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14 de ago. de 2010

Missões Evangélicas 003 - O que você tem feito? Projeto SEMEAR 2009

O que você tem feito para seu próximo? O que você tem feito para você mesmo? O que você tem feito para Deus?

Esquinas Cruéis

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O Maior Dom: O amor.

 
Introdução




Alguns dons são temporários, outorgados em resposta a uma necessidade bem específica em determinado momento. O Amor, porém deve ser constante na vida do cristão. Os dons que acabamos de estudar são repartidos entre os membros do corpo, mas o amor é recebido por todos eles. Uma pessoa sem amor não é um autêntico cristão (1João 4.8).

Sem o amor, a sociedade humana se despedaçaria; o amor unifica tudo. Era justamente isso que os coríntios precisavam. Seu partidarismo e reivalidade no uso dos dons espirituais foram resultados de uma falta de amor. Os coríntios tinham muitos dons espirituais, mas parece que esses estavam causando orgulho, inveja e desordem. O amor os uniria. Os comentários de Paulo foram provocados pela situação em Corinto, mas são válidos para todo o mundo em qualquer época.

As Virtudes do Amor

E o que o amor faz. Primeiro o amor é paciente e benigno. Segundo, o amor não é ciumento, ufanoso, ensoberbecido. O amor não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses e não se ressente do mal. O amor não se alegra com a justiça, mas rejozija-se com a verdade. Terceiro o amor tudo sofre, crê, espera, suporta e jamais acaba.
• 13:4 “O amor é paciente e benigno” = O amor tem uma infinita capacidade de suportar. A palavra indica paciência com pessoas em vez de paciência com circunstâncias. Benigno = reage com bondade aos que o maltratam. Eles eram impacientes uns com os outros e indelicados em suas atitudes entre si. Na verdade havia divisões e contendas entre eles (1:10,11; 6:7).
• 13:4 “O amor não arde em ciúmes, não se ufana e não se ensoberbece” = O amor não se aborrece com o sucesso dos outros. Eles eram ciumentos e orgulhosos. Eles se ensoberbeciam (1:29; 3:21; 4:6,18-19; 5:2). Eles tinham inveja uns dos outros (3:3: 12:15,21).
• 13:5 “O amor não se conduz incovenientemente, não procura os seus próprios interesses” = O amor é a própria antítese do egoísmo. Os crentes de Corinto estavam fazendo pouco uns dos outros e usavam os dons para a sua própria glorificação. Na Ceia do Senhor uns comiam e bebiam; outros passavam fome (11:17-22).
• 13:5 “O amor não se exaspera e não se ressente do mal” = O amor não é melindroso. Não está predisposto a ofender-se. O amor está sempre pronto para pensar o melhor das pessoas, e não lhes imputa o mal. Os crentes de Corinto estavam levando uns aos outros aos tribunais diante de juízes não-cristãos (6:5-7). Eram egoístas e carnais.
• 13:6 “O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade” = É tremendamente característico da natureza humana sentir prazer com os infortúnios dos outros. Grande parte das colunas de notícias dos nossos jornais é dada a relatar injustiças. O amor não se alegra com o mal, de nenhuma espécie. Havia imoralidade na igreja, coisa que não acontecia nem entre os gentios (5:1). Pior: Eles se orgulhavam do próprio pecado em vez de lamentar (5:2).
• 13:7 “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” = Além da imoralidade sexual, muitos desses cristãos eram insensíveis para com os membros mais fracos do grupo. Usavam a liberdade para provocar escândalos (8:9). Na realidade alguns chegaram a praticar idolatria (10:14). Eles davam crédito à mentira, mesmo contra o seu pai espiritual, o apóstolo Paulo (4:3-5; 9:1-3).
• Paulo trabalha três diferentes aspectos nesses versos 4-8:
1. O amor e as trevas em nós mesmos - v. 4b-5a
• Com o uso de cinco negativas, cada uma precedendo um verbo Paulo di z que o amor simplesmente não faz essas coisas: ele não se entrega ao ciúme, ao ufanismo ou à arrogância; resiste à tentação de reagir com rudeza ou egoísmo.
• Esses pecados todos estavam presentes na igreja de Corinto.






A ETERNIDADE DO AMOR – V. 8-13

• Paulo menciona os três dons que ocupam o alto da lista de prioridade deles: línguas, profecia e conhecimento. Cada um deles passará a ser irrelevante ou será absorvido na perfeição da eternidade (13:10).• Paulo ilustra esta verdade geral de duas maneiras diferentes: 1) Ele menciona o crescimento desde a infância até a maturidade – a diferença entre a infância e a maturidade; 2) ele contrasta o reflexo de uma pessoa no espelho com a visão dela mesma, face a face – a diferença entre se ver uma imagem obscura (espelho polido) e a imagem verdadeira. • Enquanto não virmos a Jesus como ele é, teremos pouca maturidade. Enquanto não virmos a Jesus não veremos com total clareza as coisas de Deus! Enquanto vivemos nossas vidas nesta terra, a nossa visão das coisas é, na melhor das hipóteses, indistintas. • Todos os dons que temos são para esta vida. Mas o amor vai reinar no céu.• Dentre as maiores virtudes: fé, esperança e amor, o amor é o maior de todos!
 
