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22 de jun. de 2010

A Edificação Da Igreja Do Senhor Cuidado Como Você Constrói

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Procuramos sempre encorajar a construção: a construção do caráter, a construção de lares e a construção de igrejas. Isto reflete uma ênfase indiscutível nas Escrituras.
O Senhor é um construtor. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmo 127:1). Cada indivíduo é um construtor. "Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha.... Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces" (Lucas 6:47-49).
De modo especial, os evangelistas são construtores. Paulo escreveu aos coríntios: "Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele" (1 Coríntios 3:10). A estas palavras, contudo, ele acrescentou: "Porém, cada um veja como edifica".
O alicerce precisa estar certo. Desde o começo, Paulo minimizou a importância da sabedoria humana, a personalidade e o talento dos professores. Ele atingiu seu auge em 1 Coríntios 3:11. "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo."
Os materiais precisam estar certos. "Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará" (1 Coríntios 3:12-13). Um templo de madeira, feno e palha pode ser construído rápido e barato. Apelos aos apetites carnais para comida de graça, recreação, divertimento, educação, etc., ajuntarão tais materiais em grandes quantidades. Aqueles que buscam materiais mais caros, limitando-se a pregar "Cristo, e este crucificado", parecerão ser lentos e improdutivos, mas o tempo dirá. Homens de fé não julgam nada "antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará a plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus" (1 Coríntios 4:5).
A planta precisa estar certa. Paulo continua: "Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito" (1 Coríntios 4:6).
Alguns notáveis exemplos de construção fantasticamente rápida prenderam a atenção de cristãos em anos recentes. Conversões anuais às centenas, reuniões de milhares, ofertas em milhões e zelo sacrificial atingindo os remotos confins da terra levaram muitos observadores a imaginar se estaremos testemunhando um segundo Pentecostes.
Mas só números e publicidade não são prova de aprovação divina. Considere os mórmons, as Testemunhas de Jeová, a Igreja Universal do Reino de Deus e diversos outros ministérios e campanhas de falsos mestres. O mero fato que um projeto alegar ser bíblico não assegura que o procedimento estará em harmonia com a vontade de Deus.
Em numerosos casos de crescimento sensacional, não somente nos anos recentes mas nas últimas décadas, alguns princípios básicos das Escrituras têm sido descuidados, na ávida busca de resultados. Tal construção descuidada não está limitada àqueles que aceitam alguma determinada filosofia de "discipulado" ou "multiplicação". Por toda parte, todos nós precisamos das advertências do Espírito Santo nas Escrituras.
Que jamais fiquemos tão temerosos de enganos que cessamos de construir. Esse seria o maior engano de todos. Mas que nunca nos tornemos tão positivamente zelosos que reajamos desfavoravelmente à divina advertência: "Cada um veja como edifica".

-por Sewell Hall

Construa com cuidado pela pureza
doutrinária e moral
Quer seja oportuno, quer não. É deste modo que você exige que sua pregação seja? Assim como Paulo deu a Timóteo um encargo divino  diante de Deus e de Cristo para "pregar a palavra!" convencendo, repreendendo e exortando, "quer seja oportuno, quer não" (2 Timóteo 4:2), assim precisamos insistir em tal pregação nestes dias. As igrejas podem estar crescendo bastante, no sentido de números, mas a advertência de Paulo a ver como edifica (1 Coríntios 3:10) é cumprida somente por este encargo referente a pregar quando pessoas querem ouvir e também quando não. Três histórias ilustrarão suficientemente o que eu quero dizer.

Elias
Aqui estava um homem com uma missão (leia 1 Reis 17:18). Sua pregação, como um homem a colocou, "confortava os aflitos e afligia os confortáveis". Um dia ele foi encontrado por dois homens. Obadias, o humilde salvador dos profetas de Deus, curvou-se e perguntou: "És tu, meu senhor Elias?" Acabe, o rei mimado e idólatra, perguntou: "És tu, ó perturbador de Israel?" Ambos tinham visto seus milagres e ouvido seus trovejantes sermões sobre o arrependimento. Um o amava; outro o desprezava. Quer seja oportuno, quer não. Porque ele não ficou em cima do muro referente aos assuntos que exigiam a atenção imediata de Israel, era condenado como vociferador e perturbador. Entretanto, a palavra de Deus não voltava a ele vazia (Isaías 55:11), pois uns 7.000, dentre uma nação de milhões, foram salvos (1 Reis 19:18). Este pequeno remanescente, exigindo pureza doutrinária e moral, cumpriu o propósito de Deus.
João Batista
João não era nenhum louco do deserto, como muitos retratavam como sendo. Ele era mais parecido com um hábil cirurgião decidido a remover o câncer mortal de Israel (Marcos 6:14-29; Lucas 3:3-20). Este franco pregador, que exigia "arrependimento para a remissão dos pecados", enfureceu a hierarquia religiosa, exigindo "frutos dignos do arrependimento"! Seu sermão, "Ó Geração de Víboras!", não foi bem recebido no Sinédrio. Mas, Jesus mais tarde observou que o povo comum "consideram João como profeta", até o ponto em que "publicanos e meretrizes creram" nele e entrou no reino adiante dos fariseus (Mateus 21:26-32). Quer seja oportuno, quer não. Especialmente, o apelo forte de João pelo arrependimento era dirigido ao palácio real. O rei Herodes e a rainha Herodias sentiram o ferrão de sua exigência para que terminassem seu casamento adúltero. "Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão." Pregação doutrinária e moral da melhor forma. Enquanto isso lhe custou sua vida, deu vida ao reino. Ele estabeleceu o padrão para os pregadores do reino que viriam em seguida. "Os caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados" (Lucas 3:5). Será este o homem que fazemos questão de ter nestes dias?

