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9 de mai. de 2010

[Reformanda] SOLA SCRIPTURA: A Raiz do Evangelho (6)

10.12.09 | Postado por: (-V-)

[Reformanda] SOLA SCRIPTURAJohn Piper - O Espírito Santo: Autor da Escritura
2 Pedro 1:20-21
Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.
Em 27 de Junho de 1819, Adoniram Judson batizou seu primeiro convertido em Burma. Sua esposa, Ann Hasseltine, descreveu como Moung Nau respondeu à Escritura: “Poucos dias antes eu estava lendo com ele as palavras de Cristo no Sermão do Monte. Ele estava profundamente impressionado e dotado de uma solenidade incomum. ‘Estas palavras,’ disse ele, ‘tomaram-me as entranhas; fizeram-me tremer.’” Deus falara através do profeta Isaías, 2.700 anos atrás e disse, “… mas, para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra…Ouvi a palavra do SENHOR, vós, os que a temeis” (Isaías 66:2, 5)

O Impacto da Bíblia na História
Por dois mil anos, a Bíblia tem se entranhado em diversos homens e os feito tremer—primeiro, de medo, porque revela nossos pecados, então com fé, porque revela a Graça de Deus. Um único versículo, Romanos 13:13, convenceu e converteu o imoral Agostinho. Para Martinho Lutero, um monge miserável, a luz irrompeu através de Romanos 1:17. Diz ele,
Noite e dia ponderei até ver a conexão entre a justiça de Deus e a declaração de que “o justo viverá da fé”. Então eu tomei para mim que a justiça de Deus é essa retidão pela qual, através da graça e pura misericórdia, Deus justifica-nos pela fé. Daí em diante senti que havia renascido e partido por portas abertas para o paraíso. (Here I Stand, p. 49)
Para Jonathan Edwards, foi 1 Timóteo 1:17. Ele disse,
O primeiro exemplo, do qual me recordo, deste tipo de doce deleite interior em Deus e nas coisas divinas, que desde então muito vivenciei, foi na leitura dessas palavras, 1 Tim. 1:17: “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Ao ler essas palavras, veio à minha alma … uma impressão da glória do Ser Divino; uma nova sensação diferente de qualquer coisa que eu, antes, experimentara. Nunca quaisquer palavras da Escritura me pareceram como essas. (Works, vol. 1, p. xii)
De século a século, do Egito à Alemanha, da Alemanha à Nova Inglaterra, a Bíblia vem trazendo pessoas a Cristo, renovando-as.


A Bíblia como a Palavra do Homem e a Palavra de Deus
Por quê? Por que a Bíblia tem esta relevância e poder contínuos? Acredito achar a resposta em nosso texto - 2 Pedro 1:20–21: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” Esta passagem ensina que, quando você lê a Escritura, o que você está lendo não vem somente de um homem, mas também de Deus. A Bíblia é uma obra de muitos homens diferentes. Mas também é muito mais que isto. Sim, homens falaram. Eles falaram com sua própria linguagem e estilo. Contudo, Pedro menciona duas outras dimensões do seu falar.

Falar da parte de Deus, Movido pelo Espírito Santo
Primeiro, eles falaram da parte de Deus. O que tinham a dizer não era meramente vindo de suas limitadas perspectivas. Eles não são a origem da verdade que falam; eles são o canal. A verdade é a verdade de Deus. Seu significado é o significado de Deus.
Segundo, não é apenas o que eles falaram da parte de Deus, mas como eles falaram isto, controlados pelo Espírito Santo. “Homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Deus não revelou simplesmente a verdade aos autores da Escritura e então partiu, esperando que eles a comunicassem corretamente. Pedro diz que, ao comunicarem-na, eles foram conduzidos pelo Espírito Santo. A confecção da Bíblia não foi deixada às habilidades de comunicação meramente humanas; o próprio Espírito Santo levou o processo à sua completude.
Um livro recente de três ex-professores meus (LaSor, Hubbard, and Bush, Old Testament Survey, p. 15) expressa-o da seguinte maneira,
Para assegurar precisão verbal, Deus, na comunicação de sua revelação, tem de ser verbalmente preciso e a inspiração tem de se estender às próprias palavras. Isto não significa que Deus ditou todas as palavras. Em vez disso, seu Espírito penetrou tanto a mente do escritor, que ele escolheu de seu próprio vocabulário e experiência precisamente aquelas palavras, pensamentos e expressões que exprimiam a mensagem de Deus com precisão. Neste sentido, as palavras dos autores humanos da Escritura podem ser vistas como a Palavra de Deus.
Não apenas Profecias, mas Toda a Escritura
Alguém poderia dizer que 2 Pedro 1:20–21 só tem a ver com profecia, e não com toda a Escritura do Antigo Testamento. Mas observe atentamente como ele argumenta. No verso 19, Pedro diz que uma palavra profética cresceu em sua certeza por sua experiência com Jesus no monte da transfiguração. Então, nos versículos 20–21, ele dá suporte à autoridade dessa palavra profética dizendo que ela é parte da Escritura. Versículo 20: “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” Pedro não está dizendo que só as partes proféticas da Escritura são inspiradas por Deus. Ele está dizendo, nós sabemos, que a palavra profética é inspirada precisamente porque é “profecia da Escritura”. A afirmação de Pedro é que tudo quanto está na Escritura é de Deus, escrito por homens que foram conduzidos pelo Espírito Santo.
Ele ensina o mesmo que Paulo em 2 Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Nenhuma das Escrituras do Antigo Testamento veio de um impulso humano. Toda ela é verdade vinda de Deus, pois homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.

