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1 de jan. de 2011

Teologia da Prosperidada - Parte 1 de 6


Estudo sobre o livro de Rute - John Piper (parte 3)


No capítulo 1 a mão de Deus caiu fortemente sobre Noemi e sua família. A fome em Judá, uma mudança para Moabe, a morte de seu marido, o casamento de seus dois filhos com mulheres estrangeiras, a morte de seus filhos. Um golpe após outro. Noemi diz então (1:13, 20), "A mão do Senhor foi contra mim. . . o Todo-Poderoso tem lidado muito amargamente comigo." Na verdade, ela está tão oprimida pela providência amarga de Deus em sua vida que ela não pode ver nenhum dos sinais de esperança que tem começado a aparecer.


Ela sabe que existe um Deus. Ela sabe que ele é Todo-Poderos e onipotente sobre as regras nacionais e assuntos pessoais dos homens. E ela sabe que Ele tem lidado com ela. Sua vida é trágica. O que ela esqueceu é que em todas as amargas experiências de seus filhos Deus tem traçando algo para a sua glória. E se nós acreditarmos nisso e lembrarmos-nos disso, nós não iríamos ser tão cegos como Noemi parece estar quando Deus começa a revelar a sua graça.


A doce providência de Deus
Doce providência, bem como amarga providência acontece na vida de Noemi no capítulo 1. Deus acaba com a fome e abre o caminho de volta para casa para Noemi. Ele lhe dá uma surpreendente dedicada e amorosa ‘filha’ para acompanhá-la. E Ele preserva um parente do marido de Noemi, que algum dia poderá se casar com Rute e preservar a linha famíliar de Noemi. Mas Noemi não vê nada disso. No final do capítulo, ela diz para o povo de Belém "Cheia parti, porém vazia o SENHOR me fez tornar; por que pois me chamareis Noemi? O SENHOR testifica contra mim, e o Todo-Poderoso me tem feito mal. "(v. 21). Então, Rute e a amarga Noemi se estabelecem em Belém. No capítulo 2, a misericórdia de Deus torna-se tão óbvia que até mesmo Noemi pode reconhecê-la.

CAPÍTULO 2
1  E TINHA Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da família de Elimeleque; e era o seu nome Boaz. 2  E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, minha filha. 3  Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque. 4  E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O SENHOR seja convosco. E disseram-lhe eles: O SENHOR te abençoe. 5  Depois disse Boaz a seu moço, que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? 6  E respondeu o moço, que estava posto sobre os segadores, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe. 7  Disse-me ela: Deixa-me colher espigas, e ajuntá-las entre as gavelas após os segadores. Assim ela veio, e desde pela manhã está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa. 8  Então disse Boaz a Rute: Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças. 9  Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços, que não te molestem? Tendo tu sede, vai aos vasos, e bebe do que os moços tirarem. 10  Então ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra; e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira? 11  E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido; e deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que antes não conheceste. 12  O SENHOR retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do SENHOR Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. 13  E disse ela: Ache eu graça em teus olhos, SENHOR meu, pois me consolaste, e falaste ao coração da tua serva, não sendo eu ainda como uma das tuas criadas. 14  E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu, e se fartou, e ainda lhe sobejou. 15  E, levantando-se ela a colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher, e não a censureis. 16  E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar, para que os colha, e não a repreendais. 17  E esteve ela apanhando naquele campo até à tarde; e debulhou o que apanhou, e foi quase um efa de cevada. 18  E tomou-a, e veio à cidade; e viu sua sogra o que tinha apanhado; também tirou, e deu-lhe o que sobejara depois de fartar-se. 19  Então disse-lhe sua sogra: Onde colheste hoje, e onde trabalhaste? Bendito seja aquele que te reconheceu. E relatou à sua sogra com quem tinha trabalhado, e disse: O nome do homem com quem hoje trabalhei é Boaz. 20  Então Noemi disse à sua nora: Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores. 21  E disse Rute, a moabita: Também ainda me disse: Com os moços que tenho te ajuntarás, até que acabem toda a sega que tenho. 22  E disse Noemi a sua nora: Melhor é, filha minha, que saias com as suas moças, para que noutro campo não te encontrem. 23  Assim, ajuntou-se com as moças de Boaz, para colher até que a sega das cevadas e dos trigos se acabou; e ficou com a sua sogra.