Paulo
Ao longo da divisa nordeste do Mar Mediterrâneo havia muita tensão. Em Listra, Derbe, Icônio, Antioquia e outras igrejas da Galácia um assunto explosivo ocupava as mentes de cada cristão. O crescimento do reino poderia chegar a uma imobilização, se esta dinamite em forma de judaismo não fosse manejada adequadamente. Eles tinham estado bem ocupados, salvando almas antes que este detestável problema doutrinário levantasse a feia cabeça. Leia Gálatas 4 e 5 para conhecer os pormenores. O que Paulo ia fazer? Pelo bem da igreja, deveria ele apenas evitar o assunto, como se fosse uma praga, deixando o vento soprá-lo para longe e, então, desvanecer-se? Ou deveria lidar com ele de frente? Apesar do fato que este método, certamente, causaria uma explosão, Paulo sabia que esse assunto tinha que ser atacado com todas as suas forças. Ele sabia que "um pouco de fermento leveda toda a massa" (5:9) e, portanto, ter uma igreja progredindo, próspera, com milhares, que tinha decaído da graça (5:4), não tinha valor. Paulo disse que ele teria "trabalhado em vão" (4:11) se ele deixasse este assunto doutrinário ficar incontido. Assim, ele pregou a palavra. Aqueles que antes teriam arrancado os próprios olhos para uso de Paulo, agora consideravam-no inimigo (4:15-16). Quer seja oportuno, quer não. Sim, às vezes é necessário que haja heresias entre vós, para que "os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio" (1 Coríntios 11:19). Então, e só então, pode a igreja ser purificada e voltar à tarefa de buscar e salvar os perdidos com a aprovação de Deus.
Deus necessita de pregadores "amadurecidos", hoje em dia, que têm coragem de fazer o que Isaías 58:1 diz: "Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados." Cristo terá comunhão somente com igrejas "amadurecidas" (Apocalipse 2:3), que exijam livro, capítulo e versículo para permanecer doutrinária e moralmente puras. Quer seja oportuno, quer não. É o único modo de ver como edifica.

­por Rick Lanning 

Construam juntos, como irmãos humildes
Olhe para mim! Sou tão importante! Está vendo como todos têm que depender de mim? Vê como meu grupo é grande e que pessoas importantes são membros dele, junto comigo.

Ficaríamos horrorizados com o pensamento de nos expressarmos de maneira tão grosseira, e entretanto nosso orgulho freqüentemente tenta encontrar um modo de expressar esses mesmos sentimentos egocêntricos de uma maneira mais suave. Essas expressões "refinadas" de orgulho parecem introduzir-se mais e mais quando uma igreja cresce em número. Assim, um forte crescimento numérico, que deveria ser uma bênção, é freqüentemente transformado em uma maldição, quando os irmãos se sentem excessivamente importantes por causa do "sucesso".

Sutis sintomas de orgulho
Títulos. Pessoas orgulhosas gostam de títulos pomposos. Nos dias de Cristo, os títulos Rabi e Mestre eram cobiçados. Religiões populares, hoje em dia, produzem exaltadas apelações como "Reverendo", "Pastor", "Sua Santidade", etc. Irmãos que pensam como as denominações têm tomado emprestado, hoje, nomes altissonantes como "Ministro Dirigente", "Ministro de Púlpito", "Ministro de Educação" (professor de aulas bíblicas) e "Ministro de Música" (dirigente de cânticos). Entre todos os cristãos, mesmo frases inocentes usadas para descrever uma função podem se tornar em expressões de honra e até mesmo títulos. Assim, o termo "pregador em tempo integral" pode ser usado para elevar um pregador que é financeiramente sustentado por igrejas sobre outro que se sustenta com emprego secular. As palavras "pregador do evangelho" se tornam um título de posição em vez de uma simples descrição do trabalho de uma pessoa. Às vezes, irmãos expressam, em tons majestosos, "Eu sou um Ministro", quando é duvidoso se pudessem falar com a mesma inflexão altiva se trocassem por um sinônimo e dissessem: "Sou um escravo".

Conversa excessiva sobre realizações. Há uma linha fina entre falar do passado para ilustrar ou ensinar e fazer isso para "tocar sua trombeta". Ainda que finalmente Deus seja aquele que julgará quando essa linha for ultrapassada, não há dúvida que muitos se sentem compelidos a chamar atenção para sua importância, falando excessivamente de conquistas polêmicas, realizações educacionais, experiências em países estrangeiros ou citando constantemente estatísticas sobre batismos, encontros anuais, etc.

