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9 de jul. de 2010

Deus Justifica o Ímpio - C. H. Spurgeon (Sermão) -

/ On : 16:53/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.

O texto de nossa mensagem encontra-se na epístola aos Romanos, capítulo quatro, versí­culo cinco:
"Porém, ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada para justiça."
Considere estas palavras: "Aquele que justifica o ímpio". Elas soam aos meus ouvidos como palavras admiráveis.
Não te surpreende a existência delas na Bíblia? "Aquele que justifica o ímpio'? As vezes, ouço que os homens que odeiam a doutrina da cruz, a citam como um escrito difamatório contra Deus, dizendo que ele salva os iníquos e recebe até mesmo o mais vil dos vis. Veja, agora, como esta passagem que te apresentei, aceita o escrito difamatório, e claramente, o estabelece! Pela boca de seu servo Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, Deus toma para si mesmo o título de "Aquele que justifica o ímpio". Ele torna justos aqueles que são injustos, perdoa aqueles que merecem punição e favorece aqueles que não merecem favor. Pensa, não é verdade, que a salvação era para os bons? Que a graça de Deus era para os puros e santos, livres do pecado? Havia imaginado que, se fosse excelente, Deus haveria então de recom­pensar-te, e que, por não ser digno, não há possibi­lidade de desfrutar de Seu favor. Deve estar de algum modo surpreso com a leitura deste verso: "Aquele que justifica o ímpio". Não me espanta o seu espan­to, pois, apesar de toda a minha familiaridade com a abundante graça de Deus, também nunca deixei de me maravilhar com ela. Parece surpreendente, não é verdade, que um Deus Santo, justifique um homem pecador? Nós, de acordo com a legalidade de nosso coração, estamos sempre falando da nossa própria bondade e de nossos próprios méritos, e teimosamente nos referimos a isso para dar a entender que há alguma coisa em nós digna de chamar a aten­ção de Deus. No entanto, Deus, que vê através de todas as decepções, sabe que não existe em nós nenhuma bondade. Diz ele: "Não há nenhum justo, nem sequer um".
Ele sabe que "todas as nossas justiças são como trapo de imundície"; portanto, o Senhor Jesus não veio a este mundo procurar bondade e justiça entre os homens, mas trazer a bondade e a justiça com Ele, e concedê-las às pessoas que não as têm. Ele veio, não porque somos justos, mas para nos tornar justos: Ele justifica o ímpio.
Quando um advogado aparece perante a corte em defesa de alguém, se for um homem sincero, empregará esforços para provar sua inocência e justificá-lo perante o tribunal das coisas que lhe são falsamente atribuídas. Pois o propósito de um advo­gado deve ser sempre justificar o inocente e nunca obscurecer suas culpas. Não está nem no direito nem no poder do homem justificar verdadeiramente o culpado. Este milagre pertence só a Deus. Deus, o eterno, sabe que não há um homem justo sobre a terra, que faça o bem e viva sem pecado; portanto, na soberania infinita da sua natureza divina e no esplendor do seu amor inefável, empreendeu a tarefa, não de justificar o justo, mas o ímpio. Ele arquitetou modos e meios de fazer o ímpio comparecer justificado diante Dele, para isso estabeleceu um sistema por meio do qual, com perfeita justiça, pode tratar o culpado como se tivera sido livre de culpa toda a vida; sim, como se fora inteiramente livre do pecado. Deus justifica o ímpio.
Jesus Cristo veio a este mundo salvar pecadores
Eis uma coisa surpreendente, uma coisa para ser admirada sobre todas as coisas. Para mim, até hoje, a maior de todas as maravilhas é esta, que Deus me tenha justificado a mim. Reconheço-me pessoalmente, uma esponja de iniqüidade, massa de corrupção, montão de pecados, sem o Seu onipotente amor, mas sei, com plena certeza, que estou justificado pela fé que há em Cristo Jesus, e sou tratado como se fosse perfeitamente justo, tendo-me tornado herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo; contudo, por natureza, cumpre-me tomar lugar entre os piores pecadores. Eu, que sou inteiramente indigno, sou tratado por Deus como digno. Sou amado com tanto amor como se sempre tivesse sido justo, sendo, na verdade, antigamente injusto.
Quem pode deixar de assombrar-se com isto? Gratidão por um favor tal deve vestir-se com roupas de espanto!
Agora, embora esta matéria seja grandemente surpreendente, não deixe de notar quão acessível ela
faz o evangelho para você e para mim. Se Deus justifica o ímpio, então, leitor amigo, Ele pode justificar você. Não é esta a espécie de pessoa que é? Se, neste momento, ainda não é convertido, este nome te cabe muito bem: tem vivido sem Deus, tem sido o oposto da piedade; em uma palavra tem sido e ainda é ímpio. Talvez ainda não tenha comparecido a algum lugar de culto em dia de domingo; tenha vivido indiferente para com o dia do Senhor, a casa do Senhor, a Palavra do Senhor. Isso prova que você é ímpio. Ainda mais triste, bem pode ser que alimenta dúvidas a respeito da existência de Deus, e não te envergonha de exteriorizá-las. Vive nesta terra agradável, toda ela cheia de provas da presença de Deus, e todo o tempo os seus olhos se mantiveram fechados às claras evidências do Seu poder e da Sua divindade. Tem vivido como se não existisse Deus. Na verdade, teria até se sentido alegre se pudesse demons­trar a você mesmo, com toda certeza, de que não há Deus. Possivelmente tem vivido muitos anos deste modo, de maneira que está agora muito bem estabelecido em seus caminhos; no entanto, Deus não se encontra em nenhum deles. Se fosse chamado de ímpio, teria recebido um nome que te cabe tão bem como o dizer-se do mar que ele é água salgada. É possível também que seja uma pessoa de outro tipo: freqüenta regularmente a todas as formas exteriores de religião, e no entanto, o seu coração não está nelas, pelo contrário, mostra-se realmente ímpio. Embora tenha se reunido com o povo de Deus, nunca se reuniu com o próprio Deus. Tem estado no coro, mas ainda não louva a Deus com o coração. Tem vivido sem qualquer amor a Deus, no coração, e sem consideração para com os seus mandamentos. Bem, você é exatamente o tipo de pessoa para quem este evangelho é enviado - este evangelho que diz que Deus justifica o ímpio. Ele se enquadra perfeitamente a você, não é verdade? Oh! quanto desejo que você o aceite! Se é uma pessoa sensata, verá a admirável graça de Deus no que fez para um tal como é, e dirás a você mesmo: "Justificar o ímpio! Por que então, não serei eu também justificado, e justificado de uma vez?"
Agora, observe a seguir, que assim deve ser, isto é, que esta salvação de Deus seja para aqueles que não a merecem, e nenhuma preparação tem para ela. E razoável que tal ensino se encontre na Bíblia, pois, prezado leitor, nenhum outro precisa de justificação senão aqueles que não tem nenhuma justiça própria. Se algum dos meus leitores for perfeitamente justo, não precisa justificar-se. Você sente que estácumprindo bem com os seus deveres e quase colocando o céu sob obrigação para com você. Que é que te falta com rela­ção a um salvador, ou que necessidade tem de misericór­dia? Que é que te falta relativamente à justificação? Já deve estar cansado do meu livro, neste momento, pois ele realmente não te interessa.
Se alguém assumir tais ares de orgulho, ouve-me por um pouco. Irá se perder tão certo quanto agora vive. Vocês, homens justos, portadores de uma justiça de sua própria fábrica, vocês ou são enganadores, ou enganados, pois a Escritura não pode mentir, e ela diz claramente: "Não há nenhum justo, nem sequer um". De qualquer modo, não tenho um evangelho para pregar aos portadores de retidão própria, nem uma palavra. O próprio Cristo não veio chamar os justos, e eu não vou meter-me a fazer aquilo que ele não fez. Se te chamasse, não viria; portanto, não te chamarei, sob aquela condição. Não, eu te imploro, ao contrário, que olhe para a sua retidão até que veja como ela é ilusória. Não possui nem sequer metade da substancialidade da teia da aranha. Acabe com ela! Fuja dela! Oh senhores, as únicas pessoas que podem necessitar de justificação são aquelas que não são justas em si mesmas. Estas precisam de que alguma coisa seja feita por elas a fim de torná-las justas diante do tribunal de Deus. Dependam disso. Só o Senhor realiza aquilo que é indispensável. A sabedoria infinita não tentaria nunca realizar aquilo que é desnecessário. Jesus nunca tenta efetuar o supérfluo. Justificar o justo não é a obra de Deus, este seria o trabalho de um tolo, mas fazer justo aquele que é injusto, eis a obra do amor e da misericórdia infinitos. Justificar o ímpio - eis o milagre digno de um Deus. E certamente assim é.
Agora, veja. Se houver, em alguma parte do mundo, um médico que tenha descoberto remédios preciosos e infalíveis, a quem será este remédio enviado? Àqueles que estão perfeitamente sãos? Não acredito. Ponha-o naquele lugar onde não há enfermos, e ele sentirá que não está no seu lugar. Nada há ali para ele fazer. "Os sãos não precisam de médico, mas os que estão enfermos". Não é igualmente claro que os grandes remédios da graça redentora são para a alma enferma? Eles não podem ser para as pessoas que estão sãs, pois não lhes seriam de nenhum préstimo. Se você, prezado leitor, sente que está espiritualmente enfermo, o Médico veio a este mundo para você. Se você considera inteiramente inválido em virtude do pecado, você é a verdadeira pessoa visada no plano de salvação. Digo-te que o Deus de amor tinha diante dos olhos quando arquitetava o seu sistema de graça, pessoas como você. Suponha que um homem de espírito generoso resolva perdoar todos aqueles que lhe devam. Um há que lhe deve mil libras esterlinas; outro, cinqüenta; nada tem que fazer senão receber das mãos do homem generoso o recibo final, e a sua conta estará liquidada. Contudo, as pessoas mais generosas não podem perdoar dívidas àqueles que não lhes devem nada. Ainda mesmo a Onipotência não pode perdoar àquele que não pecou. O perdão, portanto, não pode caber a você que não tem pecado. O perdão há de ser para o culpado. Seria absurdo falar de perdão àqueles que não necessitam de perdão - àqueles que nunca praticaram uma ofensa.
Pensa que deve estar perdido porque é pecador?
Esta é também a razão porque pode ser salvo. Uma vez que você se reconheça pecador, sinto que posso encorajar-te a crer que a graça de Deus foi ordenada para uma pessoa como você. Um dos nossos poetas teve a ousadia de dizer:

