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26 de jul. de 2010

O Casamento Abençoado

 
Em relação ao casamento, tenho sido movido pelo Espírito Santo a acreditar que esta relação deve nascer primeiro no coração de Deus, em seguida é manifesta na vida dos homens santos e sensíveis à Sua voz. Sei que este conceito entra em choque direto com várias correntes, dispostas a divinizar e abençoar toda e qualquer relação que surge; em geral impuras e pecaminosas.
A conseqüência, uma vida conjugal sem vida! Confusões; inimizades; filhos rebeldes e uma série de males que culminam com o divórcio.
O Senhor Jesus proferindo sobre o casamento afirmou:
“Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mc 10.9)
É comum pegar-se as palavras do Senhor Jesus e aplicá-las a todos os casamentos indistintamente; casou é porque Deus uniu! Esquecendo-se o caráter profundamente espiritual e a quem foi direcionada esta palavra;   o Mestre falava para o seus escolhidos, as verdades de Deus aplica-se exclusivamente àqueles que procuram viver segundo os seus princípios (santidade, pureza, confiança, temor, amor, frutos do Espírito Santo), é impraticável querermos generalizar o que é espiritual, afinal:
“... palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1Co 2.13,14)
:: O Casamento segundo o coração do Pai, tem o seu inicio no relacionamento revelado e abençoado; é preciso ser espiritual, cheios do Espírito Santo e sensível ao seu falar, que não haja ansiedade; e no tempo oportuno serão agraciados com a companheira (o), com o qual unirás, debaixo do consentimento Divino.
É preciso que as idéias anti-espirituais disseminadas largamente pelo diabo sejam quebradas! O namoro deve existir sim, mas, segundo a vontade de Deus. O conceito de ficar à procura da (o) esposa (o) envolvendo-se em muitos namoros é errado, é contrária à fé que afirmamos possuir. Cremos num Senhor que nos ampara em todos os aspectos e que é nosso dever sermos concordantes com a Sua vontade, porque então a procura desenfreada e carnal por uma (um) esposa (o)?  Os planos do Senhor para muitos servos, não incluem o casamento ou a formação de família, veja:
 “Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque nasceram assim... e outros ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento.” (Mt 19:12) 
Casando-se, estão excluindo do viver os propósitos para os quais fora criado. Queres casar? Ouça primeiro à vontade de Deus!  Sejam santos, puros, amorosos a Deus, este amor nos constrange a sermos fieis e tementes. Agindo assim, com certeza serás feliz, casado (a) ou não!
:: O casamento segundo o coração do homem, é oriundo de interesses diversos, por exemplo: ela engravidou; paixão; amor; romantismo; dinheiro; sexo; beleza; bem-estar; status; etc. os motivos são os mais diversos possíveis, no entanto, longe destes a manifestação e o direcionamento Divino.  
Todas estas uniões são generalizadas e encaixadas pelos religiosos na afirmação: “O que Deus ajuntou não separe o homem.”
Não consigo ver em tais situações onde está a mão do Eterno, na realidade vejo a ação do diabo, que planta nos corações os mais estranhos objetivos e levados pela ilusão, culminam com o pecado e carregam sobre si o fato inevitável de uma vida conjugal péssima.
Pergunto: Como abençoar um casamento que nasceu no pecado? Há muitos pastores (sacerdotes) que se acham numa situação superior a do próprio Criador; e saem distribuindo bênçãos e endossando uniões pecaminosas. E completam:
O que Deus uniu, não separe o homem!”
:: O Casamento nos tempos da ignorância espiritual; geralmente são aceitos pelo Senhor, por ocasião da restauração das vidas. As muitas misericórdias de Deus apagam definitivamente o  pecado, fazendo nova a criatura.
“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.” (Rm 6:22)
Entre os que foram libertos do pecado e transformados em servos, inúmeros serão agraciados com a manifestação misericordiosa de Deus e abençoados em vossos casamentos.
É preciso, no entanto, que sejam desfeitas todas as maldições proferidas sobre esta união por cultos e religiões contrárias à Santa Palavra; o que eles chamam de bênçãos na realidade são condenações e correntes que aprisionam as pessoas, abrindo canais de acesso para a ação maligna. Após serem restaurados e lavados no sangue precioso de Jesus e aconselhável levantar a voz e declarar ao mundo espiritual a renuncia a tais costumes e práticas. É o momento de tomar a posse da bênção sobre a união!
:: O casamento para ser santo e duradouro, necessita  que Deus seja o centro, Ele estabeleceu a união com um objetivo único, receber toda a honra e glória!  É inquestionável, portanto, a observação de todos os princípios e regras definidas na Bíblia para o bom andamento da união conjugal.  O lar deve ser consagrado a Deus; a leitura da Bíblia necessita ser em conjunto; a oração deve subir como aroma agradável; o sacrificar com jejuns de comum acordo; o culto familiar é indispensável; o ensino bíblico aos filhos um dever.
“Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Dt 6.5-9)
A Bíblia ensina como deve o proceder entre o marido e mulher, pais e filhos, a família e Deus, a família e o mundo e todas as demais relações humanas.
Só é possível possuir um lar feliz, entronizando o Senhor Deus no centro  e por conseqüência observar os ensinamentos bíblicos.
:: O casamento bem-sucedido requer que o Senhor seja o centro, que a atenção do casal esteja nEle. Por melhor que seja o esposo (a) sempre haverá imperfeições, afinal, somos humanos e  sujeitos ao pecado. É relativamente normal surgirem algumas desavenças e mal-estar no relacionamento. São duas pessoas com personalidades próprias, que unidas estão pelo Senhor e pelo amor que sentem mutuamente, mas, as divergências surgem. Como contornar estas situações?  É o momento da auto-negação, do sentar e conversar como santos, abertamente e na unção do Espírito Santo.  Lembrem-se: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.” (1Pe 4.8) Uns para com os outros, inclui a (o) esposa (o). Cada cônjuge precisa pagar o preço para o relacionamento fluir; reconhecendo os pontos fracos, as tendências, as imperfeições e as submeta à vontade de Deus.
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4.32) Os corações precisam ser humildes, compassivo, benigno e perdoar à semelhança do Senhor Jesus para com a nossa vida.  O ensinamento é claro: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva.” (Ef 4.26) Ouçam o Senhor e serão bem-sucedidos na vida conjugal.
Sejam abençoados!

Elias R. de Oliveira

Cantinho da criança,Desenhos da Bíblia - Jesus cura um leproso !

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No tempo de Jesus, a lepra, que é uma doença contagiosa e cobre de feridas a pele dos contaminados, ainda não tinha cura e ninguém queria tocar em alguém que estivesse com essa doença. Mas um leproso que tinha muita fé se aproximou de Jesus e implorou, de joelhos:
“Se quiser, o Senhor pode me curar!”
Jesus ficou com pena dele, estendeu a mão e o tocou, dizendo:
“Eu quero, fique curado!”
Imediatamente desapareceram as feridas e o homem ficou curado. Jesus pediu que o homem não contasse a ninguém, mas ele contou para todos os que encontrava, de modo que Jesus não conseguia mais entrar numa cidade, de tanta gente que ao encontro dele. (Mc 1,40–45).


Fortaleza e Estabilidade – Jonathan Edwards

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O apóstolo Paulo apresenta uma razão por que ele continuava com tamanha coragem e firmeza imóveis em meio a tantas labutas, sofrimentos e perigos a serviço do Senhor. Sua atitude fazia com que seus inimigos, os falsos mestres entre os coríntios, o reprovassem por estar fora de si e impulsionado por um tipo de loucura. Na parte final do capítulo precedente, o apóstolo informa os coríntios cristãos que a razão de ele agir assim era porque ele cria firmemente nas promessas que Jesus fizera aos seus servos fiéis, de uma futura recompensa gloriosa e eterna. Ele sabia que estas aflições presentes eram leves e momentâneas em comparação àquele mui excelente e eterno peso de glória. Neste capítulo, ele prossegue insistindo na razão de sua firmeza no sofrimento e exposição à morte na obra do ministério, até chegar ao estado mais feliz que esperava desfrutar depois da morte. Este é o tema do meu texto, sobre o qual faremos algumas observações:

1. O grande privilégio futuro de estar presente com Cristo, fato que o apóstolo esperava desfrutar. As palavras no original significam habitar com Cristo no mesmo país ou cidade, ou fazer uma casa com Cristo.

2.  O tempo em que o apóstolo gozaria este privilégio, isto é, quando ele estaria ausente do corpo. Ele quer dizer a mesma coisa em Filipenses 1.22,23: "Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor".

3.  O valor que o apóstolo deu a este privilégio era tão grande que por esta causa ele escolheu estar ausente do corpo. Ele estava propenso, ou (como a palavra corretamente significa) lhe era mais agradável, partir da vida presente e de todos os seus prazeres no interesse de possuir este grande benefício.

4. O benefício que o apóstolo já desfrutava pela fé e esperança deste futuro privilégio, ou seja, que ele recebeu coragem, garantia e constância de mente de acordo com a significação própria da palavra que é traduzida por "temos confiança". O apóstolo está dando a razão dessa fortaleza e estabilidade mental inabalável com as quais ele passou por extremas labutas, sofrimentos e perigos que menciona neste discurso, de forma que, no meio de tudo isso ele não desfalecia, não ficava desencorajado, mas tinha luz constante e apoio, força e consolo interiores: "Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia" (2 Co 4.16). O mesmo pensamento é expresso mais particularmente nos versículos 8 a 10 do mesmo capítulo: "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos". No capítulo 6, versículos 4 a 10, lemos: "Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo e eis que vivemos; como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo".

