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6 de jan. de 2011

Tiramos o Diabo para Dançar


Qual é o grande negócio da nossa sociedade? Qual a grande característica dos dias atuais? O que caracteriza mesmo a base do que tem sido pregado como “evangelho” em nossos dias? A concupiscência. O mundanismo está destruindo a igreja da nossa geração.

A concupiscência reina. O tamanho, a força e a “onipresença” da indústria do entretenimento mostra o quanto a sociedade está entregue completamente a concupiscência. Quais são as ferramentas massivas da propaganda? A avareza, a glutonaria e acima de tudo os desejos sexuais – Aquilo que gostamos de chamar de cultura – aquilo que achamos poder abraçar para “ganhar” o mundo – a concupiscência é o grande negócio na nossa cultura. Como disse Andrew Kevin WalkerQuando você dança com o diabo, você não muda o diabo, o diabo muda você.

A sociedade e cultura que tanto encantam a igreja é a exata expressão da declaração de Paulo: “Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si” (Rm 1.24).

Quanto mais essa concupiscência é alimentada e encorajada, a tolerância com toda espécie de obscenidade, pornografia e outras formas podridão aumenta.

A palavra grega para concupiscência é epithumia, que simplesmente significa “desejo” – neste caso um desejo insaciável  por prazer, lucro, poder, prestígio e sexo. Na verdade podemos dizer que concupiscência é o desejo de algo que Deus proibiu – são as concupiscências da carne. A ordem de Deus a seus filhos é estarem em guerra – somos chamados a nos “abster das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11).

Olhe a sua volta e veja o juízo de Deus contra essa geração – o julgamento de Deus é “...Deus os entregou... à imundícia” (Rm 1.24). A palavra entregou usada aqui é usada algumas vezes para indicar alguém que foi enviado para a prisão ( paradidomi ) (Mc 1.14; At 8.3) – Ou seja, Paulo está falando de um ato judicial de Deus pelo qual ele retira sua mão e a consciência fica completamente calejada – Deus permite que as conseqüências do próprio pecado levem as pessoas a uma rota catastrófica – guiados pela paixão descontrolada...

E qual é a meta da igreja? Tirar o diabo para dançar. Tentar fazer o evangelho “relevante” – tentar se utilizar de uma cultura entregue a sua concupiscência para resgatá-la? Quem muda? O mundo? A sociedade? Não! Quem muda é a igreja – ao tirar o diabo para dançar não é ele que muda – Você muda!!!

A santidade nunca vai ser relevante para esta sociedade. E não há nada dela que você possa usar para promover santidade. A vida cristã, ao contrário de ser uma tentativa de encontrar pontos em comum com um mundo entregue a sua concupiscência, é uma luta. Você entra nela não por meio de estratégias que fazem o evangelho “relevante” – como se irrelevante ele fosse – Para esta sociedade o evangelho só se torna “relevante” quando suas concupiscências são introduzidas nele – ou seja, quando ele se torna uma farsa. E então esse “evangelho” passa ser parte da indústria do entretenimento, promete ajudar as pessoas a satisfazerem as concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida (sinais de status ).

Não! O evangelho verdadeiro exige que se entre por uma porta estreita e um andar diário num caminho estreito. O caminho do verdadeiro evangelho não é sequer um caminho, um ponto entre dois extremos – um ponto convergente. O caminho cristão é um caminho estreito entre dois precipícios. Ao sair dele para achar um ponto em comum com o caminho largo você despenca e cai. O evangelho envolve viver pela fé e com auto-renúncia travar uma guerra santa com um mundo hostil – nossa missão não é achar um ponto convergente, esse ponto sequer existe. Não existe nada em comum entre – satisfazer as concupiscências e viver uma vida de santidade.

Pelo contrário, a vida cristã é uma guerra árdua, pois esse mundo, essa sociedade sem Deus, não lutará com justiça ou clareza. Não aceitará cessar fogo e não assinará tratado de paz até que você esteja completamente conformado ao que ele é.

O crente não tem que tornar o evangelho “relevante” ao mundo – ele tem que vencer o mundo. Vencer o caminho do mundanismo – João nos diz: “Porque todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo...” (1 Jo 5.4,5).

A Bíblia não encoraja a tentar encontrar qualquer ponto em comum com o mundo, ela afirma: “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que  há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.15-17).

O amor ao mundo e o amor ao Pai são duas coisas incompatíveis: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.41).

Esqueça – combinar o evangelho e o mundo, encontrar um ponto de interesse mútuo, convivência pacífica, é impossível. A igreja hoje não está se tornando relevante, ela é mundana. E o mundanismo é a natureza humana sem Deus.Alguém que pertence a este mundo é controlado por interesses mundanos: a busca do prazer, lucro e status – ou seja – o ‘evangelho’ moderno. O espírito do interesse pessoal e auto-satisfação. O Homem mundano se rende ao espírito da humanidade caída – uma igreja assim é aceita pelo mundo – não porque ele tenha mudado – mas porque a ‘igreja’ mudou. Ela é ‘relevante’? – para o mundo e o diabo, sem dúvida.

Por natureza, todos nós nascemos mundanos. Pertencemos a este mundo perverso; ele é o nosso habitat natural. Por natureza todo homem tem uma mentalidade mundana que não está “sujeita a lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8.7).

Não adiante tentarmos “santificar” as concupiscências do mundo – isto é uma contradição. Portanto, vencer o mundo não significa santificar todas as coisas do mundo para Cristo. Ser o que eu era antes, fazer o que fazia antes, ter prazer no que tinha antes... só que dizer que santifiquei essas coisas a Cristo. Não temos que cristianizar as formas de prazeres que o mundo oferece. Isso não é vencer o mundo, é ser vencido por ele.

Vencer o mundo segundo a Bíblia é lutar todos os dias da nossa vida pela fé – a revelação de Deus – contra o curso de um mundo perverso e que vai, como diz Paulo em Efésios – “se corrompendo pelas concupiscências do engano”.

O problema é que a grande maioria das pessoas fariam qualquer coisa pra não ser diferentes. Preferíamos, antes, misturar-nos. Um dos maiores temores do homem é o ostracismo, ser rejeitado pelo “grupo”. A dor do ridículo é grande demais para a maioria das pessoas – não queremos suportar isso.

Há o temor de parecer tolo, temor de ser mal-interpretado e vilipendiado. Tudo o que Jesus pareceu  a este mundo – que por isso o matou. Ou seja, há um temor de se parecer com Cristo (é ridículo dizer – como alguns tentam – que a cultura de sua época o aceitou, entendeu... – nem a cultura judaica,  religiosa – e nem a cultura pagã romana depravada) – Elas se juntaram para o matar.

Nunca o Evangelho bíblico será relevante para este mundo – os que são salvos são tirados do império das trevas e transportados para o Reino do Filho do amor de Deus.
A ordem é “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2).

Esta geração escolheu não obedecer ensino tão claro.Ao invés disso, resolvemostirar o diabo para dançar. Resultado? Como era de se esperar o diabo e o mundo, que jaz no maligno, não mudaram – a ‘igreja’ mudou.

Por isso Charles Spurgeon disse: “Não posso imaginar um instrumento mais útil a satanás do que ministros mundanos.”