E quanto aos escritos do Novo Testamento?

Mas e quanto ao Novo Testamento? Experimentaram os apóstolos e seus associados próximos (Marcos, Lucas, Tiago, Judas, e o escritor de Hebreus) inspiração divina ao escreverem? Foram eles “conduzidos” pelo Espírito Santo para falarem da parte de Deus? A Igreja cristã sempre disse que sim. Jesus disse aos seus apóstolos em João 16:12–13: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Então o apóstolo Paulo confirma isso quando diz, do seu próprio ensino apostólico, em 1 Coríntios 2:12–13: “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais”. Em 2 Coríntios 13:3 disse que Cristo falava através dele. E em Gálatas 1:12 ele disse : “Porque eu não o recebi [o evangelho], nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo.” Se tomarmos Paulo para nosso modelo sobre o que significa ser apóstolo de Cristo, então seria justo dizer que o Novo Testamento, como o Antigo, não veio meramente de homens mas também de Deus. Os escritores do Antigo e Testamento falaram ao serem movidos pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo é o Autor Divino da Escritura
A doutrina que emerge é esta: O Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. Se esta doutrina é verdadeira, então as implicações são tão profundas e de tão longo alcance que cada parte de nossas vidas deveria ser afetada. Eu quero falar sobre essas implicações nesta manhã. Contudo, para nosso próprio fortalecimento e para aqueles ainda hesitantes às voltas de comprometerem-se com a doutrina, deixe-me primeiro esboçar a base de nossa persuasão.


Chegando a uma Fé Racional nas Escrituras
A maioria das pessoas chega a uma confiança racional na Bíblia como Palavra de Deus de uma maneira semelhante a essa. Isso acontece em três estágios.

1. Nós Somos Culpados Diante de Deus
Primeiro, o testemunho de nossa consciência, a realidade de Deus sob a natureza e a mensagem da Escritura vêm juntas ao nosso coração para nos dar a inescapável convicção de que somos culpados diante de nosso Criador. Essa é uma convicção racional porque a persuasão de que há um Criador sobre este mundo, e a persuasão de que somos culpados por não honrá-lo e agradecê-lo como devemos, não são saltos irracionais no escuro; elas são forçadas sobre nós pela nossa experiência e pensamento sincero sobre o mundo.

2. Jesus Ganha Nossa Confiança
O segundo passo em direção de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é que Jesus Cristo é mostrado a nós. Alguém lê, ou nos conta a história desse homem incomparável que falou e agiu de modo tão maior que o de um homem. Vemos a autoridade que ele reivindicou para perdoar pecados, e comandar demônios, e controlar a natureza, vemos a pureza de seu ensino moral, sua rendição completa à vontade de Deus, sua calma brilhante sob interrogatório, sua fúria justa contra hipócritas, sua ternura com as crianças pequenas, sua paciência com os humildes que o buscavam, sua submissão inocente à tortura, e ouvimos dos seus lábios as palavras mais doces, mais imprescindíveis, jamais pronunciadas: “Eu dou a minha vida em resgate por muitos.” E então pela força auto-autenticada de seu caráter e poder incomparáveis, Jesus ganha nossa confiança e segurança, e nós o tomamos como Salvador de nosso pecado e Senhor de nossa vida. E isso não é uma convicção irracional. É a maneira como todos vocês tomam decisões racionais sobre a quem vocês vão confiar sua vida. É naquela babá que vocês vão confiar para cuidar de suas crianças, ou naquele advogado para dar bons conselhos, ou naquele amigo para guardar seu segredo? Você olha, escuta, e finalmente é persuadido (ou não) de que aquela pessoa é um terreno firme para sua confiança.