Fonte:http://ensinadorcristao.blogspot.com/

Cap 38 - Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica O MILÊNIO

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Principiamos nosso estudo de escatologia com uma consideração do milênio, porque é a crux da controvérsia entre pré milenaristas e seus oponentes de toda cor.
A palavra "milênio" vem-nos do latim, significando "mil anos". Refere-se aos mil anos de Apoc. 20:1-7. Nestes versos há seis referencias a este período de tempo. É dado aqui como o tempo durante o qual Satanás deverá ser preso e os santos reinarão com Cristo.
Quando os oponentes do pré milenarismo asseveram que a palavra "milênio" não está na Bíblia, falam enganosamente. Está ela tão verdadeiramente na Bíblia como a expressão "mil anos". Desde que estas expressões são inglesas, nenhuma delas estava nos manuscritos originais. Mas a palavra "milênio" representa o significado do grego tão verdadeiramente como a expressão "mil anos". Assim mossa não faz em dizer-se que a palavra em foco não está na Bíblia, a menos que se o diga para prejudicar alguns ouvintes ou leitores.
Nosso tratamento do assunto não justificará a acusação que o pré milenarismo "construi-se principalmente sobre uma passagem no Apoc. 20:1-10", ou que os premilenaristas "partem de uma certa interpretação de Apoc. 20:1-10 e então engendram sua idéia de volta às epístolas e evangelhos." Começaremos antes com outras passagens e por elas interpretaremos a do Apocalipse.
Mas ainda, nossa discussão conformar-se-á com uma regra enunciada por um de nossos oponentes; a saber, "São princípios é de interpretação bíblica começar com Ele que é a Luz do mundo; em outras palavras, principal com o estudo do Novo Testamento e voltar ao Velho com a luz do Novo." Isso será, exatamente, o nosso método de proceder.
Todavia, depois de havermos feito isto, depois de termos deixado o Novo Testamento focar a luz do Velho sobre esta questão, interpretaremos então Apoc. 20 em vista dessa luz. E se os nossos oponentes desejam continuar a blasonar sobre nós lermos do texto o que não está lá, trataremos a acusação com complacente e tolerante desdém. Não há um deles que não "leia em" tais passagens como Lucas 13:3 que a fé bem como o arrependimento é uma condição de salvação. Assim é através de toda a Bíblia. Tomamos os vários pormenores de passagens colaterais e as ajuntaremos para tirarmos a verdade toda.
I. AS FORMAS PRESENTES E FUTURAS DO REINO
1. A FORMA PRESENTE DO REINO NÃO É A FORMA FINAL.
Isto está plenamente indicado por um número de passagens que apontam para um reino futuro. Vide Mat. 6:10; 25:34; Marcos 14:25; Lucas 13:28,29; 2 Tim. 4:1. Notai também que algumas das parábolas em Mat. 13 indicam que o reino do céu contem agora falsos professantes (joio e peixe ruim), enquanto outras passagens falam de uma forma do reino do céu em que só os justos entrarão. Vide Mat. 5:20; 7:21. Estas passagens apontam, evidentemente, para o período que seguirá ao cumprimento de Mat. 13:41: "O Filho do homem mandará os Seus anjos e eles ajuntarão do reino tudo que ofende e os que praticam iniqüidade". Isto, manifestamente é para se cumprir no juízo, no fim desta época (Mat. 13:39-40), e então seguir-se-á o reino ou forma do reino aludida em Mat. 5:20; 7:21 e também em Mat. 25:34. Destas passagens, então, vemos claramente que o juízo no fim desta época não trará um fim ao reino messiânico, mas antes o precederá na sua forma final.
Nem devemos considerar este ensino pleno como contraditado por 1 Cor. 15:24. Jamais podemos esperar de chegar à verdade a menos que deixemos as passagens mais claras seguirem a interpretação das que são um tanto obscuras. Lede vs. 22-24 na revisão. Notai a leitura: "então os que de Cristo na Sua vinda" em vez de "depois os que são de Cristo", etc. Assim a revisão dá a "epeita" o mesmo sentido de "eita". "Então" está empregado para traduzir a ambas. Notai, então, que o primeiro "então" permite o lapso de tempo entre a ressurreição de Cristo e Sua segunda vinda. Portanto, "então vem o fim" não pode ser usada para provar que "o fim", seja o que for, ocorre imediatamente depois da vinda de Cristo. "Epeita" e "eita" nestes versos não marcam sucessão temporal imediata, mas antes seqüência em enumeração, dependendo "da natureza das coisas enumeradas" (Thayer). Não há diferença nas palavras, certamente, que concederá à primeira admitir um lapso de mais do que dezenove séculos ao passo que proibindo qualquer lapso de tempo a última. Assim compreendido, ver-se-á prontamente que o v. 24 em si mesmo sugere que "então vem o fim" não fixa o tempo quando Ele terá entregue o reino a Deus" (melhor, "quando quer que Ele entregar", etc), mas antes vice-versa.
Inda mais, com mui significantemente diz E. P. Gould: "Na Sua vinda", pode ser trazido na parousia ou presença, isto é, durante o tempo da presença de Cristo na terra, seguindo Sua segunda vinda." É este sentido se, como cremos, com base em Isa. 65:20 e outras passagens paralelas, a morte continuará na terra após o estabelecimento dos "novos céus e uma nova terra" (Isa. 65:17 (?)). Em outras palavras, esta passagem admite uma contínua ressurreição dos justos através do reino de Cristo sobre a terra e cremos que as Escrituras em geral a exigem. Como os crentes em corpos naturais morrem, serão ressurgidos imediatamente. Podemos então dar a "então vem o fim" o seu sentido mais natural segundo o seu contexto, entendendo que quer dizer o fim do reino messiânico, que não virá imediatamente senão somente depois que a morte for completamente conquistada.
2. CRISTO É AGORA REI, MAS ELE NÃO ESTÁ NO SEU TRONO, O TRONO DE DAVI.
O autor desaprova chatamente a idéia que Cristo não está reinando agora. Isto é sustentado por alguns pré milenaristas, mas não é uma parte necessária do pré milenarismo. Cristo já é rei de um reino espiritual comumente falado em o Novo Testamento como "o reino de Deus", isto é, um reino sem cabeça visível e limites físicos, cujos súditos podem ser distinguidos só por característicos espirituais. Que Cristo já é rei de semelhante reino está definida e iniludivelmente ensinado em Mat. 28:18-20; João 18:36; Col. 1:13; Apoc. 3:21.
Mas Cristo não está agora no Seu trono, o trono de Davi que Lhe foi prometido. Lucas 1:32. Notai esta significativa passagem:
"Ao que vencer QUERO EU conceder que se assente comigo no MEU trono, assim como eu venci e me assentei com o PAI NO SEU TRONO" (Apoc. 3:21).
Notai que Cristo está agora sentado com o Pai no trono do Pai e que está implicado que nalgum tempo no futuro assentar-se-á Ele no Seu próprio trono, no qual tempo os vencedores (todos os regenerados, 1 João 5:4) assentar-se-ão com Ele. Os contrastes aqui são significantes ? o trono do Pai contrastado com o "meu trono" o presente estou assentado contrastado com o futuro sentar-se-á. Esta passagem está morta contra aqueles que contendem que o milênio está agora em progresso e nós nunca soubemos de um só deles para experimentar tratar dele.
Atos 2:25-32 não prova, como tem sido alegado que Cristo está agora no trono de Davi. Nossos oponentes apresentam argumentos infundados sobre a suposta base desta passagem junta com 2 Sam. 7:12: (1). Que esta passagem ensina que Cristo era para sentar-se no trono de Davi imediatamente depois de Sua ressurreição. Mas a passagem nada diz dessa espécie. Ela ensina que a ressurreição era necessária a Ele sentar-se no trono, mas não que Ele ascendeu ao trono imediatamente. As Escrituras já citadas mostram que isto não foi o caso. (2) Que Davi entendeu pela promessa citada por Pedro (2 Sam. 7:12) que Cristo sentar-se-ia no Seu trono enquanto Davi estava ainda dormindo com seus pais e não depois da ressurreição. Isto é maravilhosamente lógico a vir daqueles que protestam que nós lemos em Apoc. 20:1-7 coisas que não se ensinam ali.
A letra e fase natural de 2 Sam. 7:12 referidas à colocação de Salomão no trono de Davi e insistir com a letra é meramente discutir absurdamente para a sustentação de uma proposição fraca demais para agüentar. Alguém podia do mesmo modo discutir que, tanto a fase natural da passagem viu um sucessor imediato de Davi, Cristo ascendeu ao trono de Davi na morte de Davi. Em Atos 2:29 Pedro fala do fato "que Davi tanto está morto como enterrado e o seu sepulcro está conosco até este dia" meramente para provar que Davi não podia ter estado falando de si mesmo quando disse que sua alma não seria deixada no Hades e que ele não veria corrupção. Este fato é evidente a todos, salvos aqueles cegados para sustentarem uma teoria inescrituristica.
3. CRISTO ASCENDERÁ AO SEU TRONO NA SUA SEGUNDA VINDA.
Isto faz-se indisputável pela seguinte passagem:
"QUANDO o Filho do homem vier na Sua glória e todos os santos anjos com Ele, ENTÃO assentar-se-á sobre o trono de Sua glória" (Mat. 25:31).
Nesta passagem temos mais extensa resposta à absurda contenção notada acima. É na Sua segunda vinda que Cristo se sentará no Seu trono. Nesse tempo será estabelecida a forma futura do reino referida em Mat. 13:43; 25:34. Isto concorda com Lucas 19:12, onde um "certo nobre" representa Cristo.
II. A NATUREZA DO REINO FUTURO
1. SERÁ SOBRE A TERRA
Isto é um fato significativo, que se estabelece pelas duas passagens seguintes:
Apoc. 5:10, onde os redimidos (vinte e quatro anciãos), após falarem de redenção por meio de Cristo, dizem: "E nos fez para Deus um reino e sacerdotes; e eles reinam sobre a TERRA."
Zacarias 14:9: "E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um só será o Senhor e um só será o Seu nome."
Citamos a primeira passagem da revisão, a qual segue o manuscrito alexandrino em ler "eles reinam" em vez do sinaitico que reza "reinaremos". Assim devemos escolher aqui entre dois manuscritos em evidência para decidirmos se o tempo é presente ou futuro. Contudo, A. T. Robertson sem nenhuma afinidade com o pré milenarismo, diz que temos o "uso futurístico" do indicativo presente ativo. E quem, exceto alguém a caça de prova mais de uma teoria do que a verdade das Escrituras, pode duvidar de que temos aqui uma referência à mesma coisa em Apoc. 2:26-27, 3:21; 1 Cor. 6:2 onde está coerentemente posto no futuro?
Notai desta passagem, então, que este reino é para ser na terra e lembrai-vos que Apoc. 3:21 nos diz que os santos sentar-se-ão com Cristo no Seu trono. Vemos assim que, desde que o reino dos santos é para ser na terra, o trono de Cristo e, portanto, o Seu reino, são para ser aqui.
A segunda passagem refere-se aquilo que é ainda futuro. Em nenhum tempo até hoje esteve a terra toda sujeita ao Senhor. A passagem é para ser cumprida depois dos eventos dos versos precedentes terem logar. Os que tentam achar um cumprimento deste capítulo no passado só puderam engendrar um expediente espremido e refugado de um cumprimento. Um escritor, por exemplo, discute bem conclusivamente que o capítulo não se cumpriu na destruição de Jerusalém. A. D. 70, porque, naquele tempo todo, em vez de metade do povo foi "cortado da cidade". Mais ainda, naquele tempo, Deus não lutou pelos judeus mas contra eles; enviando os exércitos romanos mesmo como dEle próprio, Ele "destruiu aqueles assassinos e queimou sua cidade", como Jesus disse que Deus faria (Mat. 22:7). Mais ainda, está assinalado que, desde aquele tempo Jerusalém tem sido "pisada pelos gentios" (Lucas 21:24) e ninguém tem ido lá para "guardar a festa dos tabernáculos". Mas então este mesmo escritor passa a experimentar engendrar um cumprimento no cuidado de Deus pelo Seu povo durante as trevas e aflições do período inter Bíblico, referindo-o particularmente às perseguições terríveis infligidas aos judeus por Antiôco Epífano, rei da Síria no segundo século B. C. . Mas ele se encarrega de não achar nenhum cumprimento minucioso, o que, sem dúvida, ele não pode fazer. As seguintes diferenças deslumbrantes existem entre o cerco descrito em Zac. 14 e as guerras e perseguições sob Antiôco:
(1) Em Zac. 14 lemos: "Reunirei todas as nações contra Jerusalém para batalhar." Sob Antiôco somente nações debaixo da regência Síria vieram contra Jerusalém.
(2). Em Zac. 14 o cerco era para durar só um dia (vs. 6,7), enquanto que o sob Antiôco e seu filho houve ataques por um período de anos e num tempo o culto em Jerusalém foi abandonado pelos judeus por três anos, durante cujo tempo a religião esteve proibida e o templo dedicado ao deus grego, Zeus.
(3). Em Zac. 14 o cerco e a vitória são seguidos de um glorioso período de benção e prosperidade espiritual, ao passo que o período seguinte às guerras sob Antiôco assinalou-se por mais guerra, divisão interna, rivalidade, intriga e guerra civil entre os judeus, terminando na sua sujeição a Aoma (?).
(4). Em Zac. 14 uma grande praga está vaticinada para os exércitos opostos (v. 12). Isto não ocorreu ao tempo de Antiôco.
(5). Em Zac. 14 o cerco é para ser seguido por aqueles que estão deixados das nações que vieram contra Jerusalém vindo de ano a ano adorar e guardar a festa dos tabernáculos. Isto não seguiu libertação da perseguição sob Antiôco algo mais do que ocorreu seguindo a destruição de Jerusalém em A. D. 70.
(6). Em Zac. 14 está dito que "os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras", e outra vez: "O Senhor meu Deus virá e todos os santos contigo". Isto não se seguiu aos dias de Antiôco.
Nossos oponentes reconhecem que os pés de alguém são para estarem sobre o monte das Oliveiras", mas não estão certos quem é a pessoa. A eles não é isto certo porque estão cometidos a uma teoria que lhes proíbe admitir fatos evidentes. Aqueles não assim presos é claro que o inconfundível antecedente gramatical de "seus" no vs. 4 é "O Senhor" no vs. 3. Evidente também é que a afirmação que "o Senhor meu Deus virá e todos os santos contigo" refere-se ao segundo advento de Cristo, tanto como se referem afirmações semelhantes em o Novo Testamento. Vide Judas 14; 2 Tess. 1:7; Mat. 25:31. Concluímos assim que o nosso ponto aqui está provado.
2. SERÁ NA NOVA TERRA
Desejamos chamar a atenção aqui para Mat. 19:28, que reza:
"E Jesus lhes disse (aos doze apóstolos): Na verdade vos digo, vós que me seguiste, NA REGENERAÇÃO, quando o Filho do homem sentar-se no trono da Sua glória, VÓS TAMBÉM VOS SENTAREIS SOBRE DOZE TRONOS, JULGANDO AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL."
Comentando a frase "na regeneração", A. T. Robertson diz: "O novo nascimento do mundo é para ser cumprido quando Jesus sentar-se no Seu trono de glória". John A. Broadus diz: "Quando o reino messiânico estiver completamente estabelecido, haverá um novo nascimento de todas as coisas, chamado uma "restauração de todas as coisas" (Atos 3:21, Versão Revista), "novos céus e uma nova terra, onde habita a justiça" (2 Ped. 3:13)...
Mais interessante, porém, do que estes comentários são duas passagens que engatam com esta passagem de um modo muito definito. Notai estas duas passagens:
"Porque, eis que eu crio céus novos e terra nova; não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais subirão à mente. Porém vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que eu crio a Jerusalém uma alegria e ao seu povo um gozo. E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo, nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. Não mais dali haverá uma criancinha de dias, nem velho que não cumpra seus dias; porque a criancinha morrerá de cem anos; mas o pecador de cem anos será amaldiçoado. E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não construirão para que outras habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos por muito tempo. Não laborarão em vão, nem darão a luz para inquietação, porque são a semente dos benditos do Senhor e sua descendência com eles. E acontecerá que, antes que clamem, eu responderei: estando eles ainda falando, eu os ouvirei. O lobo e o cordeiro alimentar-se-ão juntos e o leão comerá palha como o boi e pó será a comida de serpente. Não farão mal nem destruirão em todo o meu santo monte, diz o Senhor" (Isa. 65:17-25).
"Porque, como os céus novos e a terra nova, que eu farei, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim vossa semente e vosso nome estarão. E acontecerá que, de uma lua nova a outra, de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor." (Isa. 66:22,23)
Pode lá haver qualquer dúvida razoável que nosso Senhor teve estas passagens em mente quando Ele falou de "a regeneração"? Ainda mais, não é evidente que Pedro também as teve quando ele escreveu dos "novos céus e uma nova terra, onde habita justiça" (2 Ped. 3:13)? O autor considera como definitivamente resolvido que as palavras de Pedro aludem à mesma coisa assim como as de nosso Senhor em Mat. 19:28 e que o estabelecimento do reino milenial de Cristo será introduzido pelo estabelecido de novos céus e uma nova terra.
3. SERÁ PREEMINENTEMENTE JUDAICO
Notamos que os crentes reinarão com Cristo no Seu trono; mas Mat. 19:28, que já vimos, conta-nos que os doze apóstolos ocuparão doze tronos julgando as doze tribos de Israel. Sem duvida os espiritualizantes nos anatematizarão por entendermos o Senhor exatamente pelo que Ele diz aqui, mas nós não estamos no mínimo com medo nem de leve aflitos pela sua campanha sem tréguas de castração da Palavra de Deus.
Tanto como nosso Senhor, elevado na profecia como Ele era, muito provavelmente teve em mente as passagens já citadas de Isaías ao falar de "a regeneração", assim por igual há outra passagem de Isaías que Ele deve ter dito em mente ao referir-se a doze apóstolos e ao seu assentar-se em doze tronos julgando as doze tribos de Israel. Esta outra passagem é Isa. 1:26, a qual reza:
"E eu restaurarei teus JUIZES como no princípio e teus conselheiros como no começo; depois serás chamada, - A cidade de justiça, a cidade fiel."
Tudo isto implica, e a Bíblia conclusivamente o ensina, o reajustamento de Israel, e a restauração da vida nacional de Israel. Notemos:
(1). O reajustamento de Israel
A. Passagens que a isso aludem.
"E, naquele dia, haverá "uma raiz de Jessé, que ficará por um pendão do povo; por ela todos os gentios buscarão e o seu descanço será glorioso. E acontecerá naquele dia que o Senhor porá Sua mão uma segunda vez para recobrar o restante do Seu povo que será deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elam, de Sinear e de Hamate, das ilhas do mar. E Ele erguerá um pendão entre as nações e ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá dos quatro cantos da terra" (Isa. 11:10-12).
"Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem um rei e sem um príncipe, sem um sacrifício, sem uma imagem, sem um efod, sem um terafim; depois tornarão os filhos de Israel e buscarão ao Senhor seu Deus, a Davi seu rei; temerão ao Senhor e à Sua bondade nos últimos dias" (Oséias 3:4,5).
"Eis que eu os ajuntarei de todas as terras, para onde os houver lançado na minha ira e no meu furor, na minha grande ira; e os tornarei a trazer a este logar, farei que nele habite seguramente. E serão meu povo e serei seu Deus. E lhes darei um mesmo coração, um caminho, para que me temam para sempre, para seu bem e de seus filhos depois deles: e farei com eles um concerto eterno, que não tornarei deles, para fazer-lhes bem; mas porei meu temor nos seus corações, que não se apartem de mim." (Jer. 32:37-40).
"E trarei de novo o cativeiro do meu povo de Israel e reedificarão as cidades assoladas, nelas habitarão; plantarão vinhas e beberão o seu vinho; farão jardins também e comerão do fruto deles. E os plantarei na sua terra e da sua terra que lhes dei serão mais arrancados, diz o Senhor teu Deus." (Amós 9:14,15).
Notai estas passagens proféticas de uma restauração, uma volta, um ajuntamento, um trazer de novo dos judeus. Afirma-nos que se referem a Israel como nação e que ainda não tiveram o seu cumprimento completo. Fazemos esta afirmação na base dos seguintes fatos:
(a). Na primeira passagem faz-se uma distinção entre os gentios e o Seu povo. Os gentios são para participar das bênçãos do reino de Cristo, mas é o Seu povo, Israel e Judá, que é para ser reajustado.
(b). Isto é para ser "a segunda vez (de Deus) para recobrar o resíduo do Seu povo."
(c). O ajuntamento é para ser, não meramente da Assíria e Babilônia, e outros países adjacentes senão "dos quatro cantos da terra" (?).
(d). Isto é para ser cumprir no dia quando "haverá uma raiz de Jessé, que ficará por um pendão do povo". Isto claramente se refere aos tempos do Messias.
(e). A segunda passagem afirma que, no dia de sua volta, os israelitas "buscarão o Senhor seu Deus e DAVI SEU REI". Isto outra vez claramente se refere aos tempos do Messias.
(f). A terceira passagem estipula que, ao tempo deste reajustamento Deus vai fazer um "concerto eterno com eles" com o resultado que Ele jamais "tornará deles" outra vez e que "eles não se apartarão" dEle.
(g). A quarta passagem nos conta que, quando Israel for reajuntada, "não mais serão arrancados de sua terra". Eles foram arrancados de sua terra outra vez depois do retorno do cativeiro sob Zorobabel, Esdras e Neemias.
B. Objeções apresentadas pelos nossos oponentes contra a nossa interpretação destas profecias.
Estas objeções são muitas e invocadas com grande insistência. Mas, tanto quanto o espaço permitir, nós as tomaremos e mostraremos que são infundadas.
(a). A despeito dos fatos para os quais temos chamado a atenção, é-nos dito, bem confidentemente, que a primeira passagem dada supra (Isa. 11:10-12) refere-se ao retorno arquivado nos livros de Esdras e Neemias. Diz-se isto na base do fato que em Isa. 10:24-34 o profeta "se refere à Assíria". Mas isto de nenhum modo prova que nada no capítulo seguinte pode ir além do retorno histórico de Israel, mesmo como os nossos oponentes mesmo admitem por atribuir uma parte desta profecia aos nossos tempos. Está tomada nota do fato que "o Senhor porá sua mão UMA SEGUNDA VEZ para recobrar o resíduo do Seu povo, porém é-nos dito que a "primeira vez foi seu livramento do Egito". Isto se diz simplesmente na base do fato que o v. 16 diz que, no dia do retorno "haverá um caminho plano para o resíduo do Seu povo... assim como foi para Israel no dia em que ele saiu da terá do Egito" (?). Deixamos ao leitor formar sua própria opinião da validade deste argumento. Dá-nos a mera menção de uma coisa por um profeta e liberdade de ler seus escritos onde quer que nos pareça justo?
"Naquele dia" de Isa. 11:10 é arrebatado de sua conexão com o resto da sentença e feito referir-se ao dia de retorno da Assíria e Babilônia. Nenhuma conta que se já é tirada do fato que esta profecia está "datada", estando tudo ajuntado aquele dia quando "haverá uma raiz de Jessé, que ficará por um pendão do povo."