Boaz: um homem cheio de Deus
Nos versículos 1-7 nos encontramos Boaz, vemos o personagem de Rute, e sentimos uma misericordiosa providência por trás dessa cena. Boaz, que nós aprendemos, é um parente de Elimeleque, o marido falecido de Noemi. Imediatamente percebemos que as coisas não são tão sombrias como Noemi sugeriu no capítulo 1:11-13 onde ela deu a impressão de que não havia ninguém para Rute e Orfa se casarem para continuar a linha familiar de seus maridos. 


Para a pessoa que lê esta história a primeira vez, Boaz é como uma rachadura brilhante na nuvem de amargura que pairava sobre Noemi. Ele vai ficando cada vez maior e maior. Por exemplo, versículo 1 diz que ele é um homem de riqueza. Mas mais importante do que isso, o versículo 4 mostra que ele é um homem de Deus. Por que outra razão teria o contador de histórias pausado para registrar a forma como Boaz cumprimentou seus servos? "E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor esteja convosco ", e Eles responderam: "O Senhor te abençoe." Se você quer saber a relação de um homem com Deus, você precisa descobrir o quanto Deus tem saturado os detalhes de sua vida cotidiana. Evidentemente Boaz era um homem tão saturado de Deus que seu negócio de agricultura e sua relação com seus funcionários foi baseado completamente em Deus. Ele os cumprimentou com Deus. E nós veremos em um minuto que estes eram mais do que intenções piedosas.


Rute: uma mulher de caráter


Além de Boaz nos versículos 1-7, vemos o personagem de Rute, que vai ser muito importante no que este capítulo pretende ensinar.


1. Iniciativa de Rute em cuidar de Noemi
Primeiro, vemos a iniciativa de Rute para cuidar de sua sogra. Observe no versículo 2, Noemi não comanda Rute para sair e trabalhar. Rute diz: " Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça." Rute se comprometeu com Noemi com uma dedicação incrível e ela toma a iniciativa de trabalhar e sustentá-la.


2. A humildade de Rute
Em segundo lugar, vemos a humildade de Rute. Ela sabe como tomar a iniciativa sem
ser presunçosa. No versículo 7 os servidores fazem um relatório para Boaz de como ela havia se aproximado naquela manhã. Ela disse, " Deixa-me colher espigas, e ajuntá-las entre as gavelas após os segadores." Ela não demanda uma parte da colheita. Ela não pressupõe o direito de recolher mesmo. Tudo o que ela quer é recolher as sobras depois que os ceifeiros terminarem e ela pede permissão até mesmo para fazer isso. Ela é como uma outra mulher estrangeira que veio para


Jesus e disse: "Senhor, até os cachorrinhos comem as migalhas debaixo da mesa dos seus senhores", à qual Jesus respondeu, exaltando sua fé. Rute sabe tomar a iniciativa, mas ela não é agressiva ou arrogante, mas mansa e humilde.


3. Trabalho de Rute
Em terceiro lugar, vemos o seu trabalho. Ela é uma trabalhadora surpreendente. O versículo 7 continua, "Assim ela veio, e desde pela manhã está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa." O versículo 17 continua a dizer que ela trabalha até a noite e em seguida, antes de ela sair, ela debulhou o que ela recolhido, e levou para a casa de Noemi. Não há dúvida de que o escritor quer que a gente admire e copie Rute. Ela toma a iniciativa de cuidar da sogra carente. Ela é humilde e mansa e não se colocar a frente presunçosamente. E ela trabalha duro de sol a sol. Iniciativa. Humildade. Trabalho. Traços de valor. Mantenha os olhos abertos para eles.


Providência misericordiosa de Deus
Mas antes de sairmos dos versículos 1-7, você sentiu uma providência misericordiosa por trás de tudo isso? Observe o versículo 3: "Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque." Noemi, com sua grande teologia sobre a soberania de Deus, é quem dará a resposta sobre essa ‘coincidência’. A resposta é a misericordiosa providência de Deus está guiando Rute enquanto ela trabalha. Rute foi trabalhar no campo de Boaz, porque Deus é misericordioso e soberano, mesmo quando ele está silencioso. Como diz o provérbio (16:9) diz: "O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos."


Por que tem Rute achou graça?