Competição com outros. O sucesso é freqüentemente acompanhado por um anseio de aceitação social. Isto, por sua vez, produz um desejo por membros da igreja de terem um grupo "tão bom" como outras igrejas e denominações. Assim, os símbolos da posição da igreja, tais como construções elaboradas, "Ministros" formados em teologia, e centros de vida familiar (ginásios de esportes) tornam-se uma preocupação entre cristãos que, insensivelmente, estão sendo consumidos pelo câncer do orgulho.

Os remédios de Cristo para o orgulho
Uma boa vacina contra orgulho sutil pode ser obtida meditando cuidadosamente nos ensinamentos de Cristo:

"Bem-aventurados os humildes de espírito" (Mateus 5:3).

"Aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:4).

"Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:26-28).
"Depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer (Lucas 17:10).

Felizmente, centenas de igrejas estão crescendo hoje em dia com membros que mantêm atitudes submissas e evitam estabelecer hierarquia social com títulos empolados. Tais congregações não atraem tanta atenção como as igrejas que se sentem compelidas a soar trombetas, mas Deus sabe quem elas são. Seguindo humildemente o plano de Deus e evitando exibições vãs, elas dão toda a glória ao Único digno de recebê-la.

Que Deus nos ajude a crescer e prosperar espiritualmente. Mas que esse crescimento possa sempre ser sem aquelas sutis, refinadas expressões de orgulho. Que nenhum homem se glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo!

­por Gardner Hall 

Construam, lembrando-se dos erros do passado

Uma das tragédias da História da igreja é o desenvolvimento do conceito de "igreja histórica", com todas as suas implicações de hierarquização, centralização e religião institucionalizada. A cristandade não foi mais a mesma desde o momento em que os homens se afastaram da estrutura organizacional simples das igrejas do Novo Testamento. Os historiadores da igreja traçam uma lenta e gradual mudança. O padrão, na época dos apóstolos, pediu igrejas autônomas, cada uma das quais era supervisionada por um grupo de presbíteros ou bispos (se houvesse homens maduros, que fossem qualificados para servir -- Atos 14:23; 20:17,28; Filipenses 1:1; 1 Pedro 5:1-14; Tito 1:5-9). Nos anos logo após a era apostólica, contudo, o ofício de bispo foi logo desempenhado por apenas um homem na igreja local, e este único bispo monárquico presidia sobre um grupo de presbíteros. Conforme os séculos passaram, uma hierarquia começou a se cristalizar. Metropolitanos (bispos de uma cidade) foram distinguidos dos bispos menos proeminentes do interior. Ainda mais tarde, patriarcas nas igrejas mais proeminentes -- em Roma, Constantinopla, Antioquia, Alexandria e Jerusalém -- exerciam considerável influência sobre os bispos metropolitanos.

Foi uma questão de tempo antes que um eclesiástico expandisse o domínio do seu bispado à condição de jurisdição "universal". No fim do sexto século, uma grande controvérsia se levantou quando João o Jejuador, em Constantinopla, reivindicou o título de "bispo universal". Seu rival, Gregório o Grande, de Roma, recusou a usar o título, mesmo se o seu predecessor, Pelágio II, o tivesse usado. Provavelmente, esta recusa tenha sido dirigida nem tanto contra o título em si, quanto era um protesto contra o portador dele (João), e procedia provavelmente mais de ciúme de um rival em Constantinopla do que de uma sincera humildade (Schaff, History, III:329).  Em vez disso, diz-se que Gergório I foi o primeiro a usar o humilde e orgulhoso título de "servo de servos de Deus". Ainda mais, os sucessores de Gregório em Roma não esperaram muito para chamar a si mesmo bispos universais.

O conceito de "bispo universal", por direito, pertence somente a Cristo (1 Pedro 2:25). A hierarquia que agora está centralizada na Cidade do Vaticano é totalmente estranha ao Novo Testamento. O apóstolo Paulo dirigiu-se assim à igreja em Filipos: "a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos" (Filipenses 1:1).  É interessante notar que a igreja desta cidade da Macedônia tinha uma pluralidade de supervisores (ou "bispos", episkopois). Neste ponto, Max Zerwick, que foi um estimado "padre" na Igreja Católica Romana, escreve: "Plural, indicando que nenhuma distinção ainda tinha sido feita entre episkopos e presbuteros (An Analysis of the Greek New Testament, pág. 592). O autor está admitindo que, ao tempo em que Paulo estava escrevendo, ainda não havia uma distinção entre "bispo" e "presbítero". Esta é uma confissão significativa!

