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13 de nov. de 2010

O Porco - Paul Washer


Lutero – O Significado do Livre-arbítrio – R. C. Sproul








Depois de responder aos argumentos de Erasmo tendo como base os apelos aos escritores antigos na afirmação de que a Bíblia não é clara nesses assuntos, Lutero voltou-se para o corpo principal da obra de Erasmo. Lutero lida primeiramente com a definição de livre-arbítrio de Erasmo: "um poder da vontade humana pelo qual um homem pode se dedicar às coisas que o conduzem à salvação eterna, ou afastar-se das mesmas".


Lutero então apresenta o seu próprio entendimento do que Erasmo queria dizer com livre-arbítrio:

Suponho, então, que este "poder da vontade humana" significa um poder ou faculdade ou disposição ou atitude para desejar ou para não desejar, para escolher ou rejeitar, para aprovar ou desaprovar e para realizar todas as outras ações da vontade. Agora, o que significa para esse mesmo poder "se dedicar"ou "afastar-se" eu não entendo, a não ser que isso refira-se ao real desejar ou não desejar, escolher ou rejeitar, aprovar ou desaprovar - isto é, a exata ação da própria vontade. Assim, devemos supor que esse poder é algo que acontece entre a vontade e sua ação, algo pelo qual a própria vontade produz o ato de desejar ou não desejar e por meio do qual a ação de desejar ou não desejar é produzida. Nada mais é imaginável ou concebível.

Lutero vê na concepção de Erasmo uma reversão ao ponto de vista dePelágio, embora com menor sofisticação. Ele condena o entendimento de Erasmo sobre as discussões filosóficas anteriores sobre essa questão. Ele, então, discute as três visões distintas de Erasmo do livre-arbítrio"De uma visão sobre o 'livre-arbítrio' você desenvolve três! A primeira, aquela dos que negam que o homem pode desejar o bem sem a graça especial, não começa, não progride e não termina, etc. parece a você 'severa mas suficientemente provável'... A segunda, aquela dos que afirmam que o 'livre-arbítrio' não é útil para nada exceto o pecado, e que só a graça trabalha o bem em nós, etc, parece a você 'mais severa'; e a terceira, a visão daqueles que dizem que o 'livre-arbítrio' é um termo vazio e que Deus trabalha em nós tanto o bem quanto o mal, e que tudo o que acontece, acontece por mera necessidade, parece a você 'a mais severa'. É contra essas duas últimas que você declara estar escrevendo".

Lutero afirma que as três diferentes visões enumeradas por Erasmo fazem distinções que não há diferenças. Todas as três referem-se à mesma coisa mas com palavras diferentes. Lutero pergunta como Erasmo pode chamar a primeira de "suficientemente provável" quando é claramente divergente da sua própria definição? "Você disse", escreve Lutero, "que o 'livre-arbítrio' é um poder da vontade humana pelo qual um homem pode se dedicar ao bem; mas aqui você diz, e aprova que isso seja dito, que o homem sem a graça não pode desejar o bem".

Lutero diz: "A definição afirma o que a declaração paralela nega! Assim, no seu 'livre-arbítrio' há, ao mesmo tempo, um sim e um não, e no mesmo fôlego você diz que somos tanto certos quanto errados e que você mesmo é tanto certo quanto errado, sobre uma e a mesma doutrina e artigo! Você pensa que se dedicar ao que produz salvação eterna (como sua definição diz que o 'livre-arbítrio' faz) não é bom? Se houvesse bem suficiente no livre-arbítrio para que ele se dedicasse ao bem, não haveria necessidade da graça! Assim o 'livre-arbítrio' que você define é uma coisa, e o livre-arbítrio que você defende é outra".

A essa altura, Lutero indica que a definição de Erasmo do livre-arbítrio não requer a graça para se virar para o bem ou para Deus. Se a graça não é requerida, mas meramente assiste o homem, então a definição de Erasmo do livre-arbítrio não é essencialmente diferente da de Pelágio. Mas Lutero observou que o livre-arbítrio que Erasmo definiu não era o livre-arbítrio que ele estava defendendo. Erasmo não se dispôs a defender uma visão pelagianapura do livre-arbítrio. Em outro lugar do The Diatribe, ele declarou que "a vontade humana, depois do pecado, é tão depravada que perdeu a sua liberdade e é forçada a servir o pecado, e não pode retornar para um estado melhor".

Se essa é a visão que Erasmo está defendendo, Lutero argumenta, então Erasmo está realmente admitindo algo da própria visão de Lutero: "Se, agora, o 'livre-arbítrio' sem a graça perdeu a sua liberdade, é forçado a servir o pecado e não pode desejar o bem, eu gostaria de saber qual é o legado de todo aquele esforço e diligência da primeira visão, a 'provável'. Não pode ser um bom esforço e diligência, porque o 'livre-arbítrio' não pode desejar o bem, como a concepção declara e você concorda".

Esse é o clássico argumento reductio ad absurdum. Lutero argumenta "para o homem", assumindo as próprias premissas do seu opositor e as conduzindo para a conclusão lógica. Ele chama a visão de Erasmo de um tipo estranho de paradoxo pelo qual Erasmo afirma final e exatamente o que ele se propôs a negar ou nega o que se propôs a afirmar. Lutero diz que todo o Diatribe é"nada além de um ato nobre do 'livre-arbítrio' se condenando em sua própria defesa, e se defendendo na sua própria condenação".

Lutero, então, compara essa visão com as duas outras que Erasmo delineou:
...A segunda é "mais severa", aquela que defende que o "livre-arbítrio" não serve para nada além do pecado. Esta, certamente, é a opinião de Agostinho, a qual ele expressa em muitos lugares." A terceira visão é "a mais severa", a de Wycliffe e Lutero: que o livre-arbítrio é um termo vazio...