Atrair o Mundo com Jovialidade e animação? – Lloyd-Jones


- Bem-aventurados os que choram

Isto. . . distingue o cristão, mostrando que ele é totalmente diferente daquele que não é cristão, que pertence ao mundo. . . O choro e o luto são coisas que este mundo se esforça para evitar a qualquer custo; toda a sua organização baseia-se na suposição de que a tristeza precisa ser evitada. A filosofia do mundo ê: Esqueça as suas aflições; dê-lhes as costas; faça tudo que puder para não enfrentá-las. . . Toda a organização da vida, a paixão pelas diversões, o dinheiro, a energia e o entusiasmo expendidos para entreter o povo, expressam bem o grande objetivo que o mundo procura, de eliminar essa idéia de choro e esse espírito de tristeza. Mas o Evangelho diz: «Felizes os que choram». Na verdade, esses são os únicos felizes! (Vide também Lucas 6) . . .

Isso. . . é algo que jamais se vê no mundo. . . isso é algo que não é tão evidente na Igreja hoje como o foi outrora, e como transparece no Novo Testamento. . . tem conquistado popularidade a idéia de que se nós, como cristãos, devemos atrair os não-cristãos, devemos exibir aparência de animação e jovialidade. . . não algo que brote de dentro, mas algo de que nos vestimos. . .

Não posso deixar de pensar que a explicação final da condição da Igreja hodierna está num defeituoso senso de pecado e numa defeituosa doutrina do pecado. Ligada a isso, é claro, está a falta de compreensão da verdadeira natureza da alegria custa... (essas coisas), ainda agindo em conjunto, produzem necessariamente uma espécie de gente superficial e um tipo muito insuficiente de vida cristã... Não admira que a Igreja esteja falhando em sua missão se o seu entendimento, tanto do pecado como da alegria, e assim defeituoso e inadequado... a convicção de pecado deve, necessariamente, preceder à conversão; um autêntico senso de pecado tem de vir antes que possa haver verdadeira alegria da salvação... 

Assim é que muitos passam a vida empenhados em achar essa alegria cristã... Querem a alegria à parte da convicção de pecado. Mas isso é impossível; nunca poderá ser obtido.

A Onisciência de Deus

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Arthur W. Pink

Deus é onisciente. Ele sabe todas as coisas — todas as coisas possíveis, todas as coisas reais, todos os eventos, conhece todas as criaturas, todo o passado, presente e futuro. Conhece perfeita­mente todos os pormenores da vida de todos os seres que há no céu, na terra e no inferno. "... conhece o que está em tre­vas..." (Daniel 2:22). Nada escapa à Sua atenção, nada pode ser escondido dEle, não há nada que Ele esqueça! Bem podemos dizer com o salmista: "Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir" (Salmo 139:6). Seu conhecimen­to é perfeito. Ele jamais erra, nem muda, nem passa por alto coisa alguma. "E não há criatura alguma encoberta diante dele: antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" (Hebreus 4:13). Sim, tal é o Deus a quem temos de prestar contas!

"Tu conheces o meu assentar e o meu levantar: de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces" (Salmo 139:2-4), Que maravilhoso Ser é o Deus das Escrituras! Cada um dos Seus gloriosos atributos deveria torná-lo honorável à  nossa apreciação. A compreensão da Sua onisciência deveria inclinai-nos diante dEle em adoração. Contudo, quão pouco meditamos nesta perfeição divina! Será por que o só pensar nela nos enche de inquietação?

Quão solene é este fato: nada se pode esconder de Deus!: “... quanto às cousas que vos sobem ao espírito, eu as conheço” (Ezequiel 11:5). Embora sendo Ele invisível para nós, não o so­mos para Ele. Nem as trevas da noite, nem as mais espessas cor­tinas, nem o calabouço mais profundo podem ocultar o pecador dos olhos do Onisciente. As árvores do jardim não puderam ocul­tar os nossos primeiros pais. Nenhum olho humano viu Caim assassinar seu irmão, mas o seu Criador testemunhou o crime. Sara pôde rir zombeteira, oculta em sua tenda, mas foi ouvida por Jeová. Acã roubou uma cunha de ouro e a escondeu cuidado­samente no solo, mas Deus a trouxe à luz. Davi escondeu a sua iniqüidade a duras penas, mas pouco depois o Deus que tudo vê enviou-lhe um dos Seus servos para dizer-lhe: "Tu és o homem!" E tanto ao escritor como ao leitor se diz: "... sabei que o vosso pecado vos há de achar" (Números 32:23).
Os homens despojariam a Deidade da Sua onisciência, se pu­dessem — prova de que "... a inclinação da carne é inimizade contra Deus... " (Romanos 8:7). Os ímpios odeiam esta perfeição divina com a mesma naturalidade com que são compelidos a reco­nhecê-la. Gostariam que não houvesse nenhuma Testemunha dos seus pecados, nenhum Examinador dos seus corações, nenhum Juiz dos seus feitos. Procuram banir tal Deus dos seus pensamentos: "E não dizem no seu coração que eu me lembro de toda a sua mal­dade..." (Oséias 7:2). Como é solene o Salmo 90:8! Boa razão tem todo o que rejeita a Cristo para tremer diante destas pala­vras: "Diante de ti puseste as nossas iniqüidades: os nossos pe­cados ocultos à luz do teu rosto".
Mas a onisciência de Deus é uma verdade cheia de consolação para o crente. Em tempos de aflição, ele diz com Jó: "Mas ele sabe o meu caminho..." (23:10). Pode ser profundamente misterioso para mim, inteiramente incompreensível para os meus amigos, mas "Ele sabe"! Em tempos de fadiga e fraqueza, os crentes podem assegurar-se de que Deus " ... conhece a nossa estru­tura; lembra-se de que somos pó" (Salmo 103:14). Em tempos de dúvida e vacilação, eles apelam para este atributo, dizendo: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me, e conhe­ce os meus pensamentos. E vê se ha em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmo 139:23-24). Em tempos de triste fracasso, quando os nossos corações foram traídos por nossos atos; quando os nossos feitos repudiaram a nossa devo­ção, e nos é feita a penetrante pergunta, "Amas-me?", dizemos, como o fez Pedro: "... Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo..." (João 21:17).
Aí temos estímulo para orar. Não há motivo para temer que as petições do justo não serão ouvidas, ou que os seus suspiros e lágrimas não serão notados por Deus, visto que Ele conhece os pensamentos e as intenções do coração. Não há perigo de que um santo seja passado por alto no meio da multidão de suplicantes que todo dia e toda hora apresentam as suas variadas petições, pois a Mente infinita é capaz de prestar a mesma atenção a mul­tidões como se apenas um indivíduo estivesse procurando obter a Sua atenção. Assim também a falta de linguagem apropriada, a incapacidade de dar expressão ao anseio mais profundo da nossa alma, não comprometerá as nossas orações, pois, "... será que antes que clamem, eu responderei: estando eles ainda falando, eu os ouvirei" (Isaías 65:24).
"Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu enten­dimento é infinito" (Salmo 147:5). Deus não somente sabe tudo que aconteceu no passado em todos os rincões dos Seus vastos domínios, e não apenas conhece por completo tudo o que agora está ocorrendo no universo inteiro, mas também é perfeito conhe­cedor de todos os acontecimentos, do menor ao maior deles, que haverão de suceder nas eras vindouras. O conhecimento que Deus tem do futuro é tão completo como o Seu conhecimento do passado e do presente, e isso porque o futuro depende totalmente dEle próprio. Se fosse possível ocorrer alguma coisa sem a ação direta de Deus ou sem a Sua permissão, então aquilo seria independente dEle, e Ele deixaria, de pronto, de ser Supremo.
Ora, o conhecimento divino do futuro não é mera abstração, mas é algo inteiramente ligado ao Seu propósito, o qual o acom­panha. Deus mesmo planejou tudo que há de ser, e o que Ele planejou terá que ser efetuado. Como a Sua Palavra infalível afirma, "... segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?" (Daniel 4:35). E de novo: "Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do Senhor permanecerá" (Provérbios 19:21). Como a sabedoria e o poder de Deus são igualmente infinitos, tudo que Deus projetou está absolutamente garantido. (Que os conselhos divinos deixem de cumprir-se é tão impossível como seria para Deus, três vezes santo, mentir).
Quanto à realização dos conselhos de Deus relativos ao fu­turo, nada é incerto. Nenhum dos Seus decretos é deixado na dependência das criaturas, nem das causas secundárias. Não há evento futuro que seja apenas uma possibilidade, isto é, coisa que pode ou não vir a acontecer. "Conhecidas por Deus são todas as suas obras desde a eternidade" (Atos 15:18). O que quer que Deus tenha decretado é inexoravelmente certo, pois nEle "... não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17). Portanto, "logo no início do livro que nos desvenda tantas coisas do futuro, são nos ditas “...as coisas que brevemente devem acontecer..." (Apocalipse   1:1).
O perfeito conhecimento de Deus é exemplificado e ilustrado em todas as profecias registradas em Sua Palavra. No Velho Tes­tamento acham-se vintenas de predições concernentes à história de Israel, as quais se cumpriram até o mínimo pormenor, séculos depois de terem sido feitas. Há também vintenas doutras mais, predizendo a carreira de Cristo na terra, e também se cumpriram literal e perfeitamente. Tais profecias só poderiam ter sido dadas por Alguém que conhecesse o fim desde o princípio, e cujo conhecimento repousasse na incondicional certeza da realização de tudo quanto fosse predito. De modo semelhante, o Velho e o Novo Testamento contêm muitos outros anúncios ainda futuros, e estes também "tem que cumprir-se" (Lucas 24:44, na versão usada pelo autor),  tem que cumprir-se porque preditos por  Aquele que  os decretou.
Contudo, deve-se assinalar que, nem o conhecimento de Deus, nem a Sua cognição do futuro, considerados simplesmente em si mesmos, são causativos. Nada jamais aconteceu, nem acontecerá, apenas porque Deus o sabia. A causa de todas as coisas é a vontade de Deus. O homem que realmente crê nas Escrituras sabe de antemão que as estações do ano continuarão a seguir-se suces­sivamente com infalível regularidade até o fim da história da terra (Gênesis 8:22); todavia, não é o seu conhecimento a causa da referida sucessão de eventos. Assim, o conhecimento de Deus não nasce das coisas porque elas existem ou existirão, mas porque Ele ordenou que existissem. Deus sabia da crucificação do Seu Filho e a predisse muitas centenas de anos antes que Ele Se encarnasse, e isto, porque, segundo o propósito divino, Ele era um Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Portanto, lemos que Ele "... foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus..." (Atos 2:23).
Uma ou duas palavras, à guisa de aplicação. O conhecimen­to infinito de Deus deveria encher-nos de assombro. Quão exal­tado é o Senhor, acima do mais sábio dos homens! Nenhum de nós sabe o que o dia nos trará, mas todo o futuro está aberto ao Seu olhar onisciente. O conhecimento infinito de Deus deveria encher-nos de santa reverência. Nada do que fazemos, dizemos ou mesmo pensamos, escapa à percepção dAquele a quem teremos que prestar contas: "Os olhos do Senhor estão em todo o lugar, contemplando os maus e os bons" (Provérbios 15:3). Que freio seria para nós, se meditássemos nisso mais freqüentemente! Em vez de agir descuidadamente, diríamos com Hagar: "Tu, ó Deus, me vês" (Gênesis 16:13) — segundo a versão utilizada pelo autor, A capacidade de compreensão que o conhecimento infinito de Deus tem deveria encher o cristão de adoração. Minha vida a inteira esteve aberta ante os Seus olhos desde o princípio! Ele previu todas as minhas quedas, todos os meus pecados, todas as minhas reincidências; todavia, fixou em mim o Seu coração. Como a percepção disto deveria fazer-me prostrar em admiração e ado­ração diante dEle!