"Um pecador é uma coisa sagrada; O Espírito Santo assim o fez".
Na verdade, é assim porque Jesus veio buscar e salvar aquele que tinha se perdido. Ele morreu e fez uma verdadeira expiação em favor de pecadores reais. Quando os homens não estão brincando apenas com palavras, ou chamando-se a si mesmos "miseráveis pecadores", por mero costume, sinto-me sobremodo alegre ao encontrar-me com eles. Me sentiria feliz em falar toda a noite com pecadores bonafide. A estalagem da misericórdia nunca fecha as portas a tais pecadores, quer nos dias de semana, quer aos domingos. Nosso Senhor Jesus não morreu por pecados imaginários: antes, derramou o sangue da sua vida para lavar manchas profundas, que nenhuma outra coisa pode remover. Aquele cujo pecado é negro, é exatamente o homem cujo coração Cristo veio embranquecer. Um pregador, certa vez, pronunciou um sermão extraído do seguinte verso: "Agora, o machado está posto à raiz das árvores", e o sermão foi de tal ordem que um dos ouvintes lhe disse: "Poderia se pensar que estava pregando a criminosos. Deveria ter proferido esta mensagem na cadeia do distrito". "Oh, não", disse o bom homem. "Se eu estivesse pregado na cadeia, não teria usado aquele texto. Para lá teria escolhido o seguinte: "Esta é uma palavra fiel e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio a este mundo para salvar os pecadores." Assim é. A Lei é para os que se julgam justos, a fim de abater-lhes o orgulho; o evangelho é para os perdidos, a fim de lhes remover o desespero.
Se não está perdido, de que é que te adianta um Salvador? Sairia o pastor em busca daqueles que nunca se extraviaram? Por que varreria a mulher toda a casa a fim de procurar moedas que jamais caíram da sua bolsa? Não, a medicina é para a doença, a vivificação é para os mortos, o perdão é para os culpados, a liberdade é para os que estão em cativeiro e a abertura de olhos é para os que jazem na cegueira. De que serviria o próprio Salvador, a sua morte sobre a cruz, o seu evangelho de perdão, se não existissem homens culpados e dignos de condenação? O pecador é a razão de ser do evan­gelho. Vocês, amigos, para quem estas palavras são dirigidas, se são indignos, rnal-dignos, inferno-dignos, vocês são aqueles para quem o evangelho foi designado, planejado e proclamado. Deus justifica o ímpio.
Desejaria tornar isto ainda mais claro. Espero que já o tenha feito; contudo, embora esteja tão claro, só o Senhor pode fazer com que o homem o perceba. Parece, a princípio, imensamente surpreso a todo o homem despertado que a salvação realmente lhe pertença, sendo ele perdido e culpado. Seu pensa­mento é que devia ser dele como um penitente, esquecido de que a própria penitência é uma parte de sua salvação. Oh, diz ele, "eu devo ser isso e aquilo". Tudo isto é verdade, pois não há de ser isso e aquilo como o resultado da salvação; mas a salvação lhe é oferecida antes dele possuir qualquer dos seus resultados. A salvação lhe é oferecida, de fato, quando só merece este nome, infame e abominável, "ímpio". Isto é tudo que o pecador é, quando o evangelho de Deus lhe é oferecido para sua justificação.
Seja-me, pois, permitido insistir com todos aqueles que nenhuma coisa boa possam achar em si mesmos, que temem nada conhecerem de bom sentimento, ou de qualquer outra coisa que os possa recomendar a Deus - que eles firmemente creiam que o gracioso Deus é capaz e está desejoso de tomá-los sem qualquer obra que os recomende, e de perdoá-los espontaneamente, não porque eles sejam bons, mas porque Ele é bom. Não faz ele que o seu sol brilhe, tanto sobre os maus como sobre os bons? Não dá a eles estações frutíferas, e não envia chuvas e o calor do sol a seu tempo sobre os povos mais im­piedosos? Ah, até mesmo Sodoma teve o seu sol, e Gomorra, o seu orvalho. Oh, amigo, a grande graça de Deus ultrapassa a minha e a sua concepção, e eu gostaria que tivesse dela uma idéia digna e elevada. Assim como os céus estão mais altos do que a terra, assim os pensamentos de Deus estão mais altos do que os nossos. Ele pode perdoar abundantemente. Jesus Cristo veio a este mundo salvar pecadores. O perdão é para o culpado.
Não tente se restaurar fazendo-se diferente do que realmente é, mas venha como é àquele que justifica o ímpio. Um grande artista, certa vez, pintou uma parte das coisas da cidade em que vivia, com propósito histórico, desejou imprimir na sua tela certos caracteres conhecidos da dita cidade. Um varredor de rua, relaxado, maltrapilho, imundo, era conhecido de toda a gente, por isso, foi escolhido para figurar no quadro. O artista disse-lhe: "Te pagarei bem se vier ao meu atelier para que possa copiar tua imagem". Na manhã seguinte apareceu o varredor, mas foi logo despedido pelo artista porque havia lavado o rosto, penteado os cabelos e vestido um recomendável terno. Ele fora desejado como um mendigo, e não de outra maneira.
Do mesmo modo, o evangelho te receberá em seus átrios, se apresentar-te como um pecador, e de nenhum outro modo. Não espere até que seja reformado, mas venha logo para a salvação. Deus justifica o ímpio, e isso te toca onde está agora. Toca-te mesmo no seu pior estado.
Venha com o seu desarranjo; isto é, venha a seu Pai celeste como o seu pecado e pecaminosidade. Venha a Jesus tal qual é, leproso, imundo, nu, imprestável, quer para a vida, quer para a morte. Venha, você que é o lixo da criação; venha, embora não se sinta sequer encorajado a esperar por outra coisa senão a morte. Venha, embora o desespero esteja pairando sobre você, ou oprimindo o seu peito como um horrível pesade­lo. Venha e peça ao Senhor que justifique outro ímpio. Por que não o faria Ele? Venha, porque esta grande misericórdia de Deus se destina a alguém como você. Eu a ponho na linguagem do texto, e impossível será fazê-la mais forte: o próprio Senhor assume pessoal­mente este gracioso título: "Aquele que justifica o ímpio". Ele justifica e faz que sejam tratados como justos, aqueles que por natureza são ímpios. Não é isso uma coisa maravilhosa para você? Não se levante do lugar em que está sem que tenha considerado bem este assunto.