Agora, nos versículos 8 e 9 Boaz aborda Rute e mostra sua grande bondade, mesmo ela sendo uma estrangeira. Ele provê comida, dizendo-lhe para trabalhar em seu campo e ficar logo atrás as suas moças. Ele oferece proteção dizendo aos jovens para não molestá-la (v. 9). E ele provem para sua sede, dizendo-lhe para beber do que os homens tinham trazido. Assim, toda a riqueza e piedade de Boaz começar a virar em favor do bem-estar de Rute.


Agora chegamos ao intercâmbio mais importantes no capítulo, versículos 10-13. Rute levanta uma questão que acaba por ser muito profunda. É uma questão que todos nós precisamos fazer a Deus. Quase nada na nossa vida é mais importante do que a resposta que recebemos.


“Então ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra; e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira?”


Rute sabe que ela é uma moabita. Do ponto de vista natural, essa é uma características contra ela. Ela não se ressente disso, mas aceita. Como uma não israelita, ela não espera nenhum tratamento especial. Então sua resposta a bondade de Boaz é demonstrar surpresa.


Ela é muito diferente da maioria das pessoas hoje em dia. Esperamos a bondade dos outros e ficamos surpreso e ressentido se não recebemos. Mas, Rute expressa seu senso de indignidade caindo sobre seu rosto e se curvando ao chão. As pessoas orgulhosas não dizem obrigado. As pessoas humildes se tornam ainda mais humildes quando tratadas graciosamente. A graça não se destina a levantar-nos da humildade. A intenção é fazer-nos felizes e satisfeitos em Deus.


Não em função do seu mérito


Rute pergunta por Boaz tratou com ela tão graciosamente. Versículos 11 e 12 são cruciais para a resposta:


“E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido; e deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que antes não conheceste. O SENHOR retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do SENHOR Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”


Observe: Quando Rute pergunta por que ele está demonstrado graça, Boaz não responde dizendo que a graça não tem condições. Ele responde a pergunta dizendo: "Porque você amou Noemi tanto que você estava disposta a deixar seu pai e mãe para servi-la em uma terra estranha." Será que isto quer dizer que o escritor quer que pensemos que Rute merece o favor de Boaz e o favor de Deus por seu amor por Noemi? Será que ele quer que nós entendamos a graça como um merecimento? Eu acho que não. 


Se Rute ganhou o favor de Boaz por méritos, então temos de pensar nela como uma espécie de empregada ou prestadora de serviços, e que Boaz, como seu empregador, simplesmente pagou pelo serviço prestado. Essa não é a imagem que o escritor quer criar em nossas mentes. O versículo 12 dá outra imagem que faz com que o conceito de empregado-empregador seja impossível.


Porque Ela buscou refúgio sob as asas de Deus


Boaz diz no versículo 12 que Deus é realmente quem está premiando o amor Rute por Noemi. Boaz é apenas o instrumento de Deus (como nós vamos aprender com Noemi mais a frente). Mas observe a expressão: "O SENHOR retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do SENHOR Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar." Este versículo não nos encoraja a imagem Rute como uma empregada de Deus, que ele está recompensando com um bom salário. A imagem é de Deus como uma grande águia alada e Rute como uma águiazinha ameaçada que vem em busca de segurança sob as asas da Águia. A implicação do versículo 12 é que Deus recompensará Rute porque ela tem procurado refúgio debaixo das suas asas.


Este é um ensinamento comum no Antigo Testamento. Por exemplo, Salmo 57:1 diz: "TEM misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.". Por que Deus deveria mostrar misericórdia para com Rute? Porque ela buscou refúgio sob as suas asas. Ela contou com a proteção divina. Ela fixou seu coração em Deus para sua esperança e alegria. E quando uma pessoa faz isso, a honra de Deus está em jogo e Ele será misericordioso. Se você invocar o valor de Deus como a fonte de sua esperança em vez de invocar o seu próprio valor como fonte de esperança, então o firme compromisso de Deus para com o seu próprio valor irá englobar todo o seu coração para sua proteção e alegria.