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Fonte:
Os Atributos de Deus, Arthur W. Pink, Ed. PES.

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/atributos-de-deus/onisciencia-de-deus-arthur-w-pink.html#ixzz0unrnfWDL

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Ganhar almas - O que Custa? - C. H. Spurgeon


Quero dizer uma palavra aos que estão tentando levar almas a Jesus. Vocês aspiram a ser úteis e oram por isto. Sabem o que isto envolve? Têm certeza? Preparem-se, então, para ver e sofrer muitas coisas que prefeririam não conhecer. Experiências que lhes seriam pessoalmente desnecessárias virão a ser o seu quinhão, se o Senhor os utilizar para a salvação de outros. Uma pessoa comum pode repousar em seu leito todas as noites, mas o médico não, pois pode ser chamado a qualquer hora. O lavrador pode ficar tranqüilo, acomodado junto da lareira, mas o pastor tem que estar fora, junto com os cordeiros, suportando por causa deles todas as variações do tempo. É como nos diz o apóstolo Paulo: '"Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus com eterna glória". Por esta causa seremos levados a passar por experiências que nos surpreenderão.

Alguns anos atrás padeci terrível depressão de espírito. Sucederam-me certos acontecimentos aflitivos. Já não estava bem, e o meu coração abateu-se dentro de mim. Das profundezas fui forçado a clamar ao Senhor. Pouco antes disso, fui a Mentone para repouso. Sofri muito no corpo, mas muito mais na alma, pois meu espírito estava esmagado. Sob essa pressão preguei um sermão baseado nas palavras: ;'Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?'" Eu estava preparado para pregar sobre aquele texto como jamais esperaria estar. Na verdade, espero que poucos dos meus irmãos tenham penetrado tão profundamente naquelas confrangedoras palavras. Senti na plenitude da minha capacidade o horror de uma alma abandonada por Deus. Não foi uma experiência desejável. Tremo só de pensar em ter de passar outra vez por aquele eclipse da alma. Oro no sentido de que nunca mais sofra desse modo, a não ser que disso pendam os mesmos frutos.

Aquela noite, depois do sermão, entrou no gabinete pastoral um homem quase tão endoidecido como poderia estar sem ser metido num manicômio. Os olhos pareciam prestes a saltar das órbitas. Disse que teria chegado ao desespero total se não tivesse ouvido aquele discurso, o qual o fizera ver que vivia ao menos um homem que compreendia os seus sentimentos e podia descrever a sua experiência. Falei com ele, procurei animá-lo e lhe pedi que voltasse segunda-feira à noite, quando eu poderia dispor de um pouco mais de tempo para conversar com ele. Tornei a vê-lo, e lhe disse que me dava esperança, e que me alegrava ao ver que a palavra pregada fora tão apropriada para o seu caso. Ao que parece, recusou o consolo que lhe ofereci e, todavia, tive consciência de que a preciosa verdade que ele ouvira estava agindo em sua mente, e que a tempestade de sua alma logo cessaria, dando lugar a uma profunda calma.

Ouçam agora a seqüência daquilo. A noite passada eu preguei, por incrível que possa parecer isto, sobre as palavras: "O Todo-poderoso que me amargurou a alma", e depois veio falar comigo aquele mesmo irmão que me havia procurado cinco anos antes. Desta vez, o seu aspecto era tão diferente, como o dia difere da noite, ou como a vida da morte. Disse-lhe: "Alegra-me vê-lo, pois muitas vezes tenho pensado em você, perguntando-me se teria alcançado paz perfeita". Ora, contei-lhes que fui a Mentone e esse irmão tinha ido para o campo, de modo que não nos encontramos durante cinco anos. A minhas perguntas o irmão res¬pondeu: "Assim foi. O senhor disse que eu dava esperança, e estou certo de que ficará contente ao saber que, desde aquele dia até hoje, tenho andado à luz do sol. Está mudado tudo comigo, tudo transformado". Caros amigos, quando vi aquele homem em desespero, louvei a Deus pelo fato de que a minha terrível experiência me preparara para compadecer-me dele numa verdadeira empatia e para guiá-lo. Mas ontem à noite, quando o vi completamente recuperado, o meu coração transbordou de gratidão a Deus por aquelas aflições que eu sofrerá. Iria cem vezes até às profundezas para dar alento a um espírito deprimido. Foi bom eu ter sofrido aflições, para aprender a dizer uma palavra oportuna a um coração angustiado.
Suponhamos, irmão, que mediante uma penosa operação o seu braço direito pudesse ficar um pouco mais comprido; não creio que você se submeteria tranqüilo e sereno à operação. Mas se previsse que, submetendo-se à dor, poderia alcançar e salvar homens que estão para afogar-se, e que doutro modo afundariam diante dos seus olhos, creio que se disporia de boa vontade a suportar a agonia, e que pagaria pesada quantia ao cirurgião para poder qualificar-se para o resgate dos seus semelhantes. Reconheçamos, pois, que para adquirir o poder necessário a fim de conquistar almas para Cristo, teremos que passar pelo fogo e pela água, pela dúvida e pelo desespero, por tormentos mentais e angústias da alma. Naturalmente, a experiência não será idêntica para todos, e talvez nem mesmo para dois de vocês, pois a sua preparação será de acordo com a obra que lhes for confiada. Terão que entrar nas chamas, se tiverem que retirar outros do fogo, e deverão mergulhar nas correntezas, se lhes couber tirar outros das águas. Ninguém pode utilizar uma escada de incêndio para resgate, sem se sentir queimar pelas chamas, e ninguém pode manobrar um barco salva-vidas sem que as ondas o cubram. Se cabe à José preservar a vida dos seus irmãos, ele próprio precisa descer ao Egito. Se a Moisés incumbe conduzir o povo através do deserto, primeiro tem de passar quarenta anos ali com o seu rebanho. É verdade o que disse Payson: "Se alguém pede que dele se faça um ministro de sucesso, não sabe o que pede; e lhe convém considerar se pode beber o amargo cálice de Cristo e ser batizado com o batismo que Ele recebeu".
O que me levou a pensar nisto, foi a oração que o nosso dileto irmão Levinsohn acaba de elevar a Deus. Como percebem, ele é descendente de Abraão e deve sua conversão a um missio¬nário urbano que é da mesma nacionalidade dele. Se aquele mis¬sionário não fosse judeu, não teria conhecido o coração do jovem estrangeiro, nem teria conseguido que ele desse ouvidos à mensagem do evangelho. Normalmente os homens são ganhos para Cris¬to mediante instrumentos adequados, e esta adequação muitas vezes está no poder da empatia. A chave abre a porta porque encaixa no buraco da fechadura; um sermão toca o coração porque vai de encontro ao seu estado. Eu e vocês temos que ser amoldados e adaptados a todos os tipos e formas de coração e mente. É bem como Paulo diz: "E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus, para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns". É preciso que esses processos operem em nós também. Recebamos alegremente o que quer que o Espírito Santo faça em nossos espíritos para que assim sejamos abençoados para o bem dos nossos semelhantes. Irmãos, venham depositar tudo sobre o altar! Obreiros, entreguem-se às mãos do Senhor! Os delicados e finos talvez precisem de um impacto poderoso para que possam beneficiar os rudes e ignorantes. Os inteligentes e instruídos que se façam de tolos para poderem ganhar tolos para Jesus, porquanto os tolos precisam ser salvos, e muitos deles não serão salvos a não ser por meios que os doutos não apreciam.

