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29 de dez. de 2010

A Doutrina Da Adoção. O Que Significa Ser Filho De Deus - Pr. Rupert Teixeira


Jonas, o Fugitivo


Estudo sobre o livro de Rute - John Piper (parte 1)


A Obra de Deus em momentos difíceis


De acordo com 1:1, a história teve lugar durante o tempo dos juízes. Este foi um período de 400 anos depois que Israel entrou na terra prometida sob liderança de Josué e não havia nenhum rei em Israel (cerca BC 1500-1100 AC). O livro de Juízes vem um pouco antes de Rute em nossas Bíblias e você pode ver em seu último versículo que tipo de período era. Juízes 21:25 diz: "Naqueles dias não havia rei em Israel, cada um fazia o que era reto aos seus próprios olhos." Esse era um tempo muito escuro em Israel. As pessoas pecavam, e Deus mandava inimigos contra eles, o povo pedia socorro, e Deus misericordiosamente levantava um juiz para libertá-los. Novamente e novamente o povo se rebelou, e parecia que os propósitos de Deus para a justiça e glória de Israel estavam falhando. E o que o livro de Rute significa para nós é um vislumbre do trabalho oculto de Deus durante o pior dos tempos.

Olhe para o último versículo de Rute (4:22). A criança nascida de Rute e Boaz durante o período dos juízes é Obede. Obede iria gerar Jesse e Jesse iria gerar Davi, que levaria Israel a grande glória. Uma das principais mensagens deste pequeno livro é que Deus está trabalhando no pior dos tempos. Mesmo com os pecados de seu povo Ele pode e tem trabalhado para sua glória. É verdade, a nível nacional, e vamos ver que é verdade a nível pessoal, familiar, também. Deus está trabalhando no pior dos tempos. Quando você pensa que Ele está distante de você, ou até se voltou contra você, a verdade é que Ele está criando alicerces para a maior felicidade em sua vida.

“Não julgue o Senhor com débil entendimento mas a confie na Sua graça. Atrás de uma providência carrancuda Ele esconde uma face sorridente.” Acho que essa é a mensagem de Rute. Vamos ver como o autor desconhecido, sob a inspiração do Espírito Santo, ensina-nos.

Adicionando Luto à Fome

Os versículos 1-5 descrevem a miséria de Noemi. Primeiro (1:1), há uma fome em Judá onde Noemi e seu marido Elimeleque e seus filhos Malom e Quiliom vivem. Noemi sabe muito bem que provoca a fome. Deus provoca. Levítico 26:3-4 diz:

“Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, então eu vos darei as chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua colheita, e a árvore do campo dará o seu fruto;”



Quando as chuvas são retidas, é a mão dura de Deus. Então, eles tomam a decisão de ir habitar em Moabe, uma terra pagã com deuses estrangeiros (1:15; Juízes 10:6). Isso foi brincar com o fogo. Deus tinha chamado seu povo para que vivam separados das terras vizinhas. Então, quando o marido de Noemi morre (1:13), o que ela poderia sentir além do juízo de Deus?  Além disso acrescentou tristeza à fome?

Então (em 1:04), seus dois filhos, tomam mulheres moabitas, uma chamada Orfa, e outra Rute. E mais uma vez a mão de Deus cai sobre eles. Versículo 5 resume a tragédia de Noemi após dez anos do casamento de filhos: " E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido." A fome, uma mudança para Moab, a morte de seu marido, o casamento de seus filhos com esposas estrangeiras, e a morte de seus filhos. Um golpe após outro golpe, tragédia atrás de tragédia. E agora?

Tentativas de Noemi de devolver Rute e Orfa

No versículo 6 Noemi fica sabendo que "o Senhor visitou o seu povo e deu-lhes comida." Então, ela decide voltar para Judá. Suas duas noras, Rute e Orfa, vão com ela parte do caminho pelo que parece, mas, em seguida, nos versos 08-13 ela tenta convencê-las a voltar para casa. Eu acho que existem três razões pelas quais o escritor dedica muito espaço ao esforço de Noemi para devolver Rute e Orfa.

Miséria de Noemi

Primeiro, a cena destaca a miséria de Noemi. Por exemplo verso 11, Noemi disse: “Voltai, minhas filhas. Por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos sejam por maridos? Voltai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido;" Em outras palavras, Noemi não tem nada para lhes oferecer. Sua condição é pior que a delas. Se elas tentarem ser fieis a ela e ao nome de seus maridos, elas encontraram nada além de dor. Assim, ela conclui no final do versículo 13: " Não, filhas minhas, que mais amargo me é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim." Não venha comigo, porque Deus é contra mim. Sua vida pode ser tão amarga quanto a minha.



Um costume israelita

A segunda razão para os versículos 8-13 é preparar-nos para um costume em Israel que vai transformar tudo em torno de Noemi nos seguintes capítulos. O costume era que quando o marido israelita morresse seu irmão ou parente próximo se casaria com a viúva para continuar o nome do falecido (Deuteronômio 25:5-10). Noemi está se referindo a esse costume (no versículo 11) quando ela diz que não tem filhos para se casar com Rute e Orfa. Ela acha que é impossível para Rute e Orfa continuem empenhadas ao nome da família. Ela não se lembra, evidentemente, que há outro parente chamado Boaz que possa executar o dever de um irmão.