(b). Todavia, a despeito de todos os esforços, nossos oponentes não podem achar um cumprimento completo destas profecias do Velho Testamento. Assim eles retrocedem sobre uma segunda linha de ataque e afirmam um cumprimento nesta época atual do Evangelho. É nos dito que o Espírito Santo datou a profecia de Isa. 11:1-10 e declarou-a cumprida neste tempo. Para prova dá-se Rom. 15:12. Respondemos que Paulo, em Rom. 15:12, faz meramente uma aplicação de uma e somente uma parte desta profecia para mostrar "que o propósito de Deus desde o princípio foi abranger tanto os judeus como os gentios no vasto abraço de Sua misericórdia, através do Messias" (A. N. Arnold). Não há coisa que seja em Rom. 15 ou em qualquer outra passagem do Novo Testamento que indique que Cristo e os apóstolos consideraram as profecias do Velho Testamento concernentes aos judeus como achando cumprimento consumado nos gentios desta época. Paulo, em Rom. 15:12, cita Isa. 11:10 só o bastante do que esta última passagem refere aos gentios, e isso, como dissemos, só o modo de aplicação. Ele não diz uma palavra sobre o v. 11 e sua predição do retorno de Israel. Nem qualquer outro escritor do Novo Testamento faz uma aplicação espiritual de tais profecias.
Não obstante, é-nos dito que o Novo Testamento explica e aplica as profecias da restauração de Israel do cativeiro a esta era do Evangelho (Isa. 52:11; Jer. 30:18-24; 2Cor. 6:17,18), e, daí, que elas são típicas de nosso grande livramento por Jesus Cristo. Leia o leitor cuidadosamente as referidas passagens. Não há aqui mais do que a aplicação por um escritor do Novo Testamento de um princípio e um apelo que acham sua primeira enunciação no Velho Testamento. Esta prática constante de nossos oponentes em lerem em o Novo Testamento argumentos que não estão lá é evidência suficiente da inteira falsidade de sua contenção. Se tivessem quaisquer prova real, eles a usariam.
Semelhantemente se afirma que "a profecia de Jeremias do Novo Testamento Concerto (Jer. 31:31-34) cumpriu-se e estabeleceu-se em Cristo". Desde que o novo concerto é um concerto de graça sob o qual Deus trata com crentes individuais em vez de com uma nação, assim como sob o antigo concerto, crentes não estão agora debaixo dele. MAS ASSIM FOI ABRAÃO! Gal. 3:6-18. Este concerto foi primeiro feito conhecido a Abraão por meio de Cristo. É esta a razão de os gentios participarem dele. Mas em Jer. 31 e 32 está revelado que Israel como uma nação (a nação viva no tempo) virá sob este concerto. Enquanto uma vez Deus tratou principalmente com eles como um todo debaixo do velho concerto, então tratará com a nação inteira como indivíduo debaixo do novo concerto. Então o escritor aos hebreus, escrevendo a crentes professos entre os judeus, faz aplicação das palavras de Jeremias para provar a esses judeus que o antigo concerto foi recolocado. Nada há aqui para provar que ainda não há para ser uma aplicação deste concerto a toda a casa do Israel nacional. Isto é o sentido evidente das palavras de Jeremias, interpretadas à luz de toda a profecia do Velho Testamento. Quando nossos oponentes as espiritualizam, fazem-no, não sobre a base da Escritura senão sobre a base de suas próprias noções pré-concebidas. O único método seguro de interpretar a Palavra de Deus é considerá-la literal, a menos que haja clara indicação de um sentido figurado ou espiritual. Têm eles falhado por completo na exibição dessa indicação clara.
Quando chegamos a Isa. 11:11,14, nossos oponentes são de fato oprimidos. Eles sabem perfeitamente que eles não podem achar um cumprimento no Velho Testamento, nem eles procuram achar um; mas antes eles nos dizem que exigiria um milagre de levantar dentre os mortos às referidas nações, se esses versos devem ter um cumprimento literal no futuro. Eles referem, dizendo-nos ao retorno nesta época do resíduo segundo a eleição da graça dentre os judeus, isto é, seu retorno a Deus e a Cristo. Não; o cumprimento literal destes versos não requererá o erguimento dentre os mortos das nações mencionadas. As nações mencionadas meramente representam as nações da terra, dentre as quais, mesmo "dos quatro cantos da terra" e "as ilhas do mar" Deus "ajuntará de Israel e reunirá os dispersos de Judá."
(c). Mas nossos oponentes ainda não estão liquidados. Sob pena de haver alguns pedacinhos de profecia que escaparam aos métodos de eliminação já observados, vem eles com um terceiro ataque. É-nos dito que, se houver algum deixado, esses não estão devidamente incluídos nas classificações supra citadas: eles devem ser considerados perdidos e cancelados, porque as condições não foram preenchidas. Alega-se que Cristo e os apóstolos declararam ser isto verdade em Mat. 23:37,38; Rom. 11:10; 1 Tess. 2:15, 16.
Examinemos estas passagens. Na primeira (Mat. 23:37, 38) Jesus diz: "Eis que vossa casa vos está deixada deserta". Isto, Ele lhes disse no verso seguinte, foi porque Ele ia separar-se deles, no propósito de Deus se deu em conseqüência deles rejeitaram-no. Daí, não O veriam dali em diante ? por quanto tempo? Não para sempre, "ATÉ QUE DIGAIS, BENDITO É O QUE VEM EM NOME DO SENHOR". Isto aponta para o tempo quando Israel não será mais incrédulo, mas alegremente recebe Cristo; que é para ser, segundo Cristo, na SUA vinda. Veremos mais disto depois.
A segunda passagem está em Rom. 11:10, a qual reza: "escureçam-se seus olhos, para que não vejam e encurvem-se-lhes de continuo as costas", uma citação do Sal. 69:23. Esta deprecação, quando lida, tão certamente como ela deverá ser, à luz de todo o Salmo 69 e do capítulo 11 de Romanos, pode ser tomada como se APLICANDO PRIMARIAMENTE À GERAÇÃO DOS JUDEUS VIVOS AO TEMPO DO MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO.
Além disso, pode ser APLICADA À NAÇÃO CONTINUDA SOMENTE ENQUANTO COTINUEM SUA REJEIÇÃO DE CRISTO. Observem que Davi implica que eles judeus não rejeitarão sempre o Messias, quando no v. 35 diz: "Porque Deus salvará a Sião e edificará as cidades de Judá , para que possam morar lá e tê-la em possessão". Paulo desenvolve este pensamento e faz seu sentido inconfundível, a saber, "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, sob pena de serdes sábios em vossos próprios conceitos, que um endurecimento em PARTE veio sobre Israel, ATÉ QUE A PLENITUDE DOS GENTIOS HAJA ENTRADO" (Rom. 11:25). Este é o verso chave do capítulo inteiro, que se baseia em dois fatos: (1) que o endurecimento e a incredulidade de Israel não são somente EM PARTE, parcial, não envolvendo a nação inteira ? havendo agora "um resíduo segundo a eleição da graça" (Rom. 11:5). (2) que é TEMPORÁRIO, estendendo-se somente "ATÉ que a plenitude dos gentios haja entrado". Então, como o verso seguinte afirma, e como mais tarde notaremos mais completamente, "todo o Israel (a nação viva no tempo) será salvo."
O que dissemos por enquanto sobre Rom. 11:10 explica também em cheio a terceira passagem citada, 1 Tess. 2:15,16.
A alegada perda e cancelamento de bênçãos prometidas a Israel estão no que nossos oponentes chamam o elemento na profecia. Como prova de tal elemento citam Deut. 28:13-15,25,43,44; Jer. 18:7-10.
Ao que respondemos que as bênçãos de Deus são sempre condicionais. A graça e as bênçãos de Deus aos crentes neste tempo são condicionadas (?) na sua fidelidade e perseverança final. Vide Mat. 10:22,32; Atos 14:22; Rom. 2:6-10; 11:22; Col. 1:21-23; Apoc. 2:7-11. Contudo, Deus declara em termos absolutos que todos quantos crêem verdadeiramente em Cristo serão finalmente salvos. É só o arminiano que nega isto. E nossos oponentes colocam-se a si mesmos no terreno arminiano quando alegam o cancelamento e a perda das bênçãos prometidas a Israel. Nesta raia não estão melhores do que os arminianos em procurar provar que o povo salvo pode falhar em receber sua herança eterna. Discutiríamos tão cedo com uns como com outros. Os casos são exatamente paralelos. As bênçãos prometidas a Israel estabelecem-se completamente em termos tão absolutos como são as palavras faladas e a crentes. Virai e lede outras passagens dadas em prévia página para provarem o reajuntamento de Israel. As palavras não podiam ser mais manifestamente absolutas.
A explicação de tudo é que, com Israel, bem como com os crentes, Deus garantiu que as condições serão preenchidas. Em ambos os casos esta garantia está baseada na presciência e escolha eterna de Deus, sobre eleição eterna incondicional, se voz apraz! Vide Rom. 8:29,30; 11:2,27-29.
Isto então nos traz a notar:
(2). A conversão de Israel
A. Passagens que a ela aludem.
As seguintes passagens mostram que Israel receberá todas as coisas prometidas de Deus por virar-se para Ele como um todo em arrependimento e fé genuína através de Sua graça e a operação do poder do Espírito Santo:
"E tornarei minha mão sobre ti, purificarei inteiramente as tuas escórias e tirar-te-ei todo o teu estranho; e restituirei os teus juizes como foram dantes, teus conselheiros como no princípio; depois serás chamada A cidade de justiça, a cidade fiel. Sião será remida com juízo e os seus convertidos com juízo e seus convertidos com justiça." Isa. 1:25-27.
"E acontecerá que o que ficar de resto em Sião e o que ficar em Jerusalém serão chamados santos, todo aquele que em Jerusalém está escrito para vida (entre os vivos em Jerusalém), quando o Senhor terá lavada a imundícia das filhas de Sião e purgado o sangue de Jerusalém no meio dela com o espírito de juízo e com o espírito de queima." Isa. 4:3,4.
"Dir-se-á naquele dia: Eis que este é o nosso Deus; nós O aguardávamos, alegrar-nos-emos e regozijaremos na Sua salvação." Isa. 25:9.
"Porque eu vos tirarei dentre os pagãos e vos ajuntarei de todas as nações, trar-vos-ei à vossa própria terra. Então sobre vós derramarei água limpa e ficareis limpos; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Um novo coração também vos darei e um novo espírito porei em vós: tirarei o coração granítico da carne e vos darei um coração de carne. Porei em vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos e guardeis os meus juízos, e os façais." Eze. 36:24-27.
"E derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém o espírito de graça e de súplica; olharão para mim, a quem traspassaram e prantearão por ele, como se pranteia por seu único filho; sobre ele chorarão amargosamente, como se chora em amargura por seu primogênito." Zac. 12:10.
"E farei voltar o cativeiro de Judá e o de Israel, edificá-los-ei como no princípio. E os purificarei todas as suas iniqüidades com que pecaram contra mim. E esta cidade será para mim um nome de alegria, um louvor e uma honra perante todas as nações da terra, que ouvirão todo o bem que em lhes faço; e temerão e tremerão por toda a bondade e prosperidade que eu lhes causo." Jer. 33:7-9.
"E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Sairá de Sião o Libertador e desviará de Jacó as impiedades: porque este é o meu concerto com eles quando eu remover os seus pecados. Como quanto ao Evangelho, são inimigos por vossa causa; mas, quanto à eleição, são amados por causa dos pais. Porque dos dons e da chamada de Deus, Deus mesmo não se arrepende." Rom. 11:26-29.
O "todo Israel" que será salvo está explicado por Isa. 4:3, previamente dado, a saber, "o que está deixado em Sião e o que fica em Jerusalém... todo o que está escrito entre os vivos em Jerusalém." Esta última passagem está mais explicada por Zac. 13:8,9 que reza: "E acontecerá que, em toda a terra, diz o Senhor, duas partes delas serão cortadas e morrerão. MAIS UMA TERCEIRA PARTE SERÁ DEIXADA NELA. E trarei a terceira parte pelo fogo e os refinarei como se refina a prata, prová-los-ei como se prova o outro; invocarão o meu nome e eu os ouvirei; direi: É meu povo. E eles dirão: O Senhor é o meu Deus."
B. Objeções feitas por nossos oponentes à nossa interpretação destas profecias.
(a). Dirá qualquer de nossos oponentes que estas profecias já se cumpriram na experiência do Israel nacional? Se assim é, notem eles: (1) Que esta conversão, segundo Zac. 12:10, devia vir depois que os judeus traspassaram a Cristo, pois está dito, "...olharão para mim, a quem traspassaram", e é evidente que esta passagem se refere à mesma experiência de que se falou noutras que demos. (2) Não houve tempo na história de Israel no Velho Testamento quando cada um ficando em Jerusalém foi chamado santo, como declarado por Isa. 4:3. (3) A referência de Paulo à salvação de Israel (Rom. 11:26) mostra que isto não foi uma experiência do Velho Testamento. (4) As palavras de toda passagem dada implica algo sobrepujando qualquer experiência de Israel quer na volta de Babilônia, quer na libertação de Antiôco Epífano.
(b). Dirão nossos oponentes que as bênçãos mencionadas se perderam porque as condições não se preencheram? Se assim, estipulem eles as condições. Não nos é dito que Israel dirá: "Eis que este é o nosso Deus"; que um novo coração e um novo espírito serão postos neles, fazendo-os andar nos estatutos de Deus e guardar os Seus juízos; que sobre eles será derramado o espírito de graça e de súplicas; que serão purgados, lavados, purificados, redimidos e perdoados? Como podia a linguagem ser feita mais absoluta? Se as bênçãos destas passagens eram perdíveis, então assim também a salvação dos eleitos de Deus. Antes de podermos crer que estas promessas não são absolutas teremos de ser convencidos da verdade do arminianismo.
(c). Não; não muito de nossos oponentes, talvez, tomarão qualquer das duas idéias já observadas. Os mais deles dirão que estas promessas devem ser espiritualizadas e aplicadas a crentes nesta época do Evangelho; ao que respondemos: (1) Qual é o significado, então, de "Restaurarei teus juizes como no começo" (Isa. 1:26)? E mais ainda, qual é o significado de "cada um que está escrito entre os vivos em Jerusalém" (Isa. 4:3)? Outra vez, que quer dizer quando Deus diz a Israel que Ele "os edificará como no principio" (Jer. 33:7)?
A questão toda quanto à espiritualização das passagens dadas pode ser resolvida à própria interpretação de Rom. 11:26. Dizem-nos os espiritualizantes que "todo Israel" aqui é o eleito de todas as nações, Israel espiritual assim chamado. Mas semelhante interpretação desta passagem não é nada menos que um lanho cruel dela do seu contexto. Tão absurdo é que nos atrevemos em dizer que nenhum leitor cuidadoso a adota, salvo se ele estiver mais interessado em sustentar uma teoria do que em conhecer a verdade. O contraste por todo o capítulo está entre os gentios e Israel e o vs. 25 torna-o claro, que esta distinção prossegue avante até ao v. 26. Cândidos comentadores, portanto, inteiramente à parte de qualquer interesse na questão milenal, reconhecem que a alusão aqui é ao Israel nacional, a saber. "O contexto imediato... tende para o povo judaico "como um todo"" (A. T. Robertson, Word Pictures in the New Testament). "Mas certamente faz violência às palavras e ao pensamento explicar Israel misticamente em toda esta passagem. A interpretação torna-se num trabalho arbitrário se podemos de repente faze-lo assim aqui, onde a antítese de Israel "e os gentios" é o verdadeiro tema da mensagem. Não; temos aqui a nação, escolhida uma vez para uma especialidade misteriosa na história espiritual do homem, escolhida por uma escolha jamais cancelada, conquanto suscetível. Uma benção está em vista para a nação; uma benção espiritual, divina, toda de graça, perfeitamente individual na sua ação, porém nacional na escala dos seus resultados." (H. G. Moule, The Expositor?s Bible). "Todo o Israel será salvo: a grande massa dos judeus em contraste com o "resíduo" referido no verso 5" (J. M. Pendleton, The New Testament With Brief Notes). "E assim... todo o Israel será salvo, isto é, o Israel literal, no sentido coletivo da palavra, toda a posteridade de Jacó. Que a palavra é para ser tomada neste sentido e não no sentido de Israel espiritual, incluindo os gentios, infere-se razoavelmente da vigorosa distinção entre judeus e gentios observada através de toda esta seção; vide 9:24,30,31; 10:12, 19:21; 11:11,12,13 e especialmente no contexto imediato vs. 17,31" (A. N. Arnold, Na American Commentary on the New Testament). "Ao nosso ver Paulo ensina que... Israel como um todo, talvez a nação total que estaria então em existência" (prof. Turner), aceitará a Jesus como seu Messias... "(D. B. Ford, ibid).
(3). A restauração da vida nacional de Israel
A. O governo teocrático de Israel será restaurado. Cristo será o seu rei e os doze apóstolos serão os seus juizes. Isa. 9:7; 32:1; Jer. 23:5,6; Eze. 34:23,24; Zac. 3:14,15; 14:9,16; Isa. 1:26; Mat. 19:28.
B. Todas as nações virão a Jerusalém a adorar. Vide Isa. 2:3 outra vez e também: Zac. 8:21,22; 14:16,17; Isa. 66:22,23. Dizem nossos oponentes que um cumprimento literal destas passagens no futuro será impossível; pelo que somos lembrados de que Sir Isaque Newton predisse uma vez que, "para o cumprimento da profecia era necessário que os meios de comunicação rápida entre todas as nações fossem grandemente aumentados... para habilitar os homens a viajarem quarenta milhas por hora, de cuja opinião Voltaire fez esta observação: "Que pensa você que Sir Isaque Newton disse? Bem, ele prediz agora que virá o tempo quando o povo viajará na razão de quarenta milhas por hora. Vede a que extremidades o estudo da Bíblia pode levar uma grande dotada". (Urquhart, New Bible Guide, Vol. 8, pag. 287). Sorrimos a isto de Voltaire. Mas o argumento de nossos oponentes é assim tão pueril e estúpido. Pensam eles que com Deus é impossível fazer isto acontecer? Sabem eles quão mais rápidas as comunicações internacionais serão? Podem eles predizer que as condições geográficas na nova terra não tornarão isto mais fácil do que no presente? Quanto a nós, cremos que contanto que a boca de Deus falou a profecia, essa mesma boca ordenará seu cumprimento e será feito.
C. O culto será de pleno acordo com a obra acabada da redenção. Sentimos que nem a coerência, nem qualquer outra coisa dita na Bíblia nos obriga a crer que o sistema sacrificial dos Judeus será totalmente restaurado. Haverá uma casa de culto, chamada tanto tabernáculo como templo. (Ez. 37:27; 43:5-7; Zac.6:12-13; 14:21; Mal. 3:1). O templo mostrado a Ezequiel em visão (capítulo 40-47) é talvez uma prefiguração em desse templo, especialmente em vista de Eze. 45:5-7; 47, mas, quanto à letra, consideramos o molde como aquele Israel deverá ter seguido na construção do templo depois da volta da Babilônia (*). Aqui há, talvez, uma confusão de ambos: o templo que Israel devera ter construído e o que o Senhor mesmo edificará; tanto como em outras passagens temos uma fusão das duas voltas de Israel, e dois adventos (Mal. 3:1-5; Isa. 61:1-2) (**), os dois cercos de Jerusalém (Mat. 24 ? ocorrido em 70 A. D., e o que ocorrerá na batalha de armagedom, Zac, 14:1-2; Apoc. 19:19-21) passagens há que falam de sacrifício em conexão com o milênio. Mas estas podem ser simples expressões figuradas de culto. Sentimo-nos certos de que a obra dos sacerdotes sob o reino de Cristo (Isa. 66:21) será tão alterada a ponto de fazê-la ajustada à Sua redenção consumada. Os sacrifícios que foram feitos em conexão com a festa dos Tabernaculos (Zac 14:16) e quaisquer outras razões especiais que sejam observadas, sentimo-nos certos, serão ou abolidos ou tão alteradas a se ajustarem em a natureza do reino de Cristo. Não estamos no mínimo com medo de que Deus não saberá como ajustar essas coisas no Seu plano.
Para interpretar referencias a sacrifício na nova terra como figurados não significa que, para ser coerentes, devemos espiritualizar cruelmente toda profecia que se não cumpriu para Israel na primeira dispensação. Não há absolutamente razão para espiritualizar-se o reajuntamento, a conversão e o restabelecimento de Israel como uma nação. Não estão nunca espiritualizados no Novo Testamento e não há nada sobre eles que seja incronguente com o reino de Cristo; porém, no caso do sistema sacrificial, é diferente. Assim estamos nos apegando à nossa regra de interpretar a escritura literalmente, a menos que tenhamos indicação clara de, ou boa razão para, um sentido figurado ou simbólico. A nossa interpretação aqui também está em harmonia com o fato que o literal e o simbólico estão algumas vezes misturados na Bíblia.
Neste ponto é oportuno replicar a certas objeções: (1) Não haverá uma volta de Cristo a Moisés, porque Cristo estará lá em logar de Moises, segundo Deut. 18:15. A graça e o Evangelho reunirão no milênio como agora. (2) Não haverá uma volta ao antigo concerto, mas a aplicação do novo concerto a Israel como predito. (3) Não haverá uma vira volta ao sacerdócio araonico, exceto tanto quanto ele se ajusta ao reino do Messias. Então como agora Cristo será o sumo sacerdote. Ele nomeará sacerdote e levitas para ajudarem-O. Isa. 66:21. Estamos prontos para confiar-Lhe à consecução disto em completa harmonia com sua tarefa acabada. (4). Não haverá um passo atrás quando a igreja der logar ao Israel remido, antes será uma gradação gloriosa. Rom. 1:12; Isa. 11:10. (5) O cristianismo não será invalidade pelo judaísmo, mas antes a graça de Deus triunfará sobre Israel, permeando-o; e Israel será o que o que aprouve a Deus que seja. Esperamos estar e regozijarmo-nos nele. Isa. 65:17-19; 66:10-14. Mesmo agora nos regozijamos enquanto vivemos na antecipação dele.
III. OS APÓTOLOS E O FUTURO REINO
Os apóstolos, depois de servirem ao ministério de Cristo por três anos, creram que o reino estava para ser restaurado a Israel, como evidenciado pela pergunta, Atos 1:6. Eles O tinham ouvido falar as palavras de Mat. 19:28, as quais lhes prometeram que eles regeriam Israel, e as palavras de Mat. 23:39, as levam à implicação inescapável que Israel algum dia diria: "Bendito é aquele que vem em nome do Senhor". Talvez Ele expandira estes assuntos na presença deles, a eles se referindo em ocasiões outras que não as referidas acima. As palavras de Cristo tinham confirmado a esperança que a profecia do Velho Testamento acendera em seus corações. Creram no fato, porém estavam confusos quanto ao tempo. Conseqüentemente perguntaram a Jesus: "Senhor, restaurarás neste tempo outra vez o reino a Israel?" Aqui estava a oportunidade de Cristo para pô-lo direito se estavam errados. Mas Ele não o fez. Porque? Se nossos oponentes tivessem estado no logar de Jesus, certamente não perderiam a oportunidade. São muito ativos e zelosos hoje em procurar salvar da "heresia" aqueles de nós será restaurado a Israel no tempo devido. Foi Cristo menos zeloso pela verdade do que os apóstolos? Foi Ele menos interessado nos apóstolos do que eles são em nós? Porque Ele não contou aqueles apóstolos "errados", tão seguramente como nossos oponentes teriam feito, que esta fabula judaica originada nos escritos apocalípticos do período inter bíblico não foi ensinada pelos profetas e que eles não deveriam entendê-Lo como ensinando isto em qualquer coisa que Ele dissera; que a distinção entre judeus e gentios fora obliterada para sempre; que todas as profecias do Velho Testamento, não literalmente cumpridas naquele período, ou se perderam, ou deviam ser espiritualizadas e aplicadas a esta época? De novo perguntamos: "Porque Cristo não os desilusionou?"
A falha de Cristo em corrigir esta noção supostamente errada torna-se evidência mesmo mais forte que ela não estava errada à luz de João 14:2: "Na casa de meu Pai há muitas mansões; se assim não fora, eu vo-lo teria dito."
Então, quando, em vez de os corrigir, Ele deu uma resposta que distintamente implica a verdade de sua crença, ela fornece prova certa que eles estavam direito. Ele simplesmente disse: "Não voz compete saber os tempos e as razões que o Pai colocou em Seu próprio poder".