O Homem não quer ir a Cristo. - Spurgeon

/ On : 09:03/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.

 
Se para vir a Cristo, mover o corpo ou andar com nossos pés fosse de qualquer auxílio, certamente o homem teria todo poder físico para vir a Cristo nesse sentido. Recordo haver ouvido um néscio Antinomiano declarar, que ele não cria que qualquer homem tivesse poder para ir à casa de Deus, a menos que o Pai o trouxesse. Ora, o homem foi simplesmente tolo, porque ele deveria ter entendido que enquanto o homem estiver vivo e tiver pernas, é tão fácil para ele ir à casa de Deus como para a casa de Satanás. Se o vir a Cristo compreende a articulação de uma oração, o homem não tem nenhum defeito físico nesse respeito; se ele não é mudo, pode dizer uma oração tão facilmente como pode expressar uma blasfêmia. É tão fácil para um homem cantar um dos hinos de Sião como cantar uma profana e lasciva canção. Não há falta de poder físico para vir a Cristo. Tudo quanto pode ser necessário em relação a força corpórea, o homem, certamente o tem; e se qualquer parte da salvação consiste nisto, estaria totalmente e completamente ao seu alcance sem qualquer assistência do Espírito de Deus.

Nem tampouco, esta incapacidade reside em alguma deficiência mental. Eu posso crer que a Bíblia é a verdade tão facilmente como posso crer que qualquer outro livro o seja. Considerando o crer em Cristo como um mero ato da mente, estou apto para crer em Cristo como em qualquer outro. Admitindo que sua declaração seja verdade, é infundado que se me diga que não posso crer. Posso crer nas declarações que Cristo fez, assim como nas declarações de quaisquer outras pessoas. Não há deficiência de faculdade na mente: o homem é capaz de apreciar como um mero ato intelectual a culpa do pecado tanto como a responsabilidade de um assassinato. Da mesma forma que é possível para mim exercitar a idéia mental de buscar a Deus, posso exercitar o pensamento de ambição.