Há uma lição aqui. Quando decidimos que Deus é contra nós, geralmente exageram o nosso desespero. Tornamo-nos tão amargos que não podemos ver o raios de luz espreitando ao redor das nuvens. Foi Deus quem acabou com a fome e abriu o caminho de volta para casa (1:6). Foi Deus quem preservou um parente para continuar a linha de Noemi (2:20). E foi Deus que constrangeu Rute a ficar com Noemi. Mas Noemi está tão amargurada pela providência de Deus, que ela não consegue ver sua misericórdia e trabalho em sua vida.

A fidelidade de Rute

A terceira razão para os versículos 8-13 é fazer com que a fidelidade de Rute a Noemi parecer surpreendente. O versículo 14 diz que Orfa beijou Noemi e se foi, mas Rute se agarrou a ela. Nem mesmo outra súplica outra no verso 15 pode mandar Rute embora. Este é o mais impressionante após a descrição sombria da Noemi a respeito de seu futuro. Rute fica com ela, apesar de aparentemente não ter esperança para o futuro. Noemi pintou o futuro preto e Rute pegou sua mão e foi junto com ela.

As palavras surpreendentes de Rute são encontradas em 1:16-17,

Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.


Mulher Ideal de Deus


Quanto mais você refletir sobre essas palavras, o mais surpreendente se tornam. O compromisso de Rute com a sua sogra indigente é simplesmente surpreendente. Em primeiro lugar, isso significa deixar sua família e sua terra. Em segundo lugar, isso significa também uma vida de viuvez e sem filhos, porque Noemi não tem homem para dar. Em terceiro lugar, significa ir para uma terra desconhecida, com um novo povo e novos costumes e língua. Em quarto lugar, era um compromisso ainda mais radical do que o casamento: "Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada” (v. 17). Em outras palavras, ela nunca vai voltar para casa, mesmo que Noemi morra. Mas o compromisso mais impressionante de tudo é este: "O teu Deus será meu Deus" (V. 16). Noemi acaba de dizer no versículo 13, "A mão do Senhor foi contra mim." Então a experiência de Noemi com Deus foi amarga. Mas, apesar disso, Rute abandona sua herança religiosa e toma o Deus de Israel como seu Deus. 


Talvez ela tivesse feito esse compromisso anos antes, quando seu marido lhe disse do grande amor de Deus por Israel e seu poder no Mar Vermelho, e seu propósito glorioso de paz e justiça. De alguma forma Rute veio a confiar em Deus, apesar da amarga experiência de Noemi.


Aqui temos uma imagem de mulher ideal de Deus. Fé em Deus que vê além de circunstâncias amargas. Liberdade das seguranças e confortos do mundo. Coragem para se aventurar no desconhecido e no estranho. Compromisso radical nas relações designadas por Deus. 

Um Velho Salmo para um Novo Ano


Por Hermes C. Fernandes

Se o Senhor for o teu pastor...

Não te faltará descanso... Pois Ele te fará deitar em verdes pastos!

Interessante notar que o salmista coloca o descanso como um ítem prioritário. A Lei Mosaica estabelecia que o dia de descanso era o último da semana (Sabath). Primeiro vinha o trabalho, depois o respouso. Davi inverte isso propositadamente. Como que por uma inspiracão profética, antevendo a Era da Graça, quando o descanso viria em primeiro lugar. Não foi em vão que os cristãos primitivos elegeram o domingo, o primeiro dia da semana, como o Dia do Descanso, o sabath cristão. Não se trata de mero ócio, mas de uma postura espiritual, onde se cultiva a total dependência da graça divina, em vez de creditar nossas realizações aos esforços pessoais. Isaías, o profeta da Era Messiânica, diz: "Em vos converterdes e em repousardes está a vossa salvação, no sossego e na confiança está a vossa força"(Is.30:15).

Porém, este descanso se dá quando somos levados aos pastos verdejantes. Atentemos para o fato de que Davi está desenvolvendo uma analogia, onde Deus é o pastor, e nós Suas ovelhas. As ovelhas costumam descansar no mesmo lugar onde se alimentam. Elas literalmente se deitam sobre a comida. Elas não aceitam capim arrancado pelo pastor, quer estejam ainda verdes, ou já secos. Elas se alimentam do capim extraído diretamente do solo, com raiz e tudo. Assim também, só encontraremos descanso quando bem alimentados com a Palavra da Vida. Como disse Jesus:"Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus".Temos, portanto, que examinar a procedência daquilo com que temos alimentado a nossa alma. Não podemos deixar que ninguém rumine por nós. Temos que extrair nosso alimento diretamente do solo. E para isso, devemos nos debruçar sobre as Escrituras, na dependência do Espírito Santo. Não significa que não necessitemos de orientação espiritual. Isso é indispensável, como veremos a seguir. O papel dos líderes/mentores é tão somente expor o alimento, a verdade, mas deixar que a ovelha pense por si mesma.

Para comprovar a qualidade do alimento espiritual, basta verificar se o que ele produz é descanso, crescimento, maturidade, ou rebeldia, revolta e imaturidade. Somos aquilo que comemos!

Se o Senhor for o teu pastor...