...Eu chamo Deus [como minha] testemunha de que pelas palavras das duas últimas visões, eu nada quis dizer e desejei que fosse entendido além do que é declarado na primeira visão. Também não penso que Agostinho pretendia qualquer coisa além disso, nem deduzo qualquer outro significado das suas palavras além do que a primeira visão afirma. Assim... as três visões pormenorizadas no Diatribe são, na minha mente, nada além da visão que defendo. Por essa vez é admitido e estabelecido que o "livre-arbítrio" perdeu a sua liberdade e está obrigado a servir ao pecado e não pode desejar o bem. Nada posso entender dessas palavras a não ser que o livre-arbítrio é um termo vazio cuja realidade está perdida. Uma liberdade perdida, no meu modo de falar, não é liberdade de forma alguma, e dar o nome de liberdade a algo que não tem liberdade é aplicar a ela um termo cujo significado é vazio...

"Se Desejares..."

Em seguida, Lutero responde à outra objeção que Erasmo havia levantado, baseando-se em textos bíblicos que parecem indicar que o homem pode realizar qualquer coisa que Deus ordena. Essa questão é similar àquela que provocou areação inicial de Pelágio contra a oração de Agostinho, na qual ele pedia a Deus que concedesse o que ele ordenava. No The Diatribe, Erasmo apela aos livros apócrifos: "Eclesiástico, ao dizer 'se desejares manter', indica que há uma vontade no homem de manter ou não manter; caso contrário, qual é o sentido de dizer a alguém que não tem desejo, 'se desejares'? Não é ridículo dizer a um cego: 'se desejares ver, encontrarás um tesouro'? ou a um surdo: 'se desejares ouvir, eu lhe contarei uma boa história'? Isso seria ridicularizar a sua miséria".

Esse tema levanta a questão sobre a própria integridade de Deus. Se ele ordena que algo seja feito e, na realidade, esse algo não pode ser feito, então essa ordem parece ser cruel e injusta. Isso, como Erasmo diz, iria ridicularizar a miséria humana. Ele infere que o mandamento divino indica uma capacidade para obedecer. Caso contrário, a criatura não poderia ser considerada moralmente responsável pela ação. A própria palavra responsabilidade indica a capacidade de responder.

Lutero responde reprovando a razão humana por tirar conclusões insensatas.O que ele, em outro lugar, chama de "uso evangélico da lei", Lutero aqui descreve como uma estratégia divina para mostrar às suas criaturas moralmente impotentes, a própria impotência das mesmas.

Agora, se Deus, como Pai, trata conosco como seus filhos, visando nos mostrar a impotência que ignoramos; ou como um médico fiel, visando nos contar sobre a nossa doença; ou se para ridicularizar seu inimigos que resistem orgulhosamente ao seu conselho e às leis que estabeleceu (pelas quais alcança esse objetivo e da maneira mais efetiva), ele diria: "faça", "ouça", "guarde",ou "se ouvires""se desejares", "se guardares"; pode-se concluir corretamente disso que, por essa razão, podemos fazer livremente essas coisas ou Deus está nos ridicularizando? Por que, de preferência, não deveria seguir esta conclusão: por essa razão, Deus está nos testando para que, pela sua Lei, ele possa fazer com que a nossa impotência seja conhecida...

Aqui Lutero demonstra a diferença entre uma inferência possível e uma inferência necessária. Quando Deus faz algo cujo propósito não conhecemos, somos deixados para especular a respeito desse propósito. Erasmo deduz que se o homem é impotente para fazer o que Deus ordena, então a razão de Deus para a ordem é ridicularizar a miséria humana. Essa é uma inferência possível, mas desaparece rapidamente quando levamos em consideração o caráter de Deus. Mais importante, Erasmo infere, a partir do comando, que somos capazes de obedecer. Essa também, de acordo com Lutero, é uma inferência possível, não uma inferência necessária. Para chegar a esse ponto, Lutero usa um argumento semelhante ao do apóstolo Paulo quando este diz que a lei é uma mestra que nos conduz a Cristo. Somos ordenados a obedecer toda a lei, a ser perfeitos. Isso não significa (a não ser que adotemos o pelagianismo puro) que somos moralmente capazes de alcançar a perfeição.

De acordo com as leis da inferência imediata, uma pessoa nada pode inferir a partir da declaração "Se desejares..." sobre quem tem o poder de assim desejar. Essa é uma frase condicional, indicada pela presença da palavra se. E como a fórmula, se A, então B. Se a condição for satisfeita (A), então a conclusão se seguirá (B). Essa fórmula indica meramente uma conexão entre A eB.

Um texto freqüentemente mencionado a esse respeito é João 3.16, que promete que todo aquele que crer não perecerá. O texto ensina explicitamente que se alguém faz A (crê), então não terá B (perecerá) e terá C (vida eterna). O texto nada diz sobre quem irá crer ou quem pode crer. Ele pode indicar que alguns podem ou irão crer, mas uma indicação não pode anular uma declaração explícita.

Esse é o ponto de onde a discussão prosseguirá. Lutero esforça-se para mostrar que as Escrituras negam explicitamente a capacidade moral do homem para fazer o que Deus ordena. Ele aplicará o princípio da interpretação de que oimplícito deve ser interpretado à luz do explícito, não o contrário.

Erasmo continua recorrendo a textos que impõem obrigações ao pecador, argumentando que tais obrigações necessitam de capacidade moral: "Se não está no poder de cada homem manter o que é ordenado, todas as exortações nas Escrituras e todas as promessas, ameaças, repreensões, censuras, súplicas, bênçãos, maldições e multidão de preceitos são, necessariamente, inúteis".

Lutero vê essa conclusão como injustificável, envolvendo um salto quântico da lógica. Novamente a inferência possível é elevada ao nível da inferência necessária. Sem a capacidade plena para realizar o que é ordenado, os comandos seriam necessariamente inúteis. Lutero responde:

Diatribe continuamente se esquece da questão em debate e trata de assuntos estranhos ao seu propósito; e não vê que todas essas coisas criam [um caso] mais forte contra si mesmo do que contra nós. A partir de todas essas passagens, ele prova a liberdade e capacidade para cumprir todas as coisas, como declaram as próprias palavras da conclusão que tirou; ao passo que sua intenção era estabelecer que "tal 'livre-arbítrio' não pode desejar o bem sem a graça e um esforço que não pode ser atribuído à própria força"....