Tenho todo o poder e força mental que possa talvez ser necessário, se o poder mental fosse necessário na salvação de um modo absoluto. Pelo contrário, não há nenhum homem tão ignorante que possa alegar a falta de inteligência como uma escusa para rejeitar o evangelho. Logo, o defeito não reside no corpo, ou, no que chamamos, teologicamente falando, na mente. Não há qualquer deficiência ou insuficiência nela, embora que a depravação da mente, a corrupção ou ruína dela, é, depois de tudo, a própria essência da incapacidade humana.

Permita-me mostrar-lhes onde reside realmente esta incapacidade do homem. Ela reside no profundo de sua natureza. Através da queda, e pelo nosso próprio pecado, a natureza do homem tem se tornada tão rebaixada, depravada e corrompida, que é impossível para ele vir a Cristo sem a assistência de Deus o Espírito Santo. Agora, na tentativa de demonstrar como a natureza do homem tem de tal modo o tornado incapaz de vir a Cristo, permitam-me neste momento tomar esta figura. Contemplai uma ovelha; quão voluntariamente ela se alimenta sob a pastagem !

Vocês nunca conheceram uma ovelha suspirar por cadáver; não poderia se alimentar do que come o leão. Agora trazei-me um lobo; e me perguntem se um lobo não pode comer grama, ou se ele não pode ser tão dócil e domesticado da mesma forma como uma ovelha. Respondo: NÃO !!; porque sua natureza é contrário a isso. Você diz: "Bem, ele tem orelhas e patas; não poderia ouvir a voz do pastor, e segui-lo onde quer que o levasse ?" Eu respondo: certamente; não há causa física pela qual não possa fazê-lo, porém sua natureza o impede, e portanto digo: ele não pode fazê-lo. Não poderia ser domado ? não poderia sua ferocidade ser removida ?

Provavelmente poderia ser subjugado, e deste modo tornar-se aparentemente domesticado; mas sempre existirá uma marcada distinção entre ele e a ovelha, porque há uma distinção na natureza. Assim pois, a razão pela qual o homem não pode vir a Cristo, não é porque haja incapacidade em sua mente ou corpo, porém porque sua natureza está tão corrompida que não tem nem o querer nem o poder para vir a Cristo, a menos que seja trazido pelo Espírito. Porém, deixe-me dar-lhes uma ilustração melhor. Vocês vêem uma mulher com seu bebê em seus braços. Coloque uma faca em suas mãos, e ordene-a que apunhale esse bebê no coração. Ela replica, e mui verdadeiramente: "Eu não posso".

Agora, no que se refere ao seu poder corporal, ela possui, se quisesse; há uma faca, e há uma criança. A criança não pode resistir, e ela possui suficiente força em sua mão para imediatamente cravar a faca em seu coração. Porém, ela está completamente correta quando diz que não pode fazê-lo. Ela pode pensar em matar em seu filho como um mero ato da mente, e ainda assim diz que lhe é impossível pensar semelhante coisa; e não fala falsamente quando assim diz, porque sua natureza de mãe não lhe permite fazer algo ante o qual toda a sua alma se revolta. Simplesmente porque ela é mãe daquele menino, sente que não pode matá-lo. E assim ocorre com o pecador. O vir a Cristo é tão odioso para a natureza humana que, ainda que no que diz respeito às forças mentais e físicas (e estas não tem senão uma mui pequena ação na salvação), os homens poderiam vir se quisessem: é estritamente correto dizer que não podem nem querem, a menos que o Pai que enviou a Cristo lhes traga.

Os dois mundos – M. Lloyd-Jones


O cristão e o não-cristão pertencem a dois domínios inteiramente diversos. . . a primeira coisa que você deve entender sobre si mesmo é que você pertence a um reino diferente. Você não difere apenas na essência; você vive, em dois mundos que diferem de modo absoluto entre si. Você está neste mundo; não pertence a ele, porém. . . você é cidadão doutro reino. . .

Que se quer dizer com este reino dos céus?. . . Significa, em sua essência, o governo de Cristo, ou a esfera e domínio em que Ele reina. . . Muitas vezes, quando Ele estava aqui, nos dias de Sua carne, nosso Senhor disse que o reino dos céus já estava presente. Oride quer que Ele estivesse presente e exercesse autoridade, ali estava o reino dos céus. Você recorda como, em certa ocasião, quando O acusaram de expulsar demônios pelo poder de Belzebu, Ele demonstrou-Ihes a completa loucura disso, e prosseguiu, dizendo: «Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós» (Mateus 12.28). Eis o reino de Deus. Sua autoridade e Seu reinado estavam presentes na prática. Eis, então, Sua frase, quando disse aos fariseus:«O reino de Deus está dentro em vós», ou, «o reino de Deus está entre vós».

Era como se dissesse: «Ele está-se manifestando no meio de vós. Não digais: olhe para cá, ou: olhe para lá. Despojai-vos dessa noção materialista. Aqui estou entre vós; estou realizando obras. O reino está aqui». Onde quer que o reino de Cristo esteja sendo manifestado, ali está o reino de Deus. E quando Ele enviou Seus discípulos para pregar, disse-lhes que falassem às cidades que não os recebessem: «Não obstante, sabei que está próximo o reino de Deus» (Lucas 10.11).

Quando acordo, ainda estou contigo - Lloyd-Jones

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Sempre estamos na presença de Deus. Sempre estamos sob o Seu olhar. Ele vê cada uma de nossas ações e mesmo cada um dos nossos pensamentos. . . Ele está em toda parte . . . Ele vê tudo. Ele conhece o seu coração; os outros não o conhecem assim. Você pode enganar a eles e pode persuadi-los de que você não é nem um pouco egocêntrico; mas Deus conhece o seu coração. . . Quando despertamos pela manhã, imediatamente devemos lembrar e meditar que estamos na presença de Deus. Seria boa idéia dizer a nós mesmos, antes de sair: «Durante este dia inteiro, tudo c que eu fizer, disser, experimentar, pensar e imaginar estará sob os olhos de Deus. Ele estará comigo; Ele vê tudo; Ele sabe todas as coisas.