3. Seguimos o Ensino e o Espírito de Jesus
Uma vez que o caráter e o poder de Jesus capturaram nossa confiança, então ele se torna o guia e a autoridade para todas nossas futuras decisões e convicções. Então, o terceiro passo no caminho de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é deixar o ensino e o espírito de Jesus controlar como nós avaliamos a Bíblia. Isso acontece de pelo menos duas maneiras. Uma é que aceitamos o que Jesus ensina sobre o Antigo e o Novo Testamento. Quando ele diz que a Escritura não pode falhar (João 10:35) e que nem uma letra, ou um ponto, passará da lei até que tudo seja cumprido (Mateus 5:18), concordamos com ele e baseamos nossa confiança no pelo Testamento sobre sua confiabilidade. E quando ele escolheu doze apóstolos para fundar sua igreja, dando-lhes sua autoridade para ensinar, e prometeu enviar seu Espírito para guiá-los na verdade, concordamos com ele e creditamos os escritos desses homens com a autoridade de Cristo.
A outra maneira que o ensino e o espírito de Jesus controlam nossa avaliação da Bíblia, é que reconhecemos, nos ensinamentos da Bíblia, os multi-coloridos raios de luz, refratados através do prisma de Cristo, em quem chegamos a confiar. E assim como Cristo nos capacitou a extrair sentido da nossa relação com Deus e trazer harmonia a esta, também os muitos raios da sua verdade, em toda parte da Bíblia, nos capacitam a extrair sentido de centenas de nossas experiências de vida, e ver o caminho para a harmonia. Nossa confiança na Escritura cresce à medida que compreendemos que Jesus afirmou isto e à medida que compreendemos que os ensinos ali contidos são tão incomparáveis quanto Jesus mesmo. Progressivamente, eles nos ajudam a decifrar os quebra-cabeças da vida: casamentos em falência, crianças rebeldes, vício em drogas, nações em guerra, o retorno das folhas na primavera, as insaciáveis petições do nosso coração, o medo da morte, o nascimento de crianças, a universalidade do louvor e da culpa, o predomínio do orgulho, e a admiração da auto-negação. A Bíblia confirma sua origem divina repetidamente ao nos fazer compreender nossa experiência no mundo real e ao apontar o caminho para a harmonia.
Espero, daqui por diante, que uma das doutrinas que nós nutramos em na Igreja Batista Bethlehem, com força suficiente para morrer por ela (e viver por ela!) é a de que o Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. A Bíblia é a Palavra de Deus, não meramente a palavra de homens.


Implicações para Tudo na Vida
Ah, se tivéssemos o dia todo para falar sobre as implicações maravilhosas dessa doutrina! O Espírito Santo é o autor da Escritura. Portanto, ela é verdadeira (Salmo 119:142) e totalmente confiável (Hebreus 6:18). É poderosa, operando seu propósito em nossos corações (1 Tessalonicenses 2:13) e não retornando vazia para Aquele que a enviou (Isaías 55:10–11). É pura, como prata refinada na fornalha sete vezes (Salmo 12:6). É santificadora (João 17:17). Dá vida (Salmo 119:37, 50, 93, 107; João 6:63; Mateus 4:4). Torna sábio (Salmo 19:7; 119:99–100). Dá prazer (Salmo 19:8; 119:16, 92, 111, 143, 174) e promete grande recompensa (Salmo 19:11). Dá força aos fracos (Salmo 119:28) e conforto aos perturbados (Salmo 119:76), guia aos perplexos (Salmo 119:105) e dá salvação aos perdidos (Salmo 119:155; 2 Timóteo 3:15). A sabedoria de Deus nas Escrituras é inexaurível.
Quão preciosos para mim são teus pensamentos, ó Deus! Quão vasta é a soma deles! Se eu fosse contá-los, seriam mais que os grãos de areia.
Extraído de: gospeltranslations.org
Por John Piper. Tradução por Desiring God.
Uma Parte da série The Person & Work of the Holy Spirit

[DEVOCIONAL] John Piper - O Pai de John G. Paton

13.12.09 | Postado por: (-V-)
Penetrado pela PAlavra - John Piper
O Pai de John G. Paton

por John Piper
A Chave da Coragem Dele

John G. Paton foi um missionário no arquipélago das Novas Hébridas, hoje chamadas Vanuatu, no Sudeste do Pacífico. Ele nasceu na Escócia em 1824. Escrevo a respeito dele por causa da coragem que ele demonstrou durante os seus oitenta e dois anos de vida. Quero ser corajoso na causa de Cristo. E, em especial, desejo que meus filhos também o sejam. Por isso medito sobre a coragem de outros. De onde ela vem? Quando procuro descobrir as razões por que John Paton era tão corajoso, uma das razões que encontro é o profundo amor que ele tinha por seu pai.