Não podemos tornar o evangelho relevante, podemos torná-lo falso. O evangelho é a Sabedoria de Deus! E como disse Ronald Eyre “você não pode encontrar o conhecimento, reorganizando sua ignorância” - Se já tivéssemos convencidos de nossa ignorância, sequer tentaríamos tornar o evangelho relevante.

Mas em nossa estupidez tiramos o diabo para dançar.

Deus tenha misericórdia de nós!

Soli Deo gloria!!

Josemar Bessa

Erros concernentes ao Crescimento na Graça - J. I. Packer


O Crescimento na Graça é Visível

O primeiro erro é imaginar que o crescimento na graça é sempre fácil de ser visto.

O crescimento físico, como observamos anteriormente, pode ser facilmente mensurado. Não há dificuldade alguma na verificação do peso e altura de uma pessoa. No entanto, o crescimento espiritual é um mistério no sentido teológico da palavra - uma realidade que tem, em si, mais do que podemos entender ou monitorar. Neste sentido, realidades como a Trindade, a criação, a providência, a encarnação do Filho e a nossa regeneração são mistérios. De fato, tudo que envolve a interação de Deus com o seu mundo é mistério como o definimos, e o crescimento na graça é um caso em questão.

Por meio do próprio ensino de Deus nas Escrituras, conhecemos uma boa parte de todos esses mistérios, mas é apenas o tipo de conhecimento que nos permite identificá-los, concebê-los e limitá-los. Não se trata de um conhecimento exaustivo, nem é o tipo de conhecimento que nos permite controlá-los. Por mais que conheçamos a revelação bíblica da verdade divina como um todo, os mistérios de Deus, testemunhados por essa verdade, ainda continuam sendo mistérios.

O crescimento na graça é um processo realizado pelo Espírito Santo que centra-se no coração humano, não no sentido fisiológico da palavra. O coração, como vimos, é o centro dinâmico e controlador do nosso eu. É a fonte de onde brotam nossos pensamentos e palavras, nossos desejos, decisões e ações. Podemos imaginar o estado do coração, quer do nosso ou do coração do outro, observando o que sai dele, mas não podemos inspecioná-lo diretamente para ver o que está acontecendo nele.

A Bíblia enfatiza que o coração é acessível somente para Deus. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração" (Jr 17.9,10). "Só tu, és conhecedor do coração de todos os filhos dos homens" (lRs 8.39). O que se processa no coração está além da capacidade humana de acompanhar.

Isto não significa, no entanto, que é impossível observar o momento em que se dá o crescimento espiritual. A qualidade das respostas de uma pessoa a uma crise, choque ou exigências de uma nova situação pode revelar toda sorte de coisas a seu respeito que não sabíamos antes - e uma dessas coisas pode muito bem ser a sua estatura espiritual.
Portanto, foi isso (para citar apenas um exemplo) que aconteceu com uma mulher de nome desconhecido, a quem chamamos de Sra. Manoá, cuja história lemos no capítulo 13 de Juizes. O Anjo do Senhor (Deus agindo como seu próprio mensageiro; uma pré-encarnação, ao que parece, de Deus Filho) disse-lhe que ela teria uma criança especial (Sansão), que se tornaria o libertador de Israel. O anjo deu-lhe instruções especiais sobre como se preparar para o nascimento. Quando ela contou o acontecido a Manoá, ele (ao que parece, um machista chauvinista pretensiosamente piedoso) orou para que o anjo voltasse e lhes desse outras instruções. Ele estava claramente consciente de sua posição de liderança espiritual. Do mesmo modo está claro que não confiou que a esposa tivesse entendido bem a mensagem. O mensageiro graciosamente reapareceu e repetiu as instruções. Então veio o momento traumático em que Manoá percebeu que quem os visitara fora o próprio Senhor. A ostentação deu lugar ao pânico. O homem que, até aquele momento, havia assumido sua própria superioridade espiritual perdeu completamente a pose. Ele diz para a esposa: "Certamente, morreremos, porque vimos a Deus" (Jz 13.22). Ele sabia, de modo geral, que ninguém tinha condições de ter comunhão com Deus e, portanto, entrou em desespero.

Felizmente, sua esposa, que, até aquele ponto da História, parecia ser uma pessoa muito discreta, agora surge como uma mulher sábia, que fielmente ministra ao marido algumas boas idéias sobre a fidelidade de Deus às suas próprias promessas. "Se o Senhor nos quisera matar, não aceitaria de nossas mãos o holocausto e a oferta de manjares, nem nos teria mostrado tudo isto, nem nos teria revelado tais coisas" (Jz 13.23). Como escreveu Kipling: "Se você pode manterá calma quando todos ao seu redor o estão perdendo e lhe culpando por isso (...) você será um Homem, meu filho!" Humana e espiritualmente falando, a esposa de Manoá aparece aqui como um "Homem", no sentido dado por Kipling, enquanto seu marido agia de acordo com a sua própria idéia do que seria uma mulher irracional - de fato, como uma criança com medo. Assim, a reação da Sra. Manoá ao choque revelou-a como uma mulher que vinha crescendo espiritualmente, ao contrário de seu marido, que trazia toda a sua árdua e diligente religiosidade. Os filhos de Deus não nascem com estatura, mas ganham estatura por meio do crescimento. A esposa de Manoá tem uma grande estatura nesta História.

Novamente, um momento crítico de teste pode provocar uma resposta que mostra que uma pessoa cresceu espiritualmente de um determinado modo desde a última vez que foi testada. Assim aconteceu com Abraão, a quem Deus tinha a intenção de exibir como um modelo permanente de fé (Rm 4, principalmente os versículos lie 16-25; Gl 3.6-9,14; Hb 6.13-15). A fé, que produz justificação, comunhão com Deus e herança dos benefícios prometidos, é uma questão de obediência na confiança e confiança na obediência. Deus mantém tanto a nossa confiança como a nossa obediência sob um exame constante, e, neste caso, ambas foram desafiadas ao mesmo tempo.

Deus coloca à prova a fé de Abraão ao máximo dizendo-lhe que deveria oferecer seu filho Isaque, filho da promessa de Deus e herdeiro das promessas de Deus, como sacrifício humano. Mal podemos imaginar a confusão, agonia e desespero na mente de Abraão enquanto subia o Monte Moriá com Isaque ao seu lado e a faca à mão. Contudo, Abraão passou no teste de uma maneira magnífica, de modo que, no último minuto, quando o anjo do Senhor (novamente Deus agindo como seu próprio mensageiro) interveio na metade do sacrifício, ele pôde dizer: "Pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho" (Gn 22.12).

Três décadas antes, no entanto, a História tinha sido bem diferente. Tendo re-cebido a promessa de um filho aos setenta e cinco anos, Abraão, agora com oitenta e seis anos torna-se pai de Ismael, filho que teve com Hagar, obviamente crendo, juntamente com Sara, que não havia esperança desta última ficar grávida - o que Deus havia dito há onze anos (Gn 16). Esta foi uma atitude clara de falta de fé.

O que, então, acontecera durante os anos entre o nascimento de Ismael e o sacrifício de Isaque? Em resumo, Abraão tinha crescido. Quando, treze anos após o nascimento de Ismael, Deus renovou a promessa de um filho a Abraão e Sara (Gn 17.15-19), Abraão tornou-se um homem diferente. Desta vez ele con¬fiou totalmente na palavra de Deus. Paulo fala com eloqüência sobre o modo como "sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera" (Rm 4.19-21). Durante aquele período de treze anos, Abraão cresceu na fé.