...e agora, que o próprio Diatribe desminta suas próprias palavras nas quais é dito que o "livre-arbítrio" não pode desejar o bem sem a graça! Deixe-o dizer agora que o "livre-arbítrio" tem tal poder, que não somente deseja o bem mas mantém os maiores mandamentos, sim, todos os mandamentos, com facilidade!
Aqui, Lutero está levando Erasmo para onde Erasmo não quer irdireto aos braços de Pelágio. Se o argumento de Erasmo for sadio, então ele prova demais, a saber, a plena capacidade sem a assistência da graça. Lutero conclui: "Assim, nada é menos provado pelo todo dessa discussão repetitiva, discursiva e trabalhada do que o que havia sido provado, isto é, a 'visão provável' que descreve o 'livre-arbítrio' como 'tão impotente que não pode desejar qualquer bem sem a graça, mas é forçado ao serviço do pecado, embora tenha se esforçado; isso, porém, não pode ser atribuído ao seu próprio poder'. Uma verdadeira fantasia! - ele nada pode fazer em sua própria força,porém tem-se esforçado dentro da sua própria força; sua constituição envolve uma contradição muito óbvia".

"... deu-lhes o poder..."

Em seguida, Erasmo cita as palavras de João 1 "deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (Jo 1.12), dizendo, "Como o poder é dado [a] eles para se tornarem filhos de Deus se não há liberdade da nossa vontade?"

Lutero responde: "Essa passagem também é um martelo contra o iivre-arbítrio', como é quase todo o Evangelho de João; apesar disso, é tão citada a favor do 'livre-arbítrio'! Olhemos para ela, por favor! João não está falando dequalquer obra de homem, grande ou pequena, mas da renovação real e da transformação do velho homem, filho de Satanás, para um novo homem, filho de Deus. Nisso, o homem é simplesmente passivo (como o termo é usado); ele nada faz, mas o seu todo se torna algo. João está falando dessa transformação: Ele diz que nos tornamos filhos de Deus por meio de um poder divinamente dado a nós - não por qualquer poder do 'livre-arbítrio' inerente a nós!"

Mais tarde, Lutero discute o papel de Deus ao endurecer o coração de Faraó. Lutero explica esse difícil conceito do Antigo Testamento dizendo: "Assim Deus endurece Faraó: Ele apresenta à vontade perversa e má de Faraó a sua própria palavra e obra, as quais a vontade de Faraó odeia por causa da própria falha e corrupção naturais. Deus não altera interiormente aquela vontade pelo seu Espírito, mas prossegue apresentando e causando uma pressão a ser tolerada; e Faraó, tendo em mente a sua própria força, riqueza e poder, confia neles mediante essa mesma falha da sua natureza...Tão logo Deus externamente apresenta a ela algo que naturalmente a irrita e ofende, Faraó não pode escapar de ser endurecido..."

O coração de Faraó é necessariamente endurecido, mas não porque Deus tenha criado um mal recente dentro dele ou porque Deus coagiu Faraó ao pecado. Antes, o endurecimento foi o resultado natural da corrupção interior de Faraó quando deparou com a vontade e o comando persistentes de Deus.

A necessidade do resultado (o endurecimento do coração de Faraó) significa que a compulsão estava envolvida? Se Deus desejava que o coração de Faraó fosse endurecido, então esse endurecimento necessariamente teria de acontecer. Se aconteceu por necessidade, como isso pode ter acontecido sem compulsão?The Diatribe admite tanto a necessidade quanto o livre-arbítrio. "Nem toda necessidade exclui o 'livre-arbítrio'", disse Erasmo.

"Assim, Deus, o Pai, necessariamente gera um Filho; porém ele o gera de bom grado e livremente, porque ele não é forçado a agir assim".

"Estamos agora discutindo compulsão e força?" Lutero responde. "Não registrei em muitos livros que estou falando sobre a necessidade da imutabilidade? Eu sei que o Pai gera de bom grado e que Judas traiu a Cristo de bom grado... Eu faço a distinção de duas necessidades: uma eu chamo de necessidade da força(necessitatem violentam), que se refere à ação; a outra eu chamo denecessidade da infalibilidade (necessitatem infallibilem), referindo-se ao tempo".

Depois de duelos sobre vários textos do Antigo Testamento, o debate se move para o Novo Testamento. Erasmo faz objeção ao apelo de Lutero à declaração de Jesus, "Sem mim, nada podeis fazer" (João 15.5). Lutero responde: "Ele se apodera desta pequena palavra nada, corta sua garganta com muita palavras e exemplos e, por meio de uma 'explicação conveniente', chega a isto: que nada pode significar o mesmo que 'algo um pouco imperfeito"'.

Erasmo havia interpretado esse texto num estilo elíptico, de acordo com o qual ele significa que sem Cristo, o pecador nada pode fazer perfeitamente. Isso realmente exercita a ira de Lutero. Ele diz, "A não ser que você prove que 'nada' nessa passagem não apenas pode, mas deve ser entendido como 'algo um pouco', você nada fez com a sua vasta profusão de palavras e exemplos além de colocar fogo na palha seca!" Posteriormente ele adiciona, "É completamente desconhecido - da gramática e da lógica -dizer que nada é o mesmo quealgo; para os lógicos, a idéia é uma impossibilidade porque os dois são contraditórios!"

Depois de responder aos textos-prova de Erasmo para essa posição, Lutero conclui seu livro apresentando um caso exegético para sua própria posição.

Não coloque de novo as algemas – C. H. Spurgeon Postado por Charles Spurgeon / On : 15:34/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.