O tributo que John Paton prestou ao seu piedoso pai já vale o preço de sua Autobiografia (que ainda está sendo impressa). Talvez devido ao fato que tenho quatro filhos (e Thalita), chorei quando li esta parte da autobiografia de John Paton. Encheu-me de anelo por ser um pai como aquele.

Havia um “quartinho” em que o pai de John Paton orava, como regra, depois de cada refeição. Os onze filhos conheciam esse lugar, respeitavam-no e aprenderam algo profundo a respeito de Deus. O impacto sobre John Paton foi imenso.

Mesmo que uma catástrofe indizível pudesse banir de minha memória tudo o que diz respeito à religião (e que tais coisas fossem apagadas de meu entendimento), minha alma ainda se recordaria daquelas cenas antigas; se fecharia novamente no Pequeno Santuário e, ouvindo os ecos daqueles clamores a Deus, resistiria a todas as dúvidas com o vitorioso apelo: “Ele andou com Deus, por que não eu?

Não posso explicar o quanto as orações de meu pai me impressionaram, naquele tempo. Nenhum estranho poderia compreendê-lo. Quando, de joelhos, com todos nós ajoelhados ao seu redor, em culto familiar, ele derramava toda a sua alma, com lágrimas, em favor da conversão do mundo pagão à adoração a Jesus, bem como em favor de necessidades pessoais e familiares, todos nos sentíamos como se estivéssemos na presença do Salvador vivo e aprendíamos a conhecê-Lo e amá-Lo como nosso divino Amigo.

Uma das cenas capta melhor o amor entre John Paton e seu pai e o poder do impacto sobre a vida de inflexível coragem e pureza de John. Chegou o tempo em que, aos vinte anos de idade, o jovem John Paton deixou a sua casa e foi para Glasgow, estudar teologia e tornar-se um missionário urbano. De sua casa, em Torthorwald, até a estação ferroviária, em Kilmarnock, havia uma jornada de setenta e oito quilômetros. Quarenta anos depois, Paton escreveu:

Meu querido pai caminhou comigo os primeiros dez quilômetros da jornada. Seus conselhos, lágrimas e conversa espiritual naquela jornada de partida ainda estão vivos em meu coração, como se tivessem sido ditos ontem. E lágrimas escorrem em minha face tão livremente agora como naquele dia, sempre que a memória me conduz àquela cena. No último quilômetro desta parte da jornada, caminhávamos juntos em silêncio ininterrupto — meu pai, conforme o seu costume, levava o chapéu na mão, enquanto seus longos cabelos loiros (naquela época, loiros, mas nos anos de velhice, brancos como a neve) escorriam sobre os ombros. Seus lábios se moviam em oração silenciosa em meu favor. E suas lágrimas jorravam imediatamente quando nossos olhos contemplavam um ao outro, em olhares para os quais todas as palavras era vãs! Paramos no ponto de despedida. Ele segurou com firmeza a minha mão, por um minuto, em silêncio, e disse solene e afetuosamente: “Deus te abençoe, meu filho! O Deus de teu pai te faça prosperar e te guarde de todo o mal!

Incapaz de falar mais alguma coisa, os seus lábios continuaram a se mover em oração silenciosa. Em lágrimas, nos abraçamos e partimos. Corri o mais depressa possível e, quando estava para virar em uma curva da estrada, onde ele me perderia de vista, olhei para trás e o vi ainda de pé, com a cabeça sem chapéu, no lugar em que o havia deixado — olhando para mim. Acenando o meu chapéu em despedida, rumei para a curva e sai de vista por um momento. Meu coração, porém, estava muito sobrecarregado e sentido, para eu seguir adiante; por isso, corri para um lado da estrada e chorei por um tempo. Então, levantando-me cautelosamente, subi um barranco para ver se ele ainda estava onde o havia deixado. E, naquele exato momento, eu o vi subindo o barranco, procurando-me! Ele não me via; e depois de procurar-me atentamente, por alguns instantes, desceu o barranco, fixou seus olhos em direção ao lar e começou a voltar — com sua cabeça ainda descoberta e seu coração, eu tinha certeza, erguendo-se em orações por mim. Eu o via através das lágrimas até que sua forma desapareceu de meu olhar. Então, apressando-me na jornada, votei, com sinceridade e muitas vezes, que com a ajuda de Deus nunca entristeceria nem desonraria um pai e uma mãe como os que Ele me dera.

O impacto das orações, da fé, do amor e da disciplina do pai de John Paton foi incalculável. Que todo pai leia estas palavras e encha-se de anelo e firme resolução de amar desta maneira.


