presente e para toda a eternidade!

Traduzido por: Eros Pasquini Jr.


Fonte:Monergismo

Paul Washer - O Amor Incondicional de Cristo



A Graça, esta Incompreendida
por
Ricardo Barbosa de Souza

O pecado criou uma enorme dificuldade para nossa compreensão do amor divino e para a forma como respondemos a este amor em todas as nossas relações.
Escrevi este artigo em outubro, refletindo, como sempre faço nesta época do ano, na influência e contribuição da Reforma do século 16 para a fé e a espiritualidade cristã. Um tema que sempre me vem à mente quando penso na Reforma é o da graça de Deus. Embora seja um tema central para a fé e a espiritualidade cristã, e que os reformadores insistiram em recuperar, continua sendo um dos mais mal compreendidos e experimentados pelo povo cristão. Penso que uma das razões para a incompreensão da graça de Deus na história do cristianismo é a incapacidade do ser humano de compreender e aceitar o amor incondicional de Deus.
A forma como amamos e temos sido amados nunca foi totalmente isenta de culpa, medo, insegurança, condição, manipulação ou chantagem. Mesmo havendo um certo grau de pureza em grande parte dos nossos sentimentos e intenções afetivas, sejam os que experimentamos dos nossos pais e amigos, sejam os que expressamos, a presença destes outros sentimentos negativos nos acompanham em quase todos os nossos relacionamentos. Algumas vezes, em virtude da história pessoal, nos vemos indignos de ser amados; outras, banalizamos o amor.
Assim tem sido também em nossa experiência espiritual. Uma das grandes preocupações dos reformadores foi com o comércio das indulgências e de todas as outras formas que, ao longo da história, têm sido usadas para barganhar o amor de Deus. Os reformadores insistiam em afirmar que o perdão de Deus nos foi ofertado por Cristo na cruz do Calvário, e que não havia nada a ser feito por nós, pois todo o preço já havia sido pago. Para eles, toda a experiência cristã é fruto da graça de Deus, que experimentamos por meio da fé naquilo que Cristo fez por nós.
Contudo, sempre foi muito difícil aceitar uma oferta, um presente que não nos custe nada, sem que tenhamos de fazer algo para merecê-lo, principalmente se esse presente for muito caro. Durante muito tempo, este era o pensamento da humanidade – era preciso fazer alguma coisa, realizar alguma caridade, qualquer bem que nos fizesse merecedores de tal amor. Os reformadores reagiram a isto dizendo que não há nada a ser feito: Deus, por meio do seu Filho, fez tudo por nós. O apóstolo Paulo havia também reagido a tal pensamento, afirmando que somos salvos, não pelas obras, mas pela graça de Deus. Esta verdade tirou um enorme fardo opressivo que a religião sempre impôs ao ser humano.
Porém, se no passado sempre houve essa necessidade de se fazer alguma coisa para merecer o amor de Deus, hoje temos um outro cenário mais sutil e tão perigoso quanto aquele, que é a necessidade de Deus fazer algo para merecer o nosso amor. A cultura pós-moderna gerou uma inversão nesse processo. No passado, o sentimento de culpa e a consciência do pecado eram grandes e faziam do ser humano alguém que não merecia o amor divino. Hoje, com o crescimento do individualismo, da cultura do consumo e dos direitos do consumidor, da busca pela auto-realização e da auto-suficiência, a sociedade vem produzindo uma geração de narcisistas auto-indulgentes que precisam ser bajulados, mimados e adulados, sem que isso sequer produza algum sentimento de gratidão.
Muitas igrejas e pregadores estão oferecendo os “mimos” de Deus na forma de entretenimento religioso, promessas de vantagens econômicas, barateamento da santidade ou garantias de sucesso e saúde para uma geração entediada e frustrada, na esperança de que correspondam com um mínimo de generosidade no ofertório. O resultado é que, mais uma vez, o amor e a graça de Deus são incompreendidos.
Seja para aqueles que se sentem indignos e procuram fazer alguma coisa que os tornem merecedores do amor de Deus, seja para aqueles que se julgam lindos e maravilhosos, para os quais Deus tem de se desdobrar para conquistar seu amor, o que vemos é a enorme dificuldade que o pecado criou para a compreensão do amor divino e para a forma como precisamos responder a esse amor em todos os nossos relacionamentos.
Sabemos que a graça de Deus é a manifestação do seu amor por nós, pecadores. Deus nos ama incondicionalmente, isto é, não impõe ou exige qualquer condição para nos amar. João, o apóstolo do amor, afirma que “Deus nos amou primeiro”, revelando que o amor tem sempre sua origem no Senhor, que não fomos nós que fizemos alguma coisa que nos tornasse merecedores do seu amor, mas que ele livremente nos amou “quando nós éramos ainda pecadores”. João ainda nos afirma que “Deus nos amou de tal maneira que deu seu único Filho” e nos provou a natureza desse amor na cruz do Calvário, assumindo nossa culpa e oferecendo-nos seu perdão. Seja como pecadores dominados pela culpa, seja como narcisistas auto-indulgentes, todos nós permanecemos indignos do amor de Deus por uma razão simples: Não podemos compreender, experimentar, nem mesmo responder à pureza, santidade e perfeição do amor divino, se não for por meio de Cristo. O pecado não nos permite isso.
No entanto, Deus permanece nos amando em Cristo Jesus. Isto significa que, por causa da humanidade de Cristo e por ter ele assumido sobre si nossas culpas e pecados, e ter se oferecido a Deus em sacrifício por nós, o amor de Deus nos é doado gratuitamente por meio dele. Isto é graça. Não fizemos nada por merecer, continuamos indignos, mas Deus, em Cristo, revelou-nos seu amor e, por meio da fé, experimentamos a graça redentora.
É o amor de Deus que nos redime das incompreensões do amor, seja da culpa ou de qualquer forma de narcisismo. É esse amor que nos abre tanto para receber gratuitamente o perdão e a bondade quanto para repartir. É o amor de Deus em Cristo que nos liberta do pecado ou da auto-indulgência e nos conduz num caminho de comunhão e liberdade. É esse amor que nos liberta do egoísmo e nos transforma em pessoas altruístas. Que a graça de Deus, mais uma vez, seja generosa sobre todos nós, libertando-nos das incompreensões do amor.

Ricardo Barbosa de Souza é conferencista e pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasilia.



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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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