Com que excelência alguns se lançam ao trabalho, quando o de que se necessita talvez não seja finura, mas energia! Por outro lado, quão violentos se mostram alguns, quando é necessário agir com tato e gentileza, e não com agressividade! Isto é matéria para aprendizagem. Devemos receber treinamento para isto, como os cães são treinados para seguir a caça. Eis um tipo de experiência: o colega é elegante. Seu desejo é falar fervorosamente, mas também há de fazê-lo de maneira primorosa. Escreveu um sermão muito bem preparado, e pôs em ordem suas anotações em cuidadoso esboço. Mas que pena! Deixou em casa o precioso documento. Que há de fazer? É demasiado polido para desistir. Tentará falar. Começa bem e vai até o fim da primeira divisão. "Devagar se vai ao longe, caro senhor." Agora, o que vem? Vejam, ele ergue os olhos, à procura da segunda divisão. Que se deve dizer? Que se pode dizer? O bom homem se debate daqui e dali, mas não consegue nadar. Luta para alcançar a terra, e quando sai da água dá para ouvi-lo dizer mentalmente: "Essa é a minha última tentativa". Mas não é. Volta a falar. Vai ganhando confiança. Desenvolve-se e se torna orador que impressiona bem. Humilhações como essas, porém, o Senhor prepara para ele a fim de que venha a realizar o seu trabalho com eficiência. No início da nossa carreira de pregadores, somos finos demais para sermos adequados, ou grandes demais para sermos bons. Precisamos servir de aprendizes para aprendermos o nosso ofício. O lápis é totalmente inútil, enquanto não for apontado. É preciso cortar o belo invólucro de cedro. Então o grafite interno que risca e escreve desempenhará bem a sua função.

Irmãos, a navalha da aflição é afiada, mas salutar. Vocês não terão prazer nela, mas a fé poderá lhes ensinar a dar-lhe valor. Não estariam dispostos a passar por qualquer prova, se por algum meio possam salvar alguns? Se não for este o seu espírito, melhor seria ficarem em sua fazenda ou no seu comércio, pois sem estar disposto para sofrer tudo, dentro dos limites possíveis, ninguém jamais conquistará uma alma para Deus.

Quanto medo pode ser que se tenha de sofrer! Contudo, esse medo pode ajudar a comover a alma e a colocá-la na disposição certa para o trabalho. Ao menos, pode levar o coração a orar, e só isto já é grande parte do preparo necessário. Um bom homem descreve assim uma das suas primeiras tentativas de fazer visita com o propósito de falar pessoalmente com indivíduos a respeito da condição espiritual deles: "Enquanto caminhava para a residência daquelas pessoas, ia pensando em como introduzir o assunto, e em tudo o que diria. E durante o percurso todo, estava tremendo e inquieto. Ao chegar à porta, foi como se eu fosse me afundar no meio das pedras. Foi embora a minha coragem. Erguendo a mão para a aldrava, ela caiu de novo, sem tocá-la. Afastei-me uns passos, de puro medo. Um momento de reflexão impulsionou-me de novo à aldrava, e entrei na casa. As frases que pronunciei e a oração que fiz foram muito entrecortadas. Mas estou muito grato, muito mesmo, pelo fato de que os meus temores e a minha covardia não prevaleceram. "O gelo foi quebrado"! Esse processo é natural e o seu resultado é altamente benéfico.

Ó pobres pecadores que desejam encontrar o Salvador! Jesus morreu por vocês, e agora Seu povo vive para vocês. Nós não podemos oferecer um sacrifício expiatório por vocês; não é preciso que nós o façamos. Todavia, alegremente faríamos sacrifícios pelo bem das suas almas. Vocês ouviram o que o nosso irmão acaba de dizer em sua oração: "Faríamos qualquer coisa, seríamos qualquer coisa, daríamos qualquer coisa e sofreríamos qualquer coisa para podermos levar-lhes a Cristo". Afirmo-lhes que muitos de nós nos sentimos exatamente assim. Acaso não se preocupam consigo mesmos? Seremos nós zelosos quanto às suas almas, e irão vocês menosprezá-las? Sejam mais sábios, eu lhes peço, e que a sabedoria infinita os leve agora mesmo aos pés do nosso amado Salvador. Amém.

Vitória Mediante Derrota – A. W. Tozer

Então disse: Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel: pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
Gênesis 32:28

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo.
Gálatas 6:14

As experiências dos homens que andaram com Deus na antigüidade concordam no ensino de que o Senhor não pode abençoar plenamente um homem enquanto não o tiver vencido. O grau de bênção desfrutada por qualquer homem corresponderá exatamente à vitória mais ou menos completa de Deus sobre ele. Este é um princípio muito negligenciado do credo cristão, não compreendido por muitos nesta era segura de si, mas é, não obstante, de vital importância para todos nós. Este princípio espiritual é bem ilustrado no Livro de Gênesis.

Jacó era aquele que ardilosamente se agarrava ao calcanhar alheio, e cuja força lhe foi fraqueza quase fatal. Durante dois terços da duração total da sua vida ele tinha levado em sua natureza alguma coisa dura e não vencida. Nem a sua gloriosa visão no deserto, nem a sua longa e amarga disciplina em Harã romperam a sua força prejudicial. Permaneceu ele no vau do Jaboque por ocasião do pôr-do-sol, perspicaz, inteligente e velho mestre de psicologia aplicada aprendida a duras penas. Não foi belo o quadro representado por ele. Era um vaso estragado desde a sua fabricação. Sua esperança estava em sua derrota. Não sabia disso ao findar-se o dia, mas ao nascer do sol já o tinha aprendido. A noite inteira ele resistiu a Deus, até que amavelmente Deus tocou-lhe na articulação da coxa e obteve triunfo sobre ele. Só depois de ter descido à humilhante derrota é que ele começou a sentir a alegria da libertação da sua força má, o deleitável prazer da vitória de Deus sobre ele. Então clamou pela bênção e se negou a deixá-lo partir enquanto esta não lhe viesse. Fora uma longa luta, mas para Deus (e por razões só dEle conhecidas). Jacó fora digno do esforço. Agora ele era outro homem; o teimoso e egocêntrico rebelde tornara-se um dócil e nobre amigo de Deus. Ele prevalecera de fato, mas por meio da fraqueza, não da força.

Somente o vencido pode conhecer a verdadeira bem-aventurança. Esta é uma filosofia válida, baseada na vida, e necessária pela constituição das coisas. Não precisamos aceitar esta verdade cegamente; as razões são discerníveis, estando entre elas estas: So¬mos seres criados e, como tais, derivados, não auto-existentes. Não nos é dado ter vida em nós mesmos. Quanto à vida somos total e continuadamente dependentes de Deus, a Origem e a Fonte da vida. Somente pela total dependência dEle é que se concretizam as potencialidades ocultas da nossa natureza. Sem isto, somos apenas meios-homens, mal formados e nada belos membros de uma nobre raça outrora feita para exibir a imagem do seu Criador.

Uma vez, nos tempos antigos, Deus declarou que o fim de toda a carne chegara perante Ele, e os séculos não trouxeram nenhum abrandamento dessa sentença. "Os que estão na carne não podem agradar a Deus. ...o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. ... o pendor da carne dá para a morte." Com palavras como estas Deus perpetuou a antiga sentença de condenação. Admitamos ou não, o golpe da morte está sobre nós, e ser-nos-á salvadora sabedoria aprendermos a confiar, não em nós mesmos, mas naquele que ressuscita os mortos. Pois, como ousar pôr a nossa confiança numa coisa tão fugidia, tão efêmera como a vida humana?
Não pode achar repouso, afirmo, o homem prudente,
naquilo que perece; tampouco inclinará
seu coração para algo que do tempo depende.

Desde quatro séculos já, estas palavras chegam a nós e, em nossos momentos de queda sabedoria, sentimos e sabemos que elas são verdadeiras. Por quê, pois, colocamos a nossa confiança nas coisas que perecem e, portanto, nos tornamos as simplórias vítimas do tempo e os detestáveis vilões da mudança? Quem envenenou a nossa taça e nos transformou em rebeldes? Aquela antiga serpente, o diabo, foi quem primeiro nos seduziu para aquela temerária declaração de independência, declaração que, em vista das circunstâncias, é ao mesmo tempo tremendamente cômica e profundamente trágica. Pois o nosso inimigo só pode rir da incrível vaidade que nos levaria a medir forças com o Onipotente; essa é a comédia cínica de tudo isso; a tragédia goteja com cada lágrima e se aflige ao lado de cada túmulo.

Um pouco de familiaridade com os nossos corações nos forçará a reconhecer que não há esperança dentro de nós, e o mais breve olhar ao redor haveria de mostrar-nos que não temos por que esperar socorro de fora. A própria natureza nos ensinará que (Deus à parte) não passamos de órfãos da criação, meninos perdidos nos vastos espaços, apanhados em desamparo pela voragem de forças demasiado grandes para serem compreendidas. Por este mundo fora, ruge um invisível e imenso poder que deixa em sua esteira gerações, cidades, civilizações. A terra, nosso passageiro lar, somente nos oferece por fim um sepulcro. Nada nos resta de seguro, de amável. No Senhor há misericórdia, mas no mundo não há nenhuma, pois a natureza e a vida avançam como que inconscientes do bem e do mal, da tristeza e da dor humanas.