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

[DEVOCIONAL] John Piper - A Igreja era Impugnada em Todos os Lugares

Penetrado pela PAlavra - John Piper

A Igreja era Impugnada em Todos os Lugares

por John Piper
O evangelho pode se propagar, milhares podem ser convertidos, igrejas podem crescer e o amor pode ser abundante onde o cristianismo é continuamente impugnado? Sim. Isto não somente é possível, mas tem acontecido. Não digo isto para desestimular o encanto, e sim para estimular a esperança. Não suponha que as épocas de hostilidade ou controvérsia serão tempos de declínio, com pouco poder e crescimento. Podem ser épocas de crescimento explosivo e grande bênção espiritual.

Como sabemos isto? Considere a maneira como Lucas relata o estado da igreja em Atos dos Apóstolos. Quando Paulo finalmente chega a Roma, quase ao final de sua vida, ele convida “os principais dos judeus” a virem e ouvirem seu evangelho. O que esses líderes disseram a respeito da “seita” dos cristãos é bastante significativo. Eles disseram: “É corrente a respeito desta seita que, por toda parte, é ela impugnada” (At 28.22).

Isto não era uma surpresa para os discípulos que conheciam as palavras de Jesus: “Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.9); e: “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25.)

A igreja primitiva era uma igreja preparada para o combate. Sim, houve épocas de tranqüilidade (At 9.31), mas isso foi uma exceção. Na maior parte do tempo, houve difamações e mal-entendidos, sem mencionar disputas internas sobre ética e doutrina. Quase todas as epístolas de Paulo refletem controvérsia na igreja, bem como as aflições que vinham de fora. O principal ensino destes fatos não é que tal situação é desejável, e sim que ela não impede o poder e o crescimento da igreja.

Parece que este era o ponto de vista de Lucas, pois, embora tenha mostrado o cristianismo como uma seita impugnada, ele também retratou o seu crescimento permanente em todo o Livro de Atos — “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At 2.47); “Naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos...” (At 6.1); “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos” (At 6.7); “A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor” (At 11.21); “A palavra do Senhor crescia e se multiplicava” (At 12.24); “As igrejas... aumentavam em número” (At 16.5); “Dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor” (At 19.10); “A palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At 19.20).

Por conseguinte, não devemos pensar que controvérsia e conflito impedem a igreja de experimentar o poder do Espírito Santo e grande crescimento. Somos ensinados em Romanos 12.18: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”. Mas não somos ensinados a sacrificar a verdade em favor da paz. Paulo disse: “Ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl 1.8).

E, se houvesse tanto conflito e hostilidade, que os pregadores do evangelho fossem aprisionados, esse momento de notícias más seria uma ocasião de triunfo do evangelho. Por quê? Paulo disse: “Estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está algemada” (2 Tm 2.9). De fato, se Deus e a verdade forem muito amados, talvez aconteça que nos mostremos dispostos a assumir posturas que incorram em difamação e hostilidade e o Espírito Santo nos mova mais poderosamente do que em tempos de paz e popularidade.

Às vezes, os crentes têm o favor da sociedade; e, às vezes, somos impugnados pela sociedade. Em ambos os casos, Deus pode fazer (e o faz com freqüência) derramar seu poder para um testemunho eficaz. Tanto a paz como a difamação podem ser ocasião de bênção. Por isso, não aceitemos a suposição de que tempos de menosprezo social tem de ser tempos de fraqueza e esterilidade para o evangelho. Podem ser sinais de fidelidade e ocasiões de grande colheita. A igreja era “impugnada” por toda parte, mas a “palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At 19.20).


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

[DEVOCIONAL] John Piper - Nunca é Correto Ficar Irado contra Deus

Penetrado pela PAlavra - John Piper
Nunca é Correto Ficar Irado contra Deus

por John Piper
Recentemente, disse estas palavras a um grupo de centenas de pessoas: “Nunca, nunca, nunca é correto ficar irado contra Deus”. Houve uma feição de incredulidade em muitos rostos. Muitas pessoas não aceitavam tais palavras. É evidente que não concordavam com tal afirmação.

Obviamente, alguns me compreendiam, outros pareciam confusos. Desde então, tenho pensado muito sobre aqueles olhares perplexos. Que pressuposições tornaram esta afirmação difícil de ser aceita? Para mim, nada poderia ser tão óbvio. Mas, por que ela parece tão confusa para outros?

Existem duas pressuposições que podem ser comuns para muitas pessoas de nossos dias, duas pressuposições que fazem tais pessoas recuar diante de minha afirmação.