Não há nada que eu possa fazer ou procurar fazer de que Deus não esteja ciente de modo pleno e total. «Tu, ó Deus, me vês». Nossa vida sofreria verdadeira revolução se agíssemos sempre assim. . . os numerosos livros que tratam da vida de devoção se concentram todos nesse ponto. . . Esta é uma verdade fundamental, a mais séria de todas — que estamos sempre na presença de Deus. Ele vê todas as coisas e conhece-as a todas, e jamais nos podemos furtar da Sua vista (ver o Salmo 139) ... Se tão-somente nos lembrássemos disto, a hipocrisia se desvaneceria, a bajulação de nós mesmos, e tudo quanto fazemos de pecaminoso, por acharmos que somos superiores aos outros, desapareceria de imediato. . .

Se todos nós adotássemos aquela prática, ela seria revolucionária. Tenho toda a certeza de que teria início um reavi-vamento para valer. Que diferença faria na vida da igreja e na vida de cada indivíduo! Pensemos em tudo que é pretensão e fingimento, em tudo que é indigno em todos nós! Se tão-so-mente nos déssemos conta de que Deus está olhando para todos, e tem ciência de tudo isso, e de que tudo anota!. . . a pessoa que começa tendo verdadeira percepção dessa reali-dade, logo será vista ir correndo para Cristo e Sua cruz, rogando que Deus a encha do Espírito Santo.

Jesus — O Cordeiro de Deus (Parte 1/3 - legendado em português).avi



BRINCAR DE DEUS - J. I. PACKER

O Que Faço Se Não Tenho A Alegria Que Deveria Ter Em Deus? - John Piper

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A criação de um novo gosto - John Piper Postado

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Que relação, então, essa chegada da alegria tem com a fé salvadora? A resposta mais comum é que a alegria é fruto da fé. E, em certo sentido, é mesmo. "O Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer" (Rm 15.13). É "crendo" que somos cheios de alegria. A confiança nas promessas de Deus supera a ansiedade e nos enche de paz e alegria. Paulo até a chama de "gozo da fé" (Fp 1.25).
Mas há uma maneira diferente de ver a relação entre alegria e fé. Em Hebreus 11.6 afirma-se: "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam". Em outras palavras, a fé que agrada a Deus é a confiança de que Deus nos recompensa quando nos achegamos a ele. Com certeza isso não quer dizer que devemos ser motivados por coisas materiais. É claro que ansiamos pela recompensa, que é a glória do próprio Deus e a companhia perfeita de Cristo (Hb 2.10; 3.6; 10.34; 11.26; 12.22-24; 13.5).
Vendemos tudo para possuir o tesouro do próprio Cristo. Assim, a fé que agrada a Deus é a certeza de que, se nos voltamos para ele, encontramos o tesouro que a tudo satisfaz. Achamos o prazer eterno do nosso coração. Todavia, você está vendo o que isso implica? Implica que aconteceu algo em nosso coração antes do ato de fé. Implica que sob e por trás do ato de fé que agrada a Deus foi criado um novo gosto. Um gosto pela glória de Deus e pela beleza de Cristo. Eis que nasceu a alegria!
Antes não tínhamos prazer em Deus, e Cristo era apenas uma vaga personagem histórica. O que apreciávamos era comida, amizades, produtividade, investimentos, férias, lazer, jogos, leituras, compras, sexo, esportes, arte, televisão, viagens, mas não Deus. Ele era uma idéia — até que boa— e um tema para discussão; mas não era um tesouro de prazer, Então aconteceu algo milagroso. Foi como abrir os olhos de um cego diante de um alvorecer dourado. Primeiro o silêncio atônito diante da beleza indizível da santidade. Depois o choque e o terror diante do falo de que realmente antes gostávamos das trevas. Em seguida a quietude tranqüila da alegria de que esse é o alvo da alma. A luta acabou. Daríamos tudo pela garantia de viver para sempre na presença dessa glória.
Em seguida, fé — a confiança de que Cristo abriu um caminho para que eu, pecador, viva para sempre em sua comunhão gloriosa, a confiança de que, se eu me achegar a Deus por meio de Cristo, ele atenderá o desejo do meu coração de participar da sua santidade e contemplar a sua glória. Contudo, antes da confiança vem o anseio. Antes da decisão vem o prazer. Antes da entrega vem a descoberta do tesouro.

Vamos a Cristo quando amamos a luz

Não é esse o ensino de João 3.18-20? Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.
Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. A razão por que as pessoas não vão para a luz é que não a amam. O amor pela luz não é causado pela ida à luz. Nós vamos porque a amamos. Senão, nosso ir não honra a luz. Pode haver alguma motivação santa para crer em Cristo onde não há gosto pela beleza de Cristo? Na verdade, podemos ser motivados pelo desejo de escapar do inferno, ou de ter riquezas materiais, ou de reencontrar um ente querido que partiu. Como, porém, isso honra a luz, se a única razão de irmos para ela é encontrar as coisas que amávamos nas trevas? Será que isso é fé que salva?

Cristo morreu para nos dar o que nosso coração deseja: Deus

A fé que salva é o clamor de uma nova criatura em Cristo. E o que é novo na nova criatura é que ela tem um gosto novo. O que antes tinha gosto ruim ou insosso agora é desejado. O próprio Cristo tornou-se uma arca do tesouro de alegria santa. A árvore da fé cresce apenas no coração que anseia pelo dom supremo, que levou Cristo a morrer para poder concedê-lo a nós: não saúde, nem riqueza, nem prestígio, mas Deus!
"Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, [...] para conduzir-vos a Deus" (lPe 3.18). "Por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito" (Ef 2:18). "Por intermédio dele obtivemos acesso, pela fé, a esta graça; [...] e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. [...] Nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.2, 11).

Uma nova paixão pelo prazer da presença de Deus

O despertar de uma sede irresistível por Cristo
é a criação de um cristão que busca o prazer.
A busca da alegria em Deus
não é apenas inocente, ela é essencial.
O nascimento dessa busca é o nascimento da vida cristã.