Sem dúvida, foi a lembrança do nascimento miraculoso de Isaque que sustentou Abraão no Monte Moriá, de modo que foi possível dizer: "Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" (Hb 11.17-19).

As ações de Abraão sob sucessivos testes revelam seu crescimento na graça específica da fé. De igual modo, o contraste entre a vergonhosa covardia de Pedro ao negar Jesus e sua ousadia desafiante, mais tarde, ao recusar deixar de falar do mestre (Mt 26.69-75; também At 4.13-20,29; 5.17-32) mostra seu crescimento após o Pentecostes, na graça específica da intrepidez (o que, segundo J. C. Ryle, é "a fé honestamente cumprindo o seu papel"3).

A obra de Deus no íntimo do cristão, que induz ao crescimento, permanece oculta de nós, mas os momentos de teste provocam respostas que mostram que o crescimento é um fato. Isto, no entanto, é tudo o que pode ser dito sobre o acompanhamento do processo de crescimento. Ele realmente não nos leva muito longe. Os momentos de pressão e decisão tirarão das pessoas o que está dentro delas em termos espirituais, bem como em outros aspectos. Mas, em outras ocasiões, seu crescimento na graça, a intensidade de seu zelo e seus dons e potenciais para o ministério, que normalmente se desenvolvem a partir de seu crescimento na graça e de sua intensidade no zelo, são difíceis de serem vistos. É um erro esperar o contrário. Nossos julgamentos quanto a quem cresceu e não cresceu na graça e a medida desse crescimento naqueles que, portanto, cresceram só podem ser provisórios. Todos esses julgamentos são perigosos e podem facilmente ser falsificados pela próxima seqüência de eventos, de modo que seria realmente melhor e mais inteligente não fazê-los.

O Crescimento na Graça é Uniforme

Um segundo erro é pensar que o crescimento na graça é sempre um processo uniforme, seja ele mesmo durante os estágios da vida de um cristão, ou seja em comparação ao que Deus está fazendo na vida de outros. O crescimento na graça não é, em nenhum sentido, uniforme.

Este erro está ligado ao primeiro que acabamos de ver, mas eu o trato separadamente porque é muito comum e fácil de ocorrer. A superficialidade nos trai. Entendemos o crescimento físico como um processo contínuo, e o mesmo com relação a todos os seres humanos. Então, em termos simplistas, projetamos estas idéias no campo da graça. Entretanto, a verdade é que, como o crescimento físico é, de alguma maneira, irregular, e as pessoas, muito diferentes umas das outras, assim também as mudanças e desenvolvimentos em indivíduos que fazem parte do crescimento em santidade, variam de uma pessoa para outra em velocidade, grau e no que poderíamos chamar de proporção interna.

Simão, um homem brusco, impetuoso, bom, irracional e instável, passou pela experiência do Pentecostes e, repentinamente, tornou-se uma pessoa lúcida, firme, resoluta, perspicaz e o primeiro braço direito da igreja - Cefas, a rocha que Jesus disse que seria (Jo 1.42). João, veemente, rude e cabeça quente, a quem Jesus apelidou de Filho do Trovão (Mc 3.17; por sua rudeza, veja Lc 9.49,54), também passou pelo Pentecostes. No entanto, não existe indicação da mesma rapidez no processo que o mudou de uma pessoa com qualidades antagônicas que queria o "preto no branco", que era "a favor ou contra", no apóstolo amoroso, de simplicidade profunda e paciente moderação, conforme vemos em suas cartas. Mas, se Simão foi rapidamente transformado, e João, lentamente, o que isto quer dizer? Eles eram homens diferentes. A graça santificadora operou diferentemente neles, maximizando sua individualidade (Deus gosta da diversidade; a clonagem não é o método que usa) e dando proeminência, no produto desenvolvido às diferentes facetas da gloriosa semelhança de Cristo, a qual nenhuma pessoa, nem um apóstolo, pode encarnar em sua totalidade.

A qualidade precisa da mudança envolvida no crescimento de uma pessoa na graça é sempre condicionada pela sua constituição natural. É fácil subestimar as realizações do Espírito Santo na vida daqueles que, além da oposição a Deus e a divinização de si mesmos, que são as marcas do pecado original, sofrem com temperamentos e caráter problemáticos. O grupo de personagens temerosos, intimados, e memoráveis depressores, listados no livro O Peregrino, de Bunyan, que continuavam lutando como cristãos, embora se achassem atormentados pelo sentimento terrível de que jamais alcançariam o céu, reflete uma obra da graça mais profunda do que a uma fé e uma estabilidade mais firme de uma pessoa igualmente natural.

A moderação parcial do temperamento furioso de algum colérico, ou o degelo parcial da frieza emocional de algum fleumático, ou a cura parcial da precipitação irresponsável de algum sangüíneo, ou a libertação parcial de algum melancólico de sua obsessão paralisante do desespero, pode muito bem indicar uma medida maior do crescimento na graça - crescimento na graça por meio da graça de Deus em Cristo, como a estamos analisando agora - do que a que se acha nos santos mais realistas, energéticos, corajosos e amigáveis que nunca têm de conviver com estes defeitos particulares em si mesmos. Ter de lutar contra o seu temperamento na busca das virtudes cristãs pode levá-lo a sentir que seu progresso é muito mais lento do que o dos outros, mas talvez não seja assim.

Cristo nos encontra em lugares diferentes em termos de nosso caráter e história pessoal, e ele atua em nós pelo seu Espírito no lugar onde nos encontra. Embora um de nós possa ter certas qualidades naturais que o outro não tem, todos nós somos, no sentido mais profundo, como navios espirituais arrebentados, necessitando de uma operação salvadora divina direcionada para os aspectos específicos de nossa condição. Portanto, não é de admirar se a obra de santificação de Deus, que produz saúde e crescimento, for detalhadamente diferente em termos de forma, e parecer avançar em diferentes velocidades, na vida de pessoas diferentes.

Uma vez que grande parte desta obra, nos outros e em nós mesmos, acontece no coração, abaixo do nível da consciência, nunca podemos medir a sua extensão atual ou até onde ela pode chegar, em qualquer caso. Qualquer comparação que façamos entre o seu progresso em uma ou outra pessoa é marcada pela ignorância e falácia, assim é melhor que aprendamos a não fazer essa comparação. As únicas generalizações seguras que podemos fazer são:


        a semelhança moral e espiritual com Cristo é o alvo em todos os casos;

        todos os cristãos podem testificar que o conhecimento de Deus por meio de Cristo os capacita agora a viver e agir de maneiras que estavam simplesmente além de sua capacidade natural;

        um cristão professo, que não pode dar esse testemunho, dificilmente pode ser genuíno e, certamente, não está crescendo na graça.

O Crescimento na Graça é Automático

Um terceiro erro que cometemos é pensar que o crescimento na graça é automático, no caso de a pessoa ser um profissional religioso, quer seja um ministro, missionário, obreiro em período integral, evangelista na televisão, frade ou freira. Na verdade, o crescimento na graça nunca é automático. Ser um profissional cristão torna as coisas ainda mais difíceis nesta área do crescimento espiritual.