Primeira, muitos pressupõem que sentimentos não são certos nem errados; são neutros. Por isso, dizer que a ira (quer seja contra Deus ou contra qualquer pessoa) não é correta assemelha-se a dizer que espirrar não é correto. Você não coloca o rótulo de “certo” ou “errado” em espirrar. É algo que apenas acontece com você. Essa é a maneira como muitas pessoas pensam sobre os sentimentos: eles apenas acontecem com você. Por conseguinte, não são morais ou imorais; são neutros. Assim, eu dizer que nunca é correto ficar irado contra Deus equivale a colocar o sentimento de ira em uma categoria à qual ele não pertence — a categoria moral.

Este tipo de pensamento sobre os sentimentos é uma das razões por que existe tanta superficialidade no cristianismo. Pensamos que somente atos de reflexão e volição têm relevância moral, neste mundo. E achamos que sentimentos como desejo, deleite, frustração e ira são sentimentos involuntários, que irrompem em nossa alma sem relevância moral. Não nos admiramos com o fato de que muitas pessoas não buscam serem transformadas em seus sentimentos, mas apenas nas “escolhas”. Isso produz um crente superficial.

Esta pressuposição é contrária ao ensino da Bíblia. Na Bíblia, muitos sentimentos são considerados moralmente bons ou maus. O que os torna bons ou maus é a maneira como eles se relacionam com Deus. Se mostram que Deus é verdadeiro e precioso, os sentimentos são bons. Se sugerem que Deus é mau, falso ou tolo, tais sentimentos são maus. Por exemplo, o deleitar-se no Senhor não é neutro, visto que é recomendado (Sl 37.4). Portanto, é bom. Mas deleitar-se com a injustiça é errado (2 Ts 2.12), porque significa que o pecado é mais desejável do que Deus, e isto não é verdade.

O mesmo é verdade a respeito da ira. A ira demonstrada em relação ao pecado é boa (Mc 3.5), mas a ira dirigida contra a bondade é pecado. Essa é a razão por que nunca é correto ficar irado contra Deus. Ele é sempre e tão-somente bom, não importa quão estranhos e dolorosos pareçam os caminhos dEle para conosco. A ira dirigida contra Deus significa que Ele é mau, fraco, cruel e tolo. Nada disso é verdade e isso desonra a Ele. Quando Jonas e Jó ficaram irados contra Deus, Jonas foi repreendido por Deus (Jn 4.9), e Jó se arrependeu no pó e na cinza (Jó 42.6).

A segunda pressuposição que pode levar muitas pessoas a tropeçarem na afirmação de não ser correto ficar irado contra Deus é a pressuposição de que Deus realmente faz coisas que nos dão motivo para ficarmos aborrecidos com Ele. Mas, embora a providência de Deus pareça bastante dolorosa, devemos crer que Ele é bom, e não ficarmos irados contra Ele. Isso seria semelhante a ficarmos irados contra o cirurgião que nos opera. Tal ira seria correta, se o cirurgião se enganasse e cometesse um erro. Mas Deus nunca se engana.

Tenho aprendido, com o passar dos anos, que, se uma pessoa pergunta: “É correto ficar irado contra Deus?”, ela pode estar querendo perguntar outra coisa bem diferente. Talvez esteja querendo dizer: “É correto expressar ira contra Deus?” Estas perguntas não significam a mesma coisa, e a resposta nem sempre é a mesma.

Este tipo de pergunta geralmente surge em tempos de perdas e grandes sofrimentos. A doença ameaça desfazer todos os seus sonhos. A morte toma um filho precioso da família. Um divórcio ou um abandono completamente inesperados abala os alicerces de seu mundo. Nestas ocasiões, as pessoas são capazes de se irarem bastante contra Deus.

Isto é correto? Para responder esta pergunta, podemos, talvez, questionar as pessoas iradas: é correto sempre ficar irado contra Deus? Em outras palavras, uma pessoa pode sentir-se irada contra Deus por qualquer motivo e ainda estar correta? Foi correto, por exemplo, Jonas irar-se contra a misericórdia de Deus para com Nínive? “Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado” (Jn 3.10-4.1). Imagino que a resposta é “não”. Não devemos ficar irados contra Deus por simplesmente qualquer razão.

Todavia, perguntamos: que atos de Deus nos dariam o direito de ficarmos irados contra Ele, e quais atos não nos dariam este direito? Isto é difícil de responder. A verdade começa a fechar o coração irado.

Que tal respondermos: as coisas que nos desagradam? Estes atos de Deus justificam nossa ira contra Ele? São atos de Deus que nos ferem? “Eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão” (Dt 32.39). Estes atos nos justificam em dirigir nossa ira contra Deus? Ou é a escolha dEle em permitir que o diabo nos prejudique ou nos aflija? “Disse o Senhor a Satanás: Eis que ele [Jó] está em teu poder; mas poupa-lhe a vida. Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2.6-7). A decisão de Deus em permitir que Satanás aflija a nós e a nossos filhos justifica a ira que sentimos contra Ele?