Não te faltará tranqüilidade... Pois Ele te guiará às águas tranqüilas e refrigerará a tua alma, te fazendo recobrar as forças e o ânimo. Ele não nos mete em canoa furada! Não nos leva às águas turbulentas, tempestivas, mas às águas da serenidade. Ninguém suporta viver sob pressão o tempo inteiro. Precisamos de refrigério que só as águas do Espírito Santo podem nos proporcionar. Aos que vivem sob a égide do estresse, Jesus convida: "Vinde a mim os que estais cansados, sobrecarregados, eu vos aliviarei".

Não te faltará retidão de caráter e decisões acertadas. Ele te guiará pelas veredas da justiça por amor ao Seu nome. Que teu propósito para o novo ano seja errar menos e acertar mais. E para isso, não faça nada sem antes consultá-lo em oração. Ele te guiará os pés pelas sendas da ética e da justiça. Lembre-se, para Ele, o que vale não é o que "dá certo", e sim o que "é certo". Submeta todas as suas decisões ao escrutíneo da Lei Suprema do Amor. E que assim, tua vida renda louvores ao nome de Deus, em vez de escândalos e vergonha. Que façamos jus ao título de "cristãos".

Também não te faltará momentos sombrios e perigosos... Mas ainda que tu enfrentes a possibilidade da morte repentina, não terás medo, porque Deus está contigo. E em face às ameaças, o Bom Pastor sairá em tua defesa com Sua vara. E se porventura caíres, Ele te socorrerá com Seu cajado. O cajado é uma haste cumprida, em cuja ponta há uma curvatura desenhada anatomicamente para socorrer a ovelha quando houver caído em algum precipício.

Tampouco te faltará disciplina e correção, pois a mesma vara usada para afugentar os lobos, é usada para disciplinar a ovelha rebelde para mantê-la no caminho certo. Jamais te esqueças que Deus disciplina àqueles que ama (Hb.12:6). E a disciplina aplicada por Deus é sempre motivada pelo amor. Deus jamais tem raiva dos Seus filhos! Ao discipliná-los, Deus simplesmente permite a eles colherem o que semearam. Portanto, sejamos mais responsáveis e menos inconseqüentes.

Não te faltará inimigos... Isso mesmo... INIMIGOS! Eles ajudam a compor o cenário de tua vida e enriquecem tua biografia. Não te faltará nem inimigos declarados, nem inimigos disfarçados de amigos. Não faltará traições, conspirações, falsidade. Porém Deus te praparará um banquete na presença de todos eles. E sabe pra quê? Pra que tu compartilhes com eles o teu pão. Lembre-te: Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber (Rm.12:20). E desta forma, cumpre-se o que está escrito: "Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele" (Pv.16:7). E não duvide de que Ele é capaz de transformar inimigos em amigos leais pra toda a vida.

Não faltará unção sobre ti, nem vinho em teu cálice. Teus inimigos e amigos serão testemunhas de quando Deus te ungir a cabeça com óleo, e fizer teu cálice transbordar. Sabedoria e alegria te arrebatarão. Sabedoria pra discernir cada novo momento de tua vida e alegria e entusiasmo para superar os momentos difíceis, e desfrutar os momentos de realização.

Estejas certo que a bondade e o amor de Deus estarão em teu encalço todos os dias de 2011, e pelo resto de tua vida. E estejas onde estiveres, o Senhor será a tua habitação para sempre.