E não sirvamos o pecado como escravos - Romanos 6.6

Crente, por que você tem de se envolver com o pecado? Ele já não lhe custou muito? Crente ferido, você continuará brincando com fogo? Entrará pela segunda vez na cova do leão, depois de haver estado entre as suas garras? Você já não recebeu o bastante da velha serpente? Ela o envenenou antes. Você brincará novamente bem perto do buraco da víbora e colocará sua mão pela segunda vez na toca da serpente? Oh! Não seja tão medíocre!

O pecado já lhe proporcionou algum prazer verdadeiro? Você já encontrou satisfação concreta nele? Se isto aconteceu, retorne à sua antiga servidão e coloque de novo as algemas. Mas o pecado nunca lhe deu o que havia prometido. Pelo contrário, ele o enganou com mentiras.

Não caia outra vez na armadilha. Mostre-se livre e permita que a recordação de sua antiga escravidão o impeça de entrar na rede novamente. O pecado é contrário aos desígnios do amor eterno. Deus deseja a sua pureza e a sua santificação. Não se oponha aos propósitos de seu Senhor. Os crentes nunca pecam sem que isso envolva um alto custo.

O pecado destrói a paz da mente, obscurece a comunhão com Jesus, obstrui as orações, trazendo trevas sobre a alma. Portanto, não seja escravo do pecado. Em cada vez que você serve o pecado, está "crucificando" o Filho de Deus e "expondo-o à ignomínia" (Hebreus 6.6). Você pode suportar esse pensamento? Se você caiu em algum pecado, o Senhor está lhe enviando esta admoestação nesta hora, antes que você se afaste para mais longe. Volte novamente para Jesus. Ele não esquece seu amor por você. A graça de Jesus ainda é a mesma. Com arrependimento e lágrimas, prostre-se aos pés dEle, que o receberá novamente em seu coração.

Esperando em Deus – João Calvino



Esperando esperei  por jehovah, e ele se inclinou para mim e ouviu meu clamor. E tirou-me duma cova estrondosa, dum lodo lamacento, e pôs meus pés sobre uma rocha, e firmou bem meus passos. E pôs em minha boca um novo cântico, um hino a nosso Deus; muitos verão isso, e temerão, e confiarão em jehovah.(Sal 401-3)

1. Esperando esperei. O início deste Salmo constitui uma expressão de gratidão na qual Davi relata que fora libertado, não apenas do perigo, mas também da presença da morte. Há quem defenda a opinião, mas sem boas razões, de que esta oração deve ser entendida como resultado de uma enfermidade. Deve-se, sim, pressupor que Davi, nesta passagem, envolve uma infinidade de perigos dos quais ele escapara. Certamente estivera mais de uma vez exposto ao maior de todos os perigos, a morte; de sorte que, com boas razões, podia dizer que fora tragado pelo abismo da morte e atolado em lodo lamacento. Não obstante, o que transparece é que sua fé ainda continuava firme, porquanto não cessou de confiar em Deus, embora a longa permanência da calamidade deixara sua paciência à mercê da exaustão. Ele não nos diz simplesmente que havia esperado, mas pela repetição do mesmo verbo revela que fora deixado por longo tempo em angustiante expectativa.

A medida, pois, que sua provação se prolongava, a evidência e prova de sua fé em suportar a delonga com calma e equanimidade mentais se faziam ainda mais patentes. O significado em suma consiste em que, embora Deus delongasse seu socorro, não obstante o coração de Davi não desfaleceu, nem se cansou; antes, depois de dar, por assim dizer, suficiente demonstração de sua paciência, por fim foi ouvido. Em seu exemplo surge diante de nós uma doutrina muito proveitosa, a saber: embora Deus não se apresse em surgir em nosso socorro, no entanto propositadamente nos mantém em suspenso e perplexidade; entretanto, não devemos perder a coragem, já que a fé não é totalmente provada senão pela longa espera. O resultado também, do qual ele fala em termos de louvor, deve inspirar-nos com crescente constância. É possível que Deus nos socorra mais lentamente do que gostaríamos, mas quando parece não tomar ele conhecimento de nossa condição, ou, se é que podemos usar tal expressão, quando parece inativo e a dormitar, isso é totalmente diferente de enganar; pois se somos incapazes de suportar, mediante o vigor e o poder invencíveis da fé, o tempo oportuno de nosso livramento por fim se manifestará.

2. E me tirou duma cova estrondosa. Há quem traduza: do covil da desolação? visto que o verbo  shadh, do qual o substantivo shaon, se deriva, significa destruir ou devastar, tanto quanto ressoar ou ecoar. Mas é mais apropriado considerar que há aqui uma alusão aos abismos profundos, donde as águas jorram com força violenta. Com esta similitude ele mostra que fora exposto a um iminente perigo de morte como se houvera sido precipitado num poço profundo, estrondoso pela impetuosa fúria das águas. Com o mesmo propósito é também a similitude de o lodo lamacento, pelo qual ele informa que estivera tão perto de ser submerso pelo volume de suas calamidades, que não lhe fora fácil desvencilhar-se delas. Em seguida surge súbita e incrível mudança, pela qual ele manifesta a todos a grandeza da graça que lhe fora concedida. Declara que seus pés foram postos sobre uma rocha, enquanto anteriormente se vira submerso em água; e que seus passos foram bem firmados, enquanto anteriormente não só eram vacilantes e escorregavam, mas também se viu atolado na lama.