Ou veja a ira por outro lado. O que é a ira? A definição comum é: “Um intenso estado emocional induzido por desprazer”. Mas existe uma ambigüidade nesta definição. Você pode sentir “desprazer” por uma coisa ou por uma pessoa. Ira por uma coisa não contém indignação contra uma decisão ou um ato. Apenas não gostamos dos resultados daquela coisa: a embreagem quebrada, o grão de areia que alojou-se em nosso olho ou a chuva em nosso piquenique. Mas, quando ficamos irados contra uma pessoa, sentimos desprazer na escolha que ela fez ou na atitude que ela praticou. A ira contra uma pessoa sempre implica forte desaprovação. Se você está irado contra mim, acha que eu fiz algo que não deveria ter feito.

Esta é razão por que irar-se contra Deus nunca é correto. É errado — sempre errado — desaprovar a Deus por aquilo que Ele faz e permite. “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). É arrogância de criaturas finitas e pecaminosas desaprovar a Deus por aquilo que Ele faz e permite. Podemos lamentar o sofrimento. Podemos ficar irados contra o pecado e contra Satanás. Mas Deus é sempre correto naquilo que faz e permite. “Ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos” (Ap 16.7).

Muitos dos que dizem ser correto o irar-se contra Deus realmente querem dizer que é correto expressar a Deus a suaira. Quando eles me ouvem afirmar que é errado ficar irado contra Deus, pensam que isto significa: “Alimente os seus sentimentos e seja hipócrita”. Este não é o significado das minhas palavras. Elas significam que é sempre errado desaprovar a Deus em qualquer de seus juízos.

Se experimentamos a emoção pecaminosa de ira contra Deus, o que devemos fazer? Devemos acrescentar o pecado de hipocrisia ao pecado de ira? Não. Se temos tal sentimento, devemos confessá-lo a Deus. Ele o conhece, de qualquer maneira. Deus vê o nosso coração. Se a ira contra Deus estiver em nosso coração, podemos contar-lhe isso, dizer que sentimos tristeza e pedir-Lhe que nos ajude a remover tal ira, mediante a fé em sua bondade e sabedoria.

Quando Jesus morreu na cruz por nossos pecados, Ele removeu para sempre a ira de Deus, em favor de todos os que crêem nEle. A disposição de Deus para conosco agora é de completa misericórdia, mesmo quando se mostra severa e disciplinadora (Rm 8.1). Portanto, aqueles que confiam em Cristo serão removidos do terrível espectro da ira de Deus. Podemos clamar em agonia: “Deus meu, Deus meu, onde estás?” Mas logo diremos também: “Em tuas mãos, entrego o meu espírito”.

Digo-o novamente: nunca é correto ficar irado contra Deus. Mas, se você cair neste pecado, não o aumente por meio de hipocrisia. Conte a Deus a verdade e arrependa-se.


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade: Não Tornem o Céu Mais Difíci

Esse post é o primeiro de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do “Let the Nations Be GladRegozijem-se as Nações, publicado pela editora Cultura Cristã*).

Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” Seus discípulos ficaram espantados, tão quanto ficariam frente ao “Movimento da Prosperidade”. Então Jesus elevou ainda mais o espanto deles, dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” Eles responderam em descrença: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus disse, “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.” (Marcos 10:23-27)

Isso significa que o espanto dos discípulos tinha fundamento. Um camelo não pode passar pelo fundo de uma agulha. Isso não é uma metáfora para algo que requer muito esforço ou humilde sacrifício. Não dá para ser feito. Sabemos disso porque Jesus disse Impossível! Foi a palavra Dele, não a nossa. “Para os homens, é impossível.” O ponto é que a mudança de coração exigida é algo que o homem não pode fazer por si mesmo. Deus precisa fazê-lo — “... contudo, não [é impossível] para Deus.”