* Reflexões baseadas no Salmo 23

Deus fala. Deus concede – É questão de fidelidade de nossa parte




Dois princípios abordaremos neste artigo.
Primeiro. Deus fala conosco à medida que lhe obedecemos.
Quanto mais estudo a Bíblia mais conheço os caminhos de Deus. Estava refletindo como eu reagiria se Deus falasse comigo como falou com alguns de seus profetas. Porque Deus lhes falava por etapas. Veja só.
Imagine a reação de Abraão, quando um “deus desconhecido” lhe aparece e diz: Deixa teus parentes aí e vá pra uma terra que te mostrarei! Ainda bem que a Abraão só restava duas opções. Seguir pro leste e dar no atual Irã, Afeganistão, Paquistão e n norte da Índia ou subir pelo crescente fértil dos rios Tigre e Eufrates, onde a civilização efervescia. Esta era a rota das caravanas! E ele obedeceu!
A Jeremias Deus pede que ele compre um cinto de linho e que o use sem lavar. Jeremias diz: “Comprei o cinto”, segundo a palavra do Senhor. E, então, “pela segunda vez” veio a palavra do Senhor a Jeremias. “Vai ao Eufrates e esconde-o ali na fenda de uma rocha”. Jeremias fez uma longa viagem de Jerusalém até o rio Eufrates – você já viu a distância no mapa? São centenas de quilômetros. Alguns comentaristas chegam a acreditar que Jeremias não iria tão longe e que haveria algum ribeiro próximo com esse nome. Jeremias vai até lá, regressa e só “passados muitos dias”, o Senhor o mandou voltar ao Eufrates para buscar o cinto que ele deixara na fenda da rocha junto ao rio. “Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido e para nada prestava” (Jr 13.7).
Só então o Senhor disse a Jeremias o sentido daquilo tudo.
Estou quase certo que você e eu não teríamos tempo pra esperar e ficaríamos imaginando se nossa mente não nos teria pregado uma peça! “Estou ficando doido. Acho que estou imaginando que foi Deus quem me falou, mas não foi”. Mas, não Jeremias. Ele conhecia a voz de Deus!
Noutra ocasião Deus lhe diz: “Desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras” (Jr 18.1). Quando ele chega na olaria, fica observando o oleiro moldando o barro quando este cai de sobre a tampa giratória e se quebra. Só então Deus fala com ele.
E Ezequiel, que Deus lhe avisa que levará a esposa dele, e que Ezequiel não poderia chorar em voz alta. Nem se vestir de luto. E de tarde a mulher dele morreu. Só então Deus lhe fala o sentido daquilo tudo (Ez 24.15).
Bem, você dirá, mas isto foi no AT. Mas Deus falou por etapas com Filipe no Novo Testamento. O anjo lhe diz: Vá para a estrada que liga que desce de Jerusalém a Gaza. A estrada está deserta. E Filipe não retrucou o Senhor. – O que vou fazer numa estrada deserta, e por que tenho de ir pra lá se aqui em Samaria está havendo curas, milagres, salvação e batismo no Espírito Santo? Filipe, no entanto, obedeceu.
Temos de confessar que se uma voz interior ou um anjo nos dissesse algo assim, enfatizando que a estrada estava deserta, logo objetaríamos. Isso é coisa do demo! O demo quer me tirar do foco e do mover de Deus! E, então, desce uma carruagem, uma única carruagem e Filipe se vê obrigado a correr ao lado dela. E assim a Etiópia e o norte da África recebem a mensagem do evangelho de Jesus Cristo!
E ainda temos o caso de Cornélio. Deus lhe responde a oração e manda que ele busque ajuda com Pedro. Tudo por etapas.
E Paulo fica sabendo que será preso em Jerusalém através do profeta Ágabo!
Como reagiríamos se Deus falasse conosco por etapas? Ou através de outras pessoas? Achamos que não é Deus quem fala, ou então que nossa mente está nos traindo.
Quando descubro essas verdades, não me apresso em saber a próxima etapa. Deus sempre nos conduz a bom termo. Deus sempre nos leva a algum lugar! E Deus não apenas vai falando à medida que o obedecemos.
Segundo. Deus aumenta sua graça e concede-nos mais dons à medida que administramos fielmente o que ele nos dá.
Ganhamos mais de Deus quando administramos com fidelidade os dons que ele nos concede. Isso pode ser visto na parábola dos talentos. “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu” (Mt 25.15). Cada pessoa recebeu uma quantidade conforme sua capacidade de gerenciar. Por fim, o que ganhara apenas um dom, por não usá-lo, teve que entregar ao que ganhara cinco talentos. O princípio aqui? Se você não administra o dom que Deus lhe dá, ele o entrega a quem é mais fiel e tem mais dons! “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4.2).
Deus dá uma medida de fé a cada pessoa. Uns recebem mais graça e mais fé para realizar um projeto e andar num dom que outra pessoa. É “segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3). “Segundo a graça que nos foi dada” e “segundo a proporção da fé” (Rm 12.6). E Deus a cada pessoa dá uma medida de força, pois, como diz Pedro, se alguém serve, faça-o na força que Deus supre (1 Pe 4.11).
Portanto, nossa fidelidade determinará a continuidade do processo para ouvirmos de Deus e dele recebermos mais graça, e ainda mais fé!
Que Deus nos ajude a aprendermos essas duas verdades!

Identificando Ídolos Pessoais - Pr. Rob Green



É comum que os crentes em Cristo vejam a idolatria como algo ausente nos Estados Unidos. O problema é de definição. Se a idolatria é a adoração física de uma obra de arte, logo, a idolatria não seria tão comum. Afinal, é raro encontrar um santuário ou até mesmo uma pequena estátua em uma casa americana. Aqueles que entendem a definição de idolatria como algo que domina a vida continuamente admitiriam que alguns adoram a ídolos do dinheiro, esportes, ou do prestígio. Mas, novamente, sempre que limitam nossa visão de idolatria apenas àquelas coisas que dominam a nossa vida, é fácil dizer que não somos idólatras.
Nós gostaríamos de encorajar, no entanto, uma visão ligeiramente diferente dessa idolatria. Idolatria é simplesmente valorizar alguém ou alguma coisa mais do que agradar e honrar a Cristo (Colossenses 1:15-18, 1 Coríntios 10:31). Os crentes são advertidos em Gálatas 5 a não serem idólatras e as citações do Antigo Testamento e alusões à nação de Israel e da idolatria estão em praticamente todos os livros do Novo Testamento. Quando se vê a idolatria por este prisma, então teríamos de admitir que a idolatria é comum, na verdade – muito mais comum em nossas vidas do que gostaríamos de admitir.
Quando me dirijo com raiva pecaminosa à minha esposa, ou a um dos meus filhos, eu estou disposto a adorar algo (talvez o meu desejo de estar certo, ou meu desejo de fazer do meu jeito, ou meu desejo de paz, etc) – eu era o idólatra naquele momento. Olhando para a idolatria a partir desta perspectiva, me inclino a concordar com a consagrada frase: “o coração humano é uma fábrica de ídolos.” Se isso é verdade, que eu sou idólatra, a questão é: “como faço para localizar a idolatria em minha vida?”
Acreditamos que um exame de Tiago 4:1-2 nos dá duas grandes perguntas que devemos fazer para identificar tanto a vida dominada pela idolatria como a idolatria instantânea.