3. E pôs em minha boca um novo cântico. Na primeira cláusula do versículo, ele conclui a descrição do que Deus lhe havia feito. Com a expressão, Deus pôs um novo cântico em minha boca, ele denota a consumação de seu livramento. Seja qual for a maneira em que Deus se agrada em socorrer-nos, ele não exige nada mais de nós senão que sejamos agradecidos pelo socorro e o guardemos na memória. Portanto, à medida em que ele nos concede seus benefícios, abramos imediatamente nossa boca e louvemos seu nome. Visto que Deus, ao agir liberalmente em nosso favor, nos encoraja a cantar seus louvores, Davi com razão reconhece que, havendo sido tão portentosamente liberto, o tema de um novo cântico lhe fora fornecido. Ele usa o termo novo no sentido de raro e não ordinário, uma vez que a forma de seu livramento for singular e digna de eterna memória. É verdade que não há benefício divino tão minúsculo que dispense nossos mais elevados louvores; quanto mais ele estende sua mão, porém, visando a nos socorrer, mais devemos exercitar-nos a um fervoroso zelo neste santo exercício, de sorte que nossos cânticos correspondam à grandeza do favor que porventura nos tenha sido conferido.

Muitos o verão. Aqui o salmista estende ainda mais o fruto do auxílio [divino] que experimentara, dizendo-nos que o mesmo provera os meios de instrução comum a todos. Por certo que a vontade de Deus é que os benefícios que ele derrama sobre cada um dos fiéis sejam provas da benevolência que ele põe constantemente em ação em favor de todos eles, de modo que um, instruído pelo exemplo do outro, sem dúvida a mesma graça se manifestará beneficiando a cada um deles. Os termos temor e esperança, ou confiança, à primeira vista não parecem harmonizar-se. Davi, porém, não os juntou impensadamente; pois ninguém jamais nutrirá a esperança do favor divino senão aquele cuja mente é antes imbuída com o temor de Deus. Entendo temor em termo geral significando o sentimento de piedade que se produz em nós pelo conhecimento do poder, da eqüidade e da misericórdia de Deus. O juízo que Deus exerceu contra os inimigos de Davi serviu, é verdade, para inspirar em todos os homens o temor [divino]; em minha opinião, porém, Davi antes pretende dizer, pelo livramento que obtivera, que muitos seriam induzidos a consagrar-se ao serviço de Deus e a submeter-se, com toda reverência, à sua autoridade, porquanto o conheceriam como o Juiz do mundo. Ora, todo aquele que cordialmente se submete à vontade de Deus necessariamente associará a esperança com o temor; especialmente quando surge diante de seus olhos a evidência da graça pela qual Deus costuma atrair a si todos os homens. Pois eu já disse que Deus se manifesta ante nossos olhos como misericordioso e bondoso para com outros, a fim de que nos asseguremos de que ele será o mesmo em relação a nós. Quanto ao verbo, verão, do qual Davi faz uso, devemos entendê-lo como uma referência não só aos olhos, mas também e principalmente à percepção da mente. Todos, sem distinção, viram o que acontecera, a muitos deles, porém, nunca chegaram a reconhecer o livramento de Davi como sendo obra divina. Visto, porém, que tantos são cegos relativamente às obras de Deus, aprendamos que somente os que se consideram possuidores da faculdade perceptiva, a quem foi dado o Espírito de discernimento, os quais não ocupam sua mente em pousar sobre os meros eventos que sucedem, mas têm a capacidade de discernir em si, pela fé, a mão secreta de Deus.

Deixe que a Bíblia fale! – M. Lloyd-Jones


. . .(Alguns) . . .nunca chegam a aceitar plenamente o ensino e a autoridade das Escrituras. . . Não se aproximam da Bíblia para submeter-se completa e absolutamente a ela. Se ao menos chegássemos às Escrituras como crianças, e as aceitássemos em seu significado transparente, e permitíssemos que elas nos falassem, esta espécie de dificuldade não surgiria nunca. Essas pessoas não fazem isso. O que fazem é misturar as suas idéias pessoais com a verdade espiritual.

É claro que alegam que tiram suas idéias basicamente das Escrituras, mas, e esta é a palavra fatal, imediatamente passam a modificá-la. Aceitam certas idéias bíblicas, mas há outras idéias e filosofias que desejam trazer consigo, de sua vida antiga. Misturam idéias naturais com idéias espirituais. Afirmam que gostam do Sermão da Montanha e de 1 Coríntios 13. Dizem que crêem em Cristo como Salvador, mas ainda argumentam que não devemos ir longe demais nessas questões, e que elas acreditam na moderação. Daí, começam a modificar as Escrituras. Negam-se a aceitá-las como autoridade em todos os pontos na pregação e no viver, na doutrina e na maneira de encarar o mundo.

«As circunstâncias mudaram», dizem tais pessoas, «e a vida não é mais o que costumava ser. Agora, estamos vivendo no século XX». Assim, pois, modificam as Escrituras aqui e ali, para adaptá-las às suas idéias pessoais, ao invés de levarem firmemente a doutrina escriturística à sua conclusão lógica, de começo a fim, e de confessarem quão irrelevante é a conversa sobre que estamos no século XX. Esta é a Palavra de Deus, não limitada pelo tempo, e, visto que é a Palavra de Deus, devemos submeter-nos a ela, confiando em Deus, crendo que Ele empregará os Seus próprios métodos e à Sua própria maneira.

Spiritual Depression, p. 44,5

A Regeneração Precede a Fé - R.C. Sproul




Um dos momentos mais dramáticos em minha vida, na formação de minha teologia, ocorreu em uma sala de aula de um seminário. Um de meus professores foi ao quadro negro e escreveu estas palavras em letras garrafais:

A REGENERAÇÃO PRECEDE A FÉ

Aquelas palavras foram um choque para o meu sistema. Eu tinha entrado no seminário crendo que a obra principal do homem para efetivar o novo nascimento era a fé. Eu pensava que nós tínhamos que primeiro crer em Cristo, para então nascermos de novo. Eu uso as palavras "para então" aqui por uma razão. Eu estava pensando em termos de passos que deviam ocorrer em uma certa seqüência. Eu colocava a fé no princípio. A ordem parecia algo mais ou menos assim:

"Fé - novo nascimento -justificação."