Não conseguimos nos fazer parar de valorizar o dinheiro acima de Cristo. Mas Deus pode. Isso são boas novas. E isso deveria ser parte da mensagem que os pregadores da prosperidade anunciam antes que incitem as pessoas a se tornarem mais como um camelo. Por que um pregador iria querer anunciar um evangelho que encoraja o desejo de ser rico, confirmando deste modo as pessoas em seu desajuste ao reino de Deus?
Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Original: To Prosperity Preachers

Tradução : voltemosaoevangelho.com
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

[DEVOCIONAL] John Piper - Para Vós, Que Credes, Ele é a Preciosidade

Penetrado pela PAlavra - John Piper

Para Vós, Que Credes, Ele é a Preciosidade

por John Piper

A marca distintiva de um filho de Deus não é a perfeição, e sim a fome por Cristo. Se temos experimentado a bondade do Senhor, desejaremos a Cristo (1 Pe 2.2-3). A razão para isso é que um filho possui a natureza de seu pai. Somos participantes da natureza divina (2 Pe 1.4), se somos nascidos de Deus e temos a semente divina permanente em nós (1 Jo 3.9). Somos como que lascas da Antiga Rocha. 1 Pedro 2.4 afirma que Cristo é precioso para Deus, e o versículo 7 nos diz que Ele é precioso para o crente. Por conseguinte, o crer que salva não é apenas uma concordância com o fato de que a Bíblia é verdadeira. O crer que salva implica uma nova natureza que valoriza aquilo que Deus ama.

À luz deste fato, considere João 17.26. Que promessa maravilhosa! Nessa ocasião, Jesus está orando por seus discípulos e por todos os que crerão nEle, pelo testemunho verbal de seus discípulos (Jo 17.20). Ele concluiu sua oração com a mais sublimes das petições: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja”.

Considere atentamente. O pedido de Jesus ao Pai foi que o amor de Deus pelo Filho estivesse em nós. Você já pensou que Jesus deseja que você o ame não somente com o seu amor, mas também com o amor que Deus Pai tem pelo Filho? Como isto é possível? É possível por causa do novo nascimento. Tornar-se um crente significa ter uma nova natureza, outorgada por Deus. Em termos práticos, isto significa que Deus entra em nossa vida por intermédio do Espírito Santo e começa a dar-nos novas afeições, novas emoções, ou seja, as emoções de Deus. É a presença de Deus, o Espírito, em nossa vida que nos faz amar a Jesus com o amor de Deus Pai. De fato, o Espírito Santo deve ser visto como o amor de Deus em uma Pessoa. Ser governado pelo Espírito significa ser governado por um amor divino por Jesus. Ele estava simplesmente orando que fôssemos cheios do Espírito, a Pessoa divina que expressa o amor que o Pai tem para com o Filho. Deste modo, seremos cheios do próprio amor com o qual o Pai ama o Filho.

Que imenso amor! Em todo o universo, não existe amor maior do que o amor transbordante que existe entre o Pai e o Filho, na santíssima Trindade. Nenhum amor é mais poderoso, mais intenso, mais contínuo, mais puro, mais repleto de deleite no Amado do que o amor de Deus para com o Filho. É uma energia de gozo que faz as bombas atômicas parecerem fogos de artifício. Oh! como o Pai se deleita no Filho! Oh! quão precioso o Filho é para o Pai! “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, disse o Pai no batismo de Jesus (Mt 3.17). “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5).

Em todo o universo, ninguém é mais precioso para o Pai do que o seu Filho, Jesus Cristo. É deste modo que Ele deve ser precioso para nós. Com que amor infinito o Pai ama o Filho! Esta é a grandeza para a qual estamos nos dirigindo em nosso deleite no Filho. Ó crente, junte-se ao Pai neste maior de todos os amores! Se você é nascido de Deus, veja Jesus com os olhos de Deus.

Para vós... que credes, é a preciosidade.


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

Quais são os seus planos para o Dia das Mães? – Encontrando o Valor do Amor

9.5.10 | Postado por: (-V-)

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” Êxodo 20:12

A Bíblia manda honrar seu pai e sua mãe, então quando guardamos o Dia das Mães ou o Dia dos Pais, estamos obedecendo a Escritura. Você pode honrar seu pai e sua mãe de três formas: Obedeça-os enquanto jovem, cuide-os quando forem idosos, e honre-os a todo tempo. Como você os honra?

-Mostre respeito por eles.

-Expresse gratidão. Agradeça-os. Aprenda a desenvolver uma atitude de gratidão. Você já agradeceu a seus pais por tudo o que eles fizeram?

-Ouça seus conselhos.

-Demonstre amor pelos seus pais. Pense em tudo o que você deve a eles. Eles te deram vida. Estou convencido de que a o que há de mais próximo do amor de Deus é o amor de uma mãe.

Por que você não senta e escreve uma carta para sua mãe ou pai e diga a eles o quão grato você é por eles? Vou te dizer uma coisa: eles irão lê-la repetidas vezes. E quando eles morrerem, você estiver arrumando as coisas deles, você encontrará aquela carta dobrada com os tesouros mais preciosos deles. Faça isso ao invés de dizer que gostaria de ter feito. E se seus pais não estão vivos, dê-lhes honra e agradeça a Deus pela memória deles.

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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