A Edição Revista e atualizada diz: “Cobiçais e nada tendes; logo matais.” A questão é clara: “há algo que eu quero tanto que eu pecaria para que eu pudesse tê-lo? Onde está Jesus no início do v. 2? Por que Jesus não é mais importante?” Na realidade, quando você escolhe pecar, você escolhe adorar o ídolo que você queria e não a obra (a morte, sepultamento, ressurreição e a volta) de Cristo.

Isso pode ser chamado de síndrome do beicinho. O texto diz: “Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras”. Bem, se eu não conseguir o que eu quero, então alguém tem que pagar! Isso é simplesmente idolatria.

Se você aplicar esta passagem para a sua própria vida, então você aprenderá a identificar coisas que você quer mais do que você quer agradar a Jesus. Você pode aprender a abandoná-las pela causa de Cristo, e então você estará em uma posição para ajudar os seus aconselhados a aprenderem o valor dessa linha de pensamento para tornarem-se mais semelhantes a Cristo.
Traduzido por Rafael Bello

Controvérsia - John Newton



Visto que você está envolvido em controvérsia e que o seu amor pela verdade está unido a um entusiasmo natural de temperamento, um amigo me deixou apreensivo a seu respeito. Você está do lado mais forte, porque a verdade é poderosa e tem de prevalecer. Assim, mesmo uma pessoa de habilidades inferiores pode entrar na batalha confiante na vitória.
Por essa razão, não estou ansioso pelo acontecimento da batalha. Mas desejo que você seja mais do que vencedor e triunfe, não somente sobre o seu adversário, como também sobre você mesmo. Se você não pode ser vencido, pode ser ferido. A fim de preservá-lo de tais feridas, que lhe poderiam dar motivo de chorar por suas conquistas, quero presenteá-lo com algumas considerações, que, devidamente atendidas, lhe servirão de cota de malha, um tipo de armadura do qual você não precisará queixar-se, como o fez Davi em relação à armadura de Saul, a qual era incômoda e inútil. Você perceberá que esta cota de malha foi extraída do grande manual dado ao soldado cristão, a Palavra de Deus.
Estou certo de que você não espera qualquer desculpa por minha liberdade; por isso, não oferecerei nenhuma. Por amor ao método, reduzirei meu conselho a três assuntos: o seu adversário, o público e você mesmo.
Quanto ao seu oponente, desejo que, antes de começar a escrever contra ele e durante todo o tempo em que estiver preparando a sua resposta, você o confie, por meio da oração sincera, ao ensino e à bênção do Senhor. Esta atitude terá a tendência imediata de conciliar seu coração ao amor e à compaixão por seu adversário; e tal disposição exercerá boa influência sobre tudo o que você escrever. 
Se você acha que seu adversário é um crente, embora esteja grandemente errado no assunto debatido entre vocês, as palavras de Davi a Joabe, a respeito de Absalão, lhe são bastante aplicáveis: “Tratai com brandura... por amor de mim” (2 Sm 18.5). O Senhor ama e tolera o seu oponente; portanto, você não deve menosprezá-lo ou tratá-lo com aspereza. O Senhor tolera igualmente a você e espera que demonstre ternura para com os outros, motivado pelo senso de perdão de que você mesmo tanto necessita.
Em breve, vocês se encontrarão no céu. Ali, ele lhe será mais querido do que o amigo mais íntimo que você tem agora neste mundo. Em seus pensamentos, antecipe aquele tempo. E, embora você julgue necessário opor-se aos erros dele, encare-o pessoalmente como um irmão, com quem você será feliz, em Cristo, para sempre. Mas, se você o considera uma pessoa não-convertida, em um estado de inimizade contra Deus e a graça dEle (esta é uma suposição que, sem boas evidências, você não deve se mostrar disposto a admitir), ele é mais um objeto de sua compaixão do que de sua ira.
Infelizmente, “ele não sabe o que está fazendo”. Mas você sabe quem o tornou diferente. Se Deus, em seu soberano prazer, assim o tivesse determinado, você poderia ser o que o seu adversário é agora; e ele, em seu lugar, estaria defendendo o evangelho. Por natureza, vocês eram igualmente cegos. Se você atentar a este fato, não censurará nem odiará o seu oponente, porque o Senhor se agradou em abrir os seus olhos e não os olhos dele.
De todas as pessoas que se envolvem em controvérsia, nós, que somos chamados calvinistas, estamos especialmente obrigados, por nossos princípios, a exercer gentileza e moderação. Se aqueles que diferem de nós têm capacidade de mudar a si mesmos, podem abrir seus próprios olhos e amolecer seus próprios corações, então, nós podemos, com menor incoerência, ser ofendidos pela obstinação deles. Contudo, se cremos no contrário disso, nosso dever é não contender, mas instruir, com mansidão, aqueles que se opõem, “na expectativa de que Deus lhes conceda... o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade” (2 Tm 2.25).
Se você escrever com o desejo de ser um instrumento de corrigir erros, é claro que terá cautela para não ser uma pedra de tropeço no caminho dos cegos, nem utilizar expressões que podem incendiar as paixões deles, confirmá-los em seus preconceitos e, por meio disso, tornar mais impraticável (do ponto de vista humano) o convencimento deles.
Por meio da página impressa, você apela ao público; e seus leitores podem ser classificados em três grupos. Primeiramente, aqueles que discordam de você em princípio. Sobre estes posso reportar-lhe o que já disse antes. Embora você tenha em vista, principalmente, um único indivíduo, há muitos com opinião idêntica à dele; portanto, a mesma argumentação poderá atingir uma só pessoa ou milhares.
Também haverá muitos que darão pouquíssima consideração ao cristianismo, bem como à idéia de pertencerem a um sistema religioso estabelecido, e que estão engajados na luta em favor daqueles sentimentos que são, no mínimo, repugnantes às boas opiniões que os homens naturalmente possuem a respeito de si mesmos. Estes são incompetentes para julgar doutrinas, mas podem formular uma opinião tolerável a respeito do espírito de um escritor. Eles sabem que mansidão, humildade e amor são as características do temperamento de um crente. E, embora tais leitores finjam considerar as doutrinas da graça como meras opiniões e especulações que, supondo fossem adotadas por eles, não teriam qualquer influência saudável sobre seu comportamento, eles sempre esperaram de nós, que professamos estes princípios, que tais disposições correspondam com os preceitos do evangelho. Eles discernem imediatamente quando nos afastamos de tal espírito, considerando isso um motivo para justificar o menosprezo deles para com os nossos argumentos.