Buscando refúgio em Deus e amando os outros


Mas devemos nos perguntar como o amor de Rute para Noemi e sua própria família, se relaciona à sua busca por refúgio sob as asas de Deus. A relação entre estar se refugiando sob as asas de Deus, por um lado é sair de casa para cuidar de Noemi. Abrigar-se sobre as asas de Deus permitiu Rute abandonar o refúgio humano e dar-se ao amor por Noemi. Ou outra maneira de dizer é que sair de casa para cuidar de Noemi é o resultado e a prova de buscar refúgio em Deus.


A Mensagem do Evangelho


Então, agora de volta à questão de Rute no versículo 10: "Por que achei graça?" A resposta é que ela tenha tomado refúgio sob as asas de Deus e que este deu-lhe a liberdade e o desejo de sair de casa e amar Noemi. Ela não mereceu a misericórdia de Deus ou de Boaz. Eles não estão pagando o salário por seu trabalho. 


Esta é a mensagem do evangelho no Antigo Testamento e o Novo Testamento. Deus tenha piedade de qualquer pessoa que se humilha como Rute e se refugia sob as asas de Deus. Jesus disse:


"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!"  (Mateus 23 : 37)


Tudo o que os fariseus tinham de fazer era refugiar-se sob as asas de Jesus. Parar de justificar-se. Parar de confiar em si mesmos. Parar de glorificar a si mesmos. Mas eles não quiseram. Rute não era o seu modelo. Eles não caíram com seu rosto em terra diante de Jesus. Eles não se curvaram. Não demonstraram nenhum espanto com graça. Não sejamos como os fariseus. Sejamos como Rute.


Deus não é um empregador olhando para os funcionários. Ele é uma águia à procura pessoas que vão se refugiar debaixo das suas asas. Ele está procurando pessoas que deixarão pai e mãe e pátria ou qualquer outra coisa que pode nos impedir de uma vida de amor sob as asas de Jesus.


Noemi Teologia da Soberania de Deus


Deixe-me terminar dizendo que Rute trabalha até a tarde. E ela volta para Noemi e dá-lhe as sobras do almoço e todo o grão (v. 17-19). Ela diz o que aconteceu com Boaz, e a teologia de Noemi sobre soberania de Deus, no versículo 20, lhe serve bem. Ela diz, "Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos."


Eu acho que a bondade que ela se refere é a bondade do Senhor. Boaz tinha começado a mostrar bondade para com os vivos e mortos.  Foi o Senhor que parou a fome. Foi o Senhor que vinculou Rute a Noemi com amor. Foi o Senhor que preservou Boaz para Rute. A luz do amor de Deus finalmente rompeu brilhante o suficiente para Noemi ver. O Senhor é bom. Ele é bom para todos que se refugiam debaixo das suas asas. Por isso, vamos cair em nossos rostos, curvar-nos diante do Senhor, confessar a nossa indignidade, buscar refugio sob as suas asas, e nos maravilhar com sua graça.

Humilhando-se para Crescer - J. I. Packer


- A VIDA DE ARREPENDIMENTO -

Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que sau¬dades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes ino¬centes neste assunto. 2Co 7.9-11

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Se, pois, zeloso e arrepen¬de-te. Ap3.19

CRESCENDO PARA CIMA E PARA BAIXO

De vez em quando, durante os anos de adolescência do meu filho, pedía¬mos para ele ficar em pé, com as costas apoiadas na parede da sala de jantar, para que marcássemos com um lápis sua altura na parede de madeira branca. Ele estava crescendo fisicamente, ficando mais alto a cada mês que passava, e aquilo o deixava animado. O mesmo acontecia conosco. Afinal de contas, é realmente emocionante observar o crescimento de seu filho. Algo estaria er¬rado conosco se não estivéssemos interessados no modo como ele crescia. Mas este capítulo não fala de crescimento ele fala de crescer para baixo, algo que todo cristão precisa aprender.

A expressão "crescerpara baixo'7 é, sem dúvida, estranha em uma cultura como a nossa. Comemoramos o crescimento físico e exortamos aqueles que escorregaram e caíram na petulância infantil de crescer emocionalmente. Além disso, temos o hábito de falar em crescimento espiritual, e as nossas versões bíblicas fazem o mesmo. Em geral, elas traduzem um verbo grego, que nada tem a ver com a idéia de "crescer para cima" com esta conotação, como podemos ver em Efésios 4.15: "Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo", e em 1 Pedro 2.2: "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação".