Quando estive em Roma, em setembro de 1985, comprei um livro por Fabrizio Mancinelli, intitulado Catacumbas e Basílicas: Os Cristãos Primitivos em Roma. Esse livro foi publicado em colaboração com a Pontificia Comissão de Arqueologia Sagrada e os Museus Vaticanos. Discutindo os primeiros séculos da igreja em Roma, o autor afirma:

"O constante crescimento da comunidade forçou seus dirigentes a adotar formas mais racionais de organização, um passo para acompanhar o espírito romano, especialmente durante o período quando todo o mundo civilizado era governado da cidade e a Igreja foi logo dividido em grupos, talvez segundo o modelo da enorme colônia judia que já existia em Roma" (pág. 4).

"Os crentes se reuniam em seus lares, para a execução dos ritos eucarísticos, para receber instrução religiosa e para ajudar aos necessitados. Durante o terceiro século, um certo número destes lares ricos tornou-se centros estabelecidos de cristianismo, muito parecidos com as modernas paróquias de hoje. No quarto século, havia vinte e cinco deles. Cada um destes 'tituli', como eram chamados, levava o nome do proprietário" (pág. 6).

"Os primeiros começos da organização eclesiástica datam desde o tempo do Papa Fabiano (236-250). Ele dividiu a cidade em sete distritos e incumbiu sete diáconos da supervisão das atividades culturais, instrutivas e caritativas que aconteciam nas 'tituli' de cada um" (pág. 7).

Muitos assuntos ficam claros com estas afirmações, ainda que não tivessem sido escritas num contexto de autoridade bíblica. Primeiro, podemos questionar se as novas formas de organização eram "mais racionais" (podemos melhorar a sabedoria de Deus?), mas não pode haver dúvida de que os chefes da igreja nos dias pós-apostólicos acreditassem que elas eram mais racionais. Segundo, a motivação que tinha levado a tais modificações não era a autoridade bíblica, mas o padrão do governo romano e talvez da "colônia judia que já existia em Roma".

Um comentário final: quando os escritos atuais argumentam pelo presbitério "para toda a cidade", que supervisiona uma pluralidade de igrejas em uma cidade, não somente eles apelam por algo que não está nas Escrituras, mas apelam para o mesmo tipo de desenvolvimento que resultou na hierarquia romana católica. Essas tendências são claros afastamentos da fé.

­por Mike Wilson

Procuramos sempre encorajar a construção: a construção do caráter, a construção de lares e a construção de igrejas. Isto reflete uma ênfase indiscutível nas Escrituras.
O Senhor é um construtor. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmo 127:1). Cada indivíduo é um construtor. "Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha.... Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces" (Lucas 6:47-49).
De modo especial, os evangelistas são construtores. Paulo escreveu aos coríntios: "Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele" (1 Coríntios 3:10). A estas palavras, contudo, ele acrescentou: "Porém, cada um veja como edifica".
O alicerce precisa estar certo. Desde o começo, Paulo minimizou a importância da sabedoria humana, a personalidade e o talento dos professores. Ele atingiu seu auge em 1 Coríntios 3:11. "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo."
Os materiais precisam estar certos. "Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará" (1 Coríntios 3:12-13). Um templo de madeira, feno e palha pode ser construído rápido e barato. Apelos aos apetites carnais para comida de graça, recreação, divertimento, educação, etc., ajuntarão tais materiais em grandes quantidades. Aqueles que buscam materiais mais caros, limitando-se a pregar "Cristo, e este crucificado", parecerão ser lentos e improdutivos, mas o tempo dirá. Homens de fé não julgam nada "antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará a plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus" (1 Coríntios 4:5).
A planta precisa estar certa. Paulo continua: "Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito" (1 Coríntios 4:6).
Alguns notáveis exemplos de construção fantasticamente rápida prenderam a atenção de cristãos em anos recentes. Conversões anuais às centenas, reuniões de milhares, ofertas em milhões e zelo sacrificial atingindo os remotos confins da terra levaram muitos observadores a imaginar se estaremos testemunhando um segundo Pentecostes.
Mas só números e publicidade não são prova de aprovação divina. Considere os mórmons, as Testemunhas de Jeová, a Igreja Universal do Reino de Deus e diversos outros ministérios e campanhas de falsos mestres. O mero fato que um projeto alegar ser bíblico não assegura que o procedimento estará em harmonia com a vontade de Deus.
Em numerosos casos de crescimento sensacional, não somente nos anos recentes mas nas últimas décadas, alguns princípios básicos das Escrituras têm sido descuidados, na ávida busca de resultados. Tal construção descuidada não está limitada àqueles que aceitam alguma determinada filosofia de "discipulado" ou "multiplicação". Por toda parte, todos nós precisamos das advertências do Espírito Santo nas Escrituras.
Que jamais fiquemos tão temerosos de enganos que cessamos de construir. Esse seria o maior engano de todos. Mas que nunca nos tornemos tão positivamente zelosos que reajamos desfavoravelmente à divina advertência: "Cada um veja como edifica".

-por Sewell Hall

Construa compromisso total com Cristo, não com os homens

Dois apêndices ao livro de Juízes (capítulos 17-21) ilustram a treva moral e espiritual do período. A iniqüidade desses tempos está repetidamente relacionada com a falta de um rei em Israel (17:6; 18:1; 19:1; 21:25). Esta parte do livro começa e termina com a mesma explicação: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto" (17:6; 21:25).