Por quê? A razão é que, uma vez que espera-se, como podemos dizer, que o profissional seja atuante - no cumprimento de funções, e nada mais - a tentação de assumir uma forma adequada para desempenhar uma função com o uso de uma máscara, na qual sua personalidade fica oculta, é muito grande. A identidade profissional, então, consome a identidade pessoal, de modo que esse profissional não se relaciona intimamente com ninguém, nem com o povo nem com Deus. Ele se torna uma pessoa solitária. E para piorar ainda mais, uma vez que a vida é formada de relacionamentos, e atrás de sua máscara ele se distanciou dos outros, a tendência é que venha a diminuir e não crescer como pessoa. E ninguém pode crescer na graça se estiver afundando no geral.

Quando minha esposa costumava me dizer: "Não quero seu ministério, quero você", ela estava me dizendo que temia que esta tentação estivesse me dominando. Quando Peter Sellers, aquele extraordinário ator de cinema já falecido, recusou um convite para ser filmado lendo a Bíblia, a razão que deu foi a de que você só pode ler a Bíblia convincentemente se souber quem você é - e ele não sabia quem ele era. Todos os cristãos precisam da ajuda de Deus para descobrir quem são e viver com ele e com suas próprias particularidades humanas de forma honesta, íntegra e sensível. Contudo, os profissionais cristãos precisam muito desta ajuda.

O Crescimento na Graça é Proteção

Um quarto erro é pensar que o crescimento na graça protege uma pessoa das marcas, dores epressões de sua vida cristã. A idéia que persiste é a de que o crescimento na graça traz um tipo de paz interior que protege emocionalmente uma pessoa de ser afetada da maneira que os outros são. Mas, de fato, ele faz exatamente o contrário.

Existem, na verdade, estados mentais nos quais as pessoas se tornam insensíveis, de qualquer forma, aos sentimentos de dor e tristeza pessoal. Existem os estados mentais de absorção de si mesmo nos quais as pessoas se tornam insensíveis ao que acontece ao seu redor, de modo que não se comovem com a miséria dos outros. Mas não existe nada da graça de Deus que sustente esses estados mentais, mesmo quando o escapismo e a dureza de coração que eles expressam têm roupagem religiosa.

A verdade pode ser dita de duas maneiras. Primeiro, os cristãos não estão mais isentos de passar pelas marcas, dores e pressões do que estiveram Paulo e Jesus. (Imagine Jesus, no Getsêmani e na cruz, e Paulo, com seu espinho na carne - alguma deficiência dolorosa, não sabemos qual - e sua vida em meio a perseguições, prisões e naufrágios.) Segundo, os cristãos podem e enfrentam a dor pessoal na força divina, alegrando-se como Paulo com o modo como esse poder se aperfeiçoa em sua fraqueza (2Co 12.10). Mas, à medida que crescem na graça, eles ficam cada vez mais angustiados com as tristezas e dores dos outros (lembre-se de Jesus chorando por Jerusalém em Lc 9.41-44, e Paulo agonizando diante da descrença dos judeus emRm 9.1-4; 10.1). A compaixão gera mais tensão para os cristãos em crescimento do que para os outros homens.    . É uma verdade cada vez maior que esses cristãos em crescimento desfrutam do dom da paz dado por Deus, mas a paz em questão é relacionai:


        a paz com o próprio Deus por meio do sangue pacificador de Cristo;

        a paz com as circunstâncias, que, não importando quais sejam, Deus prometeu que contribuiriam para o nosso bem (ou seja, nosso crescimento na graça);

        a paz consigo mesmo, porque o perdão e a aceitação desses cristãos por Cristo exige que eles se perdoem e se aceitem, por mais difícil que isso possa parecer; e

        a paz com aqueles que estão ao seu redor, a quem Jesus os envia como pacificadores (Mt 5.9).

Não é a paz da tranqüilidade olímpica inexorável, obtida e mantida pela ignorância da agonia dos outros.

Os cristãos em crescimento crescem em paz, mas seu crescimento na graça quase sempre os mantêm gemendo em graça uma vez que a compaixão semelhante à de Cristo domina cada vez mais o coração desses cristãos. Deus não ensina que a vida de seus filhos neste mundo tragicamente decaído será livre de tristezas, e nós podemos dizer com convicção que os que estão livres de tristezas e dores, ainda que isso seja verdade, não estão crescendo na graça.

O Crescimento na Graça é um Refúgio

Um quinto e último erro é pensar que o crescimento na graça pode ser aprofundado mediante a fuga dos lugares duros da vida, das pesadas responsabilidades e dos relacionamentos prejudiciais. Há séculos, as pessoas trocaram a dura correria e desordem do mundo pela proteção do mosteiro na tentativa de salvar sua alma. Ainda defende-se a idéia de que este é o caminho a seguir para obter o verdadeiro desenvolvimento espiritual. Mas este não é o caso. É possível que haja boas razões pelas quais alguns cristãos deveriam escolher viver a vida em uma reclusão relativa, mas a crença de que este é o único caminho para que cresçam não é uma delas.

Uma mulher cristã de meia-idade, notável em sua profissão, vivia com os seus pais. Eles ainda a tratavam como uma garotinha, cuja primeira tarefa era cuidar

deles. Sentindo que não poderia sobreviver, para não mencionar a impossibilidade de crescer espiritualmente, naquela situação, ela planejou deixá-los. Uma ministração centrada no quinto mandamento e em Romanos 8.28 mudou seu ponto-de-vista. Ela retornou em paz para um relacionamento irritante, sabendo que aquele era o lugar onde deveria estar. Assim, ela cresceu na graça.

Os cristãos crescem na proporção em que aceitam o seu destino de tomar a cruz e negar-se a si mesmo (Lc 9.23). Diferente das orquídeas, eles não crescem como plantas de estufa. Jesus não viveu a vida de uma planta de estufa, fugindo da abrasividade da vida, e ele não planeja nenhuma fuga para os seus discípulos.

A sabedoria, então, nos direciona a tirar os olhos destas cinco luzes falsas, e procurar por uma melhor iluminação que possa revelar tudo que contém o nosso quadro de crescimento na graça.

Cristo e seus Discípulos (Sermão) - C. H. Spurgeon Postado por Charles Spurgeon / On : 13:51/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.

ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se àdireita de Deus. Eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram. Amém! - Mateus 16: 19,20

Sermão pregado na noite de domingo, 10 de junho de 1886, no Tabernáculo Metropolitano,
O versículo dezenove nos diz que o Senhor, depois que lhes falou, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Para seus discípulos foi muito conveniente que ele fosse, e partisse para um melhor lugar para ajudá-los em seu trabalho. Ele poderia examinar melhor o campo de ações desde a altura, e assim o capitão ascende ao alto. Desde seu trono podia enviar-lhes um melhor socorro, e assim o Senhor ascende a sua glória. Podia conduzi-los melhor por meio do Espírito Santo que por sua própria presença corporal, visto que estava em um melhor lugar quando  foi recebido encima no céu.
Os discípulos estavam em seu melhor lugar na terra. Nem sempre pensamos assim. Às vezes estamos ansiosos de irmos para o nosso lar celestial. Freqüentemente temos pensado em relação a um convertido que se no primeiro dia se diga dele: vejam, como ele ora! poderíamos também dizer: olhem, ele canta no céu! E isto nos lançaria em um mundo de cuidados, preocupações e desilusões. Entretanto, para a glória de Deus e para o cumprimento do propósito divino, nãémelhor que os santos sejam recebidos de imediato no céu. É melhor ler acerca deles que saindo, pregaram em todas as partesÉ melhor que Cristo esteja no alto, mas é conveniente para nós epara a glória de Deus que permaneçamos algum tempo por aqui.
Gosto de pensar que Cristo foi levado ao céu porque sua obra estava cumprida e que seus colaboradores permaneceriam na terra porque, todavia, teriam uma missão a cumprir. Se pudéssemos colocar-nos no céu, que pena seria que o fizéssemos enquanto haja uma só alma que pudesse ser salva! Penso que, se eu não levasse a Cristo o número completo de jóias que Ele tem disposto que eu traga para adornar sua coroa, eu pediria para regressar outra vez a terra, ainda que implicasse que eu estivesse fora do céu.
Ele conhece muito bem onde o podemos servir melhor; por isso, ordena que, enquanto que ele estar sentado à destra de Deus, devemos permanecer aqui, e sair a pregar por todas as partes, com a ajuda do Senhor, e confirmar a Palavra com os sinais que lhe segue, tal como o fez com seus primeiros discípulos. Vou dizer umas quantas palavras práticas sobre este fato que, em primeiro lugar, Eles trabalharam: saindo, pregaram em todas as partes. Em segundo lugar, o Senhor trabalhou com elescooperando o Senhor com elesEm terceiro lugar, os discípulos estiveram em perfeita e preciosa harmonia, pois o Senhor trabalhou confirmando a Palavra com os sinais que se seguiam; e como o escritor deste versículo tem posto Amém! ao final, diremos amém e sentiremos o Amém. Senhor, faz com que o teu poder trabalhe! Senhor, tu também trabalha. Amém! Senhor faz com que os dois trabalhos coincidam de uma maneira doce e uníssona! Amém.
I - Primeiro, então, eles trabalharam: saíram e pregaram.
Os discípulos não disseram: Bem, o Senhor tem ido para o céu, então os Eternos propósitos de Deus serãlevados a cabo, nãé possível que os desígnios do infinito amor de Deus possam falhar, mais ainda agora que Ele estar à destra de Deus. Portanto, gozemo-nos espiritualmente. Sentemo-nos em feliz possessão das bênçãos do pacto, e contentemo-nos com o contentamento de nosso coração por tudo o que Deus tem feito por nós; e pelo que Ele nos tem dado. Ele levará a cabo seus propósitos e nós somente temos que ficar quietos e ver a salvaçãde Deus! Não, irmãos, não cabiam a eles decidirem o que eles deveriam fazer. Quando foi dito a eles que permanecessem em Jerusalém, eles permaneceram em Jerusalém. Há tempos para deter-se, mas como o Senhor lhes havia ordenado ir por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura; eles  quando chegou a hora  se foram por todo o mundo e começaram a pregar por todas as partes o Evangelho que haviam aprendido aos pés de Jesus. Não nos compete; não diz respeito a nós decidir o que parece mais razoável; muito menos o que seja mais cômodo. Nós estamos para atuar como nos foi ordenado, quando foi nos ordenado, e porque é dessa forma que foi nos ordenado; pois, nós somos servos e não senhores. Nãé sábio tratar de planejar atividades nem sequer um dia, senão que devemos aceitar o sinal de quem é guia e condutor, e segui-lo em todas as coisas.
Gostaria que vocês vissem em relaçãà obra destes discípulos, que todos eles trabalharam.Saindo, pregaram em todas as partes. Talvez não todos eles pregaram de maneira formal. Alguns deles possivelmente não sentiram capazes de estar perante uma grande assembléia, mas todos pregaram realmente no sentido de proclamar, anunciar, entregar a verdade por meio de testemunhos. As mulheres eram tão boas testemunhas como os homens. Algumas delas haviam sido visto mais que os homens; elas contemplaram o Senhor ressuscitado antes, ainda que o vissem os apóstolos, e como eles podiam dar testemunhos de tal obra milagrosa que se haviam levantado de entre os mortos. O dever delas era ir e proclamar as boas novas que quem havia sido crucificado em fraqueza, foi levantado em poder e agora devia ser proclamado como o Salvador dos homens, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.Eles saíram não tão somente alguns, mas todos juntos saíram para pregar o evangelho.
Ademais, observem que esta obra dos discípulos foi agressivaEles saíram. Alguns tiveram que permanecer por um tempo em Jerusalém. As perseguições dispersaram a maior parte deles cada vez mais para bem longe. Não sabemos para onde foram todos eles. Há tradições que não são de muito valor, que indicam aonde foi cada um dos apóstolos, mas é certo que todos eles se foram a diversos lugares, começando desde um centro comum, partiram em varias direções pregando a Cristo. Eu penso que uma igreja forte é uma instituição muito valiosa, mas sempre tenho desaprovado a idéia que todos vocês se sentem aqui domingo a domingo a escutar-me; etenho falado com alguns de vocês com um propósito  tenho feito isso freqüentemente  de não os ver mais por aqui. Nem quero vê-los, porque sei que estarão servindo ao Senhor em algum outro lugar. Há alguns de nossos irmãos que somente vem aqui para a comunhão. Por quê? Porque sempre estão trabalhando por Cristo de alguma maneira ou outra. São os melhores membros que temos, e não vamos tirar seus nomes da membresia porque não estão presentes, visto que estão trabalhando em alguma missão ou tentando abrir um espaço novo para pregar, ou fazendo isto ou outra coisa para o Senhor. Que o Senhor os abençoem!
Não quero que todos vocês se vá ao mesmo tempo, mas quero que todos vocês sintam que nãé o fim em se mesmo, ainda que possa ser o começo da vida cristã, vir e ouvir sermões. Mas difundam tão amplamente como puderem a bênção que vocês têm obtido; no momento em que vocês encontraram a luz, e se dão conta que o mundo está na escuridão, corram com sua lanterna, e apresente-a a alguém mais. Estão contentes com a luz? Mas, se Deus lhes dá uma vela, e tudo o que fazem é esconder-se no quarto, sentar-se, e dizer: doce luz! Doce luz! Eu tenho a luz enquanto que todo o mundo estar nas trevas, para nada há proveito. Mas se você vai a outros e diz: não terei menos luz porque lhes dou algo dela. Por este meio, Deus o Espírito Santo, verterásobre ti novos raios de luz, e tu brilharás de uma maneira cada vez mais brilhante até o dia perfeito.