A máxima das Escrituras: “A ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1.20) é confirmada pela observação diária. Se tornamos amargo o nosso zelo, por utilizarmos expressões de ira, injúria, zombaria, podemos pensar que estamos fazendo um serviço à causa da verdade, quando, na realidade, estamos apenas lhe trazendo descrédito.
As armas de nossa milícia, que sozinhas podem destruir as fortalezas do erro, não são carnais e sim espirituais; são argumentos extraídos corretamente das Escrituras, bem como da experiência, e reforçados por uma aplicação compassiva, capaz de convencer nossos leitores. Estes argumentos (quer convençamos os leitores, quer não) mostram que almejamos o bem da alma deles e estamos contendendo tão-somente por amor à verdade. Se pudermos convencê-los de que agimos com estes motivos, nosso objetivo está parcialmente alcançado. Eles se mostrarão mais dispostos a ponderar, com calma, aquilo que lhes oferecemos. E, se ainda discordarem de nossas opiniões, serão constrangidos a aprovar nossas intenções.
Você encontrará uma terceira classe de leitores, que, pensando como nós, aprovarão prontamente o que você dirá e, talvez, serão estabelecidos e firmados em seus pontos de vista sobre as doutrinas das Escrituras, por meio de uma elucidação clara e magistral do assunto. Você pode ser um instrumento para a edificação deles, se a lei da bondade, bem como a da verdade, regularem sua caneta, pois, de outro modo, você lhes causará danos.
Existe um princípio do “eu” que nos leva a desprezar todos aqueles que discordam de nós. E geralmente nos encontramos sob a influência deste princípio, quando pensamos estar apenas mostrando um zelo conveniente na causa do Senhor. Creio prontamente que os principais argumentos do arminianismo surgem do orgulho humano — e são nutridos por tal orgulho. Todavia, devo me alegrar se o contrário sempre foi verdadeiro. Também creio que aceitar o que é chamado de doutrinas calvinistas consiste em um sinal infalível de uma mentalidade humilde.
Tenho conhecido alguns arminianos — ou seja, pessoas que, por falta de mais iluminação, têm se mostrado receosas de abraçar as doutrinas da graça gratuita — que têm dado evidências de que seus corações estavam em profunda humildade diante do Senhor. E temo que haja calvinistas que, enquanto tomam como prova de sua humildade o fato de que estão dispostos a degradar, em palavras, a criatura e dar toda a glória da salvação ao Senhor, desconhecem o tipo de espírito que possuem.
Aquilo que nos faz ter confiança de que, em nós mesmos, somos comparativamente sábios ou bons, a ponto de tratar com desprezo aqueles que não subscrevem nossas doutrinas ou seguem o nosso grupo, é uma prova e um fruto do espírito de justiça própria. A justiça própria pode se alimentar de doutrinas, bem como de obras. Um homem pode ter o coração de um fariseu, enquanto a sua mente está repleta de conceitos ortodoxos sobre a indignidade da criatura e as riquezas da graça gratuita. Sim, eu poderia acrescentar: os melhores dos homens não estão completamente livres deste fermento. Por isso, eles estão propensos a se satisfazerem com apresentações que podem levar os nossos adversários ao ridículo e, por conseqüência, bajular as nossas opiniões superiores.
Controvérsias, em sua maioria, são administradas de modo a favorecer, e não a reprimir, esta disposição errada. Portanto, falando de modo geral, as controvérsias produzem pouquíssimo bem. Elas provocam aqueles aos quais deveriam convencer e envaidecem aqueles que elas deveriam edificar. Espero que seu empreendimento tenha o sabor de um espírito de humildade e seja um meio de promovê-la em outros.
Isto me leva, em último lugar, a considerar nosso interesse em seu atual empreendimento. Parece um serviço louvável defender a fé que uma vez foi entregue aos santos. Somos ordenados a batalhar diligentemente por esta fé e convencer os que se opõem. Se tais defesas foram convenientes e oportunas em tempos passados, parecem que elas também o são em nossos dias, quando erros abundam por todos os lados e cada verdade do evangelho é negada de modo direto ou apresentada de modo grotesco.
Além disso, encontramos poucos escritores de controvérsia que não têm sido claramente prejudicados por ela — ou por desenvolverem um senso de importância pessoal, ou por absorverem um espírito de contenção irada, ou por afastarem insensivelmente sua atenção das coisas que constituem o alimento e a sustentação imediata da vida de fé e gastarem seu tempo e forças em assuntos que, em sua maioria, são apenas de valor secundário. Isto nos mostra que, se o serviço é louvável, ele é também perigoso. Que benefício um homem pode ter em ganhar a sua causa, silenciar o adversário, se, ao mesmo tempo, ele perde aquele espírito de humildade e contrição que deleita o Senhor e conta com a promessa de sua presença?
Sem dúvida alguma, o seu alvo é bom, mas você tem necessidade de vigilância e oração, pois Satanás estará à sua mão direita para opor-se a você. Ele tentará destruir suas opiniões. E, embora você se levante em defesa da causa de Deus, ela pode tornar-se sua própria causa, se você não estiver olhando continuamente para o Senhor, a fim de ser guardado e alertado por Ele, naquelas disposições que são incoerentes com a verdadeira paz de espírito; isto certamente obstruirá a comunhão com Deus. Esteja alerta contra o permitir que alguma coisa pessoal entre no debate. Se você acha que foi injuriado, terá a oportunidade de mostrar que é um discípulo de Cristo, pois Ele, “quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças” (1 Pe 2.23). Este é o nosso padrão; por isso, temos de escrever e falar por Deus, “não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados” (1 Pe 3.9).
A sabedoria que vem do alto não é somente pura, mas também pacífica e cordial. A falta destas qualidades, à semelhança da mosca morta em uma vasilha de ungüento, estragará o sabor e a eficácia de nossos labores. Se agirmos com espírito errado, traremos pouca glória para Deus, faremos pouco bem ao nosso próximo e não obteremos nem descanso nem honra para nós mesmos.
Se você puder se contentar com o expressar a sua opinião e, assim, conquistar o sorriso de seu oponente, isto será uma tarefa fácil. Mas espero que você tenha outro alvo mais nobre e que, estando sensível à solene importância das verdades do evangelho e à compaixão pelas almas dos homens, você preferirá ser um meio de remover preconceitos em uma única ocasião a obter os aplausos inúteis de milhares. Portanto, vá em frente, no nome e na força do Senhor dos Exércitos, falando a verdade em amor. E que o próprio Senhor dê em muitos corações um testemunho de que você é ensinado por Ele e favorecido com a unção do Espírito Santo.