Mas, por que era necessário um rei? Não havia Deus tomado providências para capacitar os israelitas tanto a conhecer como fazer sua vontade? Claro que sim. Ele tinha dado a lei e estabelecido um sacerdócio para ensinar, e festas de comemoração para relembrar o povo. Mas o problema era que Israel não era um povo espiritual. Era uma nação física muito parecida com a nossa própria: um povo que, com poucas exceções, não tinha desejo de aprender e fazer a vontade de Deus. A ordem só poderia ser mantida com um forte regente no trono, impondo a lei com mão firme.

Josias foi o último rei forte em Judá. Ele era um homem temente a Deus que dirigiu um grande movimento de reforma em Judá, esforçando-se por trazer a nação de volta a Deus. Ele insistiu que o povo cumprisse a lei. Ele ordenou ao povo que guardasse a Páscoa. Ele destruiu os altares idólatras e, enfim, fez um grande esforço para livrar o país da idolatria e das abominações associadas a ela. O relato em 2 Reis 22-23 pode levar-nos a pensar que Judá tinha sido totalmente limpo da apostasia. Surpreende-nos descobrir que, não obstante, a ira de Jeová ainda estava dirigida contra a nação, por causa das abominações trazidas por Manassés (23:26-27; veja 24:3-4).

Jeremias dá a explicação. Sua avaliação da reforma de Josias é resumida numa simples sentença: "Não voltou de todo o coração para mim a sua falsa irmã Judá, mas fingidamente, diz o SENHOR" (Jeremias 3:10). Jeremias percebeu que, na maior parte, Judá não estava realmente convertido. A idolatria e a descrença ainda estavam nos corações do povo. O abandono de Jeová tinha sido apenas exteriormente restringido pelo poder do trono. Como Isaías havia escrito sobre um tempo anterior, o "temor" exterior de Jeová era somente "em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu" (Isaías 29:13). O povo não amava Deus. Tão logo um mau rei chegasse ao trono, a idolatria que enchia os corações irromperia e o julgamento viria nas mãos dos babilônios. A pregação de Jeremias foi um esforço para mudar os corações do povo. Mas ele não era capaz de impedir a maré.

A nova aliança predita em Jeremias 31:31-34 não seria uma aliança nacional, mas uma feita com indivíduos espirituais (veja 31:29-30 e Ezequiel 18) de cada nação, cujos corações tinham sido ganhos para Jeová, um povo penitente passando por uma experiência de conversão tão drástica que seria chamada um novo nascimento e ele seria uma nova criação (2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15). O Espírito do próprio Jeová habitaria nos seus corações (Ezequiel 36:26-27) por intermédio da lei que Jeová escreveria sobre seus corações (Jeremias 31:33). Jeová realizaria tal efeito, não por alguma experiência irracional, "melhor sentida do que falada"; mas, as pessoas eram "ensinadas por Deus" (João 6:44-46), o mesmo método que Jesus estava usando quando ele explicava isso. Assim, a lei não seria simplesmente gravada em pedras; estaria nos corações do povo que amava Deus e obedecia a lei pela reverência e devoção real que está em seus corações.

Cometemos um grave erro quando abandonamos os métodos de Jeremias por aqueles de Josias. O que Deus quer cumprido pelo povo não pode ser cumprido através de táticas de coerção ou pressão, isto é, pressões duras a cumprir cotas; embaraço; operações policiais utilizando-se de informações secretas para manter o povo na linha; "parceiros de oração" que se tornam mais parecidos com cães de guarda para impor a conformidade; qualquer coisa que ponha o livre arbítrio fora de serviço. O trabalho de Deus somente pode ser feito através do ensinamento, persuasão, e mudança dos corações do povo. Nós, que nos dedicamos ao trabalho do evangelho, precisamos ler as cartas de Paulo sobre o ministério do evangelho (especialmente 2 Coríntios) até que seus métodos se tornem inteiramente nossos. Ele tinha renunciado qualquer vestígio dos métodos de manipulação dos falsos mestres e adotado o único método pelo qual o trabalho de Deus poderia ser feito: "...nos recomendando à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Coríntios 4:2). Quando ele ensinou os coríntios sobre o dar, ele não falou "na forma de mandamento" --pois o que Deus queria realizar não poderia ser feito desse modo-- mas usou de um exemplo persuasivo para trazer os coríntios a uma demonstração do amor deles (2 Coríntios 8:8). Ele tinha confiança em que podia lidar com eles desse modo, pois tinham aprendido a dar ao pé da cruz (2 Coríntios 8:9).

E, assim, quando hoje nossos irmãos não quiserem dar ou, de outro modo, responder, não temos que tentar imaginar um modo de forçá-los a obedecer. Devemos sentá-los ao pé da cruz e deixar o sacrifício de nosso Salvador fundir os corações duros.

- por L. A. Mott, Jr.