Eu não tinha pensado sobre esse assunto com muito cuidado. Nem tinha atentado cuidadosamente às palavras de Jesus a Nicodemus. Eu presumia que mesmo sendo um pecador, uma pessoa nascida da carne e vivendo na carne, eu ainda tinha uma pequena ilha de justiça, um pequeno depósito de poder espiritual remanescente em minha alma para me capacitar a responder ao Evangelho sozinho. Possivelmente eu tinha sido confundido pelo ensino da Igreja Católica Romana. Roma, e muitos outros ramos do Cristianismo, tem ensinado que a regeneração é graciosa; ela não pode acontecer aparte da ajuda de Deus.

Nenhum homem tem o poder para ressuscitar a si mesmo da morte espiritual. A divina assistência é necessária. Esta graça, de acordo com Roma, vem na forma do que é chamado graça preveniente. "Preveniente" significa que ela vem antes de outra coisa. Roma adiciona a esta graça preveniente o requerimento de que devemos "cooperar com ela e assentir diante dela", antes que ela possa atuar em nossos corações.

Esta concepção de cooperação é na melhor das hipóteses uma meia verdade. Sim, a fé que exercemos é nossa fé. Deus não crê por nós. Quando eu respondo a Cristo, é a minha resposta, minha fé, minha confiança que está sendo exercida. O assunto, contudo, se aprofunda. A questão ainda permanece: "Eu coopero com a graça de Deus antes de eu nascer de novo, ou a cooperação ocorre depois?" Outro modo de fazer esta pergunta é questionar se a regeneração é monergista ou sinergista. Ela é operativa ou cooperativa? É eficaz ou dependente? Algumas destas palavras são termos teológicos que requerer maior explanação.

MONERGISMO E SINERGISMO

Uma obra monergística é uma obra produzida por uma única pessoa. O prefixo mono significa um. A palavra erg refere-se a uma unidade de trabalho. Palavras como energia são construídas com base nessa raiz. Uma obra sinergística é uma que envolve cooperação entre duas ou mais pessoas ou coisas. O prefixo sun significa "juntamente com".

Eu faço esta distinção por um razão. O debate entre Roma e Lutero foi travado sobre este simples ponto. A questão era esta: A regeneração é uma obra monergística de Deus ou uma obra sinergística que requer cooperação entre homem e Deus? Quando meu professor escreveu "A regeneração precede a fé" no quadro negro, ele estava claramente tomando o lado da resposta monergística. Depois de uma pessoa ser regenerada, esta pessoa coopera pelo exercício de sua fé e confiança. Mas o primeiro passo é a obra de Deus e de Deus tão-somente.

A razão pela qual não cooperamos com a graça regeneradora antes dela agir sobre nós e em nós é que nós não podemos. Não podemos porque estamos mortos espiritualmente. Não podemos assistir o Espírito Santo na vivificação de nossas almas para a vida espiritual, da mesma forma que Lázaro não podia ajudar Jesus a ressuscitá-lo dos mortos.

Quando comecei a lutar com o argumento do Professor, fiquei surpreso ao descobrir que o estranho som de seu ensino não era novidade. Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, Jonathan Edwards, George Whitefield - até o grande teólogo medieval Tomás de Aquino ensinaram esta doutrina. Tomás de Aquino é o Doctor Angelicus da Igreja Católica Romana. Por séculos seu ensino teológico era aceito como dogma oficial pela maioria dos Católicos. Então, ele era a última pessoa que eu esperava sustentar tal visão da regeneração. Todavia Aquino insistiu que a graça regeneradora é uma graça operante, e não uma graça cooperativa. Aquino falou da graça preveniente, mas ele falou de uma graça que vem antes da fé, que é a regeneração.

Estes gigantes da história Cristã derivaram a visão deles das Sagradas Escrituras. A frase chave na Carta de Paulo aos Efésios é esta: "estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Efésios 2:5). Aqui Paulo localiza o tempo em que a regeneração ocorre. Ela ocorreu "quando estávamos ainda mortos". Com um único raio de revelação apostólica foram esmagadas, total e completamente, todas as tentativas e entregar a iniciativa na regeneração aos homens. Novamente, homens mortos não cooperam com a graça. A menos que a regeneração ocorra primeiro, não há possibilidade de fé.

Isso não diz nada de diferente do que Jesus disse a Nicodemus. A menos que um homem nasça de novo primeiro, ele não pode ver ou entrar no reino de Deus. Se nós cremos que a fé precede a regeneração, então nós colocamos nossos pensamentos, e, portanto, nós mesmos, em direta oposição não só aos gigantes da história Cristã, mas também ao ensino de Paulo e do nosso próprio Senhor Jesus Cristo.

A Igreja precisa de teologia? .