E eles saindo, oh! Que as igrejas de algumas pessoas que conheço fossem consumidas pelo fogo! Talvez metam-se em algum buraco numa rua qualquer perdida dos últimos cem anos. São boas almas e assim o devem ser, pois já devem haver amadurecido depois de tanto tempo; mas se tão somente saíssem à luz, haveriam de fazer um bem muito maior que neste momento. Oh! Mas háum ancião diácono a quem não lhe agrada sair a pregar na rua! O conheço muito bem. Vocês, porém, saiam às ruas, e dêem a conhecer a Cristo de uma maneira ou de outra. Oh! Derribem todas as barreiras e que acabem com toda restrição que esconda o Evangelho bendito! Talvez, devamos respeitar um pouco os sentimentos destes velhos crentes, mas não ao ponto que permitamos que morram as almas; devemos buscar atrair os pecadores a Jesus independentemente se ofendermos, desta forma, alguns homens ou que lhes agrademos.
Então, observem, queridos amigos, que estes discípulos se puseram em marcha prontamente. Porque ainda quando não há uma só palavra aqui enquanto ao tempo, estáimplícito que, tão logo chegou a hora, e o Espírito Santo havia descido de Cristo, e permanecido nos discípulos, saíram, e pregaram a Palavra de Deus em todas as partes. Ah, com demasiada freqüência, se diz: nós vamos fazer algo! Se tão somente uma décima parte do que falamos que vamos fazer, e deveras fizéssemos aquilo, quanto não se poderia ganhar! Eles não falaram acerca de ir, mas saíram. Não esperaram para receber ordens dos outros apóstolos acerca de onde deviam ir, mas assim que a providência guiou a cada um deles, e cada homem seguiu seu próprio caminho, pregando o Evangelho de Jesus Cristo. Vocês crêem no Evangelho; crêem que os homens estão perecendo por falta de conhecimento acerca de Jesus. Portanto, lhes rogo, não se detenham a considerar a questão; não esperem a deliberar por mais tempo. A melhor maneira de difundir o Evangelho é difundir o Evangelho! Creio que a melhor maneira de defender o Evangelho é espalhando-o, difundindo-o por todas as partes. Outro dia, me dirigir a um grupo deestudantes quando falava acerca dos livros de apologia do Evangelho, os quais agora são tão numerosos, pois muitos homens instruídos estão defendendo o Evangelho, e sem dúvida alguma isto é adequado e justo. Entretanto, observo que, quando começa surgir mais livros desse tipo; éporque o Evangelho não está sendo pregado. Suponhamos que um número de pessoas se lhes metesse na cabeça defender um leão, um adulto rei dos animais. Ali estar ele na jaula, e aqui chegam todos os soldados do exército para lutar com ele. Bem, eu sugeria a vocês, se não tivessem objeção, e não sentissem que é humilhante para o leão, que, gentilmente refletissem e simplesmente abrissem a porta da jaula, e deixasse sair o leão. Creio que essa seria a melhormaneira de defendê-lo, porque ele mesmo se auto defenderia. A melhor apologia do Evangelhoé deixá-lo sair. Não se preocupem por defender o livro de Deuteronômio ou todo o Pentateuco. Preguem Jesus Cristo e este crucificado. Deixem sair o Leão e observe quem se atreveria a se aproximar. O Leão da tribo de Judá de pronto afugentará seus adversários. Assim, foi como os primeiros discípulos de Cristo atuaram; isto é, pregaram a Jesus Cristo aonde iam; não se demoravam refletindo para fazer apologias, mas sim que audazmente davam testemunho concernente a Cristo.
Notem, uma vez mais, que eles serviam ao Senhor obedient emente. Suponhamos que houvesse ido e que houvesse tido serviço de canto. Suponhamos que houvesse ido, e que houvesse tido uma reunião que fosse em parte um espetáculo, com tão somente um pouco de moral apressadamente no final da seção. Estaríamos na escuridão do paganismo até o dia de hoje. Não há nada que seja realmente de utilidade para difundirmos o Evangelho senão a pregação. Por pregação quero dizer, como já deixei claro , que não significa necessariamente deparar-se em frente de um púlpito e entregar um discurso estabelecido; mas sim falar de Cristo; falar Dele como ressuscitado dentre os mortos; como juiz de vivos e de mortos; como também o grande sacrifício de expiação, o único mediador entre Deus e os homens. Os pecadores são salvos quando se prega Jesus Cristo. agradou a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Diante de qualquer coisa que se diga sobre a pregação fora da Bíblia, vocês somente têm que voltar-se para à própria Palavra de Deus para descobrir que é uma ordenança de Deus, e ver como o Senhor converte a pregação no instrumento de salvação dos homens. Continuem com ela, meus irmãos, pois este é o canhão que sempre ganha a batalha, ainda que muitos hajam tentado silenciá-la. Tu tens imaginado todo o tipo de invenções e estratagemas, mas quando todas as suas invenções tenham tido seu dia e evidenciarão ser vãs; então, esforcem-se em proclamar o nome de Jesus e o Evangelho, e o trabalho entre os seres humanos se verá que é eficaz, quando todas as outras coisas hajam falhado. Saíram e pregaram, não se diz que saíram e proclamaram a verdade da revelação de Deus; mas no nome de Cristo insistiram em que os homens cressem nEle, e lhes deixaram claro aos seus entendimentos que se não cressem, morreriam eternamente separados de Deus por causa da incredulidade. Choraram por eles e lhes suplicaram que cressemem Jesus; e estavam plenamente convencidos de que quem cresse em Cristo, teria a vida eterna. Isto é o que toda a Igreja de Cristo deveria fazer até o fim dos dias.
Todavia, há uma frase que fica e esta é a ampla frase em todas as partes. Um de nossos grandes escritores, em uma carta mui divertida que escreveu a pessoa que lhe havia pedido uma contribuição para terminar com a dívida de uma capela, queria saber se podemos ou não pregar Cristo pelos caminhos e pelas ruas. Eu suponho que podemos e que o devemos fazer sempre que a chuva não seja muito forte. Acaso não podemos pregar Cristo na esquina de uma rua? Suponho que podemos sim pregar, e muitos de nossos amigos estarão pregando nas esquinas das nossas ruas quando terminar este serviço. Mas neste clima frio e chuvoso que temos[ Inglaterra,Londres], frequentemente necessitamos de edifícios nos quais possamos adorar a Deus, mas nunca devemos cair na idéia de limitar nossa pregação dentro de um edifício. saindo, pregaram em todas as partes. Ao senhor John Wesley, como vocês sabem, o criticaram por não se limitar a pregar em sua própria igreja, mas ele insistia que em efeito assim fazia, porque todo o mundo era a sua igreja. Todo o mundo é a igreja de cada homem. Façam o bem em todas as partes, onde quer que estejam. Se alguns de vocês têm vocação para a praia, não se vão sem uma boa quantidade de folhetos, e não vão sem buscar uma oportunidade, quando estiverem sentados na arena, de falar com a gente ali acerca de Jesus Cristo.