A busca da alegria em Deus não é opcional. Não é "algo mais" em que a pessoa pode crescer depois de chegar à fé. Enquanto seu coração não tiver atingido essa busca, sua "fé" não pode agradar a Deus. Não é fé que salva. Fé salvadora é a confiança de que, se você vender tudo o que tem e esquecer todos os prazeres pecaminosos, o tesouro oculto da alegria santa satisfará seus desejos mais profundos. A fé salvadora é a convicção sentida pelo coração de que Cristo não é somente confiável, mas também desejável. É a confiança de que ele cumprirá suas promessas e de que aquilo que ele promete vale mais a pena ser desejado do que todo o mundo. Podemos falar da "alegria da fé" em três níveis. Primeiro, há o novo gosto espiritual criado pelo Espírito de Deus para a glória de Deus. Esse novo gosto é a semente e raiz da alegria. Assim, ele é, digamos, a "alegria da fé" em forma embrionária. Segundo, há o broto, o caule da própria fé indo em direção de tudo o que Deus é para nós em Cristo. O cerne desse caule é a alegria em Deus. Não é possível que a fé vital, genuína, na Fonte da Alegria não participe dessa alegria. Seguir sem alegria o Deus da esperança, pelo que ele realmente é, revela-se impossível. Terceiro, há o fruto da felicidade diária de que Paulo fala em Romanos 15.13: "O Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer". Aqui alegria e paz fluem da fé para toda a vida.
Na conversão encontramos o tesouro oculto do reino de Deus. Arriscamos tudo nele. E, ano após ano, nas lutas da vida, comprovamos repetidamente o valor do tesouro e descobrimos novas profundidades de riquezas que não conhecíamos. Assim a alegria da fé cresce. Quando Cristo nos chama para um novo ato de obediência que nos custe algum prazer temporal, lembramo-nos do valor insuperável que é segui-lo e, pela fé no seu valor provado, esquecemos o prazer mundano. Qual é o resultado? Mais alegria! Mais fé! Mais profunda que antes. E assim avançamos de alegria em alegria, de fé em fé. Por trás do arrependimento que dá as costas ao pecado e por trás da fé que se entrega a Cristo esta o nascimento de um novo gosto, de um novo anseio, de uma nova paixão pelo prazer da presença de Deus. Essa é a raiz da conversão. Essa é a criação de um cristão que busca o prazer.

O Esforço do Legalismo e o Amor





Quem ama se alegra na alegria da pessoa amada.


Em 2Coríntios 1.23-2.4, Paulo escreve sobre uma visita que não fez e uma carta penosa que teve de enviar. Ele explica os sentimentos mais profundos do seu coração com tudo isso: Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto; não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados. Isto deliberei por mim mesmo: não voltarei a encontrar-me convosco em tristeza. Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo? E isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa. Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.

Observe como o fato de Paulo buscar a alegria deles e a sua própria tem relação com o amor. No v. 2 ele dá a razão por que não fez outra visita dolorosa a Corinto: "Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo?" Em outras palavras, a motivação de Paulo aqui é preservar a sua própria alegria. Ele está dizendo: "Se eu destruir a alegria de vocês, a minha também se destruirá. Por quê? Porque a alegria deles é exatamente o que lhe dá alegria!

Em 2Coríntios 1.24  fica claro que a alegria que está em vista é a alegria da fé. É a alegria de conhecer e descansar na graça de Deus — a mesma alegria que levou os macedônios a serem generosos (2Co 8.1-3). Quando essa alegria existe em abundância em seus convertidos, Paulo sente grande alegria pessoalmente. E ele lhes diz sem constrangimento que a razão por que não quer roubar-lhes a alegria é que isso o privaria da alegria dele. É assim que fala um cristão que busca o prazer.

No v. 3 Paulo diz a razão por que lhes enviou uma carta penosa: "Isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa". Aqui sua motivação é a mesma, exceto num ponto. Ele diz que não queria ser entristecido. Ele quer alegria, não sofrimento. Ele é um cristão que busca o prazer! Mas aqui ele vai um passo além do v. 2. Ele diz que a razão por que quer alegria e não sofrimento é que tem confiança de que a alegria dele também é a deles: "Confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa".

Portanto, o v. 3 é o inverso do v. 2. No v. 2 ele afirma que a alegria deles é também a sua; isto é, quando eles estão alegres ele se sente feliz com a alegria deles. E no v. 3 ele afirma que a sua alegria é a alegria deles; isto é, quando ele está feliz eles se sentem felizes com a alegria dele. Depois, o v. 4 torna a relação com o amor explícita. Ele diz que a razão por que lhes escreveu foi "para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida". Então, o que é amor? O amor existe em abundância entre nós quando a sua alegria é minha e a minha alegria é sua. Não estou amando apenas porque busco sua alegria, mas porque a busco como minha.

Digamos que eu fale a um dos meus filhos: "Seja bonzinho com seu irmão, ajude-o a arrumar o quarto, tente fazê-lo sentir-se contente, não infeliz". Como seria se ele ajudasse a limpar o quarto, mas resmungasse o tempo todo e transpirasse descontentamento? Haveria virtude em seu esforço? Não muito. O que está errado é que a felicidade do seu irmão não é a sua. Ao ajudar seu irmão, ele não está buscando sua própria alegria na felicidade do seu irmão. Ele não está agindo como um cristão que vive para o prazer. Seu esforço não é o esforço do amor. É o esforço do legalismo — ele age por mera obrigação, para não ser castigado.

Buscando a alegria na alegria do amado - John Piper

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E qual é a maior alegria da igreja? Não é ser purificada e santificada, para depois ser apresentada como noiva ao Cristo soberano, cheio de glória? Assim Cristo buscou a sua própria alegria, sim — mas buscou-a na alegria da igreja! É isso que o amor é: a busca da própria alegria na alegria do amado.

Em Efésios 5.29, 30, Paulo leva o prazer de Cristo ainda mais longe: "Ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja; porque somos membros do seu corpo". Por que Cristo alimenta e cuida da igreja? Porque somos membros do seu corpo, e ninguém odeia o seu próprio corpo. Em outras palavras, a união entre Cristo e sua noiva é tão íntima ("uma só carne") que qualquer bem feito a ela é feito a ele mesmo. A afirmação direta desse texto é que esse fato motiva o Senhor a alimentar, cuidar, santificar e purificar sua noiva.