Por: João Alves dos Santos


Introdução e Conceitos
É comum ouvirmos que “a teologia mata a religião” ou que “a Igreja não precisa de teologia e, sim, de vida”. Serão verdadeiras essas afirmações? Admitimos que há muita coisa por aí levando o nome de “teologia” que não passa de especulação humana, por não se basear em pressupostos de uma hermenêutica bíblica. E até a “boa teologia”, quando se torna um fim em si mesma, pode não ter qualquer uso prático e reduzir-se a mero academicismo. Não é disto que falamos aqui. Perguntamos se a verdadeira Teologia é necessária à Igreja.
E o que é verdadeira Teologia? Como o próprio nome indica, Teologia é o estudo de Deus, ou, definindo mais formalmente, “é a ciência que trata de Deus em Si mesmo e em relação com a Sua obra” (B.B. Warfield). Perguntamos, por conseguinte, se a Igreja pode prescindir do conhecimento de Deus e da Sua obra e ainda ser Igreja de Deus. É quase certo que aqueles que negam a necessidade da Teologia na vida da Igreja não diriam, conscientemente, que alguém pode ser cristão sem conhecer a Deus. O que lhes falta é um bom conhecimento do que é Teologia e de suas implicações.
Como podemos conhecer a Deus sem estudar a revelação que Ele faz de Si mesmo? Como saber quem Ele é e o que Ele tem feito e faz, quem somos nós em relação a Ele, o que Ele requer de nós,etc., se não investigarmos o que Ele deixou revelado para nosso conhecimento? Pois esse é o trabalho da Teologia. Esse trabalho parte de três pressupostos: O primeiro é o de que Deus existe; o segundo, de que Ele pode ser conhecido, embora não de modo exaustivo e completo; e o terceiro, de que Ele tem Se revelado tanto por meio de Suas obras (criação e providência - Revelação Geral - Sl19:1,2; At 14:17), como, principalmente, nas Santas Escrituras (Revelação Especial - Hb1:1,2; 1 Pd 1:20,21). É porque Deus Se revelou que podemos conhece-Lo. Nosso conhecimento de Deus não é intuitivo, nem natural, mas comunicado por Ele mesmo através dos meios que soberanamente escolheu. “Fazer teologia”, portanto, não é inventar teorias a respeito de Deus e de Suas obras, nem mesmo “descobrir” a Deus, mas conhecer e compreender a revelação que Ele próprio deu de Si. Por isso, qualquer estudo de Deus que não tiver a Sua revelação como base, meio e princípio regulador não é “teologia”, devidamente entendida.
A palavra “teologia” não ocorre na Bíblia e o termo que lhe é equivalente, no N.T., é “doutrina” ( “didache” ou “didaskalia”, no grego), que vem de uma raiz que significa “ensinar” e pode se referir tanto ao ato de ensinar, propriamente, como ao conteúdo do que é ensinado (Rm 6:17;1Tm 6:3-4; 2Tim 4:3-4; Tito 1:2,9, etc.). Podemos dizer, de modo mais completo agora, que Teologia é o conjunto de verdades extraídas dos ensinos bíblicos a respeito de Deus e de Sua obra, e que são apresentadas de modo sistemático, na forma de um corpo de doutrinas. A essa forma ordenada de doutrinas, dá-se inclusive, o nome de “Teologia Sistemática”. O adjetivo aqui, não altera o conceito de “teologia”.
Assim entendidas, fica evidente que não há diferença entre Teologia e Doutrina. Mas voltemos ao nosso tema. Duas são as razões geralmente apresentadas para se dizer que a Igreja não precisa de Teologia. Elas se baseiam em duas falsas antíteses:
1. A primeira é a suposição de que o Cristianismo se baseia em fatos e não em doutrinas. Concordamos que nossa salvação não repousa sobre um conjunto de teorias ou idéias, mesmo que extraídas corretamente da Bíblia, a que damos o nome de “doutrina”, mas sobre os atos poderosos e eficazes do nosso soberano Deus. Não somos salvos através de uma correta teoria a respeito da pessoa de Cristo, mas pela própria pessoa de Cristo; nem através de um exato entendimento da doutrina da Expiação, mas pelo próprio ato expiatório. É possível alguém ser “bom teólogo”, nesse sentido, e ainda não experimentar as graças ensinadas nas doutrinas que expõe. A doutrina realmente não salva. A obra de Cristo, devidamente aplicada pelo Espírito no coração do crente, é que assegura essa graça. Seu nascimento sobrenatural, Sua vida de perfeita obediência à Lei, Sua morte substitutiva, Sua ressurreição, Sua ascensão e assentamento à direita do Pai, Sua segunda vinda, são os grandes fatos que tornam garantida a salvação dos eleitos.
Mas como sabemos que esses são os fatos? Que sentido teriam esses acontecimentos se não tivessem sido interpretados? É a doutrina que lhes dá sentido. Como viemos a saber que aquele menino que nasceu em Belém é o Filho de Deus? Por que descansamos na eficácia da Sua morte para a expiação dos nossos pecados? Por que sabemos que a Sua ressurreição, há dois mil anos atrás, garante a nossa justificação? É porque esses fatos são todos explicados e interpretados pela doutrina. Esta não só informa o fato como também dá o seu significado. A doutrina não salva, mas pode tornar o homem sábio para a salvação (2Tm 3:15). Doutrina sem fato é mito, mas fato sem doutrina é mera história.
O Cristianismo, portanto, consiste em “fatos que são doutrinas e doutrinas que são fatos”, na expressão de B.B. Warfield. Ele diz: “A Encarnação é uma doutrina: nenhum olho viu o Filho de Deus descer dos céus e entrar no ventre da virgem; mas se isso não for um fato histórico também, nossa fé é vã e permanecemos ainda em nossos pecados”( Selected Shorter Writings, vol 2, p. 234). Fato e doutrina se complementam no Cristianismo. Quando João diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14), não está apenas apresentando um fato; está explicando-o também. Quando Paulo afirma que Jesus “foi entregue por causa das nossas transgressões,e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4:25), de igual modo está dando uma interpretação aos fatos da morte e ressurreição de Cristo. Isto é o que se vê em toda a Escritura, especialmente nas epístolas.
Até mesmo os fatos manifestos na natureza (Revelação Geral) não seriam devidamente compreendidos se não fossem explicados pela Bíblia (Revelação Especial). Podemos hoje entender que “os céus manifestam a glória de Deus” (Sl 19:1) porque o Criador nos tem revelado isso na Sua Palavra. Sem essa explicação, sua mensagem (a dos céus) passaria despercebida e eles poderiam até ocupar o lugar do Criador, gerando a idolatria (devido ao pecado), como lemos em Rm 1:18-32. Não é o acontece quando as pessoas dizem que “a natureza é sábia”, ou quando a chamam de “mãe natureza”?. Sem a revelação do Criador, a criatura toma o seu lugar. Daí dizer-se que para se conhecer a Deus é preciso que Ele fale, e não somente que Ele aja.