IV. O REINO FUTURO E O SILÊNCIO COMPARATIVO DO NOVO TESTAMENTO
Nossos oponentes fazem muito do que eles chamam o silêncio de Cristo e dos apóstolos quanto às minúcias do que cremos concernente ao reino futuro. Este silêncio não é tão grande como eles queriam que nós pensássemos. Eles negam tudo quanto está dito e então berram que o Novo Testamento está calado. Eles são como um disputante que proíbe ao seu oponente falar e então usa de sua falha para falar como um argumento contra ele.
Temos notado que o Novo Testamento prediz um reino futuro; temos notado que ele ensina iniludivelmente que Cristo ascenderá ao Seu trono quando Ele vier; que os apóstolos ocuparão posições especiais de regência sobre Israel. Temos mostrado que todos os crentes reinarão com Cristo, quando Ele ascender ao Seu trono. Temos mostrado como isto liga com a profecia. Temos observado que "todo Israel" (?), em distinção dos gentios, será salvo, dizendo: "Bendito é o que vem em nome do Senhor." (Mat. 23:39), cujo evento estava manifestamente na mente de Paulo quando, ao falar do véu que ainda está sobre o coração de Israel, disse: "Não obstante, quando ela (a nação) virar-se para o Senhor, tirado será o véu" (2 Cor. 3:16). Em harmonia com isto, Cristo ensinou que Jerusalém, após sua devastação por Tito, em 70 A. D. , seria "pisada pelos gentios" não sempre, mas somente "até que os tempos dos gentios se cumprissem" (Lucas 21:24). Temos então a muito disputada passagem de Apoc. 20:1-7, a respeito da qual veremos mais depois. Estas referências bastam para mostrarem o sentido da profecia.
Conquanto seja verdade que o Novo Testamento diz muito menos do que o Velho Testamento do futuro de Israel como nação, Isto é porque sua aplicação primária é ao tempo dos gentios. É isto igual ao fato que o Velho Testamento tem comparativamente pouco a dizer de bom sobre os gentios.
Doutro lado, observe-se que as passagens sobre as quais nossos oponentes se afirmam são comparativamente poucas e inconclusivas. Eles não acham nenhuma referência a Cristo sentar-se agora no trono de Davi. Não podemos apontar nenhuma afirmação de Cristo ou de quaisquer apóstolos no sentido de referências proféticas ao reajuntamento de Israel se referirem aos eleitos e seu reajuntamento dentre todas as nações; que as referencias do Velho Testamento a Jerusalém e as bênçãos que virão sobre ela cumpriram-se nesta época ou que elas se referem à "nova Jerusalém"; que os crentes estão agora reinando com Cristo quer na terra ou no céu. Assim a discussão se estreita em duas perguntas: (1) Firmamo-nos nas referencias do Novo Testamento mais forte e conclusivamente do que as em que se firmam nossos oponentes? (2) Submeter-se-á profecia do Velho Testamento aos métodos de eliminação empregados pelos nossos oponentes? Cada estudante deve decidir estas perguntas por si mesmo.
V. O REINO FUTURO E A INTERPRETAÇÃO DE APOCALIPSE 20:1-7
Estamos prontos para inquirir da adequada interpretação desse disputado capítulo. É inteiramente próprio interpreta-lo à luz do resto da Bíblia, particularmente o Novo Testamento. Quando assim interpretado, devemos concluir que Satanás está agora preso ou esteve preso em qualquer tempo desta época, como contendem alguns de nossos oponentes ? Há outras referências quaisquer que sugiram ou recomendem esta conclusão? Certamente que não cremos assim. A vitória de Cristo sobre o diabo, tanto quanto ela afetou o mundo em geral, foi potencial, não atual. Mat. 12:29; Lucas 11:22 tem referência a casos individuais e não ao aprisionamento geral de Satanás. O mesmo é verdadeiro de Cristo dar autoridade aos apóstolos sobre só no caso daqueles com quem os apóstolos estiveram em contacto, deixando-O perfeitamente livre com outros. Nem 1 João 5:18; João 10:28; Tiago 4:7 tem qualquer referência ao aprisionamento de Satanás. Através de todo o Novo Testamento ele é visto, não acorrentado e no abismo sem fundo, mas "catando o que foi lançado no coração" (Mat. 13:19); semeando o joio no campo (Mat. 13:39); cirandando os crentes (Lucas 22:31); prendendo os perdidos no seu poder (Atos 26:18) e cegando seus olhos (2Cor. 4:4); corrompendo as mentes "da simplicidade que está em Cristo" e transformando-se a si mesmo "em um anjo de luz" (2Cor. 11:3); como "o príncipe do poder do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência" (Efe. 2:2); impedindo crentes (1 Tess. 2:18); andando em redor como um leão rugindo "buscando a quem possa devorar" (1 Ped. 5:8). Passagens tais como Rom. 16:20 e Apoc. 12:12 (se Apoc. 12 for interpretado como se tendo cumprido no nascimento de Cristo) devem ser interpretadas à luz de 1 Cor. 7:29, onde a palavra "breve" já foi achada para permitir o lapso de mais do que dezenove séculos.
Parece plausível que o aprisionamento de Satanás não quer dizer mais do que ele não impedirá a pregação do Evangelho a todas as nações? Não é a linguagem de Apoc. 20:2,3 forte de mais para ser adaptada a um sentido tão fraco? A queda do império romano pagão satisfaz ao fato de Satanás, na visão, foi lançado "no abismo sem fundo", onde ele foi trancado com um selo? Soa isto como um simples limitamento de sua atividade? Ou soa como restrição completa? Foi o paganismo o único método de decepção usado pelo diabo? O Santo Império Romano, assim chamado, tornou-se tão grande inimigo do verdadeiro cristianismo como o paganismo jamais fora? Não se embebeu ele muito do paganismo e o trouxe ao pálio do cristianismo, corrompendo assim a verdade? Não foi isto ainda pior decepção que antes? E esta decepção não cresceu a grandes dimensões, envolvendo povo de todas as nações? À luz de Apoc. 3:21, mostra que Cristo não está agora no Seu trono, e Mat. 19:28 e 25:31, que nos dão tempo mais antigo em que Ele se diz sentar-se no Seu trono, isto é, na Sua vinda, podemos considerar os santos como reinando com Ele agora no céu ou na terra? À luz do uso de "alma" em Atos 2:41; 27:37; 1 Ped. 3:20, pode alguém insistir que as palavras: "Vi as almas dos que foram decapitados", etc., provam que os a quem se alude eram para reina no estado desencarnado? Não é evidente que a "besta" de Apocalipse é uma e a mesma como o "homem do pecado" de Paulo? (2 Tess. 2:4)? Se assim é, então, desde que o homem do pecado é para ser destruído "como o resplender de Sua (de Cristo) vinda" , não é manifesto que Apoc. 19:11-16 descreve a vinda de Cristo, tanto como o evento aqui representado resulta na destruição da besta (Apoc. 19:20)? Se isto é verdade, então, desde que a ressurreição dos justos ocorrerá em conexão com o a vinda de Cristo (1 Cor. 15:23; 1 Tess. 4:16), não é verossímil que a "primeira ressurreição" referida em Apoc. 20 é a ressurreição atual dos justos, mais que uma ressurreição espiritual ou metafórica? Não parece forçado e ilógico considerar a "primeira ressurreição" como simbolizando o avivamento de coisas pelas quais os mártires tinham se batido e, conseqüentemente, a correspondente "segunda ressurreição" como simbolizando o avivamento e triunfo das coisas pelas quais os ímpios se bateram, quando lá nos vs. 12-14 se pinta uma atual ressurreição? Em outras palavras, não é pobre exegese postular uma ressurreição nos vs. 7:10, onde não há menção de um surto dentre os mortos, quando a exigida "segunda ressurreição" está provida nos vs. 12-14, nos quais temos atual surto dentre os mortos? Não é forçar o emprego ordinário da linguagem insistir sobre tal exatez assim como exigir que as palavras: "Mas o resto dos mortos não viveu outra vez até que terminassem os mil anos" significam que a "segunda ressurreição" tinham que vir exatamente no expirar dos mil anos e não podia ocorrer no fim da seguinte "pequena sasão"? O vs. 6 não indica que a "primeira ressurreição" é uma ressurreição corporal por implicar que quem não participar dela virá sob o poder da segunda morte? Pode a "primeira ressurreição" ser considerada como representativa de "um avivamento da piedade e dos princípios dos mártires", quando o v. 4 não diz que só mártires sentaram-se sobre tronos? João viu o trono ocupado e viu os mártires, mas o verso certamente não prova que somente os mártires estavam nos tronos.
Ao passo que respondemos essas perguntas para nós mesmos, concluímos que a passagem em foco se refere ao mesmo reino que temos estado considerando: aquele reino que principiará quando Cristo vier e ascender ao Seu trono. Em nossa mente a evidência disto é concludente.
VI. O REINO FUTURO E CERTAS OBJEÇÕES GERAIS.
Ao passo que prosseguimos com a nossa discussão, procuramos responder a tantas objeções específicas de nossos oponentes quantas pudermos tratar de uma maneira ordeira. Agora tornaremos a algumas objeções mais gerais às coisas estabelecidas neste capítulo.
1. É NOS DITO QUE O NOVO TESTAMENTO CARACTERIZA OS DIAS DESTE EVANGELHO COMO DA "ÚLTIMA" ÉPOCA E NÃO PODE HAVER, PORTANTO, NENHUM PERÍODO ULTERIOR DE TEMPO ALEM DO FIM DA PRESENTE ÉPOCA. CITAM-SE NESTA CONEXÃO PASSAGENS COMO AS SEGUINTES: HEB. 1:1,2; 9:26; 1 COR. 10:11; 1 JOÃO 2:18; 1 PED. 1:20
A resposta aqui é simples. Estas passagens, falando de "o fim destes dias", "o fim dos séculos", "o último tempo" e "estes últimos tempos" devem ser entendidas à luz das seguintes passagens: Mat. 12:32; Luc. 18:30; Efe. 1:21; 2:7; Heb. 6:5, as quais falam de "o mundo por vir", "os séculos por vir" e "o século por vir". À luz destas últimas passagens as primeiras não podem significar mais do que: estamos, agora, vivendo nos últimos dias, séculos e tempos da presente ordem de coisas, enquanto as últimas passagens contam-nos que de outros tempos ainda a vir. Os que negam isto põem-se em oposição direta e inconfundível com a Palavra de Deus.
Não nos cabe dizer arbitrariamente qual será a ordem divina de coisas para a época que seguir esta imediatamente. Devemos deixar a Palavra de Deus responder. Esta época terminará com juízo. Vide Mat. 13:40; 25:31-46. (Nossos oponentes concordarão conosco até aqui). Isto será seguido da entrada dos salvos na terra no reino preparado para eles. Mat. 25:34. É em conexão com este julgamento e este reino que temos a primeira menção de Cristo sentar-se no Seu trono. Então aprendemos mais da natureza deste reino por virarmos para Mat. 19:28, onde achamos que este reino será introduzido por "a regeneração" e pelos doze apóstolos assentados em tronos, julgando as tribos de Israel. "A regeneração" indebitamente aponta de volta aos "novos céus e nova terra" de Isa. 65:17-25. Ver-se-á da leitura destes versos que eles não descrevem o estado final dos justos, mas por certo uma tal ordem de coisas como alguém esperaria sob as prometidas bênçãos de Deus sobre Israel e a prisão de Satanás. É uma ordem em que a morte não prevalecerá, em que o pecado entrará ainda que não esteja presente primeiro; em que se edificarão casas, se plantarão vinhas, e a oração apresentada.
Estamos vivendo nos últimos dias da oportunidade do Evangelho para os agora vivos. Ninguém que morrer na incredulidade ou for encontrado em incredulidade quando Cristo vier para julgar o mundo entrará no Seu reino futuro, mas perecerá, Mat. 25:41. Daí, ninguém, agora vivo terá uma oportunidade de se salvar além desta vida ou época.
O julgamento de Mat. 25 é um julgamento de nações no sentido dos indivíduos constituintes destas nações. Ninguém senão indivíduos salvos entrará no milênio. São as ovelhas deste julgamento. São crentes gentios. Por outro lado, temos mostrado que "todo Israel", a nação que testemunha a volta do Senhor (Isa. 4:3,4; Zac. 12:10), será convertido como indivíduos. Daí somente judeus salvos entrarão no milênio; mas, se como cremos, estes gentios e judeus salvos entrarem no milênio nos seus corpos naturais, a raça continuará a reproduzir-se e as crianças que nascerem precisarão ser salvas. Certamente o Evangelho não terá perdido para elas o seu poder salvador. Lembremo-nos de que o termo "era do Evangelho" para este atual período é de nossa própria cunhagem. O Novo Testamento não lhe deu esta designação. A designação bíblica para esta era é "os tempos dos gentios" (Lucas 24:21). Não temos fundamento, pois, para inferirmos que esta é a única era em que o Evangelho será pregado. Nossos oponentes presumem ingarantidamente aqui como além mais.
2. NOSSOS OPONENTES ACHAM INTOLERAVEL INCONGRUÊNCIA NA MISTURA DE MORTAIS E IMORTAIS NO REINO DO MILÊNIO.
Não sabemos exato quanto de mistura haverá entre os dois; mas a resposta é outra vez muito simples, sobremaneira simples, e perfeitamente breve: os santos que reinarem com Cristo terão corpos como o de Cristo (1 João 3:2; 1 Cor. 15:49; Fil. 3:21): o corpo em que Ele se ergueu do túmulo, no qual ascendeu ao céu e no qual de novo (Atos 1:11). Enquanto aqui na terra e nesse corpo Cristo misturou-se com os discípulos mortais, sendo visto por mais de quinhentos deles uma vez. 1 Cor. 15:6. Parecidamente Ele não achou se não incongruidade nisto. Nem achariam nossos oponentes se não estivessem aflitos por argumento prementes.
3. CONTENDE-SE QUE OS PROFETAS VIRAM O CUMPRIMENTO FINAL DE SUAS PROFECIAS NA RESSURREIÇÃO DE TODOS OS CRENTES MAIS DO QUE NO REINO E NA RESTAURAÇÃO DO ISRAEL NACIONAL.
A. Dá-se Eze. 37 como ensinando isso. Neste capítulo o reajuntamento e a restauração de Israel é parecida, não com uma ressurreição senão como uma restauração. Ezequiel viu juntas, carne e pele vindo sobre ossos secos que foram feitos viver. Nossos oponentes veriam isto, se eles procurassem fatos, em vez de porem sobre toda passagem com que tratam a interpretação que lhes apraz. A visão foi dada porque os israelitas no cativeiro estavam dizendo: "Nossos ossos estão secos e nossa esperança está perdida; estamos lenhados de nossas partes" (vs. 11). Portanto, as "covas", mencionadas no verso seguinte, das quais Deus prometeu trazer o Seu povo, não são buracos no chão, porém as nações que os tragaram. Lam. 2:16; Eze. 36:3; Oséias 8:8. A parábola dos dois paus que segue a dos ossos secos no vale mostra o sentido da primeira. Jeremias era para segurar os dois paus juntamente num só perante os olhos só povo e dizer: "Eis que tirarei os filhos de Israel dentre as nações, donde quer que vão, e os ajuntarei de todo o lado e os trarei à sua própria terra", vs. 20,21. Então os versos que seguem mostram que isto olhava para tempos messiânicos no seu cumprimento consumado, um templo quando "Davi meu servo será rei sobre eles" e quando "eles habitarão na terra que dei a Jacó..." (vs. 24,25). Nada há aqui que indicie mesmo remotamente a ressurreição de crentes .
B. Outra passagem usada pelos nossos oponentes nesta conexão é Isa. 6:2-8. Esta passagem faz alusão à ressurreição, mas não pode ser tomado que as profecias concernentes à restauração de Israel fossem para ser cumpridas através da ressurreição, porque será dito naquele dia: "Eis que este é o nosso Deus; tínhamos esperado por Ele e Ele nos salvará; esperamos por Ele, folgaremos e nos regozijaremos na Sua salvação." (vs. 9). Estas são as palavras de Israel restaurado, não de povo restaurado, mas de povo convertido. Verso 8 menciona a restauração de crentes como ocorrendo junto com a restauração de Israel, mas não como o meio dela.
C. Dan. 12:1-3,13, também citada em defesa desta posição. Mas nenhum ensino semelhante é achado aqui. O vs. 1 fala de um fato, o livramento dos judeus, a nação viva, enquanto os vs. 2 , 3 e 13 falam de outros, a ressurreição de crentes. De novo ambos estão associados, mas o último não é feito meio do primeiro.
D. Em Oséias 13:14 expressa-se a restauração de Israel como uma ressurreição, mas é tão fácil entender isto como sendo uma apresentação figurativa da restauração de uma nação viva como é entender passagens que descrevem semelhante restauração como sendo apresentação figurativa de uma ressurreição. Cremos que a Bíblia exige a primeira. O fato de Paulo, em 1 Cor. 15:55 citar Oséias 13:14, nada prova quanto à aplicação desta passagem Israel. Sua linguagem alude a uma ressurreição e pode ser aplicada, portanto, a uma ressurreição, mas a aplicação do verso a Israel deve ser governada pela preponderância do testemunho escrituristico.
E. Atos 26:6-8 é usada num esforço para provar que a ressurreição de crentes é a esperança de Israel, mas a passagem não diz semelhante coisa. A esperança era, como Hackett assinala, "Da promessa" ? isto é, de um Messias ? "feita há nossos dias". A ressurreição mencionada é a de Cristo, como mostrado em Atos 13:32,33, e não a de crentes, como nossos oponentes quereriam que pensássemos: porque a ressurreição, considerada como envolvendo a ascensão e exaltação, foi essencialmente o ato consumante no cumprimento da promessa relacionada com o Messias." (Hackett).
F. Em conexão um fato frouxa com as passagens precitadas nossos oponentes também usam Atos 3:24; 1 Ped. 1:10-12.
Atos 3:24 diz que "todos os profetas, desde Samuel e aqueles que seguem depois, tantos quantos falaram, da mesma maneira predisseram destes dias". Sim, todos os profetas predisseram de "estes dias", mas a passagem não diz, como nossos oponentes assumiram arbitrariamente , que TUDO QUE OS PROFETAS ESCREVERAM TEM SUA APLICAÇÃO HÁ ESTES DIAS. Eles falaram do primeiro advento de Cristo e do Seu ministério terreno, mas também falaram do SEU SEGUNDO ADVENTO E DAS COISAS QUE VÃO SEGUIR. Vs. 21, por exemplo, fala de "os tempos de restituição (ou restauração) de tudo, que Deus falou pela boca de todos os Seus santos profetas desde que o mundo começou". Isto mira além do segundo advento e alude a "um estado de ordem primeira, pureza e felicidade, tal como existirá para os que tem parte no reino de Cristo e Sua segunda vinda" (H. B. Hackett, em Na American Commentary on the New Testament). A palavra para "restauração" foi "usada pelos discípulos a Jesus em Atos 1:6" ("Restaurarás neste tempo outra vez o reino a Israel?" e por Josefo "Do retorno do cativeiro" (Robertson)).
Nem 1 Ped. 1:10-11 ensina que tudo que os profetas escreveram pertence a crentes da presente época. Diz Pedro dos profetas que lhes foi revelado "que não para eles mesmos, mas para vós eles ministraram as coisas"- que coisas? As palavras restantes do verso dão a respeito do verso dão a resposta significativa ? as coisas "que agora vos são anunciadas que vos pregaram o evangelho..." Está isto longe de dizer que os profetas não escreveram nada que pertence a uma época futura.
4. NOSSOS OPONENTES TAMBÉM USAM LUCAS 17:20,21; JOÃO 18:26,37 E LUCAS 20:35,36 CONTRA NOSSAS IDÉIAS DO MILÊNIO
A. Em Lucas 17:20,21 disse o Mestre aos fariseus que o "reino de Deus não vem com observação... o reino de Deus está dentro de vós". O tempo presente aqui mostra que Cristo falou da forma presente do reino; mas temos mostrado que o reino é para ter uma forma futura e nossos oponentes, indiferentes a quanto eles diferem de nós a respeito da forma futura do reino, devem admitir que virá com observação. Virá, quando Jesus vier outra vez, como mostramos, e Sua vinda é para ser visível. Seu primeiro ato como Seu próprio trono será julgar as nações. Este julgamento será visível. Como um resultado deste julgamento às ovelhas entrarão no reino, ou forma do reino, a ser estabelecido. Tudo isso será visível.
B. Jesus disse em João 18:36: "O meu reino não é deste mundo", mas Ele certamente não quis dizer que o Seu reino não está neste mundo, porque ainda há pouco notamos uma passagem que diz que o reino está agora no meio dos homens (NOTA do Trad. "dentro", entos humon estin). Quis Ele dizer que o Seu reino não era do material de que se fazem os reinos do mundo; que não era permeado pelo mesmo espírito, não mundano em natureza. Isto será tão verdadeiro da futura forma do reino como é da presente forma.
C. A afirmação de nosso Senhor em Lucas 20:36-37, note-se, não diz simplesmente: "mas eles que obterão... aquele reino, nem casarão nem se darão em casamento"; antes diz: "Mas eles que... obtém aquele reino, E A RESSURREIÇÃO DENTRE OS MORTOS", etc. A afirmação se aplica somente aos que vierem na primeira ressurreição. A pergunta nos versos precedentes, bem como o verso em foco, mostram que isto é verdade.
5. NOSSOS OPONENTES TEEM MUITO A DIZER SOBRE O LIVRO DO APOCALIPSE SER UM "LIVRO DE SIMBOLOS"
É assim que eles buscariam espantar-nos da verdade e fazer-nos aceitar o seu sistema de interpretação arbitrária. Verificamos que muito há de figurativo no livro, mas nunca admitiremos, como eles não admitem, que tudo do livro é figurativo. Nem concordaremos em segui-lo quando eles o espiritualizam, à vontade, para ajustarem coisas na sua teoria preconcebida.
Reconhecemos que o cavaleiro do cavalo branco no Apoc. 19 é um símbolo, um símbolo de Cristo. E quando lemos neste capítulo, "em justiça Ele julga e faz guerra", abatendo as nações e regendo-as com vara de ferro, tomando a besta e o falso profeta e lançando-os num lago de fogo, a honestidade comum não nos consentirá dizer que tudo isso alude à queda do império romano pagão, A. D. 476. Vemos aqui o glorioso segundo evento de Cristo, pois outras passagens nos contam que, quando Ele vier, virá para julgar (Mat. 25:31) e fazer guerra (Zac. 14:3-5). Vemos nos vs. 19:21 a mesma coisa que está descrita em 16:14-16, bem como parcialmente em 2 Tess. 2:8 e isto é para ocorrer em conexão com "aquele grande dia de Deus todo poderoso", o qual é, manifestamente, o dia de juízo para este mundo. Mais ainda, quando lemos da besta e do falso profeta, que "ambos foram lançados vivos num lago de fogo ardendo com enxofre", cremos que significa a mesma coisa que afirmações iguais, isto é, que foram lançados no inferno. Isto se confirma no capítulo 20:10, que se refere à presença deles lá ao tempo do julgamento do grande trono branco. Assim outra vez acharemos conexão entre Apoc. 19 e Mat. 25:31-46.
Quando então chegamos ao capítulo vinte, reconhecemos alguns símbolos mais: Não cremos que Satanás é para ser preso com uma corrente física ou que será trancado num abismo físico. Nem uma corrente nem um abismo podiam confinar um ser espiritual; mas reconhecemos que isto quer dizer que Deus pelo seu poder suspenderá temporariamente a obra do diabo. Nossos oponentes não só querem espiritualizar, à vontade, mas querem roubar alguns dos seus símbolos de quase toda a sua força. Recusamos brincar com a Palavra de Deus por dizer que isto significa meramente que o diabo não podia daqui em diante tirar os crentes da mão de Deus, ou meramente não podia impedir a pregação do Evangelho a todos as nação por causa da destruição de poder político pagão.
Mais: quando lemos dos tronos ocupados e reinando com Cristo, vemos aqui todos os crentes reinando, porque outras passagens nos dizem que eles o farão. Vide Apoc. 2:26; 3:21 à luz de 1 João 5:4. Ainda mais, quando achamos este reinar coerentemente posto no futuro (Apoc. 2:26; 3:21; Mat. 19:28; 1 Cor. 6:2,3), somos confirmados em colocarmos este capítulo onde ele justamente pertence segundo os eventos do capítulo dezenove. Finalmente, observando que o reino dos santos é para ser na terra (Apoc. 5:9,10), concluímos que todo este assunto alude a um reino terreno, o que está confirmado por Zacarias 14:9; Isaias 2:4.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05