Construa, respeitando a autonomia congregacional
Deus comprou um povo para si. Aqueles redimidos compõem "a igreja" (no grego, ekklesia, literalmente "os chamados", tendo o sentido no Novo Testamento de uma "assembléia"), " o corpo de Cristo" (Efésios 4:4; 1:22-23). Todos esses foram batizados em um só corpo (1 Coríntios 12:13). Este é um uso universal da palavra "igreja", incluindo todos os salvos. A "assembléia" vista aqui é espiritual, tratando principalmente a relação de Deus com o povo salvo.

A palavra "igreja" (veja definição acima) é também empregada para se referir às "assembléias" locais ou "congregações" do povo de Deus (1 Coríntios 1:1-2; Romanos 16:16). Neste nível, os santos têm que combinar suas energias e recursos em esforços coletivos e reunirem-se (literalmente) para adorar a Deus e fortalecer um ao outro (1 Coríntios 16:1-2; 11:20; Hebreus 10:24-25). Deus não deu nenhuma tarefa coletiva como esta ao "corpo de Cristo" como um todo, à igreja no sentido universal.

É o ponto sustentado neste artigo que as igrejas locais que pertencem a Cristo têm que ser autônomas (isto é, independentes). Paulo e Silas, na volta de uma viagem evangelística, ajudaram na escolha de presbíteros (ou bispos, supervisores; compare Atos 20:17,28) em cada igreja (Atos 14:23). O trabalho de supervisão pelos presbíteros é limitado a cuidar do "rebanho de Deus que há entre vós" (1 Pedro 5:2). O Espírito Santo não expressa nenhum plano para a supervisão além da igreja local.

Note também que a coleta e uso dos recursos financeiros pelas igrejas nas Escrituras sugerem igrejas "autônomas" e "independentes". 1 Coríntios 16:1-3 indica que cada igreja tinha um "tesouro" independente. Até mesmo quando as igrejas enviaram ajuda para as necessidades dos santos em outros lugares, essas igrejas escolheram mensageiros para carregarem os fundos para os recebedores pretendidos (1 Coríntios 16:1-3; 2 Coríntios 8:19,23), assim mantendo sua intenção de controlar os fundos até que fossem utilizados para um propósito autorizado. Nenhum tesouro de "várias igrejas", sob a supervisão de uma "diretoria" ou uma "mesa de presbíteros" foi autorizado no Novo Testamento. Se tais situações tivessem existido, seria bem difícil afirmar que as igrejas de Deus deveriam ser "independentes" e "autônomas".

Há quem se sinta frustrado por tal arranjo. A sabedoria humana pode parecer mostrar que muito mais poderia ser conseguido se não fôssemos tão "limitados" no exercício de nosso engenho. A mente do homem tem meios e modos próprios (relembre Jeremias 10:23; Isaías 55:8-9; Provérbios 14:12). Qualquer trabalho que uma igreja possa buscar que não esteja autorizado por Deus nem é digno de ser realizado!

Se a "autonomia congregacional" é um princípio bíblico válido, e creio que é, então as igrejas não têm nenhum direito para estabelecer, patrocinar, ou supervisionar outras igrejas, mesmo com nobres propósitos. Uma nova igreja pode parecer fraca e inadequada para sua tarefa, mas precisamos entender que a tarefa dessa igreja é realizar a vontade de Deus de acordo com sua capacidade, e as outras apenas atrapalham quando violam o princípio da independência mostrado na Nova Aliança.

Mas alguns podem afirmar que os presbíteros (ou outros "dirigentes") de uma grande, bem-sucedida igreja podem ser capazes de fazer uma pequena igreja crescer se eles pudessem apenas ter a condução dos trabalhos da igreja pequena. O mundo dos negócios dará exemplos de companhias em dificuldade que prosperaram depois que os executivos de uma corporação bem-sucedida tomaram as rédeas. O que podemos deixar de ver nesta comparação é que a companhia recém-revitalizada teve que renunciar a sua autonomia e independência, para que essa meta fosse atingida. As sementes da estrutura das denominações podem ser encontradas nas igrejas (ou seus "dirigentes") supervisionando outras igrejas.

É, também, possível violar o princípio de "autonomia congregacional" com modos menos óbvios. Uma igreja pode exercer influência indevida sobre outra igreja ao "colocá-la na obrigação", financeiramente ou de outro modo, e então esperando que os desejos da igreja "doadora" sejam cumpridos. A coerção de tipo político, do mesmo modo, não se ajusta bem com o plano de Deus e não se deverá submeter a ela.

Por outro lado, a fé em Deus exige que percebamos que podemos funcionar como Deus autorizou. A igreja (universal) pode fazer sua obra, através dos santos em qualquer parte que caminham pela fé (Efésios 4:16). As igrejas locais podem honrar o princípio da "autonomia congregacional", evitando os constrangimentos dos indivíduos ou instituições carnais. Podemos fazer isso e ainda assim "construir".