Foi para livrar Jacó da enganosa esperança, que Deus se con¬frontou com ele aquela noite às margens do rio. Para livrá-lo da autoconfiança foi necessário que Deus o derrotasse, que arrebatasse dele o controle, que exercesse o Seu grande poder e o dirigisse com cordas de amor. Charles Wesley, o suave cantor da Inglaterra, com penetração espiritual rara mesmo entre os cristãos adiantados, escreveu da boca de Jacó o que concebeu que seria a sua oração enquanto lutava com Deus no vau do Jaboque:

Vai-se-me a força, a minha natureza morre;
sucumbo embaixo da Tua poderosa mão;
p'ra reviver feneço, e caio para erguer-me:
Eu caio e, entretanto, pela fé estou firme.
Sim, firme estou, e não
Te deixarei partir até Teu Nome e Tua natureza saber.
Aleijado eu estou, porém capturo a presa;
pecado, inferno e terra, fácil os domino;
a saltitar de gozo, sigo o meu caminho
e para o lar eu vôo, como um ágil cervo,
para provar por toda a imensa eternidade que o
Teu'Nome é amor, e amor Tua Natureza.
Faremos bem em rogar a Deus que nos invada e nos conquiste pois, enquanto não o fizermos, ficaremos em perigo de mil inimigos. Trazemos dentro de nós as sementes da nossa própria desintegração. A nossa imprudência moral nos põe sempre em perigo de autodestruição acidental ou negligente. A força da nossa carne é um perigo para as nossas almas, perigo presente sempre. A libertação somente pode vir-nos pela derrota da nossa antiga vida. A segurança e a paz só nos podem vir depois de nos termos forçado sobre os nossos joelhos. Deus nos resgata rompendo-nos, despedaçando a nossa força e eliminando a nossa resistência. Então Ele invade a nossa natureza com aquela antiga e eterna vida que desde o princípio existe. Assim Ele nos vence e com essa benigna vitória nos salva para Si.

Com este segredo exposto aguardando fácil descobrimento, por que será que em quase todas as nossas buliçosas atividades trabalhamos noutra direção e não nesta? Por que edificamos as nossas igrejas sobre a carne humana? Por que valorizamos tanto aquilo que Deus de há muito repudiou, e desprezamos aquelas coisas que Deus tem em tão alta estima? Pois ensinamos os homens, não a morrer com Cristo, mas a viver na força da sua humanidade agonizante. Jactamo-nos, não em nossa fraqueza, mas em nossa força. Valores que Cristo declarou falsos são trazidos de volta para debaixo do favor evangélico e promovidos como sendo a própria vida e substância do caminho cristão. Com que avidez buscamos a aprovação deste ou daquele homem de reputação secular. Quão vergonhosamente exploramos a celebridade convertida. Qualquer pessoa afastará a censura de obscuridade dos nossos líderes famintos de publicidade: atletas famosos, membros do congresso, viajantes internacionais, ricos industriais; diante deles nos inclinamos com obsequiosos sorrisos e os honramos em nossas reuniões públicas e em nossa imprensa religiosa. Assim glorificamos homens para realçar a posição da igreja de Deus, e a glória do Príncipe da Vida é deixada a depender da transitória fama de um homem que sem falta morrerá.

É espantoso que nos proclamemos seguidores de Cristo e, contudo, tomemos tão superficialmente as palavras dos Seus servos. Pois como poderíamos agir como agimos, se levássemos a sério a admoestação de Tiago, o servo de Deus: "Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé, ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prome¬teu aos que o amam?"

Paulo via estas coisas sob outra luz, que não a daqueles homens a quem Tiago faz a sua reclamação. "Pela cruz", diz ele, "estou crucificado para o mundo". A cruz em que Jesus morreu veio a ser também a cruz em que o Seu apóstolo morreu. A perda, a rejeição, a vergonha, pertencem tanto a Cristo como a todos os que real e verdadeiramente são de Cristo. A cruz que os salva também os mata, e qualquer coisa abaixo disso é uma pseudo fé, não uma fé verdadeira, de modo nenhum. Mas o que havemos de dizer quando a grande maioria dos nossos líderes conservadores não andam como crucificados, mas como os que aceitam o mundo com o seu próprio valor — rejeitando apenas os seus elementos mais gros¬seiros? Como podemos encarar Aquele que foi crucificado e morto, quando vemos os Seus seguidores aceitos e louvados? Todavia, eles pregam a cruz e protestam em alta voz que são crentes verdadeiros. Haverá, então, duas cruzes? E será que Paulo quis dizer uma coisa e eles outra? Temo que é assim, que existem duas cruzes, a antiga e a nova.

Lembrando-me das minhas próprias imperfeições, quero pensar e falar com amor cristão de todos aqueles que levam sobre si o precioso Nome pelo qual nós cristãos somos chamados. Mas, se enxergo bem, a cruz do evangelismo popular não é a cruz do Novo Testamento. É, ao contrário, um novo e brilhante ornamento do seio de um cristianismo autoconfiante e carnal cujas mãos são, de fato, as mãos de Abel, mas cuja voz é de Caim. A antiga cruz matava os homens; a nova os entretém. A antiga cruz os condenava; a nova os diverte. A antiga cruz destruía a confiança na carne; a nova a estimula. A antiga cruz produzia lágrimas e sangue; a nova produz riso. A carne, sorridente e confiante, prega e canta acerca da cruz; diante dessa cruz ela se inclina e para essa cruz aponta com esmerado e teatral dramatismo — mas nessa cruz a carne não morrerá, e o opróbrio dessa cruz, obstinadamente, se nega a levar sobre si.

Bem sei quantos argumentos lisonjeiros podem ser manipulados em apoio da nova cruz. Não é verdade que a nova cruz ganha conversos e faz muitos seguidores e. assim, leva a vantagem do sucesso numérico? Não devemos ajustar-nos aos tempos que mudam? Não ouvimos o lema, "Novos dias, novos métodos"? E quem, exceto alguém muito velho e muito conservador, insistiria na morte como o meio indicado para a vida? E quem hoje está interessado num melancólico misticismo que sentenciaria sua carne a uma cruz e recomendaria a humildade que apaga o ego, como uma virtude que os cristãos modernos devem praticar realmente? Estes são os argumentos que, ao lado de muitos outros mais verbosos ainda, são apresentados para dar uma aparência de sabedoria à cruz oca e sem sentido do cristianismo popular.

Sem dúvida há muitos cujos olhos estão abertos para a tragédia do nosso tempo, mas, por que ficam eles tão silenciosos quando há tão dolorosa necessidade do seu testemunho? Em nome de Cristo os homens têm esvaziado a cruz de Cristo. "Alarido dos que cantam é o que ouço." Os homens modelaram com buril uma cruz de ouro e diante dela se assentam para comer e beber e se levantam para divertir-se. Em sua cegueira, substituíram a ação do poder de Deus pela obra de suas humanas mãos. Talvez a nossa maior necessidade atual seja a vinda de um profeta que quebre as pedras aos pés do monte e convoque a igreja para o arrependimento ou o juízo.

Diante de todos os que desejam seguir Cristo, o caminho é claro. É o caminho da morte para a vida. Sempre a vida está logo além da morte e acena para o homem que está farto de si mesmo para que venha e conheça a vida mais abundante. Mas para alcançar a nova vida ele deve passar pelo vale da sombra da morte, e eu sei que ao som destas palavras muitos darão as costas e não mais seguirão a Cristo. Para quem iremos, porém? "Tu tens as palavras da vida eterna."

"Pode ser que haja alguns seguidores bem intencionados que voltem atrás porque não aceitam a morbidez que parece associar-se à idéia da cruz. São amantes do sol e acham duro demais pensar em viver somente nas sombras. Não querem habitar com a morte nem viver sempre numa atmosfera de morte. E o instinto deles não falha. A igreja tem exagerado muitíssimo nas cenas dos leitos de morte, nos cemitérios paroquiais e nos funerais. O cheiro bolorento das igrejas, o lento e solene passo do ministro, o sopitado silêncio dos adoradores e o fato de que muitos entram num templo somente para prestar sua última homenagem aos mortos, tudo fortalece a noção de que a religião é algo que deve ser temido e que, como uma operação grave, deve ser suportado só porque fomos apanhados numa crise e não ousamos evitá-lo. Nada disso é a religião da cruz; é, ao contrário, uma paródia dela. O cristianismo de cemitério paroquial, conquanto nem remotamente relacionado com a doutrina da cruz, talvez possa ser culpado do aparecimento da nova e alegre cruz de hoje em dia. Os homens anelam a vida, mas quando se lhes diz que a vida vem pela cruz, não podem entender como pode ser isso, pois aprenderam a associar com a cruz imagens típicas como placas memoriais, naves com pouca iluminação, e hera. Assim, re¬jeitam a verdadeira mensagem da cruz e com essa mensagem rejei¬tam a única esperança de vida conhecida dos filhos dos homens.