Concluímos, portanto, que os fatos só têm sentido quando acompanhados da doutrina. Nem é pertinente perguntar qual dos dois é mais importante. Seria o mesmo que indagar qual das duas pernas é mais importante para o nosso caminhar. O ensino da doutrina é uma das ênfases da Bíblia (1Tm 3:2; 2Tm 2:2; Tito 1:9; Ef 4:11), pois sem ela não existe verdadeiro Cristianismo.
2. A segunda é a suposição de que o Cristianismo consiste em vida, não em doutrina. Por trás dessa afirmação podem estar raízes do conceito filosófico que exalta o misticismo, as emoções, o sentimento religioso do homem, e que procura eliminar da religião todo apelo ao intelecto, à razão. “Religião é vida e a vida é dinâmica, fluente; a doutrina é estática, fria, e, portanto, não pode ser compatível com o caráter do Cristianismo”, dizem. Aqueles que assim pensam até admitem um certo tipo de doutrina, desde que mutável, adaptada sempre à dinâmica da vida e conformada às “necessidades” da época e do lugar onde a vida do Cristianismo se manifesta. Até chamam a isso de “teologia contemporanizada” ou “contextualizada”. Segundo esse ponto de vista, não é a doutrina que deve dirigir a vida, mas esta àquela. “A letra mata, mas o espírito vivifica”, argumentam. A prática (práxis) é colocada acima da doutrina não só em importância, mas também no tempo: a doutrina passa a ser um produto da vida cristã, não a sua norma. Há até quem interprete assim a célebre divisa: “Igreja reformada sempre se reformando”.
Mas será essa a visão bíblica do Cristianismo? Podemos dizer, com base na palavra de Deus, que o Cristianismo é vida e não doutrina, ou, primeiramente vida, depois doutrina? Existe tal antítese? Se essa posição for verdadeira, então não haverá verdade absoluta, nem princípio fixo, nem revelação objetiva. Tudo cairá no campo dos valores relativos e passará a depender do subjetivismo, da “piedade”, das emoções. Não admira que haja tanta “fluidez” e instabilidade entre os que assim pensam, e que sejam facilmente levados “por todo vento de doutrina”. Para estes, a doutrina é o que menos interessa.
Concordamos também que Cristianismo é vida, e graças a Deus por isso! Onde a vida não se manifesta, nos moldes escriturísticos, falta a alma da verdadeira religião. Mas devemos ou podemos prescindir da doutrina para que essa vida se manifeste? Antes de tudo, é a verdade de Deus relativa? Depende o seu valor do lugar e da época em que se encontram os homens? Sabemos que esta é a posição atual dos que se denominam pluralistas e esse é o pressuposto básico desta posição. Será que aquilo que foi deixado por Paulo e pelos outros apóstolos como doutrina para os seus dias deveria ser mudado nos dias de Agostinho, depois nos dias de Lutero e Calvino, depois nos dias de Warfield e dos Hodge e, assim, sucessivamente, até os nossos dias, para dar lugar às manifestações de vida? Não creio que a Bíblia justifique essa posição nem que esses teólogos a tenham entendido assim. O princípio de que “a Igreja reformada deve estar sempre se reformando” visa manter sempre a mesma posição em relação à verdade, não alterá-la, para que seja aplicável em todas as épocas. É para que continue sempre sacudindo de si toda tradição e acréscimo humano que não estejam de acordo com os valores fixos e absolutos da palavra de Deus. Reformar é voltar às origens, ao que foi intencionado no princípio por Deus. E não há outra forma de se fazer isto a não ser pela doutrina.
Foi a doutrina bíblica, tão bem exposta pelos reformadores e tão negligenciada pela Igreja, que a trouxe de volta às origens e lhe recuperou a vida, no século XVI. Foi a falta da verdadeira doutrina que enfraqueceu a Igreja e a lançou num tradicionalismo vazio e pagão. É a correta aplicação da doutrina que produz a verdadeira vida cristã. Não basta apenas um sentimento religioso para fazer de um homem um cristão. É preciso que sua vida seja moldada na doutrina de Cristo. É a doutrina que dá característica à vida.
Sem dúvida, não estamos afirmando que apenas a doutrina, independente da obra santificadora do Espírito, produz vida. A doutrina é, isto sim, o meio que o Espírito soberanamente usa para nos fazer conhecer a vontade de Deus e nos levar a praticá-la. É através dela que ficamos sabendo que a vontade de Deus é a nossa santificação e que, sem esta, ninguém verá o Senhor (1 Ts 4:3; Hb 12:14). É ela que nos aponta os meios de graça deixados pelo próprio Senhor, que é quem nos santifica (Lv 20:7-8; Ef 5:26). Nas epístolas paulinas, a íntima relação entre doutrina e prática é evidenciada pelo seu método de apresentar primeiro a argumentação teológica (doutrinária) para depois tirar as implicações práticas dela decorrentes (Ex. Rm 1-11: doutrina; 12-16: prática). Isso se torna ainda mais claro na oração sacerdotal de Cristo, em que Ele associa a prática da santificação com a doutrina da Palavra: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 15 :17) e em João 7:17, onde o fazer a vontade de Deus está ligado ao conhecer a doutrina: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”.
O conhecimento de Deus começa pela porta do intelecto, da razão, para depois pervadir todas as áreas do ser e se transformar em manifestações de vida que O agradem e glorifiquem. Por isso, o ensino da doutrina é indispensável na Igreja, tanto através do púlpito como pelos estudos semanais, pela Escola Dominical e por qualquer outro meio disponível. Nossa demonstração de vida pode impressionar as pessoas e despertar nelas certa admiração, mas é pela pregação da Palavra que vem a fé que transforma (Rm 10:7) A espada do Espírito é a Palavra (Ef 6:17).
Conclusão
Concluímos, portanto, que a Igreja precisa da Teologia, porque precisa da doutrina nela contida para dar sentido e expressão aos fatos do Cristianismo e para prover os meios de manifestação da verdadeira vida cristã.
Fonte: [ www.ipcb.org.br ]
Via: [ Eleitos de Deus
 ]

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"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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