Falsa humildade e negação do Evangelho



por Vincent Cheung
A graça nos salva, mas nos deixa inalterados, ou somos mudados pela graça que nos salva?
D. A. Carson diz: “Os cristãos jamais têm o direito de dizer ‘Sou mais inteligente do que você’, pois lá no fundo sabem que jamais podem ser mais do que tolos a quem se tem demonstrado perdão e graça” (The God Who Is There, p. 93).
Mas a Bíblia diz: “Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento do seu coração. Tendo perdido toda a sensibilidade, eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza. Todavia, não foi isso que vocês aprenderam de Cristo. De fato, vocês ouviram falar dele, e nele foram ensinados de acordo com a verdade que está em Jesus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4.17-24).
Não preciso ir lá “no fundo” para reconhecer que sem Cristo eu seria um tolo assim como qualquer não cristão. Mas não estou sem Cristo. Ele não me salvou para então deixar-me como tolo; ao contrário, por seu ato salvífico ele me fez mais sábio. Ele me deu conhecimento e uma mente que crê para entender a verdade. Não tenho o direito de dizer “Eu era mais inteligente do que você” a um não cristão, mas da mesma forma não tenho o direito de dizer “Ainda não sou mais inteligente do que você”. Antes, devo dizer “Agora sou infinitamente superior a você em sabedoria, pois a revelação de Deus é infinitamente superior a qualquer coisa que um não cristão possa crer. Mas Deus me fez assim como uma dádiva, uma dádiva que ele concede a todos aqueles a quem ele escolheu”.
D. A. Carson diz: “Nunca somos mais do que pobres pedintes dizendo a outros pobres pedintes onde há pão” (The God Who Is There, p.93).
Se isso é verdade, Cristo não fez nada por nós. Mas a Bíblia diz: “Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos” (2 Co 8.9).
O filho pródigo era pobre quando dividiu um lugar entre os porcos, mas dizer que ele permaneceu pobre após ter voltado para casa seria uma bofetada no rosto do pai. Ao invés disso, um cristão diz: “Eu era muito pobre, mas Jesus Cristo me fez rico. Não me tornei assim por causa de minha sabedoria ou força, mas somente por causa da bondade dele. Mas permanece o fato que agora sou rico”.
Certamente se os cristãos são superiores aos não cristãos, é por causa da graça de Deus por meio do evangelho de Jesus Cristo. Mas a graça e o efeito do evangelho realmente mudam aqueles que creem, de modo que não pode ser dito para sempre que o poder deles é diferente e externo. Uma graça que não é internalizada é uma graça desdenhada. Um evangelho que não é personalizado é um evangelho negado. Um cristão que não foi feito mais sábio e santo que um não cristão é um não cristão. Uma humildade que nega isso é uma humildade ingrata e indolente.
Vocês, pregadores e teólogos, que sua falsa humildade queime no inferno junto com o orgulho do diabo. Parem de envenenar as ovelhas de Cristo. Ensinem uma humildade que honre a obra de Cristo.
Traduzido por Marcelo Herberts