A verdade é que Deus nunca planejou que os Seus filhos vivessem para sempre estendidos numa cruz. Cristo mesmo suportou a Sua cruz durante apenas seis horas. Quando a cruz acabou de realizar a sua obra, a vida entrou e dominou. "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome." A Sua jubilosa ressurreição veio logo em seguida à Sua triste crucifixão. Mas o primeiro tinha que vir antes do segundo. A vida que pára aquém da cruz é apenas algo fugidio e condenado, destinado a perder-se a ponto de não poder recuperar-se. A vida que vai até à cruz e ali se perde para então ressurgir com Cristo é um tesouro divino e imperecível. Sobre ela a morte não mais tem domínio. Todo aquele que se recusa a levar sua antiga vida à cruz está apenas tentando enganar a morte e, não importa quão ardua¬mente lute contra ela, não obstante está fadado a perder sua vida afinal. O homem que toma a sua cruz e segue a Cristo, logo verá que a sua direção é para longe do sepulcro. A morte está por trás dele, e uma jubilosa e crescente vida está adiante. Os seus dias serão assinalados daí por diante, não pela obscuridade eclesiástica, pelo cemitério de igreja, pela entonação afetada, pela vestimenta negra (coisas que não passam de mortalhas de uma igreja morta), mas pela "alegria indizível e cheia de glória".

A fé real sempre deve significar mais que aceitação passiva. Atreve-se a significar nada menos que a sujeição da nossa condenada vida adâmica a um misericordioso fim na cruz. Isto é, recebemos a justa sentença de Deus contra a nossa carne má e admitimos o Seu direito de dar fim à sua carreira insossa. Consideramo-nos como crucificados com Cristo e como ressuscitados para uma novidade de vida. Onde houver tal fé, Deus sempre agirá de acordo com o que esperamos. Aí começa a divina conquista das nossas vidas. Deus realiza isto por meio de uma efetiva captura, uma invasão das nossas naturezas, contundente mas impulsionada pelo amor. Quando Ele domina a nossa resistência, prende-nos com cordas de amor e nos atrai a Si. Ali, "desvanecidos com a Sua amabilidade", jazemos vencidos e damos graças e mais graças a Deus pela bendita conquista. Ali, com a sanidade moral restabelecida, levantamos os olhos e bendizemos o Deus Altíssimo. Então partimos, pela fé, para cativar aquilo para que fomos primeiro cativados por Deus.
"Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos peque¬ninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado."

Os paradoxos da vida que exaltam a Cristo


- Uma vida dedicada a magnificar Cristo é de grande custo. E o custo é tanto uma conseqüência como um meio de engrandecê-lo. Se não abraçamos o caminho do amor carregado de alegria, do amor doloroso, desperdiçaremos nossa vida. Se não aprendemos com Paulo os paradoxos da vida que exaltam a Cristo, desperdiçaremos nossos dias perseguindo bolhas que estouram. Ele viveu "entristecido, mas sempre alegre; pobre, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo" (2Co 6.10). A estrada do Calvário é cara, e dolorosa, mas não lhe falta alegria.

Quando abraçarmos com alegria o custo de seguir a Cristo, o valor dele brilhará no mundo. O apóstolo Paulo tinha uma grande paixão na vida. Nós já o vimos dizê-la de várias formas: nada saber senão Cristo e ele crucificado (1 Co 2.2); gloriar-se apenas na cruz (Gl 6.14).

A paixão única de Paulo na vida e na morte

Ele falou sobre sua grande paixão de outro modo que nos mostra como o custo de engrandecer a Cristo é também o meio. Ele disse à igreja filipense: é "a minha ardente expectativa e esperança que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro." (Fp 1.20,21) Aqui a pergunta é feita e respondida. Como se honra Cristo pela morte? Como pode o custo de perder tudo neste mundo ser um meio de exaltar a Jesus? Ouçamos Paulo cuidadosamente. Cristo nos chamou para viver para sua glória e morrer para sua glória. Se soubermos como morrer bem, sabe¬remos como viver bem. Esse texto mostra ambas as coisas.

Novamente vemos a paixão única de Paulo na vida - "será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte". Se Cristo não é engrandecido em nossa vida, ela é jogada fora. Nós existimos para fazê-lo aparecer no mundo como ele realmente é - magnificente. Se nossa vida e morte não mostram o valor e maravilha de Jesus, são desperdiçadas. É por isso que Paulo disse que seu alvo na vida e na morte era "que... Cristo... fosse honrado".

Nossa vergonha e nosso tesouro

Note o modo incomum como ele esclarece isso no versículo 20: "É minha ardente expectativa e esperança... que em nada serei envergonhado". Pare aí um momento. Vergonha é aquele sentimento terrível de culpa ou fracasso quando você não corresponde, e isso diante das pessoas cuja aprovação você almeja fortemente. É o que a criancinha sente no programa do Natal quando esquece as frases que deve falar, e as lágrimas lhe enchem os olhos, e o silêncio parece eterno, e as outras crianças dão risadinhas brutalmente. Eu me lembro dessas vezes horríveis. Ou vergonha é o que um presidente sente quando as fitas secretas são finalmente ouvidas, e a linguagem feia e todo o engano é exposto, e ele está ali desonrado e culpado diante das pessoas.

O que é, então, o oposto de vergonha? É quando a criança se lembra das frases e ouve o aplauso. É quando o presidente governa bem e é reeleito. O oposto de ser envergonhado é ser honrado. Sim, geralmente. Mas Paulo era uma pessoa muito fora do comum. E os cristãos devem ser pessoas bem fora do comum. Para Paulo, o oposto de ser envergonhado não era ele ser honrado, mas Cristo ser honrado por meio dele. "Ê minha ardente expectativa e esperança que em nada serei envergonhado", mas que "Cristo será engrandecido no meu corpo".

O que você ama determina o que o envergonha. Se você ama as pessoas o engrandecerem, você sentirá vergonha quando não o fazem. Mas se você ama os homens engrandecerem Cristo, então você se envergonhará se ele é diminuído por sua culpa. E Paulo amava Cristo mais do que qualquer coisa ou qualquer pessoa. "O que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor" (Fp 3.7,8).

Sempre que algo é de valor tremendo para você, e você ama sua beleza ou força ou singularidade, você quer atrair a atenção de outros para isso e despertar neles a mesma alegria. É por isso que o alvo máximo da vida era Cristo ser engrandecido. Cristo tinha valor infinito para Paulo, e por isso Paulo ansiava que outros vissem e sentissem esse valor. E isso que significa magnificar Cristo - mostrar a magnitude do seu valor.

A Postura da Pregação - Pregando Com Propósito II



Cap 23 - Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica O NOVO NASCIMENTO