Nesta galeria da esquerda, se sentava um homem que nos trouxe muitas pessoas no curso dos anos, cujas conversões, debaixo da soberania de Deus, se deveram a ele e a mim. Ele não tinha nada que fazer em particular, exceto ir e sentar-se em Hyde Park, e ali falava com as damas e com os cavalheiros que chegavam e se sentavam junto a ele, e lhes dizia que ele tinha bilhetes para assentos no Tabernáculo Metropolitano, e que lhes daria, para que tivessem um lugar cômodo para ouvir a pregação. Então, depois do sermão, ele se dedicava a falar-lhes acerca de Cristo. E agora, esta igreja tem alguns membros excelentes que este amado irmão trouxe ao Salvador dessa maneira. Ele dizia: eu não posso pregar, mas posso trazer gente para que escutem o meu ministro; e peça Deus que os abençoe quando eles estiverem ouvindo o sermão.
Havia, e ainda há irmãos, membros desta igreja, que caminhavam doze milhas, a cada manhã de domingo, para escutar, aqui, o Evangelho. E caminhavam de regresso a seus lares à noite. Nesta mesma semana, vi um irmão, que sai de seu lar às oito da manhã, a cada domingo para assistir o culto. Este irmão vive muito longe daqui e começàs oito da manhã, e sempre coloca um de meus sermões em cada caixa postal das casas de um determinado distrito, quando se dirige a caminho desta igreja. Tem que fazer uma longa caminhada e no curso de um ano fez circular milhares de sermões. Que grande ideal tem encontrado para passar a manhã de domingo! Quando chega aqui, depois de haver feito esse serviço para seu Senhor, desfruta melhor o Evangelho pela obra que tem feito, trazendo-o ao conhecimento de todos. Oh! Amados irmãos, é doce pensar que Cristo épregado no asilo e na enfermaria, e recordar que o pobre e o enfermo não ficam sem conhecer o Evangelho! Que se pregue a Cristo no mais tenebroso, obscuro bairro, na pior casa que possa haver neste bairro, e Deus sabe que não há piores casas que as que temos ao redor de nós nesta região. Oh! Que Cristo fosse pregado em todos os lados a uma, a duas pessoas ou a meia dúzia de pessoas, até que todo o distrito se sature com o bendito testemunho do Senhor Jesus Cristo! Nenhum lugar é tão bom que não necessite de ouvir acerca de Jesus Cristo ali.
II . Tenho-me tomado muito tempo nesta primeira parte: Eles trabalharam, de maneira que vamos ao segundo ponto, o qual é que O Senhor os ajudou. Esta foi a verdadeira raiz do assunto: cooperando com eles o senhor.
Meus irmãos, nãé esta uma maravilhosa condescendência? Recordem a passagem que se dizque somos trabalhadores juntamente com Deus. Nãé misericordioso e amável da parte do Senhor deixar-nos vir e trabalhar com Ele? Entretanto, penso e me parece que é maior condescendência de Deus vir e trabalhar conosco, porque nosso serviçé tão pobre, débil e imperfeito, e ainda assim lemos: Ajudando-lhes o Senhor. O Senhor ajuda essa querida irmãque, quando tomou sua classe, sente que é indigna desse serviço; da mesma forma, a esse irmão que, quando prega, pensa que não está pregando de modo algum, e se sente, se esse fosse o caso,inclinado a não intentar pregar outra vez. Oh! Sim, cooperando o Senhor com eles tal como eram: pescadores, mulheres humildes, e pessoas com esse estilo! Esta foi uma condescendência maravilhosa.
Naqueles dias, o Senhor os ajudava por meio de milagres. Esses milagres levavam as pessoas a prestarem atenção ao Evangelho e também manifestavam que Deus estava com eles, os pregadores. Algumas vezes os homens queriam provas da existência de Deus, e de sua presença em seus servos trabalhadores. Assim, pois, estes primeiros discípulos foi lhes conferido poderes miraculosos.
Ademais de tudo isso, Deus trabalhava nesse tempo maravilhosamente por meio da provi dência. Todo o mundo estava evidentemente já favorável, pronto para o advento do cristianismo. Desde o trono de Cesar até o escravo que trabalhava no moinho; todo o mundo parecia estar numa condição de preparação para o Evangelho; o estado geral da sociedade era tal que todos estavam esperando grandes trocas, e assim Deus trabalhava com os discípulos quando saiam e pregavam em todas as partes. E sobre tudo isso, o Espírito Santo estava com eles. Esse éo ponto em que, agora, vou me deter, porque isso é o que mais queremos para nós. O Espírito Santo obrou para que o que dissessem fosse divinamente poderoso. Por muito debilmente que fosse a forma que expressaram o Evangelho, segundo o juízo dos homens, havia uma força interna secreta que ia com suas pregações, que forçavam os corações dos homens a aceitar os benditos chamamentos de Deus; e, queridos amigos, creio que quando buscamos servir a Cristo, freqüentemente não nos damos conta de quanto Deus tem nos ajudado de maneira maravilhosa.
Esta semana tive um exemplo disto. Não mencionarei o lugar, mas havia um certo distrito do qual fiquei sabendo que havia uma grande necessidade do Evangelho, e que havia gente nesse distrito que era tão ignorante da via de salvação como os hotentotes(povo nômade que vivia em Namibia) e que os vários lugares de oração não influía senão em uma pequena parte da gente. Um irmão visitou o bairro por mim, e orei com todo o meu coração para que suas visitas recebessem a bênção. É uma coisa muito curiosa que, enquanto eu pensava acerca desse distrito, havia certas pessoas cristãs próximas a ele que pensavam acerca de mim e ansiavam que o Evangelho lhes fossem levado a seus habitantes; e depois que me havia ocupado tão pouco do assunto, recebi uma carta deles, dizendo-me como queriam que alguém viesse e trabalhasse para o Senhor entre eles. Disse a mim mesmo: isto é estranho, tenho conhecido este distrito por anos, e, entretanto, nunca me dei conta que alguém me quisesse a mim ou a minha mensagem; mas no momento em que comecei a me aproximar dessa gente, eles começaram a se aproximar de mim. Não sabes tu, meu irmão, se talvez tenhas uma história similar para contar. Ali estar essa rua que te comove a que vá e trabalhe. Deus tem estado ali antes que tu. Não recorda como, quando os Israelitas tinham que ir e destruir os Cananeus e o Senhor enviou os espias antes que eles? Agora, quando tens que ir a pregar aos pecadores, Deus envia antes de ti um trabalho preparatório; é seguro que ele faça assim. Quando a gente vai a um lugar de adoração para escutar o Evangelho, se um homem está empenhado em pregá-lo, Deus faz uma obra nessa gente para que esteja disposta antes de chegar, através de algo que pensaram no caminho, ou alguma enfermidade que tem tido ou alguma cena de um feito de morte que tem presenciado, ou algum movimento de consciência que se despertou, talvez antes de entrar no edifícil; Deus faz com que eles estejam dispostos para receber o Evangelho da graça de Deus.
O Senhor trabalha com nós, meus irmãos, sempre teremos uma congregação escolhida; quem quer que seja que venha; alguns vêm quando nunca pensaram em vir, mas as pessoas que devem vir, virão; e freqüentemente têm vindo com o estado de ânimo adequado, porque tem sido preparados pelo Espírito Santo para a mensagem que irão ouvir. Alguns, não vêm dessa maneira, mas Deus trabalha com o ministro enquanto está pregando. Se o ministro não toma um sermão para lê-lo e nada mais; então, ele é guiado por Deus para dizer o que deve ser dito. Disse o correto, ainda que talvez nunca lhe houvesse ocorrido na mente o que se está falando; mas se ajusta maravilhosamente, que freqüentemente, depois de um sermão, uma pessoa tem dito:alguém disse tudo acerca de mim para o pregador. Freqüentemente me tem tocado depois do serviço, na saída, que há pessoas que me perguntam: quem tem ti contado algo acerca de mim?Pessoas a quem nunca antes tinha visto, nem ouvido falar delas até aquele momento. A palavra do pregador é benção para eles porque Deus trabalha enquanto o sermão está sendo pregado e Deus lhes prepara para que recebam a verdade.