Yoga, Maçonaria e Fé Cristã

SHIVA E OS FRUTOS DA MESMA ÁRVORE

Na vaidade de se crerem iluminados e muito mais inteligentes que o comum dos mortais, os luciferianos não hesitam em escarnecer dos cristãos. Portanto, quase sempre existe uma pontada de deboche dissimulado nos métodos e no simbolismo utilizado para afrontar a Igreja de Cristo.

Shiva tem muitas características que o tornam comparável à idéia do diabo cristão e acho que não é a toa que tanto se esforcem para difundi-lo como divindade. Ele é reputado como o criador do Yoga que é uma das práticas mais reverenciadas pelos movimentos da “Nova Era”. Para muitos entusiastas, o Yoga acaba conduzindo ao universo politeísta das tradições indianas e ao afastamento da religião cristã. Isso ocorre de forma muito sutil, no pressuposto de ser uma filosofia ecumênica e dentro da proposta de um maior aprimoramento mental e espiritual para os praticantes. Mas, gradativamente, os envolvidos são estimulados a montar altares, entoar mantras que substituem as orações e a invocar Shiva, entre outros deuses pagãos, ao invés de dedicar seus louvores ao Deus Pai Criador ou ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

É fácil perceber a ironia de invocar Shiva quando damos por conta do quanto ele lembra o diabo cristão em diversos aspectos. Assim como Satã, Shiva também representa a promessa do conhecimento supremo. Para destruir a “ignorância”, sua principal arma é o Trishula ou tridente. Independentemente de ser julgado como obra do imaginário popular ou uma perversão de origem católica para denegrir antigas deidades (como Netuno), o fato é que o tridente está associado ao diabo, fazendo do Trishula não menos do que uma alusão satírica. Shiva não tem chifres, mas tem um crescente lunar sobre a cabeça que lhe é equivalente. Víboras cingem a sua cintura ou adornam o seu pescoço e creio que nem seria preciso lembrar que elas remetem ao instigador bíblico do pecado original.

A naja é uma das serpentes mais venenosas do mundo. Simboliza tanto o domínio de Shiva sobre a morte quanto uma suposta energia chamada Kundalini que intentariam fazer subir pela coluna vertebral através de práticas sexuais, principalmente, dentro de uma modalidade de Yôga denominada tantrismo. Assim como Baphomet, Shiva tem no órgão sexual masculino um de seus principais símbolos e sob a promessa de avanço espiritual, muitos se entregam à lascívia, confundindo liberdade com libertinagem.

A trindade hindu é composta pelo Criador (Brahma), o Mantenedor (Vishnu) e o Destruidor (Shiva). Chamá-los de demônios dentro de sua concepção religiosa original não faz o menor sentido, nem seria adequado. Realmente, é preciso muito cuidado com a tendência de "demonizar" as divindades de outras religiões. Algo totalmente diferente, entretanto, é correlacionar a Trimurti indiana com o satanismo, baseado em evidências de movimentos satânicos ou luciferianos (como queiram chamar) que tentam disfarçar e legitimar seus rituais usando elementos do hinduísmo.

Shiva não é o Mal conforme o concebemos pela mentalidade cristã. No máximo, poderíamos compará-lo a uma espécie de “Mal necessário” ou parte do plano divino, na cosmogênese indiana. Entretanto, dentro da trindade hindu, Shiva é aquele que mais se aproxima do arquétipo demoníaco. Portanto, é ardilosamente natural que os satanistas que não queiram se referir a Satã ou Lúcifer de forma direta; façam uma menção indireta ao seu senhor através do nome de Shiva. Agindo assim, eles podem acusar de ignorância qualquer um que tente estabelecer um paralelo entre os seus ritos e o satanismo.

Como precedente dessa premissa, Albert Pike classifica Shiva no mesmo nível de entidades de outras tradições que se equiparam a Satã como princípios do Mal. Selecionei um trecho extraído da página 277 de “Morals & Dogmas”, vejam:


“Toda a antiguidade resolveu o enigma da existência do Mal supondo a existência de um Princípio do Mal, de demônios, Anjos caídos, um Arimã, um Tifão, um Shiva, um Loke ou um Satã que, primeiro caindo e afundando na miséria e na escuridão, tentaram o homem para sua própria queda e trouxeram pecado para o mundo.”

“All antiquity solved the enigma of the existence of Evil, by supposing the existence of a Principle of Evil, of Demons, fallen Angels, an Ahriman, a Typhon, a Siva, a Lok, or a Satan, that, first falling themselves, and plunged in misery and darkness, tempted man to his fall, and brought sin into the world. “


Para aqueles que não saibam o papel fundamental de Albert Pike e de sua obra para que a Maçonaria se tornasse a instituição que hoje conhecemos, sugiro que pesquisem, pois a narrativa iria muito além do escopo deste artigo e vale a pena estudar sobre o assunto.

Os maçons se dizem pedreiros livres ou construtores, enquanto Shiva é descrito como o Grande Destruidor. Algo que, do ponto de vista maçônico, faz dele uma figura interessantíssima. Seu elemento é o fogo; o agente transformador por natureza e, supostamente, usado para destruir o que se julga ultrapassado, dando lugar ao que se crê renovador. Penso que a maioria dos leitores haverá de concordar que aquilo que vemos em nossos tempos é justamente a destruição de todos os costumes, padrões de moralidade e religião visando instaurar um modelo unificado para o mundo.

Portanto, os maçons se dizem construtores e de fato o são, mas não revelam que pretendem construir sua “Grande Obra”, principalmente, sobre os escombros da Igreja de Cristo; além de todas as outras religiões tradicionais que trabalham para reunir numa única crença...

É importante notar que em seu contexto original, dentro da tradição hindu, Shiva e seus associados são tidos como destruidores do Mal. Por outro lado, também é importante notar que, no universo maçônico/teosófico, Lúcifer ou Satã representa o “Bem”, sendo considerado o portador da “luz do conhecimento” para a humanidade. Em contrapartida, o Deus do Paraíso cristão teria sido aquele que tentou aprisionar o homem no “jardim da ignorância”, sendo, portanto, associado ao Mal. Dito isso, podemos considerar uma inversão de valores onde é possível chamar o Bem de “Mal” e o Mal de “Bem”.

De tal forma, digo que é por tomar um pelo outro e não por sua concepção filosófica ou religiosa intrínseca que tenham convertido Shiva numa representação do Princípio Demoníaco que, dissimuladamente, oferece libertação, riquezas, conhecimento ou progresso espiritual, mas corrompe a sociedade e destrói tudo o que nela há de bom.

Isso está de acordo com a nem tão enigmática expressão do 33º. Grau maçônico: “Ordo ab Chao” (Ordem vinda do Caos).



A Nova Ordem Mundial virá do caos! Mais precisamente, irá emergir quando todos os valores cristãos que um dia permearam a sociedade, nada mais forem do que ruínas e pó...

Não obstante, é preciso reconhecer o belo serviço de ajuda humanitária prestado, principalmente, por aqueles que se encontram no círculo exterior da maçonaria, pois, conforme se lê nas obras de Albert Pike, na Ordem existem círculos internos cujos propósitos não são conhecidos pelos que habitam nos círculos externos.

A propaganda maçônica fala em admitir homens bons para torná-los melhores. Nesse sentido, a letra “G” (usada no logo maçônico) é aquela que melhor representa o formato e a postura fetal, sendo que o compasso e o esquadro que a envolvem são sugestivos quanto ao projeto de gerar um novo homem; superior e até divino, como alguns gostam de comparar.



Tais idéias parecem muito nobres, dignas, louváveis e até inofensivas desde que não atentemos para o fato de que também estiveram por trás dos objetivos do Terceiro Reich...

No decorrer dos últimos séculos, membros proeminentes da Maçonaria estiveram à frente na criação de novas ordens e movimentos esotéricos. Por certo, haverá quem diga que eles eram livres pensadores e, necessariamente, não representavam os propósitos e interesses oficiais da Maçonaria. Mas será mesmo assim? De fato, é possível concordar que não representassem a conduta oficial, mas e quanto à oficiosa?

Entre os grandes grupos empresariais é comum investirem numa nova companhia ou marca secundária para coexistir ao lado da principal e alcançar outras faixas de consumidores. Além de propiciar uma maior liberdade para a aplicação de conceitos e preços diferenciados; caso algo dê errado, não se contamina a credibilidade de um produto bem sucedido com o eventual malogro do empreendimento recém criado. Tenho a impressão de que a Maçonaria utiliza essa mesma estratégia de marketing há séculos.

Existiriam realmente várias ordens ou apenas uma? Frutos diferentes ou apenas enxertias de uma mesma árvore? Façamos um apanhado geral:
  • O co-fundador da Sociedade Teosófica, Coronel Henry Steel Olcott, era maçom. Paralelamente, a própria Helena Blavatsky estaria entre o seleto número de mulheres que percorreu a senda maçônica;
  • Charles W. Leadbeater foi outro líder teosófico de grau 33 na Maçonaria que, ao lado de Annie Besant, viu em Krishnamurti o veículo para a manifestação de Maytreia, o avatar da “Nova Era”;
  • Rudolf Steiner, grau 33 da Maçonaria, fundou a Sociedade Antroposófica após romper com a Sociedade Teosófica;
  • Edward Bulwer-Lytton era maçom e foi o autor de “Zanoni” e de “The Coming Race” (A Raça Futura), obra que teria dado origem a teoria do Vril (um tipo de energia sem precedentes dominada por uma super-raça chamada Vril-ya que habitaria o centro da Terra);
  • O fundador da Ordem de Thule (de íntimas ligações com a Sociedade do Vril, de Karl Haushofer) foi o maçom Rudolf von Sebottendorff;
  • Tanto a Thule quanto a Vril arrebataram alguns dos mais importantes membros da elite nazista, inclusive Adolf Hitler. Diga-se de passagem, as idéias de superioridade racial estão alinhadas com o conteúdo de “A Doutrina Secreta”, escrita por Blavastsky;
  • Os fundadores da Golden Dawn, Coronel William Wynn Westcott e William Robert Woodman, eram maçons e essa sociedade foi bastante influente na Alemanha nazista, tanto quanto para o crescimento do ocultismo como um todo;
  • A fundação da “OTO - Ordo Templi Orientis” está ligada aos maçons Karl Kellner (1851-1905) e Theodor Reuss (1855-1923), mesmo sendo dito que Kellner não teria ultrapassado o grau de aprendiz e Reuss, apesar de ter atingido o grau 3 (mestre maçom), tenha um histórico conturbado que inclui sua expulsão da Loja Simbólica que freqüentava, além da ostentação de vários títulos que seriam fictícios. Kellner era profundamente interessado pelo Yoga e é reconhecido como um dos primeiros ocidentais a atingir certo domínio sobre suas técnicas. Não por acaso, a chamada “magia sexual” (que remete ao tantrismo) era praticada na OTO;
  • Aleister Crowley, maçom de grau 33º, foi iniciado na Golden Dawn, onde teve rápida ascensão. Tornou-se dirigente da OTO, co-fundador da Astrum Argentum e inspirador de outras ordens baseadas na “Lei de Thelema”;
  • Dois membros da OTO tiveram papel de destaque no movimento rosacruz moderno: Arnold Krumm-Heller com a ”FRA - Fraternitas Rosicruciana Antiqua” e Harvey Spencer Lewis que constituiu a “Antiga e Mística Ordem Rosacruz – AMORC”;
  • Max Heindel se engajou na Teosofia através das palestras de Leadbeater, teve contato com a Antroposofia de Steiner, mas, sob influência de uma entidade espiritual identificada como “Irmão Maior da Ordem Rosacruz”, iniciou sua própria fraternidade;
  • Do ramo rosacruz de Krumm-Heller, sob influência de Eliphas Levi, Steiner e Max Heindel, brota o controvertido colombiano Vitor Manuel Gomez Rodrigues, mais conhecido como Samael Aum Weor, fundador da “Igreja Gnóstica Cristã Universal” e da “AGEACAC - Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos Culturais Arte e Ciência”.
Em nosso país, a “Sociedade Brasileira de Teosofia”, fundada por Henrique Jose de Souza em 1928 e, após a sua morte, rebatizada como “SBE - Sociedade Brasileira de Eubiose” é o equivalente nacionalizado da “Sociedade Teosófica”. A Eubiose promove os mesmos princípios teosóficos, com a diferença peculiar de ensinar que o Brasil é o berço da “Nova Era de Aquário” e o messias que irá substituir Jesus no novo ciclo de evolução da humanidade nasceu no país, em 24 de Fevereiro de 1949. Sua manifestação mundial era esperada em Setembro de 2005 e o não cumprimento dessa expectativa não significa o fracasso da SBE, mas, no máximo, um esgotamento dos seus objetivos. Afinal, na suposição da urgência de estarem devidamente preparados para a manifestação do sucessor de Cristo, muitos mergulharam intensamente nas práticas ocultistas e na propagação de seus preceitos.