Concordo que falar em crescer para baixo tendo este plano de fundo parece inusitado. No entanto, o objetivo de minha colocação é chamar a atenção e fazer uma consideração. O que temos de perceber é que só crescemos em direção a Cristo quando diminuímos (humildade, do latim humilis, que significa "baixo"). Os cristãos, podemos dizer, crescem mais quando ficam pequenos.

Sobre seu próprio ministério, em relação ao do Senhor Jesus, João Batista declarou: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). Algo similar a estas palavras tem de ser dito em relação à nossa vida como cristãos. O orgulho nos infla como balões, mas a graça perfura a nossa vaidade e faz com que o ar quente do orgulho saia de nosso sistema. O resultado (muito saudável) é que diminuímos e passamos a nos ver menores - menos agradáveis, menos capazes, menos inteligentes, menos competentes, menos fortes, menos preparados, menos comprometidos e assim por diante - do que imaginávamos ser. Paramos de falar para nós mesmos que somos pessoas de grande importância para o mundo e para Deus. Aceitamos o fato de que somos dispensáveis e insignificantes.

Ao nos esvaziarmos de nossas fantasias de total competência, começamos a tentar ser confiantes, obedientes, dependentes, pacientes e abertos em nosso rela¬cionamento com Deus. Abrimos mão do sonho de sermos admirados por fazer tudo maravilhosamente bem. Começamos a nos ensinar, impassível e praticamen¬te, a reconhecer que, de acordo com os padrões do mundo, não temos probabilida¬de de parecer, ou, na verdade, ser, bem-sucedidos. Nós nos submetemos a situa¬ções que esfregam nossas fraquezas no nosso próprio nariz, e nos voltamos para Deus na tentativa de conseguir forças para vencê-las. Isto é parte, no mínimo, do que significa responder ao chamado do Senhor para sermos como crianças.
James Denney, um estudioso escocês, disse certa vez que é impossível deixar, ao mesmo tempo, a impressão de que sou um grande pregador e Jesus Cristo, um grande Salvador. Da mesma forma, é impossível deixar, ao mesmo tempo, a im¬pressão de que sou um grande cristão e Jesus Cristo, um grande Mestre. Portanto, o cristão deve fazer de sua atitude de diminuição uma prática, de modo que, nele e por meio dele, o Salvador possa mostrar-se grande. Isto é o que quero dizer com crescer para baixo.

Crescimento para Baixo

A vida de santidade é uma vida de crescimento para baixo o tempo todo. Quando o apóstolo Pedro escreve: "Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 3.18), e Paulo fala de crescer em Cristo (Ef 4.15) e alegra-se com o crescimento da fé dos tessalonicenses (2Ts 1.3), o alvo de ambos é um progresso na direção da pequenez pessoal, que permi¬te que a grandeza de Cristo apareça. O sinal deste tipo de progresso é que as pessoas se sintam e digam cada vez mais que nada são e que Deus, em Cristo, tornou-se tudo de que precisam para levar a vida adiante. E dentro desta estru¬tura, desta contínua diminuição do nosso ego carnal, como podemos chamá-la, que enquadra-se a tese deste capítulo.
O que pretendo discutir é que os cristãos são chamados a uma vida de contínuo arrependimento, como uma disciplina integral para uma vida santa saudável. A primeira das noventa e cinco teses de Lutero, fixadas na porta da Igre¬ja de Wittenberg em 1517, declarava: "Quando nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo disse: ' Arrependei-vos' (Mt 4.17), ele queria que a vida toda dos cris¬tãos fosse marcada pelo arrependimento". O puritano Philip Henry, que morreu em 1696, respondeu à insinuação de que enfatizara o arrependimento em dema¬sia, afirmando que esperava carregar o seu próprio arrependimento até às portas do céu. Estas duas citações indicam a compreensão que estamos sintonizan¬do no momento.

Aqui onde moro, na província de British Columbia, onde as chuvas são fortes, as estradas onde o sistema de drenagem de água falha logo ficam inundadas e intransitáveis. O arrependimento, como veremos, é a drenagem rotineira da estra¬da da santidade na qual Deus nos chama a todos a trilhar. E o caminho que tomamos na nossa vida que é oposto àquele que mostrou-se cheio de água suja, parada, e cheio de detritos. Esta rotina é uma necessidade vital, pois onde não há o verdadeiro arrependimento, não há o verdadeiro progresso espiritual, e o verda¬deiro crescimento espiritual fica estagnado.