Em outros casos, Deus trabalha depois. Algumas vezes imediatamente depois, e em algumas ocasiões, anos mais tarde. Existem diferentes tipos de semente no mundo. As sementes de algumas plantas e árvores ao menos que experimentem um processo especial, não crescerão por anos. Há algo nelas que as preservam intactas por longo tempo, mas em seu devido momento brota o germe da vida. Assim há um certo tipo de homens que não capta a verdade no momento em que se prega, porém ela permanece escondida em suas almas, até que, um dia, debaixo de especiais circunstancias; recordem o que ouviram e comecem a operar a mudança em seus corações.
Queridos amigos, se trabalhamos e Deus trabalha conosco, que há que não possamos esperar? Por conseguinte, lhes afirmo que a grande necessidade de qualquer igreja que trabalha é que Deus trabalhe com ela, e que, por conseguinte, esta deve ser nossa declaração de fé diária: que necessitamos que Deus trabalhe conoscoDevemos compreender sempre que não somos nada sem a sua cooperação. Não pretendemos elogiar o Espírito Santo falando Dele somente de vez em quando, como se fosse uma coisa adequada dizer que , por suposição” que o Espírito Santo deve trabalhar. Deve ser um fato categórico para nós que o Espírito Santo nos ajuda, como o é para aquele que trabalha no moinho, cujas palhas do moinho não podem mover-se sem o vento. Então,devemos fazer o mesmo: colocar as palhas de tal maneira que sempre tenhamos a intenção de aproveitar a direção do vento desde qualquer direção que sopre, e assim também devemos ter a intenção de trabalhar de tal maneira que o Espírito Santo certamente nos abençoe. Eu creio que o Espírito Santo não abençoa invariavelmente todo serviço que se faça, ainda que seja por gente bem intencionada, porque se o fizesse assim, pareceria como se estivesse disposto a pôr seu selo a muitas coisas que não estão de acordo com a intenção do Senhor. Atuemo-nos, queridos irmãos e irmãs, de tal maneira que não haja nunca a mancha de uma pulga suja na página e nada de orgulho, nem de egoísmo, nem de exaltação, senão que façamos tudo mui humildemente, submetendo-nos esperançosamente, e sempre com um espírito cheio de graça e santidade, de modo que possamos esperar que o Espírito Santo o reconheça e o abençoe. Por suposição, isso implica que tudo deve ser feito com orações, posto que nosso Pai Celestial dará o Espírito Santo a quem o solicitar, e devemos pedir por isso, a mais grande das bênçãos; que o Espírito Santo nos ajude em nosso trabalho.
Então, pois, devemos crê no Espírito Santo e crê em sumo grau, de modo que nunca nos desmoralizemos e pensemos que algo é sumamente difícil. Há algo demasiado para o Senhor? Pode haver algo difícil para o Espírito Santo? É uma coisa grandiosa freqüentemente colocar-se em águas profundas de tal maneira que fiquemos obrigados a nadar; mas nos agrada permanecer com nossos pés tocando a terra. Que misericórdia é sentir que não podemos fazer nada, para que então confie em Deus e somente em Deus, e sentir que sempre é o mesmo perante qualquer emergência! Confiando assim e obedecendo assim suas ordens, não fracassaremos. Vem, Espírito Santo, e trabalha com todo o teu povo agora! Vem e levanta-nos para trabalharmos! E quandopossuirmos uma bendita energia, então trabalha tu conosco! Braço Eterno, que nunca se cansa, para quem nada podes ser difícil! Estenda-te para que trabalhes com a tua igreja neste momento, para o teu louvor!
III. finalmente, meu irmãos, de maneira mui breve os dois trabalhos estão em harmonia.
Na realidade, são um, se mesclam, se unem: cooperando com eles o Senhor, confirmando a Palavra com os sinais que se seguiam. Me dá um pouco de temor que algumas pessoas digam mui apressadamente: o Senhor me disse isto, o Senhor me disse aquilo. Preocupem-se para onde essa idéia os pode conduzir, pois o que Deus tem que dizer, Ele já o tem dito na Bíblia. Encontrarão que qualquer coisa que vem a vocês com poder e é realmente a sua verdade, estar aqui no livro. Agora já não recebemos novas revelações. Nos encheremos de todo tipo defanatismo e loucuras se esperarmos tais revelações. Por exemplo: um homem me encontrou ao pé da escada, e me disse que Deus lhe tinha revelado que deveria pregar aqui em algum domingo. Disse-lhe: não creio que o Senhor haja revelado nada desse tipo, e em todo caso, o Senhor não me tem revelado isso, pois sou eu quem te posso permitir pregar, e não o permitirei até que o Senhor me revele também. Não creio em revelações tendenciosas; mas há muita gente que élevada a todo tipo de extravagâncias pela idéia de que o Senhor lhes tem dito isto e aquilo. O que Ele faz nãé dar-nos uma nova Palavra, mas sim confirmar a Palavra que já nos tem dado. O Evangelho foi revelado; devemos proclamá-lo, e Deus confirmará a sua Palavra que Ele nos tem dado.
Aonde trabalhamos, Deus trabalhará juntamente conosco. Nãé como alguns dizem: Paulo pode plantar e Apolo pode regar, mas só Deus pode dar a colheita. Não há nenhum texto como esse na Bíblia, nem nada parecido. O testemunho de Paulo étenho plantado, Apolo regado; mas Deus deu a colheita. E quando plantamos e regamos, virá a colheita. Nãé Deus que está atrasado, nósé que estamos. Se tivéssemos fé como um grão de mostarda, não encontraríamos que Deus pudesse falhar com essa fé. E quando temos a fé que pode mover montanhas, não encontraremos nunca que a onipotência de Deus tem se evaporado, ou que nossa fé tem sobrepassado seu poder.
Creia nisso, meu irmão, e trabalhe com a força dessa fé. Creia nisso, minha irmã, e fale de Cristo; pois fazendo assim, não podes falhar, não falharás. Talvez, no momento, pode parecer que falhas, porém persevere. Tenhas consciência que nada podes fazer, mas permaneça esperando o tempo de Deus perseverando. Nunca se tem perdido um testemunho; nunca uma palavra de Deus tem regressado vazia a Ele. Os cálices de neve caem no mar; acaso se tem perdido? Nem um só deles, porque ajudam a alimentar as poderosas profundidades. Os chuviscos que caem no deserto, acaso se perdem ao caírem na areia do Saara? Nem uma gota deles, pois se evaporarão e se utilizarão em algum outro lugar. Vejam as nuvens, e por último, caem onde Deus o tem ordenado. Se o Senhor trabalha contigo, não podes falhar, não falharás. Tão somente segue trabalhando, confiando em Deus para que te ajude, e focalizando o Senhor para que trabalhe contigo.
Oh! Pobres pecadores, todo esse sermãé para vocês! Nosso desejo é vê-los salvos; nossa oraçãoé que possam ser levados a Cristo. Oh! Que vocês estejam tão desejosos de vir como nós estamos desejosos de conduzi-los ao Salvador; que vocês estejam desejosos de vir como Deus está desejoso de recebê-los. Venham e provêm-no agora, e vocês o louvarão para sempre. Amém!

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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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