Assim como na “Sociedade Teosófica”, além de estudos ligados ao budismo esotérico, as técnicas eubiotas para a expansão da consciência provêm de exercícios de Yoga: respiração, mantras, visualizações, mentalizações e posturas corporais. Somam-se a elas, a devotada crença em mestres invisíveis que zelam pela evolução da humanidade, dentro de uma “Grande Fraternidade Branca”. Henrique Jose de Souza é também reputado como mentor e patrono de lojas maçônicas.

Mesmo pertencente a uma categoria distinta, pois seus ensinamentos estão à livre disposição do grande público, não poderia deixar de mencionar o maçom Hippolyte Léon Denizard Rivail ou Allan Kardec. Ele codificou a doutrina espírita no mesmo período de grande efervescência ocultista representado pela passagem de meados do século XIX para o século XX. A comunicação com os mortos é biblicamente condenável, abrindo portas para o assédio de entidades enganadoras que, se aproveitando da boa fé e sofrimento humano, se fazem passar por entes queridos, adotam a identidade de personalidades famosas ou intentam exercer o papel de orientadores espirituais. O próprio Kardec reconhecia essas incertezas; não obstante, o espiritismo se tornou a versão para as massas de modelos esotéricos baseados em guias espirituais e num processo de evolução da alma que se dá através do aprendizado entre inúmeras encarnações.

Voltando ao foco central, examinemos Gérard Anaclet Vincent Encausse (1865 – 1916), mais conhecido como Papus. Médico, ocultista, rosacruz e, apenas para não variar, maçom! Para o nosso propósito que é o de estabelecer conexões entre as assim chamadas “escolas de mistérios” e sistemas místicos orientais como o Yoga, importa lembrar aquele que talvez tenha sido o feito mais relevante da vida de Papus: a fundação da “TOM – Tradicional Ordem Martinista”, atualmente, integrada à AMORC. Em 1907, o português Antonio Olívio Rodrigues (conhecido como AOR) é iniciado na Loja Martinista “Amor e Verdade”, situada na cidade de São Paulo. Dois anos mais tarde, criando uma importante derivação, AOR funda o “Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento” que foi o grande divulgador do ocultismo no Brasil. Através de palestras, cursos, reuniões e publicações de uma editora própria, a “Pensamento” (hoje, Pensamento-Cultrix), AOR trouxe para o nosso país as obras de Eliphas Levi e Papus, entre outros. Igualmente, em 1980, é a Editora Pensamento que lança, no Brasil, a primeira versão integral de “A Doutrina Secreta”, de Helena P. Blavatsky.

A Ordem Martinista de Papus tem uma relação direta com a divulgação do Yoga em nossa pátria. Reconhecido como o seu grande introdutor no Brasil, o francês Leo Alvarez Costet de Mascheville ou Sevananda também foi presidente da Ordem em 1936. De fato, a família de Leo é fundamental para a implantação do Martinismo em toda a América do Sul, sendo seu pai nomeado “Delegado Especial do Supremo Conselho da Ordem Martinista” por Papus, em 1895. Portanto, os laços entre as chamadas escolas de mistérios contemporâneas e o misticismo oriental no qual o Yoga se enquadra, podem ser encontrados por quem os procure. Todavia, para torná-lo atraente para os que se recusem a aceitar uma roupagem mística ou para evitar conflitos com diferentes concepções religiosas, existe quem tente desvinculá-lo de suas conotações espiritualistas.

Eu convido o leitor a aprofundar tal pesquisa por conta própria, verificando a intricada rede de conexões no surgimento de diversos movimentos esotéricos, aparentemente desligados ou independentes entre si. Digo isso porque é comum que esses “mestres” ou seus conceitos se respaldem uns pelos outros. Mas, conforme se pode constatar, tal cumplicidade, antes de significar a confirmação de alguma incorruptível verdade eterna, indica brotamentos de uma mesma raiz ou pensamentos dos que beberam de uma mesma fonte. Ou seja: ecos e mais ecos de um mesmo sistema!

Também acho fascinante notar que entre as figuras ilustres dos meios esotéricos, muitos deles possuíam patentes militares, conforme citei nos exemplos estrangeiros. No Brasil, entre os maiores expoentes do Yoga, temos o General Caio Miranda e o Coronel Hermógenes, ambos teósofos. Seria coincidência ou uma clara indicação de estarmos diante da maior batalha travada sobre a face da terra através dos tempos, cujo prêmio não é o ouro ou qualquer outra riqueza de cunho material, mas a tão cobiçada quanto preciosa alma humana?


Parte II

AS APARÊNCIAS ENGANAM

Yoga não é apenas uma filosofia, mas uma prática cujas bases descansam no paganismo hindu e num tipo de religiosidade que permite devoção a homens de carne e osso desejosos de serem reverenciados como manifestações divinas. Não são, por exemplo, os benefícios fisiológicos derivados das técnicas respiratórias que questionamos, mas às implicações espirituais que se ocultam entre sorrisos, afagos e promessas de iluminação pessoal.

Buscando uma abordagem mais objetiva, vamos mostrar evidências da participação maçônica na promoção do Yoga no Brasil.

Os princípios da Maçonaria podem se harmonizar com as aparentemente distintas correntes de Yoga, mas, no que tange aos fundamentos bíblicos, tanto a Maçonaria quanto o Yoga são contrários à fé cristã.

Boa parte dos cristãos ainda é capaz de perceber que o deus maçônico se opõe ao Deus bíblico. No entanto, carecem da mesma assertividade para reconhecer as contra-indicações do Yoga. Fazer a conexão entre os interesses maçônicos e essa doutrina oriental pode ajudá-los a obter uma visão mais crítica. Portanto, o objetivo desta parte é o de identificar vínculos maçônicos na promoção do Yoga dentro do próprio contexto brasileiro e não o de condenar os seus protagonistas. A competência de julgar pertence unicamente a Deus. Nesse sentido, tampouco intentamos “denunciar” aquilo que diz respeito ao foro íntimo de cada um. Queremos apenas esclarecer tais relações, de modo a garantir que os leitores cristãos não sejam enganados e, caso resolvam adotar tais metodologias, façam essa escolha mediante uma análise consciente daquilo que não está publicamente explícito.


“Dizia-lhes ainda: Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro? Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado.”

Marcos 4: 21-22


No mais, considerando a marcante presença maçônica nos bastidores e palcos do poder, comparada à crescente degradação que se espalha pelo mundo, subsiste a impressão de que ou a Maçonaria tem falhado miseravelmente no papel ao qual se destina a cumprir ou o está realizando com demasiada perfeição.

Dito isso, cabe perguntar se haverá mais do que apenas simpatia entre o fundador de uma instituição brasileira denominada Universidade de Yôga ou Uni-Yôga, Luís Sérgio DeRose, mais conhecido como "mestre" DeRose e a Maçonaria?

"Preferi o 33º. andar em alusão aos 33 graus da Maçonaria e às 33 vértebras que a kundaliní tem que ascender.”
Yôga, Mitos e Verdades - DeRose


Ele é discreto nesse assunto, exatamente como convém a todo "pedreiro-livre" empenhado nos serviços à "Grande Obra". Mas, nos últimos anos, o Sr. DeRose parece bastante à vontade no recebimento de títulos e honrarias vindas de instituições marcadamente vinculadas às potências maçônicas. Igualmente, ele se mostra à vontade em reuniões do Rotary e em associações como o Lions Clube, entidades que também compõem esse círculo...

O fundador do Rotary foi Paul Percy Harris e o do Lions foi Melvin Jones. Ambos figuram entre os maçons famosos que a Ordem Maçônica costuma mencionar orgulhosamente como referência de seus propósitos humanitários. Sob sua fachada filantrópica, tanto o Rotary quanto o Lions reúnem figuras influentes do meio político e social num ambiente adequado para discutirem os seus interesses. Essas instituições são instrumentos através dos quais a Maçonaria pode sondar e arregimentar novos membros, além de congregá-los socialmente em um contexto favorável em termos de imagem pública.

Aqui no Brasil, como em muitos outros países, a Maçonaria está infiltrada nos mais altos escalões do poder, incluindo as forças armadas. É no mínimo curioso ver um homem que se disse perseguido pela ditadura militar brasileira, comprazer-se agora no recebimento de tantas honras oferecidas pelas instituições do exército nacional. E qual relação ele teria com o exército, não sendo militar e na qualidade de professor de Yoga para receber tais homenagens e medalhas? O apoio a causas humanitárias ou culturais? De fato, os órgãos militares também condecoram civis, mas existem serviços públicos prestados de tamanho vulto que justifiquem tanta deferência ou seria mais por conta de uma rede de contatos que favoreça esse expressivo reconhecimento?

Algumas entidades das quais o Sr. DeRose recebe reconhecimento são relativamente obscuras. Mas isso não significa dizer que não sejam importantes, uma vez que esse parâmetro só pode ser medido pela esfera de influência dos seus membros.

Muitas homenagens, por exemplo, foram recebidas da assim chamada "Casa da Fazenda", como o prêmio de "Reconhecimento por Excelência". A Casa da Fazenda está situada no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo e é a sede de uma instituição denominada ABACH, Academia Brasileira de Artes Cultura e História. Entre as "honrarias" que recebeu da ABACH está uma "Medalha de Mérito Profissional" cujos ornamentos do certificado merecem alguma atenção:



Conforme se pode notar, a ilustração à esquerda faz parte dos adornos do certificado de "mérito profissional". Existe uma grande diversidade de elementos simbólicos dispostos numa composição monocromática. Mas uma avaliação mais atenta faz suscitar a dúvida se o motivo não seria o de disfarçar aquilo que, isoladamente, seria tão suspeito quanto óbvio. Na base temos elementos relativos às artes e à escrita, como a pena mergulhada em um tinteiro, uma paleta com tintas, um pincel e uma espátula. Na parte superior há o elmo de Hermes, a espada que serve de fiel para a balança da justiça e, atrás, o perfil da deusa Têmis de olhos vendados...

A figura se torna mais interessante à medida que é examinada das extremidades para o centro cuja coloração foi alterada para destacar a presença da tocha dos iluminados, a serpente como representação do conhecimento do bem e do mal, uma engrenagem de doze dentes que também pode ser uma alusão ao Sol, a roda zodiacal e aos doze signos astrológicos. Sobre eles se elevam o esquadro e o compasso: os símbolos universais da Maçonaria...

No topo do certificado, existe ainda o símbolo da armadura com a águia bicéfala estampada, transpassada pela espada e o machado que é uma alusão aos cavaleiros templários.

É preciso ter em mente que tudo o que diz respeito à Maçonaria costuma estar carregado de amplo simbolismo. No canto inferior esquerdo temos dois ramos de louros, planta consagrada ao deus Apolo, usualmente utilizada para representar glória, triunfo ou vitória.

Isolados, os ramos de louro podem não dizer absolutamente nada, mas combinados com os demais símbolos, parecem mais indicar o glorioso reconhecimento pelos serviços prestados por um frater maçom.

A Uni-Yôga criou o seu próprio hino e também possui uma bandeira. Isso remete a uma curiosa estrutura marcial, recheada de pompa e circunstância que está em sintonia com a observação anterior de que muitos daqueles que foram pioneiros na divulgação das doutrinas esotéricas eram militares.

Quem tomar contato com a apostila do Sr. DeRose destinada aos dirigentes da Uni-Yôga e denominada “Manual de Liderança”, verá que ele coordena a sua Rede com claros mecanismos de disciplina militar e manipulação emocional.


Resumidamente, ele declara que os “seres humanos carregam o gene da traição” e passa instruções para “evitar que isso venha à tona. Diz que o “hominídeo”, por carregar “milhões de anos de hostilidades impostas” não está preparado para “receber muito carinho, atenção, amor”, ensinando que esse tipo de dedicação é comparável a dar “pérolas aos porcos”. É, no mínimo, questionável usar a Bíblia, removendo uma frase do seu contexto, como exemplo para fundamentar uma idéia nada cristã. Desde quando amar ou demonstrar afeição é dar pérolas aos porcos?

O objetivo do impresso seria prevenir contra o que ele chama de “excesso de carinho, atenção, ajuda, intimidade, concessões”. Na verdade uma apologia do sistema de castas indiano adaptado para o ocidente que mescla uma postura de superioridade e polidez superficial para definir com sutileza “quem é que manda”. Nesse sentido, os elogios devem ser escassos, mas as críticas e repreensões podem e devem ser aplicadas mesmo que injustamente, sob o pretexto de disciplinar o incauto.

De tal forma, segundo a apostila, seria preciso punir, impondo a autoridade para não despertar no noviço o instinto predatório que ele pode precipitar sobre os instrutores da Rede. Noutras palavras, os instrutores são exortados a desqualificar e criar dificuldades para reprimir a personalidade dos alunos e induzir um comportamento submisso.

Vejamos abaixo, dois trechos selecionados das páginas cinco e seis do manual:




Sobre o primeiro trecho, torna evidente uma fixação hierárquica de tal intensidade que reduz o sexo a uma casualidade tão superficial quanto o cumprimento cortês entre vizinhos. Sobre o segundo, intitulado “Alguns Cuidados”, observem o emprego do vocábulo “patente” que é de uso fluente na terminologia militar, referindo-se a um posto oficial ocupado dentro de um esquema de subordinações. Notando que o Sr. DeRose gosta de posar nas fotos de seus livros portando suas medalhas, difícil não lembrar um general no comando de seu exército.

Na bandeira da Uni-Yôga existe uma cruz templária que é assim explicada:

"Escolhemos a Cruz de Cristo, ou Cruz dos Templários, em alusão à bravura dos navegantes lusitanos que aqui chegaram, como gratidão ao tanto que devemos à nossa Terra-Mãe."
Luís Lopes – Professor da Rede e Presidente da Federação do Norte de Portugal



Não soa estranho que um homem que declare ser totalmente contrário ao que ele próprio chama de mistura de "egrégoras" (consciência grupal e específica da soma das energias físicas, mentais e espirituais de pessoas reunidas em torno dos mesmos propósitos) permita uma deferência aos templários na bandeira adotada para representar a sua instituição? Faz algum sentido que uma escola ou universidade de Yoga preste homenagem aos templários? Não, exceto, se esse "mestre" (e fundador) ainda mantiver vínculos estreitos com a Maçonaria. Nesse caso, isso fica tão claro quanto a mais pura água cristalina. A memória dos templários é preservada e venerada na Ordem e, para os maçons, todo empreendimento parece ter que se comunicar à "Grande Obra" através dos símbolos adotados para representá-lo...

Nesta perspectiva, o próprio logo da Uni-Yôga adquire outros contornos, pois, nos meios iniciáticos, a letra “Y” (Ipsilon) ou letra pitagórica representa a possibilidade de escolher entre dois caminhos distintos. O “Y” representa uma bifurcação que se divide entre a trilha da mão esquerda e a da mão direita. Algo que, na prática, tanto faz, pois ambos os caminhos constituem parte do mesmo entroncamento na base do “Y”.

Socialmente, as pessoas se dividem em partidos e grupos que se digladiam, competindo entre si. Sob o domínio da dualidade, se separam entre egoístas e altruístas; entre aquelas que julgam praticar uma magia do mal e aqueles que acreditam praticar uma magia do bem; no entanto, acabam servindo aos interesses de um mesmo ditame. Na realidade, tornam-se peões num jogo cujas regras não definem vencedores ou perdedores, mas apenas colaboradores encenando seus papéis.