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A última coisa considerada no capítulo anterior é a chamada interna. Esta chamada comunica-se aos homens em o novo nascimento. De modo que somos trazidos, logicamente, a um estudo do novo nascimento ou regeneração.
I. A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO
1. O FATO DE SUA NECESSIDADE
Jesus não deixou dúvidas quanto a indispensável necessidade do novo nascimento como um pré-requisito à entrada no Reino de Deus quando Ele disse a Nicodemos: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:5).
2. RAZÕES DE SUA NECESSIDADE
O novo nascimento é necessário porque:
(1). As bênçãos espirituais de Deus são somente para os filhos espirituais.
Rom. 8:16,17. O Homem, por natureza, não é um filho espiritual de Deus, ainda que o seja naturalmente. Adão é chamado “o filho de Deus” (Lc. 3:28). Esta filiação baseou-se, não no nascimento, nem na mera criação, mas na semelhança de Deus herdada pelo homem. Essa imagem era dupla: Adão tinha uma parecença moral e espiritual com Deus na santidade. Tinha uma parecença natural com Deus na personalidade. Para discussão mais ampla dessas semelhanças vide o capítulo sobre “O Estado Original e Queda do Homem”. Quando o homem caiu, ele perdeu a parecença moral e espiritual com Deus e assim cessou de ser um filho espiritual de Deus. Mas ele não perdeu sua personalidade, não caiu ao nível de um bruto e assim reteve uma base natural de filiação. Isto explica Atos 17:28-9.
Espiritualmente e moralmente o homem é um filho do diabo (João 8:44; e I João 3:10), porque traz a semelhança espiritual e moral do diabo. Assim ele deve nascer de novo para herdar as bênçãos espirituais de Deus, porque estas, como Rom. 8:16,17 mostra claramente, não são para ninguém exceto Seus filhos espirituais.
(2). O homem está espiritualmente morto e o reino de Deus, tanto aqui como além, é por natureza espiritual.
Rom. 5:12; Efe. 2:1; Col. 2:13; I João 3:14. A afirmação que o homem está espiritualmente morto quer dizer, por causa do pecado, que o homem está espiritualmente privado de vida espiritual divina; contudo, ele tem vida espiritual natural. O seu espírito perdeu toda afinidade real com Deus. Ele não tem afeto por Deus ou pelas coisas espirituais (Rom. 8:7,8). Ele não tem habilidade para as coisas espirituais (Jer. 13:23; João 6:65).
Portanto, nada há em a natureza do homem que o qualifique para a cidadania num reino espiritual. O que estiver espiritualmente morto não pode habitar um reino espiritual mais do que estiver fisicamente morto habitar um reino físico. Assim, deve o homem nascer de novo para poder entrar no reino de Deus.
(3). Estar no reino de Deus implica submissão à Lei de Deus e o homem por natureza está em inimizade com Deus.
Rom. 8:7,8. O reino de Deus é a Sua Lei nos corações de Seus santos; logo, entrar no Seu reino, é submeter-se à Sua Lei. Mas o homem, por natureza, não pode fazer isso porque ele está em inimizade contra Deus. É necessário o novo nascimento para que esta inimizade seja dominada.
II. A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO
1. CONSIDERADA NEGATIVAMENTE
(1). Não é uma erradicação da velha natureza
O novo nascimento pode-se chamar uma mudança de coração no sentido de uma mudança da disposição regente (incluindo os afetos bem como a vontade), mas o novo coração não desarraiga o velho. O velho, ou a natureza carnal, fica. Vide Rom. 7:14-25; Gal. 5:17. O novo coração ou natureza é colocado lado a lado do velho e o santo tem duas naturezas, como indicadas nas passagens pré-citadas. O novo nascimento deixa a velha natureza inalterada.
(2). Não é uma simples aquisição de religião
O homem é naturalmente religioso. Notai os atenienses pagãos em Atos 17. Recordai também as várias religiões e formas de culto nas terras gentias de hoje. Pouco importa quão religioso um homem se torne, sem o novo nascimento ele permanece essencialmente pecaminoso. Lemos num tratado metodista: “Cremos que alguém “adquira religião”, perca-a e fique eternamente perdido.” Escrevemos a margem: “Passar-vos-ei um melhor que esse: creio que um homem adquira religião, guarde-a e vá para o inferno, levando-a consigo.”
(3). Não é reforma humana
A reforma humana é superficial, deixando a natureza inteira essencialmente a mesma. Por essa razão a reforma humana provavelmente não dura. O novo nascimento será seguido de reformas, mas é reforma que provém de uma mudança fundamental na disposição regente e não a que se funda numa simples resolução da mente. A reforma humana nunca pode purgar da alma o pecado e implantar uma nova disposição. 2 Pedro 2:20-22.
(4). Não é adoção
Adoção é um termo legal. É o resultado imediato de justificação. Não é o mesmo que regeneração. Adoção faz-nos filhos de Deus legalmente, ao passo que a regeneração nos faz filhos de Deus experimentalmente. A adoção traz mera mudança de parentesco legal. A regeneração muda nossa natureza. A adoção tem de ver conosco como os filhos espirituais e morais do diabo por natureza. A regeneração tem de ver conosco como aqueles que por natureza estão privados de vida espiritual.
2. CONSIDERADA POSITIVAMENTE
A regeneração é aquele ato instantâneo de Deus na região da alma abaixo do senso íntimo pelo qual se remove toda a nódoa da alma, e pela qual, através da instrumentalidade da verdade, o exercício inicial da disposição santa assim comunicada se efetua. Na regeneração há também formada uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo.
Da descrição supra de regeneração notemos que:
(1). É um ato de Deus
O homem não pode dar nascimento a si mesmo. João atribui claramente a regeneração a Deus quando, ao falar de nascermos outra vez, diz: “Não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (João 1:13). Esta passagem nos diz que a nova natureza não é hereditária; que ela não provém da vontade da velha natureza (carne); e que não se realiza pela vontade de homem algum, mas é operada por Deus. Na regeneração não temos um homem trabalhando por si mesmo ou por algum outro homem, mas um homem trabalhado por Deus. Daí podemos amplificar a afirmação que encabeça este parágrafo e dizer que a regeneração é um ato soberano de Deus. João 3:8. Na sua fase inicial (vivificação) a regeneração é incondicional. Por ato algum de si mesmo o homem dispõe Deus a regenerá-lo .
(2). É um ato instantâneo
Diz A. H. Strong: “A regeneração não é uma obra gradual. Conquanto possa haver uma obra gradual da providência de Deus e do Espírito, preparando a mudança, e um reconhecimento gradual dela depois que ocorre, deve haver um instante de tempo em que, sob a influência do Espírito de Deus, a disposição da alma, logo antes hostil a Deus, muda-se para amar. Qualquer outra idéia assume um estado intermediário de indecisões que não tem nenhum caráter moral que seja e confunde a regeneração quer como a convicção quer com a santificação.” (System Theology, pág. 458).
A regeneração consiste de gerar e produzir , uma vivificação e um nascimento. E, por causa disso, alguns tem tentado explicar uma tal analogia entre os nascimentos físico e espiritual como interporia um lapso de tempo entre gerar e nascer; mas a separação quanto ao tempo entre gerar e nascer no reino físico é ocasionada por condições que são peculiares ao referido reino. Nenhumas condições tais prevalecem no reino espiritual.
Toda passagem da Escritura conduzindo ao novo nascimento implica que ele é instantâneo.
(3). Ele remove da alma toda a nódoa de pecado
Por natureza a alma do homem é pecaminosa, evidenciado pelo fato que a alma, quando separada do corpo, vai imediatamente ao tormento do fogo (Lc. 16:23). Se a alma dos incrédulos não fosse pecaminosa tanto quanto o corpo, não seria justo a alma sofrer no inferno. Mas que a alma da pessoa regenerada não é pecaminosa está evidenciado pelo fato que tal alma quando separada do corpo na morte, vai imediatamente à presença de Jesus, onde certamente nenhum pecado será permitido entrar. É-nos dito em 1 Pedro 1:22 que a fé purifica a alma.
E, a modo de mais extensa confirmação do precedente, notamos que, em descrever as duas naturezas dos crentes, a Escritura representa a velha natureza como corpo e carne, enquanto que a nova natureza é chamada mente ou espírito. O pecado no crente existe nas luxurias físicas e apetites, não na alma (espírito) ou parte imaterial do homem.
(4). Por meio desta purificação da alma os crentes se tornam “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4)
Assim a imagem espiritual de Deus se restaura na alma dos crentes. A nova disposição santa assim instilada é a nova natureza ou novo homem... criado em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24).
(5). O novo nascimento não está completo até que o arrependimento e a fé tenham sido operados na alma.
É a estes que nos referimos quando falamos acima de “o exercício inicial da santa disposição”, cujo exercício é efetuado pela regeneração. O arrependimento e a fé deveriam ser considerados como uma parte da regeneração mais do que como frutos dela. A alma não se renova enquanto ela permanece na impenitência e na incredulidade. Estas atitudes do coração expostas na regeneração. Isto se confirma pelo fato que a verdade é usada instrumentalmente na regeneração. Se a regeneração não consistisse da operação do arrependimento e da fé no coração, não haveria necessidade da instrumentalidade da palavra.
(6). O homem não é totalmente passivo na regeneração
Ele é passivo na vivificação, ou na comunicação inicial da vida. É passivo na mudança da disposição regente ou na remoção de toda a nódoa da alma. Mas no exercício inicial da santa disposição comunicada na regeneração o homem é ativo.
(7). Na regeneração forma-se uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo.
Rom. 8:26; Efe. 1:13,14. Esta união é tão íntima e completa que os santos gemidos do santo são os gemidos do Espírito Santo, por meio dos quais Ele faz intercessão pelo santo. É por meio desta união entre alma regenerada e o Espírito Santo que temos união moral e espiritual com Cristo (Rom. 7:2-4).
É em respeito a esta união do Espírito Santo com o espírito regenerado do homem que temos a diferença entre a regeneração no Velho Testamento e a regeneração no Novo. A do Velho era exatamente a mesma como a do Novo, exceto por isto:
III. COMO SE CUMPRE O NOVO NASCIMENTO
1. CONSIDERADO NEGATIVAMENTE
(1). Não por educação ou cultura
A educação e a cultura não podem tirar do homem aquilo que não esteja nele. Daí, desde que o homem é essencialmente pecaminoso e totalmente depravado, a educação e a cultura não podem nunca produzir aquela santa disposição regente que é operada na regeneração.
(2). Não por batismo
Que o batismo não é instrumental em o novo nascimento, está provado pelos seguintes fatos:
A. Não há nenhum meio concebível por que o batismo possa remover o pecado da alma ou comunicar uma santa disposição regente.