A Enganosa Liberdade do Pecado

Clodoaldo Machado
A Enganosa Liberdade do Pecado
Uma das acusações que o cristianismo recebe é a de ser muito cerceador ou repressor. Diz-se que ser cristão ou um crente em Jesus é viver preso, sem qualquer liberdade ou permissão de fazer qualquer coisa que se deseja. Este pensamento diz que o crente está perdendo os prazeres da vida, ela está passando e ele não a está aproveitando. Em resumo a visão deste mundo sobre o crente é que ele é um tolo.
Quando compreendemos o que a Bíblia diz sobre o crente vemos que há um engano claro sobre este pensamento. Há uma pergunta que é muito pertinente sobre esse tema: quem é de fato livre, o crente em Jesus Cristo ou o incrédulo?
Para responder esta pergunta podemos nos valer de vários textos bíblicos, porém vamos usar apenas um versículo. O apóstolo Paulo lidou com o problema da liberdade cristã na igreja de Corinto e quando ele tratou desta questão. Em 1 Coríntios 6.12 está escrito: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. É provável que a primeira parte deste versículo fosse uma referência a um provérbio que estava se tornando popular entre os coríntios e Paulo o usa para ensinar-lhes sobre a verdadeira liberdade em Cristo.
Paulo afirma que todas as coisas são lícitas para o crente; e é verdade, pois todo pecado foi pago por Cristo na cruz. Paulo, entretanto acrescenta que nem tudo o que um crente faz será benéfico para ele. A palavra traduzida em nossas Bíblias como “lícitas” vem de uma palavra grega que quer dizer vantajoso, legal, proveitoso. Paulo está então dizendo que o crente pode fazer todas as coisas, mas nem tudo o que ele faz trará vantagem para ele. Isto não é falta de liberdade, muito pelo contrário, é a verdadeira expressão dela. O que o texto está dizendo é que o crente tem a liberdade de escolher fazer coisas vantajosas do ponto de vista espiritual, e que serão proveitosas para o seu relacionamento com Deus. Esta é uma liberdade que só o crente tem. Aqueles que não têm Cristo só fazem aquilo que o pecado lhes ordena que seja feito. Jesus disse que eles são escravos do pecado (Jo 8.34). O crente é alguém que é livre para fazer tudo o que quiser. Quando ele faz o que é bom e correto diante de Deus, ainda que isso seja privação de algum prazer momentâneo, ele o faz não porque não foi livre para fazer de outro jeito. O crente o faz justamente porque usou de sua liberdade em Cristo e escolheu fazer o que é certo. Diferentemente, o incrédulo peca porque não tem outra opção, ele é escravo do pecado. Quem é o livre e quem é o escravo então?
Na frase seguinte do versículo Paulo faz outra afirmação interessante. Ele diz que todas as coisas são lícitas ao crente, mas ele não se deixará dominar por nenhuma delas. O crente é alguém que recebeu poder em Cristo para vencer o pecado. A expressão em português “me deixarei dominar” neste texto é tradução do grego que significa literalmente “estar sob a autoridade de”. Paulo afirma que ele não estaria mais sob a autoridade do pecado, ele foi liberto disso. O crente em Jesus Cristo não tem mais o pecado como senhor de sua vida, ele não é mais escravo do pecado, mas sim de Cristo, que é amoroso, compreensivo, misericordioso e justo. Aqui temos mais uma diferença entre o crente e o incrédulo. É a diferença de domínio. O crente tem Jesus como Senhor, ele está sob o domínio do Salvador. O incrédulo está sob o domínio do pecado e o pecado é injusto, destruidor e enganador.
Enquanto está pecando, o incrédulo pensa que está sendo livre, no entanto ele é tão cego que não vê as correntes do pecado prendendo seus pés, mãos e até mesmo sua mente e boca. Ele está seguindo todas as ordenanças destruidoras do pecado. Em uma paráfrase podemos dizer o que Paulo está afirmando da seguinte maneira: “Eu sou livre em Cristo, por isso posso desobedecer às ordens que o pecado me dá”. Esta é uma liberdade que o incrédulo não tem. Ele está dominado pelo pecado, por isso não consegue deixar de pecar. Ele não é livre para vencer as tentações do adultério, ele não é livre para vencer as tentações da idolatria e da cobiça. Quando faz estas coisas ele se gaba dizendo que é livre, porém ele não sabe que está sendo um pobre escravo, submisso, fraco, subjugado e obediente às ordens do pecado. Ele não é livre para controlar suas palavras, seus pensamentos, e suas atitudes. Ele pensa que tem domínio sobre estas coisas, mas são estas coisas que o dominam. Ele está preso. Como disse o jogador de basebol americano Jim Bouton: “Você gasta uma boa parte de sua vida segurando uma bola de basebol e no final descobre que era justamente o contrário o tempo todo”. O incrédulo pensa que está dominando quando na verdade está sendo dominado.
Quem é livre então? Quem de fato pode fazer o que é certo e agradável a Deus? Somente você que é crente em Cristo Jesus pode realmente dizer que é livre. Alegre-se, pois se você crê em Jesus, como a Bíblia diz, você é livre da enganosa liberdade do pecado.

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

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