O yoguin dentro do coração do logo forma um triângulo eqüilátero, símbolo da perfeita harmonia entre dois pólos e a sua convergência ou ponto de equilíbrio, sendo que um dos principais símbolos maçônicos é o triângulo. Apesar de banal, justamente pela multiplicidade de usos nos quais ele possa ser empregado, serve tanto para retratar a trindade do hinduísmo no equilíbrio entre os três grandes princípios da divindade (criação, conservação e destruição ou Brahma, Vishnu e Shiva), como para se referir ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo da Trindade cristã ou a Osíris, Ísis e Hórus entre os maçons. Convenhamos que tal versatilidade é bastante conveniente.

O brasão da Uni-Yôga tem uma configuração bastante significativa, do ponto de vista geométrico. Nele, o "Y" se forma pela disposição dos braços, enquanto o triângulo é desenhado pelo arranjo das mãos.

Uma das atribuições dadas à letra "G" (contida entre o compasso e o esquadro maçônico) é Geometria, porque é dito que “Deus geometrizou” ao criar o mundo. Portanto, a geometria figura entre as chamadas “Ciências Sagradas”.

Do ponto de vista simbólico, a geometria de um desenho é tão importante ou pode ser tão conclusiva quanto o desenho em si. O desenho expõe o que se queira tornar público, distraindo a atenção do arranjo geométrico que é capaz de revelar segredos que ficam ocultos do observador desatento. Sem dúvida, existe uma explicação oficial para a simbologia empregada no brasão, assim como para a disposição dos elementos que nele se combinam. Entretanto, não estou interessado apenas naquilo que é dito oficialmente, mas no que o símbolo sugere por si só...

Relembro que o "Y" representa dois ramos ou a bifurcação no caminho que também serve para separar os que realmente sabem daqueles que ignoram os verdadeiros objetivos da obra. Mas uma vez que ambos os galhos descendem do mesmo tronco, qualquer escolha que seja feita estará beneficiando a mesma raiz.

O triângulo, no centro da figura, evoca um propósito de realização. A "Lei do Triangulo", muito utilizada pelos rosacruzes, declara que toda manifestação deriva de duas determinantes originais ou duas outras pontas, além daquela que se faz visível. Como pirâmide, o triângulo também simboliza hierarquia. Disso se deduz que as duas vias do "Y" devem conduzir à manifestação de um mesmo projeto ou estrutura. Já a geometria da flor de lótus é a mesma de um pentagrama invertido que, para os iniciados, é o símbolo de Baphomet; Lúcifer mergulhado na matéria; o portador do archote ou da "luz do conhecimento"...

Esotericamente, conforme Blavatsky e a Teosofia, o AUM (ou OM) do topo, em sânscrito, é o fogo triplo da filosofia esotérica: Agni (fogo ígneo), Varuna (fogo aquoso ou do akasha) e Maruts (fogo aéreo ou espiritual).

Atrás do brasão, sugestivamente cruzados em “X”, estão os objetos de Shiva: o Damaru (tambor) e o Trishula (tridente). Nesse processo, Shiva é essencial porque representa o destruidor da forma. No caso, o destruidor de um velho modelo social. Alguém poderia perguntar: mas os maçons não são pedreiros, não são construtores? Sim, mas, conforme já foi dito, se quiserem erigir um novo prédio sobre um terreno já construído, precisam derrubar o antigo e é isto o que parecemos testemunhar pelo mundo afora...

Para quem não esteja familiarizado, explico que pequenas alterações em um símbolo podem estar significando diferenças mais profundas do que gostaríamos de admitir, haja vista o exemplo do logo do partido republicano dos Estados Unidos, antes e depois da subida de George Bush (o filho) ao poder:


A contraparte democrata parece seguir o mesmo caminho, conforme mostram as estrelas invertidas da bandeira usada na comemoração da vitória de Hillary Clinton nas primárias de New Hampshire:


Essa imagem foi obtida no site da própria Hillary, embora tenha sido removida devido ao fim da campanha e atualização de conteúdo. A ousadia aqui é a subversão de um símbolo nacional, mas existem referências oficiais desse "flerte" com as estrelas invertidas.

Considerando o formato das medalhas de honra americanas, ninguém deveria se escandalizar com um pentagrama invertido a mais ou a menos:


Essa disposição é amplamente empregada pela Maçonaria e entidades paramaçônicas; visível em práticas que declaradamente se associam a Satã e dissimulada no brasão da Uni-Yôga:


A chama sobre a "cabeça de bode" e o AUM sobre o "lótus estrelado", significam a mesma coisa: consciência ou conhecimento supremo!

Bem se vê que estamos diante de uma onda que se alastra amplamente pelo mundo em nome de Lúcifer que em latim significa “o portador da luz” em deferência ao planeta Vênus ou Estrela d’Alva quando antecede o nascimento do Sol. Título, hoje, exclusivamente associado a Satanás, mesmo que, biblicamente, assim não o seja (vide postagem anterior do Blog: "Lúcifer é Satanás?").

Quanto à possibilidade do formato do lótus e toda a composição do brasão da Uni-Yôga ser acidental, eu diria que é nula. O Sr. DeRose é simpatizante de Madame Blavatsky, citada em seu livro “Yôga, Mitos e Verdades” (Capítulo: “A História é só Estória: Não Acredite Nela!” – pg. 335), atual “Quando é Preciso ser Forte” (Capítulo: “A História Oficial” – pg. 375), como uma integrante da confraria de sábios incompreendidos da história da humanidade, perseguidos por sua genialidade ou pioneirismo.

Existe relativa complexidade na visão do papel pertinente a Satã, dentro dos ensinamentos teosóficos. E ser complexo faz parte do objetivo de confundir deliberadamente, pois a grande revelação esotérica destitui o Deus Bíblico em favor de Satanás.

Segundo Blavatsky:


“’Satã é o Deus do nosso planeta, e o Deus único’, e isto sem nenhuma alusão metafórica à sua maldade e depravação. Pois ele é uno com o Logos.”

A Doutrina Secreta – Vol. III – Antropogênese
Pag. 253 – Editora Pensamento


De acordo com a Teosofia, a criação do homem descrita em Gênesis, deu vida a um ser destituído de inteligência e discernimento que só pôde iniciar o seu progresso evolutivo graças à rebeldia de Satã:

“Neste caso, é de todo natural – tendo em vista a letra morta - que se considere Satã, a Serpente do Gênesis, como o verdadeiro criador e benfeitor, o Pai Espiritual da Humanidade. Porque foi ele o ‘Portador da Luz’, o brilhante e radioso Lúcifer que abriu os olhos do autômato que Jeová criara (como se pretende). E aquele que foi o primeiro a sussurrar: ‘No dia em que comeres... sereis como Elohim, sabendo o bem e o mal’, não pode ser olhado senão como Salvador. ‘Adversário’ de Jeová, espírito usurpador, ele permanece sempre, diante da verdade esotérica, como o ‘Mensageiro’ amante, o Anjo, o Serafim e o Querubim, o que sabia muito e amava ainda mais, e o que nos conferiu a Liberdade Espiritual, em lugar da imortalidade física – pois que esta última não era senão uma imortalidade estática que transformaria o homem num ‘Judeu Errante’, incapaz de morrer.”
A Doutrina Secreta – Vol. III – Antropogênese
Pg.261 – Editora Pensamento


Portanto, dentro dos círculos esotéricos, o conceito de Satã é totalmente inverso daquele pregado pelas correntes cristãs. Conforme já tivemos oportunidade de comentar, ao falarmos sobre Shiva, ensina-se, no percurso de provas e juramentos, uma perspectiva oposta sobre os conceitos primordiais de Bem e Mal. Assim, Satã seria um grande injustiçado, cuja verdadeira história teria sido corrompida pela Igreja. Percebam que, considerando a natureza de tal “revelação”, torna-se facilmente compreensível a necessidade de sigilo e de um processo gradual de iniciações para que o aspirante à "iluminação" seja colocado em contato com tais idéias até aceitá-las sem restrição...

Os homens comuns pensam fazer escolhas, mas apenas escolhem o que já foi pré-selecionado como suas opções. Principalmente, numa época onde os opostos se conciliam por sinais que parecem reverenciar a um mesmo senhor:


Existem relatos de companheiros maçons que se ajudaram mutuamente, mesmo estando em lados opostos de uma guerra. Isso deveria levar à reflexão sobre o nível dos conchavos que se estabelecem nas altas cúpulas do poder. As coisas não são necessariamente como parecem e, sem dúvidas, esse paradoxo me lembra a águia bicéfala maçônica. O seu significado é muito semelhante ao “Y”, pois apesar de cada cabeça olhar para a direção oposta, isso ocorre sob uma mesma coroa e elas fazem parte de um mesmo ser, unidas pelo mesmo corpo, vontade e propósitos:




"Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és.”
Adágio Popular


Há registros de diversas ordens de cavalaria contemporâneas a “Ordem dos ‘Pobres’ Cavaleiros de Cristo” ou templários. A Ordem Militar de São Lázaro de Jerusalém é uma delas e talvez guarde uma das conexões mais intimas e interessantes por reunir muitos cavaleiros templários afligidos pela lepra. Homens muito valorosos em combate, talvez incentivados pela busca de alcançar uma morte mais digna...

Não digo que seja inviável, mas seria uma tarefa bem árdua fazer as derivações entre esse festival de eventos sociais com honras e medalhas e todas as suas ligações com figuras de destaque atuais na Ordem Maçônica. Mas, no Brasil, temos um ditado popular que diz que "quando a esmola é demais, o santo desconfia...".

Existem muitos militares brasileiros notáveis, desde os tempos do Império, que pertenceram às fileiras da Maçonaria e tiveram papel de destaque na história brasileira: Duque de Caxias (que ocupou o cargo de Primeiro Ministro do Brasil), Marechal Manuel Luís Osório (Senador, Ministro da Guerra e Patrono da Cavalaria), Marechal Deodoro da Fonseca (Chefe do Governo Provisório), Marechal Floriano Peixoto (também Presidente da República), Mal. Hermes da Fonseca (também Presidente), entre outros. Fora as grandes figuras políticas de origem civil, como o Grão Mestre José Bonifácio de Andrada e Silva que dá nome a algumas da medalhas recebidas pelo Sr. DeRose.

A propósito, vários rudimentos maçônicos podem ser vistos no retrato de José Bonifácio abaixo, principalmente no selo comemorativo. Observe-se a posição maçônica da mão direita junto ao peito, abaixo da Grã-Cruz da Ordem de "Cristo":



A Ordem de "Cristo" foi criada por Dom Diniz de Portugal para abrigar o corpo remanescente da Ordem dos Templários, após sua dissolução, perseguida pelo rei Felipe IV (o Belo), da França. José Bonifácio, o tutor de Dom Pedro II, também foi Grão Mestre da Ordem de "Cristo".

José Bonifácio é o mentor do Brasão de Armas e da Bandeira do Brasil Império:


Perceba-se a Cruz Templária inserida dentro da esfera armilar, símbolo da expansão marítima portuguesa. Essa inserção da cruz templária dentro da esfera sugere o reconhecimento da utilização da experiência e saber dos templários na realização dos empreendimentos da coroa lusitana. Vista como um protótipo das idéias de hegemonia mundial, percebe-se o quanto se pode tratar de uma ambição antiga. Os ramos atados de oliveira (vida, paz, prosperidade) e de acácia (imortalidade, pureza, ressurreição) são símbolos amplamente empregados pela Maçonaria.

Atualmente, os maçons costumam argumentar que não são mais uma sociedade secreta e sim uma "sociedade discreta". Mas, através dos tempos, parece sempre ter existido dois tipos de maçons: os de palco e os de bastidores. Não que os maçons de bastidores não sejam pessoas públicas, eles apenas mantêm sua filiação à Ordem oculta da sociedade. Por trás disso, existem razões estratégicas, pois se assim não procedessem, ficaria evidente a presença maciça da Maçonaria em todos os pináculos sociais brasileiros. Inclusive, concorrendo entre si por cargos políticos, pois, ganhe quem ganhar, o benefício será sempre da Ordem e da “Obra”.

Portanto, embora os maçons possam se reunir em lojas publicamente estabelecidas, seus segredos permanecem secretos e seus membros, de fato, continuam bastante discretos...

Não fosse apenas pela presença de elementos templários nos símbolos da cidade de São Paulo, a relação entre eles e a Maçonaria também poderia ser estabelecida pela "coincidência" administrativa na época de suas criações.

O brasão de São Paulo foi criado em 1916, durante o governo municipal de Washington Luís que, dez anos mais tarde, tornou-se presidente do Brasil. Washington foi o fundador e o primeiro "Venerável Mestre" da Loja Maçônica Filantropia II, em Batatais, interior de São Paulo.





Já a Bandeira da cidade de São Paulo foi instituída em 06 de Março de 1987, pelo então prefeito e ex-presidente do Brasil, Jânio Quadros, como um de seus primeiros atos. Jânio era "Mestre" Maçom. Segundo registros públicos da própria Maçonaria, Jânio foi iniciado pela Loja Libertas em 1946, deixando a Ordem em data não especificada e voltando em 1985, dois anos antes de instituir a bandeira que seria uma cruz “deitada”, ao centro da qual se estampou o brasão de armas:



Vemos, assim, que a bandeira paulistana foi criada sob o mandato municipal de dois notáveis maçons brasileiros (lembrando que ambos ocuparam a presidência da República), separados pelo intervalo de 71 anos na confecção dos símbolos paulistanos. No escudo do brasão vemos o braço de um cavaleiro empunhando a bandeira da cruz templária ou Cruz de "Cristo", a mesma que tremulava nas naves da expansão marítima portuguesa.

O lema "Non ducor duco" ou "não sou conduzido, conduzo" está de pleno acordo com o espírito "libertário" e empreendedor que caracteriza os ideais maçônicos. Mas por que será que a cruz do escudo é diferente da cruz externa que a contém?

A Cruz Templária pode até levar o nome de Cruz de "Cristo", mas isso foi feito para torná-la atraente aos homens que estivessem dispostos a serem recrutados para combater e morrer em nome de uma idéia de Cristo. Guerreiros que podiam ser puros ou sinceros de coração, valorosos em combate, mas que deviam ser tão impulsivos que agiam muito antes de pensar...

Desde quando Jesus pediu para combaterem em seu nome? Muito pelo contrário, pediu para que os homens se amassem entre si como Ele os tinha amado... Não existe guerra santa! Ainda que possamos reconhecer uma contraparte de reações justas na defesa de direitos legítimos, todas as guerras são bárbaras e assassinas, sendo fomentadas pelas ambições de grupos elitistas em busca de maior poder. As guerras podem ser políticas, ideológicas, entre outras conotações, mas santas jamais! Muito menos aos olhos de Jesus Cristo.

A cruz templária é baseada na quadratura do círculo: um dos problemas clássicos da geometria, que era o de construir um quadrado com área equivalente ao de um círculo. Considerando que o maior de todos os círculos ou esferas é o mundo e os quatro braços da cruz são as suas quatro direções; o propósito era mapeá-las e conquistá-las. Isso tem a ver com poder, com dominação e não com Jesus Cristo. Desde quando Jesus Cristo foi pregado em uma cruz de quatro braços iguais para que essa cruz pudesse ser chamada de Cruz de "Cristo"?

O rei francês perseguiu a Ordem Templária porque estava afundado em dívidas com os templários. Desde aqueles tempos e muito antes, a prática da usura, do estímulo a tomada de empréstimos e da formação de dívidas já era empregada para submeter reis e reinos... O que conhecemos por história, nada mais é do que a narração de um ponto de vista através do qual um acontecimento foi testemunhado. A forma de contá-la pode ser amplamente distorcida por influências tendenciosas. Uma análise mais neutra talvez conduzisse à conclusão de que nem os templários eram anjos, nem Felipe IV era um demônio. Sem sectarismos, veríamos apenas homens defendendo seus próprios interesses e ambições.

Já a cruz externa na Bandeira de São Paulo, esta sim, pode representar a Cruz de Cristo pelo alongamento de um de seus braços. Ela não deriva da quadratura do círculo. Mas observem que está tombada. Ora, sendo símbolo do cristianismo, porque exibir uma cruz derrubada em uma bandeira? Porque a idéia é justamente esta: lutar pela derrubada dos valores apregoados pelo cristianismo!

Simbolicamente, o brasão de armas e a frase "Non ducor duco", remete à rebelião de Lúcifer. A cidade de São Paulo é uma Cosmópolis maçônica aonde as idéias de lapidação da pedra bruta pela geração de riquezas, desbravamento, divisão e estabelecimento do poder florescem e estão gravadas nos elementos do brasão circundado sobre a cruz derrubada... Nada existe ali de cristão e muito há de anticristão, pois o cristianismo é encarado como um obstáculo ao "progresso" e ao "livre pensamento".

Antes de prosseguir, gostaria de remover o cristianismo da pele de sua principal instituição que é a Igreja Católica. Supostamente, esta instituição teria sido fundada em torno da palavra professada por Jesus, mas, na prática, os ritos católicos são um amalgama das incorporações de muitas práticas pagãs para reunir prosélitos. Em nome de Jesus, os senhores da Igreja perseguiram, torturaram, mataram e reprimiram de todas as maneiras possíveis quem pudesse representar uma ameaça ao seu poder, produzindo muitos ressentimentos históricos... Os ensinamentos de Jesus não são os culpados pelas atrocidades cometidas, mas intenciona-se que se percam e caiam na trilha de falsos líderes que corromperam a verdade que liberta para satisfazer suas próprias ambições. Ainda assim, derrubar as denominações faz parte do objetivo maior que é anular o próprio Cristo. Tendo tudo isso em vista, fica ainda mais sugestivo ver que o Sr. DeRose tenha colocado o brasão da Uni-Yôga dentro de uma Cruz Tombada para compor a bandeira do seu grupo:



A julgar pelas aparências, algum desavisado poderia acreditar que a composição acima retrata outra daquelas "saladas místicas". Mas, segundo vimos, tudo se encaixa, fazendo bastante sentido. Diante do exposto, fica claro que tal bandeira significa tudo quanto poderia haver de mais contrário a fé cristã. Eles não acreditam na salvação proposta pelos evangelhos e sim numa metodologia para atingir níveis de expansão da consciência, cuja principal via é o êxtase sexual. Eles não crêem em Jesus Cristo como filho de Deus manifestado na terra e têm por "mestre" um homem de carne e osso como condutor de seus caminhos. Então, para que uma cruz, senão para subvertê-la, tombando-a como quem derruba um velho edifício?