- por Joe F. Hickman

Construa, evitando terminologia e métodos divisores

O zelo pelo evangelismo é louvável. Há uma grande diferença, contudo, entre zelo pelo evangelismo e zelo excessivo por algum método específico de evangelismo. Um é um elemento essencial de fidelidade a Cristo, enquanto o outro pode se tornar um impedimento para a fidelidade, conduzindo a um espírito sectário e a divisão.

Não é que alguém pretende ser divisor. De fato, pretende ser evangelístico mas, involuntariamente, pode tomar os passos seguintes em direção a um espírito distintamente sectário:
Œ Em seu fervor, desenvolve métodos pelos quais encontram, ensinam, convertem e fortalecem aqueles que estão perdidos; métodos que são bem-sucedidos e emocionantes.  Começa a usar estes métodos exclusivamente. Ž Convence a igreja local a usar um programa de evangelismo baseado nestes métodos.  Palavras "chamariz" são arranjadas para descrever o método: "Igreja do Ministério dos Discípulos", uma "Igreja de Curso por Correspondência", uma "Igreja de Ministérios de Multiplicação", etc. Tais palavras "chamariz" separam automaticamente essa igreja de outras igrejas que não escolheram o método especial de evangelismo. ð Em seu zelo pelo crescimento que seus métodos estimulam, começa a ver igrejas que adotam seus métodos como igrejas que são ativas, vibrantes, emocionantes e evangelísticas, e igrejas que não adotam os mesmos métodos como sendo inativas e não evangelísticas. ñ Finalmente, sente a necessidade de salvar as pessoas boas das igrejas "inativas, não evangelísticas" e, assim, começa a fazer prosélitos entre elas, sinalizando de uma vez por todas que as igrejas que não usam seus métodos são indignas da comunhão dos cristãos bons e fiéis.

Ironicamente, muitos dos que são apanhados neste tipo de zelo por métodos de evangelismo apontam para Jesus e a igreja de Jerusalém como seu exemplo. Quando se considera a igreja de Jerusalém, vê-se grande zelo pelo evangelismo. Os apóstolos ensinavam "todos os dias, no templo e de casa em casa" (Atos 5:42). Os cristãos dispersos "iam por toda parte pregando a palavra" (Atos 8:4).  O crescimento era fenomenal (Atos 2:41; 4:4; 5:14; 6:1,7). Quando se olha para Jesus, o vemos "fazendo discípulos" de seus apóstolos e mostrando grande preocupação pelos perdidos. Mas conquanto Jesus e a igreja de Jerusalém fossem muito voltados ao evangelismo, eles punham pouca ênfase nos métodos de evangelização. Além disso, teria que puxar muito pela imaginação para ver a igreja de Jerusalém como a iniciadora dos movimentos de "discipulado" dos tempos modernos. De fato, imaginamos como alguns olhariam para a igreja de Jerusalém, se ainda existisse hoje, e deixasse de adotar os métodos e a terminologia que se tornaram seus critérios de fidelidade, vida e zelo na evangelização.

Enquanto temos que nos tornar hábeis no lidar com a palavra e Deus e aprender a andar "com sabedoria para com os que são de fora" (Colossenses 4:5), precisamos reconhecer que o verdadeiro sucesso na obra do Senhor não é tanto o resultado de nossa própria capacidade, talentos e métodos como o das bênçãos do Senhor sobre nossos esforços (1 Coríntios 3:3-5). O mero crescimento não deve ser a meta, mas o crescimento dado por Deus.

Oferecemos as seguintes sugestões para a consideração do leitor, crendo que sejam conforme o ensinamento de Deus:

ŒPrecisamos encorajar cada igreja a se dedicar ao evangelismo.

Precisamos reconhecer o direito de cada igreja a determinar seu próprio método (ou métodos) de abordagem, contanto que esses métodos sejam usados de acordo com o ensino das Escrituras.

Ž Precisamos manter o respeito pelas outras igrejas que não acolhem "nossos métodos" ou que possam não ser tão ativas no evangelismo como nós gostaríamos que fossem. Deus não indicou nenhum de nós como juiz oficial das igrejas.

 Precisamos evitar qualquer processo ou terminologia que crie um espírito partidário, separando certas igrejas fiéis de outras igrejas fiéis.

 Jamais podemos nos encantar tanto por nosso método ou abordagem que nos sintamos compelidos a converter todos ao seu uso.

Agradecemos a Deus pelos cristãos fiéis em todo o mundo que estão fazendo um esforço genuíno para converter outros a Cristo e fortalecê-los no Senhor. Alguns podem ser mais produtivos do que outros, mas trabalhamos todos numa causa comum. Que o Senhor dê o crescimento; que cesse qualquer espírito de competição ou de partidarismo; e que o "amor fraternal" continue.
 