De acordo com algumas definições, isso não pode ser amor. Diz-se que o amor tem de ser isento de interesse próprio — especialmente o amor semelhante ao de Cristo, do tipo que se mostrou no Calvário. Nunca consegui ver este tipo de amor encaixar-se nessa passagem das Escrituras. No entanto, o que Cristo faz por sua noiva, esse texto claramente chama de amor: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja..." Por que não deixar o texto definir para nós o que é amor, em vez de tirar nossas definições da ética ou da filosofia?

Segundo esse texto, amor é a busca da nossa alegria na alegria santa do amado. Não há meio de
separar o interesse próprio do amor, porque interesse próprio não é a mesma coisa que egoísmo. O egoísmo busca sua felicidade particular à custa dos outros. O amor busca a sua felicidade na felicidade do amado. Chega até a sofrer e a morrer pelo amado, para que sua alegria seja completa na vida e pureza do amado.

Mas Jesus não disse que devemos "odiar nossa vida"?

Quando Paulo diz: "Ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida", para depois usar o próprio Cristo como exemplo, será que está contradizendo João 12.25, onde Jesus disse: "Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna"? Não! Não há contradição. Pelo contrário, a concordância é notável.

A expressão chave é "neste mundo": quem odiar sua vida neste mundo mantê-la-á para a vida eterna. Não é um ódio definitivo, porque ao praticá-lo você conserva sua vida para sempre. Portanto, há uma maneira de odiar a vida que é boa e necessária, e Paulo não está negando isso ao dizer que ninguém odeia sua vida. Esse tipo de ódio e um meio de salvação, e, por isso, um tipo de amor. Por isso e que Jesus tem de limitar o ódio de que está falando com as palavras "neste mundo". Levando em conta o mundo futuro, isso não pode mais ser chamado de ódio. Odiar a vida neste mundo foi o que Jesus fez quando "entregou a Si mesmo pela igreja". Todavia, ele o fez pela alegria que lhe foi proposta. Ele o fez para poder apresentar sua noiva a Si mesmo gloriosa. Odiar a própria vida foi o mais profundo amor por sua própria vida — e pela igreja!

As palavras de Paulo também não são uma contradição de Apocalipse 12.22: "Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida". Eles estavam dispostos a ser mortos por Jesus, mas, ao odiar sua vida dessa maneira, "venceram" Satanás e conquistaram a glória do céu: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10). Esse "não amar a própria vida, mesmo em face da morte" na verdade foi amar a vida além da morte.

Todo mundo busca a felicidade

Ninguém neste mundo jamais odiou sua própria carne no sentido extremo de escolher o que tem
certeza que produzirá a maior desgraça. Essa foi a conclusão de muitos grandes conhecedores do coração humano. Blaise Pascal afirmou-a nos seguintes termos: Todas as pessoas buscam a felicidade. Não há exceção para isso. Por mais diferentes que sejam os meios que usam, todos têm esse fim em vista. A razão de alguns fazerem guerra e outros a evitarem é o mesmo desejo, visto de lados diferentes. A vontade jamais dá um passo sequer que não seja nessa direção. Essa é a motivação de toda ação de qualquer pessoa, até das que se enforcam.

Jonathan Edwards vinculou isso à Palavra de Cristo: Jesus sabia que toda a humanidade estava em busca de felicidade. Ele a dirigiu para a maneira correta de alcançá-la e disse-lhe em que precisa se tornar para ser abençoada e feliz. 

Edward Carnell generaliza a questão: A ética cristã, recordemos, segue a premissa do amor de cada um por Si mesmo. Nada nos motiva a não ser que apele aos nossos interesses. Karl Barth, à sua maneira efusiva típica, escreveu várias páginas sobre essa verdade. Veja estes trechos escolhidos:

A vontade de viver é a vontade de ter alegria, prazer, felicidade. [...] Em toda pessoa autêntica a vontade de viver e também a vontade de ter alegria. Em tudo o que deseja, deseja e objetiva que também isso exista para ela de algum modo. Ela busca coisas diferentes com a intenção, expressa ou não mas muito definida, mesmo que inconsciente, de conseguir essa alegria. [...] É hipocrisia esconder isso de Si mesmo. E a hipocrisia seria à custa da verdade ética de que deve querer ser feliz, do mesmo modo que deve querer comer, beber, dormir, ter saúde, trabalhar,
defender o que é certo e viver em comunhão com Deus e com seu próximo. Quem tenta privar-se dessa alegria, certamente não é uma pessoa obediente.

Um marido, para ser obediente, precisa amar sua esposa assim como Cristo amou a igreja. Isto é, ele precisa buscar sua própria alegria na alegria santa da sua esposa. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a Si mesmo se ama (Ef 5.28). Isso é claramente a paráfrase que Paulo faz do mandamento de Jesus, extraído de Levítico 19.18: "Ama o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.39). A idéia popular errada é que este mandamento nos ensina a gostar de nós mesmos para podermos amar os outros. Não é isso que o mandamento significa (veja o Apêndice 3). Jesus não ordena que ame-nos a nós mesmos. Ele pressupõe que o fazemos. Ou seja, ele pressupõe, como disse Edwards, que todos nós buscamos nossa própria felicidade, para em seguida tornar a medida do nosso amor próprio inato a medida do nosso dever de amar os outros:

"Assim como você ama a Si mesmo, ame os outros". Paulo agora aplica isso ao casamento. Ele o vê ilustrado no relacionamento de Cristo com a igreja. E o vê ilustrado no fato de que marido e esposa se tornam "uma só carne" (v. 31): "Os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a Si mesmo se ama". Em outras palavras, os maridos devem empenhar a mesma energia, tempo e criatividade para fazer sua esposa feliz que empenham naturalmente para fazer a Si mesmos felizes. O resultado será que, fazendo isso, tornarão a Si mesmos felizes. Porque quem ama sua esposa ama a Si mesmo. Como a esposa é uma só
carne com seu marido, o mesmo se aplica ao amor dela por ele.

Paulo não está construindo um dique contra o rio do prazer; ele constrói um canal para ele. Ele diz: "Maridos e esposas, reconheçam que, no casamento, vocês se tornaram uma só carne. Se vocês viverem para seu próprio prazer à custa do cônjuge, estarão vivendo contra Si mesmos e destruindo sua alegria. Mas se vocês se dedicarem de todo o coração à alegria santa do seu cônjuge, também estarão vivendo para sua própria alegria e fazendo uma casamento a imagem da relação de Cristo com a igreja.