Os valores pregados pela Uni-Yôga são anticristãos. Do ponto de vista daquilo que eles chamam de "cultura", o cristianismo é considerado repressor e totalmente contrário às suas práticas. Os motivos para adotar tal cruz são mais bem elaborados e sinistros do que simplesmente prestar uma homenagem à cidade de São Paulo pelo reconhecimento recebido ou por ser a sede do seu sucesso empresarial.

Seus seguidores dizem-se praticantes do "mais completo Yoga do mundo", mas ao cultuarem a juventude, o corpo, a beleza exterior, marcas, luxo e badalações, deixam-se seduzir pelas aparências ou por aquilo que é efêmero. Parece que jamais questionam sobre a real afinidade entre a fonte de uma honraria e aquilo que a Uni-Yôga diz representar. Não se importam com a origem de uma homenagem desde que se sintam homenageados na figura do seu "mestre". Algo que me parece tão conveniente quanto insensato...

Entre as instituições que prestigiam o Sr. DeRose está a SBHH - Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística (entidade da qual ele tem recebido medalhas e comendas). Entrando em seu site, pode-se verificar a lista do grupo denominado "Oficiais Chanceleres". Num rápido passar de olhos, vê-se que dois deles são políticos conhecidos do Estado de São Paulo, ligados à Maçonaria, mais um terceiro que declarou seu grau e filiação maçônica durante um debate num programa de televisão. Portanto, não é difícil verificar a existência de laços com a Maçonaria e não estamos invadindo a privacidade de ninguém ao citá-los, pois tais informações são de domínio público e podem ser obtidas na internet por quem se dê ao trabalho de procurá-las. Aliás, elas são tão públicas quanto é a esfera de atuação desses homens.

O primeiro é o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, citado no Blog do Sr. DeRose como um dos "deputados amigos do Swásthya" (denominação do método por eles praticado). Detém o título de "Comendador Grã Cruz", é Grão Mestre Maçom e um dos autores do projeto que instituiu o dia do maçom no Brasil (20 de Agosto). A ele se junta o também "Comendador Grã-Cruz", deputado federal Francisco Marcelo Ortiz, maçom filiado à Loja Renascer e, segundo consta, presidente do PV (Partido Verde) de Guaratinguetá, no interior paulista. Outra figura ilustre é conhecida do meio cristão por ter debatido favoravelmente à Maçonaria (apesar de se dizer evangélico) em oposição ao Dr. Abimael Correa do Nascimento Filho (ex-grau 33) e ao Dr. Pedrosa no vídeo "Maçonaria vs. Fé Cristã", divulgado no Youtube. Trata-se do também Comendador Grã-Cruz, jornalista e advogado, Professor Dr. João Baptista de Oliveira; maçom do 33º e Soberano Grande Inspetor.


O ponto que desejo destacar é que tais associações demonstram a influência da Maçonaria no recebimento de homenagens que manifestam o reconhecimento e o apoio entre fraternos comprometidos com a mesma "Grande Obra" e não apenas o mérito pessoal por realizações filantrópicas, apoio a causas humanitárias ou a promoção do bem social, fora das imediações de um círculo restrito.


Pessoalmente, eu não tenho nada contra os maçons. Conheci alguns que me pareceram pessoas sinceras e dignas, além de bastante cultas. Diga-se de passagem, quem quer que observe a fala do Dr. João Baptista de Oliveira no vídeo "Maçonaria vs. Fé Cristã", matéria levada ao ar pela RIT TV, verá que se trata de um homem instruído, distinto e bem articulado, a quem não se pode negar certo carisma. O Dr. Oliveira se apresenta como evangélico batista e maçom do grau 33, afirmando serem condições absolutamente conciliáveis, algo de que discordamos...

Por outro lado, também conheci maçons que tentam encobrir a incapacidade de dialogar ou suas motivações inconfessáveis com uma indisfarçável arrogância. Por tais exemplos é que dou ciência do quanto o caráter é uma condição individual, inexoravelmente desprendida dos valores de qualquer instituição.

No texto abaixo, escrito pelo Sr. DeRose em seu livro “Yôga, Mitos e Verdades” (relançado sob o título “Quando é Preciso ser Forte”), ele traça um perfil das pessoas que lhe fazem oposição:

“Até hoje, quanto mais inculta a pessoa, mais nos faz oposição. O repúdio é inversamente proporcional à cultura do observador. Pessoas menos intelectualizadas rejeitam nossas propostas sistematicamente, até mesmo porque não conseguem sequer escrever ou verbalizar corretamente o nome do Swásthya Yôga. E quanto a este pormenor, se o povo consegue pedir uma tônica Schweppes, muito mais fácil é pronunciar a palavra Swásthya.”
Yôga, Mitos e Verdades - DeRose



Percebam que ele estabelece uma relação proporcional entre uma pressuposta ausência de cultura e a rejeição de suas práticas. Os que lhe fazem oposição são classificados como pessoas “incultas”, restando entender como pessoas tão “menos intelectualizadas” que sequer consigam escrever ou pronunciar o nome de seu ramo de Yoga corretamente, possam rejeitar suas propostas “sistematicamente”.

“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.”
Eclesiastes 1:2


Muitos podem ficar intimidados com a idéia de serem considerados incultos. Assim, se acabrunham e se calam... Isso me faz lembrar a fábula do rei nu, de Hans Christian Andersen. Da roupa tão leve e tão maravilhosa que os tolos (as pessoas ineptas, destituídas de inteligência) não seriam capazes de enxergá-la. Na verdade, um estelionato que explorava a vaidade humana. Os membros da corte não viam a roupa, mas, ainda assim, nenhum deles teve coragem de admitir para não ser chamado de tolo, correndo o risco de perder seu posto no palácio. No dia do desfile público, o rei marchava nu diante de uma multidão estupefata, mas ninguém teve coragem de denunciar o ridículo por medo de retaliações. Até que uma criança, símbolo da pureza incorruptível, gritou: “Coitado, o rei está nu!”. E todos se juntaram em uníssono: “O rei está nu!

A declaração do Sr. DeRose é falaciosa; trata-se de um ataque ad hominem. Não defende um pensamento, apenas tenta diminuir, com generalizações, qualquer um que discorde de suas idéias, desqualificando-o como ignorante. Que tipos de pessoas incultas teriam interesse em aprender Yoga e ainda seriam capazes de sustentar um questionamento? É preciso respeitar a pluralidade de opiniões, isso sim! Uma pessoa inculta ou rude não sabe argumentar, muito menos de forma sistemática. Todos nós nos defrontamos com opiniões contrárias, mas os argumentos das réplicas devem ser dirigidos contra idéias e não contra pessoas...

Para quem não teria nem mesmo concluído um curso numa instituição de ensino superior regular, são bastante pomposas as insígnias do Sr. DeRose. Condecorações, comendas e títulos como educador, reeducador e doutor... Mas não cito isso para desmerecê-lo e sim para frisar que a inteligência e, principalmente, as intenções de um homem não podem ser medidas pelos títulos que conquistou ou recebeu; assim como por aqueles que ainda não retenha. Entretanto, em termos estratégicos, servem para abrir portas, concedendo notoriedade, credibilidade social e permitindo que o portador seja prestigiado nos mais diversos meios em que circule.

Munido de tais créditos, o Sr. DeRose que é um ferrenho defensor do vegetarianismo não hesitou em distorcer o conteúdo bíblico para embasar a sua campanha contra o consumo de carne. E se é capaz de fazer isso com uma obra de tamanha circulação pública, como é o caso da Bíblia, o que se pode esperar de sua interpretação dos assuntos estranhos à cultura ocidental? Lamentamos pelos animais, mas será que nos píncaros de sua “maestria” os fins justificam os meios?

No seu próprio mercado de ensino, o Sr. DeRose é conhecido por causar uma celeuma em torno da transliteração da palavra Yoga, grafada em sua Rede com acento circunflexo no esforço de ostentar maior conhecimento lingüístico diante dos concorrentes e agregá-lo como diferencial para a sua escola. Igualmente, ele desaprova o aportuguesamento da palavra Yoga, através da substituição do "Y" pelo "I", conforme vemos na grafia "Ioga". Considerando que, em sua justificativa, ele evoca a defesa por uma padronização internacional; é contraditório notar que, internacionalmente, se Yoga não é escrito com "I", também não é grafado com acento...

Na verdade, trata-se de uma estratégia de marketing que vem perdendo o fôlego, inclusive diante do acordo ortográfico e da supressão do acento para as palavras paroxítonas. De tal forma, dentro de seu grupo, a utilização do termo Yôga tem sido preterida pela expressão “Nossa Cultura”, “Life Style” (Estilo de Vida) ou "Método DeRose", não sendo mais recomendado por ele o uso incisivo do termo Yôga. Além disso, o Sr. DeRose tem preferido que se refiram a ele como professor, escritor, educador ou comendador; embora a expressão “mestre” ainda predomine. Essa é a fachada de modernidade que buscam imprimir, juntamente com a suposta desvinculação de quaisquer fundamentos místicos ou espiritualistas.

Para os que tenham dúvidas das conotações mistico-religiosas que subsistem quer sob o nome de Método, Life-Style, Cultura ou outro rótulo e embalagem diferentes que ainda possam criar, basta consultar o livro "Corpos do Homem e Planos do Universo", do Sr. DeRose. O texto dispara o mesmo arsenal de paradigmas teosóficos que divide o homem em sete corpos com diferentes padrões vibracionais, estendidos dos planos mais sutis até o mais denso, onde se materializa o corpo físico, propriamente dito. Descreve a relação entre tais corpos, os chacras (centros de energia nervosa), mantras (sons vocálicos), níveis de consciência, estágios evolutivos e a doutrina da reencarnação. Ou seja, trata-se da mesma via proposta pelas escolas de mistérios, entre as quais está inclusa a Maçonaria. No livro, o inferno é tratado como uma metáfora da descida aos planos inferiores de consciência pela absorção de sentimentos negativos através do consumo de carnes (devido ao sofrimento animal) ou pela fixação em sentimentos e pensamentos deletérios gerados pela própria pessoa.

Publicamente, as idéias do que significa a relação entre mestre e discípulo são minimizadas, mas o livro "Tratado de Yôga", também do Sr. DeRose (páginas 523 à 533), dá a dimensão exata do nível de compromisso exigido. Menciona sobre as obrigações, os vínculos de lealdade, obediência e as vantagens de uma identificação de tal magnitude com o "mestre" que o discípulo já não saiba distinguir a si mesmo de seu "guru". Esse estado devocional é citado como desejável sob a alegação de que o discípulo aceleraria o seu "progresso evolutivo", impulsionando o seu padrão vibratório inferior para alcançar o padrão supostamente elevado do "mestre". Diga-se de passagem o Sr. DeRose não teria ele próprio um "mestre" físico, mas uma entidade misteriosa que tramita entre um ser do mundo espiritual e um arquétipo do inconsciente coletivo como guia...

Como parte do exercício devocional, a título de gratidão pelo conhecimento recebido, os praticantes iniciam suas aulas com aquilo que chamam de "Pujá": uma técnica de visualização que consiste numa oferenda de energia pessoal dedicada ao "mestre".

Para não deixar dúvidas da existência de um culto dirigido à personalidade do Sr. DeRose, leiam abaixo uma circular contrária àqueles que resolvem sair da Rede, assinada por um de seus discípulos diretos:


"(...) A nossa verdadeira missão é tornar-nos a imagem e semelhança do Mestre... reproduzir a sua visão iluminada da realidade... egos e vaidades distorcem a luz que vem do Mestre. São dissidentes porque estão cegos e gerarão dissidentes tão míopes quanto eles."


"Luz", "visão iluminada", "cegueira" e "miopia"? De uma coisa todos podem estar certos: não se trata de uma campanha oftalmológica!


Pergunto: um predador comunica à sua presa que está prestes a devorá-la ou espreita e se oculta ao máximo para se aproximar furtivamente até que a fuga seja impossível?

A vida seria bem mais fácil e haveria menos vítimas de enganos se adotássemos por regra o simples preceito de que aquilo que tem garras e dentes de lobo, que cheira como um lobo, que anda como um lobo e uiva como um deles, não importa o que diga ou como se apresente: é um lobo!

Abordamos essas polêmicas para evidenciar o mesmos fundamentos da "Nova Era" aliados a tendência para uma condução falaciosa de argumentos, antes de introduzir o que ele diz sobre Moisés e Jesus, no afã de defender a alimentação vegetariana.

Examinem a declaração feita em outro de seus livros:

“O próprio dharma shástra de Moisés, declara solenemente em Êxodus, capítulo XX: “Não matarás.” Em parte alguma está escrito “não matarás homens”. Está escrito não matarás. Portanto, ao matar animais para comer, você está contra o karma, que é universal, e contra o dharma, que é a lei religiosa do Cristianismo e do Judaísmo.”
(Karma e Dharma – DeRose – página 25)


O Sr. DeRose define dharma como o conjunto de leis jurídicas, religiosas, preceitos morais, usos e costumes que regulam os atos de um indivíduo. Na citação acima, o que ele chama de dharma de Moisés seria a própria lei mosaica, resumida nos dez mandamentos, dos quais ele menciona o sétimo: “não matarás”. Ao fazê-lo, simplesmente declara que a lei também incluía os animais...

Algum teólogo se habilita a ratificar tal afirmação? Parece que estamos diante de um dom natural de polemizar para dividir, além da habilidade nata para tomar proveito e reunir em torno de si a máxima soma dessa divisão.

O Sr. DeRose, por trás de um aparente purismo, ao gerar controvérsias em torno da correta acentuação das palavras em sânscrito, figurando ele próprio como a erudita fonte dessa distinção, executa a manobra de tentar separar o seu meio entre cultos e incultos, desacreditando o conhecimento dos seus concorrentes e desafetos. Por outro lado, não demonstra cerimônia nem escrúpulos para adotar, segundo sua conveniência, conceitos que não são de origem indiana como “egrégora” ou usar o simbolismo templário para compor sua bandeira. De igual modo, o texto acima não demonstra a menor preocupação em torcer fundamentos bíblicos para embasar seus argumentos pró-vegetarianismo.

Falando de homens mergulhados num primitivismo tribal, já foi um tremendo avanço que a lei de Moisés os proibissem de se matar entre si. No Antigo Testamento, os animais eram abatidos tanto para consumo quanto para sacrifício e ainda que existam algumas restrições alimentares, não há proibição ordenada por Deus. Já o Cristianismo tem fundamento na vida de Jesus, sua passagem pelo mundo, ensinamentos e sacrifício. Onde está escrito que Jesus era vegetariano? Jesus multiplicou pães e peixes, não pães e berinjelas!

“E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; O que ele tomou, e comeu diante deles.”
Lucas 24: 41,42,43


Para concluir esse assunto, lembramos:

11 O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem. 17 Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? 18 Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. 19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
Mateus 15


O leitor pode continuar desacreditando na relação de patrocínio do Yoga pelos interesses maçônicos; desprezar o sincretismo entre Shiva e o diabo; prosseguir na entonação de mantras indianos como se fossem sons vocálicos inocentes; mas, principalmente, no que diz respeito à veneração dos que se dizem “mestres”, subsiste a incompatibilidade com os princípios do Evangelho, na palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo:

8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 O maior dentre vós será vosso servo. 12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. 13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mateus 23


O texto acima é extremamente claro. A ninguém um verdadeiro cristão chamará de mestre, pois o nosso único Mestre é o Cristo! Tampouco se envolverá com técnicas cujo objetivo é levantar uma suspeita serpente adormecida na base da coluna vertebral. Não importa se tal expressão é dita como uma figura de linguagem para referenciar uma energia orgânica que deva irromper pelos centros psíquicos, visando propiciar uma suposta hiperconsciência.

Dentro do padrão recorrente de misturar mentiras e verdades, há que se reconhecer, entretanto, o valor da temperança na administração do impulso sexual. O apóstolo Paulo pregava a virtude pela castidade ou pelo casamento. De modo que não convém ao homem e a mulher, perderem-se nas perturbações eróticas e facilidades sexuais dos nossos tempos. Mas, a despeito dos apelos de vários métodos de meditação, não é o vazio da mente que conduz ao sentimento de paz, mas a plenitude de Deus em nossos corações. Assim como um cálice é preenchido de baixo para cima, embora o seu conteúdo se precipite de cima para baixo, subindo gradativamente até transbordar, devemos nos tornar receptáculos da Fonte Eterna que é o Deus Pai Todo Poderoso. Devemos estar cheios do Espírito Santo que emana do Altíssimo, ao invés de sermos escalados por uma serpente até o topo de nossas cabeças, onde o Reinado de Cristo é a única coroa.

A serpente é um antigo símbolo de tudo aquilo que deve ser evitado pelo cristão. Nós nos enlevamos pela graça do Espírito Santo que não emerge dos esgotos corporais, de comportamentos libidinosos, nem de libertinagens enganosamente camufladas por falsos apelos de libertação sexual. O Espírito Santo se manifesta unicamente pela graça do Deus Único e não pela submissão a uma hierarquia que entroniza Satã como o portador da luz para a humanidade.

Graça e Paz a todos os leitores!

Fonte:[Tv Espiritual Online]

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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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