-por Bill Hall

Construa, evitando apelos ao orgulho

"ministro do púlpito" apresentou o orador: "Temos a honra de ter um distinto convidado. O Dr. Paulo, de Tarso, dedicará nossas novas instalações de 7,3 milhões de dólares, que é aclamada através de toda Jerusalém. É muito bom ter um irmão tão estimado conosco. O Dr. Paulo tem um doutorado em teologia da Universidade de Jerusalém, e tem pregado em algumas das nossas maiores igrejas. Também, ele fez trabalho missionário nas principais cidades da Europa. Não há ninguém maior entre nós. Queiram dar-lhe as boas-vindas com uma entusiástica salva de palmas."
Conquanto fora do caráter do Novo Testamento, isto é bastante comum, em nossa geração. Como é sutil a "soberba da vida" (1 João 2:16).
Isto não é um problema novo; apareceu no jardim do Éden, quando Satanás tentou Eva para ser "como Deus" e convenceu-a de que o fruto proibido era "desejável para dar entendimento" (Gênesis 3:5-6). Mais tarde, um desejo de glória fez com que Miriã e Arão se rebelassem contra Moisés (Números 12). Não foi o orgulho que derrubou o rei Saul? Ele não podia suportar que Davi recebesse maior louvor do que ele, e foi ladeira abaixo, depois disso. Entre os líderes judeus, muitos não confessaram Cristo "porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus" (João 12:42-43). O rei Herodes recebeu um rápido e amargo destino, quando superado pelo orgulho (Atos 12:20-23).
Vendo isso da perspectiva moderna, vejo, pelo menos, quatro manifestações de orgulho: Œ honrando indevidamente os homens;  competindo com as denominações na construção de obras monumentais; Ž  apelando para mentes carnais, citando realizações mundanas; e  medindo a grandeza pelo tamanho. Considere:
Œ Dê honra a quem a honra é devida (Romanos 13:7), mas não vá muito longe. Tenho ouvido oradores elogiados e exaltados por, pelo menos, duas apresentações e aplaudidos antes e depois dos sermões. Há anos que as reuniões evangélicas anunciam o "Dr. Fulano". Os boletins de igrejas incluem a lista de auxiliares, "Dr. Sicrano" e "Dr. Beltrano". Homens de menor escolaridade são relacionados simplesmente pelos seus nomes. Certamente os homens ganham o direito profissional de ser chamados "doutor", mas com que proveito são esses títulos usados num ambiente espiritual? Será disso que Mateus 23:1-12 trata? Há honra maior do que ser um "irmão" em Cristo? Eu respeito as realizações de meus irmãos, e posso me referir a eles como "doutor" em um ambiente profissional, mas não convidarei o "Dr. Fulano" para "nos dirigir numa oração antes do sermão". Por que todos esses títulos na igreja?
 Não há nada de errado com edifícios atraentes e úteis, mas estamos construindo ferramentas para o serviço a Deus ou obras espetaculares para atrair o mundo? Recentemente, uma igreja no estado onde moro dedicou um "novo campus" de 57.000 m² e um auditório com 1.500 lugares. A igreja de 1.400 membros diz que a propriedade e as instalações estão avaliadas em mais de 16 milhões de dólares. Fora os problemas que um novo e custoso edifício com lugares para somente 7% mais do que os membros atuais (eles são membros ativos, ou apenas nomes da lista, como se fala nas denominações? Eles não pretendem crescer?), há uma forte suspeita de que isso tenha sido construído como uma obra espetacular, para competir com as catedrais católicas e os templos da Igreja Universal do Reino de Deus.
Ž  Um folheto de uma igreja anuncia oito convertidos: atletas, músicos, modelos, etc. Um tinha aparecido no jornal da noite e, eles relataram, 8.000.000 ligaram. Seu "maior momento de triunfo foi a glória olímpica..." (E que tal o seu batismo?). Outra, "uma verdadeira capa de revista no mundo dos modelos", é um sucesso mundial que ganhou 18.000 dólares em apenas dois meses. O folheto conta quantos discos os cantores de "rock" venderam, etc. O que tem tudo isto a ver com converter almas a Cristo?
 Damos graças a Deus pelo crescimento, mas o crescimento pode dar ocasião ao orgulho, e isso não é a única medida do sucesso espiritual. Se o número de batismos é a medida, então curvemo-nos aos mórmons! Notícias de igrejas gabam-se de igrejas plantadas, de crescimento rápido, de realizar os maiores encontros da região ou de fazer as maiores obras evangelísticas do país. Sim, Atos fala de 3.000 e 5.000 almas, e como o número multiplicava, porém não na linguagem do orgulho!
Tais atitudes são carnais, apelando para o orgulho carnal dos homens. Paulo repreendeu os coríntios porque "ainda sois carnais...e andais segundo o homem"? (1 Coríntios 3:3). Ele lembrava-os de que "as armas da nossa milícia não são carnais" (2 Coríntios 10:4). Nós, também, podemos cair em tal erro se não prestarmos atenção em tais passagens como Tiago 2:1-9, que nos adverte contra este apelo à carne, ao carnal, mostrando acepção de pessoas quando cortejamos os ricos e ignoramos os pobres.
Preguemos e ensinemos até não podermos mais, mas usemos o poder de atração de um Cristo exaltado —o evangelho— e não procuremos engodar os homens através de apelos carnais (João 12:32; 1 Coríntios 2:1-5).

Jefferson David Tant
 


 
  


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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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