Os meios físicos não podem nunca operar uma mudança espiritual. A idéia de regeneração batismal “é parte e parcela de um esquema geral mais de salvação mecânica do que moral, mais coerente com uma filosofia materialística que espiritual.” (Strong).
B. Pedro afirma que o batismo não é o despojo da imundícia da carne senão a resposta de uma boa consciência para com Deus (I Pedro 3:21).
Uma boa consciência é a que foi purificada pelo sangue de Cristo (Heb. 9:14). Até que assim se purifica a consciência é má (Heb. 10:22). E quando alguém for purificado, não há mais consciência de pecados (Heb. 10:2). Daí um que tem uma boa consciência nunca fará nada para poder salvar-se, porque não tem consciência de pecados nenhum sentimento de necessidade de salvação. Tudo isto prova que alguém está salvo antes do batismo e não por meio do batismo.
C. As palavras de Jesus em Mat. 3:15 implicam que o batismo é uma obra de justiça e Paulo diz que não somente somos salvos pelas obras de justiça (Tito 3:15).
D. A fé deve preceder o batismo (Atos 2:41, 8:37, 19:1-5), e quando a fé é exercitada, já se está salvo (João 3:18; 5:24; I João 5:1,12).
E. Quando a fé foi exercida, a regeneração está completa; logo, o batismo que segue a fé não pode ser instrumental na regeneração.
A fé é operada no coração, como já foi mostrada e mais claro ainda se fará no capítulo sobre conversão.
F. O Ladrão na cruz foi salvo sem batismo.
A suposição que este ladrão deve ter tido o batismo de João antes de sua crucificação não tem base. Tal batismo não teria sido melhor do que o batismo recebido pelos doze em Éfeso, porque teria sido, como o dos doze, sem fé em Cristo, portanto não válida. O esforço para estabelecer que as palavras de Cristo ao ladrão formaram uma pergunta em vez de uma declaração é absurdo e sem o mais leve pretexto no grego. Que o paraíso é o céu, a presença imediata de Deus, está evidente de Apoc. 2:7 e 22:1,2.
Tomamos “água” em João 3:5 como um símbolo da Palavra de Deus na base dos seguintes fatos escrituristicos:
(a). A regeneração é uma lavagem (Tito 3:5) e é pela Palavra (Tiago 1:18; I Pedro 1:23).
(b). A purificação operada pela Palavra é como a “lavagem da água” Efe. 5:26.
Que é mais natural então do que “água” em João 3:5 representando o efeito purificador da Palavra na regeneração?
Alguns interpretam água em João 3:5 para referir-se ao nascimento natural. Uma interpretação tal é forçada e desnatural. Em nenhuma parte da Bíblia se fala do nascimento natural como um nascimento da água. E não havia necessidade de se dizer a um homem que ele tinha de nascer naturalmente para poder entrar no reino de Deus. A construção da frase também favorece a idéia que um só batismo é aqui referido. A preposição “de” ocorre antes de água só no grego.
2. CONSIDERADA POSITIVAMENTE
A regeneração é operada:
(1). Pelo Espírito Santo
João 3:5 nos diz que o novo nascimento é pelo Espírito Santo. Há dois sérios erros em referência à obra do Espírito Santo na regeneração. Um é que Ele opera (pelo menos em alguns casos) inteiramente independente e à parte da Palavra escrita de Deus. Isto é sustentado pelos Cascaduras. Conseqüentemente, eles crêem que os homens podem salvar-se sem o conhecimento da Palavra de Deus escrita. As passagens que atribuem à Palavra de Deus num lugar na regeneração, que são notadas sob a próxima epígrafe, refutam esta noção. O outro erro a que aqui nos referimos é o ensino que o Espírito na regeneração não age imediatamente sobre a alma, mas somente imediatamente por meio da Palavra. Isto é o ensino dos campbelistas. “As asserções escrituristicas da morada do Espírito Santo e do Seu imenso poder na alma proíbem-nos considerar o divino espírito na regeneração como vindo em contato, não com a alma, mas somente com a verdade. Desde que a verdade é só o que é, simplesmente, não pode haver mudança operada na verdade. As frases “energizar a verdade”, “intensificar a verdade”, “iluminar a verdade”, não tem sentido próprio, uma vez que Deus não pode fazer a verdade mais verdadeira. Se se opera alguma mudança, ela deve ser operada não na verdade senão na alma.” (Strong, Systematic Theology, pág. 453).
A depravação e inabilidade por natureza de receber a verdade e virar-se do pecado para Cristo e para a justiça (Jeremias 13:23; João 6:65; 1 Cor. 2:14) também mostram a necessidade absoluta do impacto imediato e da operação do Espírito Santo sobre a alma na regeneração. “O mero aumento de luz não fará que o cego veja; a doença do olho deve primeiro ser curada para que o cego veja objetos externos. Assim a obra de Deus na regeneração deve ser executada dentro da alma mesma. Sobre a cima de toda a influência da verdade deve estar a influência direta do Espírito Santo sobre o coração.” (ibid).
(2). Usando a instrumentalidade da palavra
A instrumentalidade da Palavra na regeneração está ensinada em Efes. 5:26; Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23. É evidente de 1 Ped. 1:25 que a palavra nestas passagens é a Palavra escrita ou pregada antes que o Verbo encarnado (que é Cristo). Em 1 Ped. 1:23 a palavra está caracterizada como aquilo que “vive e permanece para sempre”. Então, no verso 24, está referido a natureza perecível de outras coisas. E, no verso 25, a duração da Palavra está de novo referida, e está plenamente especificada que a referida Palavra é “a Palavra de boas novas que vos foi evangelizada” (tradução correta).
Veremos mais adiante a evidência da instrumentalidade da Palavra na regeneração quando notamos em nossa consideração de fé, o que é o objeto e a base de fé, a qual é operada em nossos corações como parte da regeneração.
Todavia, carece de ficar entendido que na primeira fase da regeneração (vivificação) o Espírito opera sobre a alma independente da Palavra. À alma espiritualmente morta deve-se dar vida antes que ela possa ver e agir sobre a verdade. É na vivificação que se pode vir a Cristo (João 6:65). É assim que Deus dá homens à possessão de Cristo (João 6:37). “Na mudança primaria de disposição, a qual é o traço essencialíssimo da regeneração, o Espírito de Deus age diretamente sobre o espírito do homem. Na consecução do exercício inicial da nova posição – a qual constitui o traço secundário da obra de Deus na regeneração – a verdade é usada como um meio. Daí, talvez, em Tiago 1:18, lemos: “Do seu próprio querer ele nos gerou pela Palavra da verdade”, em vês de “Ele nos ganhou pela Palavra da Verdade” – a referência sendo ao secundário, não ao primário, traço da regeneração” (Strong, Systematic theology, pág. 454)
IV. EVIDENCIAS DO NOVO NASCIMENTO
1. CONFIANÇA GENUÍNA EM CRISTO SÓ PARA A SALVAÇÃO.
Notamos que a fé é operada no coração como uma parte (a secundária) ou regeneração. Isto é necessariamente assim porque a nova natureza não pode estar na incredulidade. A fé que se opera no homem pela regeneração não se detém por menos que implícita confiança e certeza em Cristo como salvador pessoal. Não é meramente crença a respeito dEle, mas fé e confiança nEle e sobre Ele. Isto é tão abundantemente evidente das passagens que tratam da fé que argumento mais extenso não é preciso para substanciá-lo.
Ninguém se regenerou até que esteja pronto a confiar o seu eterno bem-estar inteiramente a Cristo. Deve ter se arrependido das obras mortas (Heb. 6:1) . Todas as obras engajadas para a salvação são obras mortas. Nenhuma fé se conta por justiça e portanto não é fé salvadora. Exceto a fé do que “não obra” para salvação (Rom. 4:5). Enquanto alguém está olhando para qualquer coisa que não Cristo, não esta o tal regenerado.
2. O TESTEMUNHO E A PRESENÇA MORADORA DO ESPÍRITO
Rom. 8:16,9; 1 João 3:24; 4:13. O testemunho e a habitação do Espírito não se evidência por algum sentimento vago, místico, abstrato, mas pelo constante poder regente do Espírito (Rom. 8:14) produzindo devoção a Deus e uma vida obediente. É pela habitação constante do Espírito e Sua operação em nós que Deus executa até ao fim a obra que Ele começa em nós na regeneração (Fil. 1:6, 2:13). O testemunho e a moradia do Espírito estão evidenciados em todos os modos subseqüentes.
3. PRONTIDÃO EM ACEITAR A PALAVRA DE DEUS
João 8:47. Uma pessoa regenerada mostrará sempre um desejo de conhecer a vontade do Seu Pai em tudo a seguir essa vontade quando se torna conhecida. Não se achará andando continuamente em obstinada rebelião contra a verdade.
4. ESTADO CÔNSCIO DE PECADO
Rom. 7:14-25; 1 João 1:8. Nenhuma pessoa salva crer-se-á sem pecado. Os que crêem, estão enganados e sem a verdade, pela qual somos regenerados (Tia. 1:18) e feitos livres (João 8:32). Isto o torna claro que não estão salvos. A nova natureza reconhecerá sempre a presença do pecado no corpo, como no caso de Paulo (Rom. 7:14-25). Essa nova natureza tem em si mesma a unção iluminante do Espírito (1 João 2:27) e participa da natureza de Deus mesmo (2 Ped. 1:4), sendo criada em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24). Não pode estar cega ao pecado.
5. AMOR DE DEUS E JUSTIÇA
João 8:42; Rom. 7:22; 2 Cor. 5:17; 1 João 4:16-19. Juntamente com o estado cônscio de moradia do pecado estará um amor de Deus e justiça, tal como no caso de Paulo. Paulo achou o pecado no corpo, mas contudo alegrou-se na Lei de Deus segundo o homem interior.
6. UMA VIDA QUE É OBEDIENTE SEGUNDO O SEU TEOR PRINCIPAL
João 14:21-24; Rom. 6:14; 8:6,13; Gal. 5:24; 1 João 1:6; 2:4,15; 3:8,9; 2 João 6. A vida da pessoa salva não será perfeita, mas será justa e obediente quanto ao seu teor principal. Para mais extensa discussão desta matéria vide estudo de 1 João 2:4.
7. PURIFICAÇÃO PROGRESSIVA
1 João 3:3. Enquanto o crente nunca alcançará perfeição sem pecado nesta vida, contudo ele sempre batalha contra os seus próprios pecados.
8. AMOR DE OUTROS CRENTES
1 João 3:14, 5:2. Há uma tal afinidade entre as pessoas regeneradas que elas se amam mutuamente. Uma evidência deste amor é que elas se alegram na presença e amizade de uns pelos outros. Deus, porém, ajuntou um outro teste de nosso amor pelos irmãos: se amarmos a Deus e guardamos os Seus mandamentos sabemos que amamos os filhos de Deus. Vede a segunda passagem à cima. Assim, de novo somos trazidos de volta à matéria de obediência a Deus.
9. PERSEVERANÇA ATÉ AO FIM.
Mat. 10:22; Rom. 11:22; Fil. 1:6; Col. 1:23; 1 João 3:9; 5:4. A perseverança tanto é uma doutrina da Escritura como a conservação. Pela conservação de Deus somos levados a perseverar. Estas duas doutrinas são perfeitamente coerentes e precisam de ser sustentadas e pregadas como verdades gêmeas. Ninguém alcançará o céu senão aqueles que resistem firmes até ao fim e vencem o mundo. Vide as promessas aos vencedores no Apoc. 3 e 4. Nenhumas promessas a outros. Mas todos dentre os regenerados vencerão (1 João 5:4).

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos – 09/12/05

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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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