Desejo dos Cristãos que buscam o Prazer - John Piper

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O que os cristãos que buscam o prazer mais amam

Isso é também a fonte de vida para o cristão que busca o prazer. Porque o que ele mais ama é a experiência da graça soberana de Deus enchendo-o e transbordando para o bem dos outros.
Missionários cristãos que buscam o prazer amam a experiência de "não eu, mas a graça de Deus comigo" (ICo 15.10). Eles se regalam na verdade de que o fruto do seu labor missionário é totalmente de Deus (ICo 3.7; Rm 11.36). Eles sentem apenas alegria quando o Mestre diz: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15.5). Eles saltam como cordeiros diante da verdade de que Deus tirou o peso insuportável da nova criação dos ombros deles e o pôs sobre os seus.
Sem relutar, eles dizem: "Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus" (2Co 3.5). Quando voltam aos países de origem para descansar e divulgar o trabalho, nada lhes dá maior alegria do que dizer às igrejas: "Não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir gentios à obediência" (Rm 15.18). "Com Deus, tudo é possível!" — primeiro, essas palavras conferem esperança, e depois, humildade. Elas são o antídoto para desespero e orgulho — o remédio missionário perfeito.

Incentivos da graça soberana ao trabalho missionário

Essa grande confiança do empreendimento missionário é apresentada mais uma vez por Jesus em João 10.16, com palavras diferentes: Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.
Veja três incentivos muito fortes nesse texto para missionários da linha de frente:

1) Cristo tem mesmo outras ovelhas fora do atual rebanho! Elas foram "compradas de toda tribo, língua, povo e nação" (Ap 5.9). Os filhos de Deus "andam dispersos" (Jo 11.52). Nenhum missionário jamais poderá alcançar um grupo oculto e dizer que Deus não tem os seus lá.
Foi exatamente assim que o Senhor animou a Paulo quando eslava abatido em Corinto, confrontado pela "impossibilidade" de plantar uma igreja naquele solo rochoso: Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade" (At 18.9, 10).
Em outras palavras, anime-se! Pode parecer impossível, mas Deus tem um povo escolhido (as "outras ovelhas", de João 10.16), e o Bom Pastor conhece as que são suas e as chamará pelo nome, quando você pregar fielmente o evangelho.

2) Isso nos leva ao segundo incentivo ao trabalho missionário em João 10.16, que está nestas palavras: "A mim me convém conduzi-las". Cristo tem a necessidade divina de reunir as suas ovelhas.
Ele tem de fazê-lo. Ele tem de fazê-lo. Todavia, é claro que isso não nos leva à idéia hipercalvinista de que ele o fará sem nos usar como instrumentos. William Carey, "pai das missões modernas", prestou um grande serviço à causa missionária da linha de frente quando publicou, em 1792, seu livrete intitulado: Uma averiguação da obrigação dos cristãos de usar meios para a conversão dos pagãos.
Deus sempre usará meios. Jesus deixa isso claro quando diz: "Não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra" (Jo 17.20). Mesmo assim, Carey acreditava, como o Senhor ensinara, que ele era incapaz e que na verdade era Cristo quem chama e salva e opera em nós o que lhe agrada (Hb 13.21). Depois de 40 anos de realizações espetaculares (por exemplo, ele traduziu toda a Bíblia para o bengali, oria, marati, hindi, assamês e sânscrito, e partes dela para 29 outras línguas), William Carey morreu; e o epitáfio simples em seu túmulo dizia, a seu pedido:

WILLIAM CAREY

Nascido a 17 de agosto de 1761
Falecido em junho de 1834
Eu, verme miserável, pobre e incapaz,
Caio em teus braços carinhosos.

O grande incentivo de João 10.16 é que o próprio Senhor fará o que é impossível para os "pobres, incapazes vermes" como nós. "Ainda há outras [ovelhas] que me pertencem e não estão neste curral. É preciso trazer também essas (BLH)".

3) O terceiro incentivo desse versículo é que as ovelhas que ele chama virão com certeza. "É preciso trazer também essas, e elas ouvirão a minha voz." O que é impossível aos homens, é possível para Deus! Quando Paulo terminou de pregar na cidade de Antioquia [da Pisídia], Lucas descreve assim os resultados: "Creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna" (At 13.48). Deus tem uma pessoa em cada povo. Ele a chamará com poder criador. E eles crerão!
Que poder há nessas palavras para vencer o desânimo nos lugares difíceis da vanguarda! A história de Peter Cameron Scott é uma boa ilustração do poder de João 10.16. Ele nasceu em Glasgow em 1867 e foi o fundador da Missão para o Interior da África. Todavia, seu começo na África foi tudo, menos auspicioso. Sua primeira viagem ao continente terminou com um ataque muito sério de malária, que o mandou de volta para casa. Depois de se recuperar, ele resolveu voltar.
Esse retorno foi especialmente gratificante para Scott, porque dessa vez seu irmão John o acompanhou. Não demorou muito, porém, e John foi fulminado pela febre. Totalmente só, Peter enterrou seu irmão e, na agonia daqueles dias, reconsagrou-se à pregação do evangelho na África.
Mais uma vez, no entanto, sua saúde cedeu, e ele teve de voltar à Inglaterra. Como fazer para sair da desolação e depressão daqueles dias? Ele se consagrara a Deus. Todavia, onde encontrar a força para voltar novamente à África? Aos homens era impossível! Ele encontrou Torças na abadia de Westminster. O túmulo de David Livingstone está ali. Scott entrou em silêncio, encontrou o túmulo e ajoelhou-se diante dele para orar. A lápide diz:

TENHO OUTRAS OVELHAS
QUE NÃO SÃO DESTE REBANHO;
PRECISO TRAZER TAMBÉM ESSAS.

Scott levantou-se com uma nova esperança. Voltou à África, e a missão que ele fundou é uma força vibrante e crescente em prol do evangelho na África hoje. Se sua maior alegria é experimentar a graça de Deus enchendo você e transbordando para o bem dos outros, então a melhor notícia em todo o mundo é que Deus fará através de você o impossível pela salvação dos povos ocultos. "Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, é. Pois, para Deus, tudo é possível" (BLH).

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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