Em falando de contínuo arrependimento, não quero deixar a impressão de que o arrependimento pode tornar-se algo automático e mecânico, como o são nossas regras de etiqueta à mesa e hábitos para dirigir um carro. Isto não pode acontecer.

Cada gesto de arrependimento é uma ação separada e um esforço moral distinto, talvez algo que exija um alto preço. Arrepender-se nunca é agradável. Sempre, de diversas formas, é um gesto que causa dor, e continuará sendo enquanto vivermos. De modo algum, quando falo de arrependimento contínuo, tenho em mente formar e manter um hábito consciente de arrependimento tão freqüente quanto a nossa necessidade - embora isto, sem dúvida, signifique (vamos encarar os fatos) uma prática diária na nossa vida. É a sabedoria de igrejas que usam liturgias de modo a fornecer orações de penitência para serem usadas em todos os cultos. Essas orações sempre caem como uma luva. Em nossos momentos particulares de devoção, as orações de penitência diárias sempre serão uma necessidade também.

Pouco se fala nesses dias sobre a disciplina do arrependimento contínuo. É visível que os escritores sobre as disciplinas espirituais não têm tratado deste assunto, e o Dictionary ofChristian Spirituality (Dicionário da Espiritualidade Cristã) padrão, publicado agora nos Estados Unidos como o Westminster Dictionary (Dicionário de Westminster), não faz menção do assunto. No entanto, trata-se de uma lição básica que deve ser aprendida na escola da santidade de Cristo. Como já foi dito, o tema é vital para a saúde espiritual. Portanto, vamos tentar entendê-lo melhor.

Um Ministério Fiel





Robert Murray McCheyne

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecer á a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”

Queridos amigos, hoje faz cinco anos que comecei o meu ministério entre vocês, neste lugar. É bom que agora, na presença de Deus, vejamos como progredimos nestes anos. Vamos observar:

1. Todos os fiéis ministros do evangelho proclamam a Cristo

Jesus como Senhor.

.Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor. (v. 5). Ora, há duas coisas implícitas nesse tipo de pregação.

a. Não pregamos as imaginações de nossas mentes, mas a verdade sobre a pessoa de Cristo.

Muitos homens pregam a si mesmos e suas próprias teorias. Ainda antes da época dos apóstolos isto acontecia: muitos ensinavam as suas próprias imaginações. Mas, quando os apóstolos surgiram, pregaram de maneira diferente. João Batista testemunhou: .Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!. (Jo 1.29). De forma semelhante, os apóstolos disseram: .E nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. (At10.39). E lembramo-nos de Felipe, que desceu a Samaria e .anunciava-lhes a Cristo. (At 8.5). Foi exatamente isso que o apóstolo João afirmou em sua primeira carta: .O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. (1.3). Este é o início, o meio e o fim de um ministério de pregação do evangelho.
Olhando para os cinco anos de nosso ministério, acho que posso colocar a mão sobre o coração e humildemente pensar que tenho feito isso durante esse tempo. E por que devemos fazer isto? Porque o evangelho é a mais vivificante mensagem do mundo.

Em certa noite, estava passando ao lado de uma casa e ouvi um homem pregando, um homem que parecia demonstrar sinceridade. Parei e escutei . ele estava pregando sobre leis e política. Observei que um homem pode pregar até mesmo sobre o dia do juízo, mas ele nunca torna as pessoas santas. Mas, nós pregamos a Cristo Jesus como Senhor, para que vocês tornem-se santos.

b. Não pregamos a nós mesmos, e sim a pessoa de Cristo.

Creio que todos os ensinadores mundanos pregam a si mesmos; mas este não deve ser objetivo de ministros fiéis. É a Cristo Jesus, o Senhor, que devemos louvar e não aos homens. Novamente, considerando nosso ministério até agora, podemos afirmar que, embora tenha cometido tantas faltas quanto outros homens, eu não continuaria no ministério do evangelho por mais um dia sequer, se o fizesse apenas por causa de um título. Mas, se pertencemos a Cristo, Ele nos fará pregar a respeito de sua própria pessoa.

Às vezes, sinto que estaria disposto a ser morto, esquecido e desprezado, se tão-somente vocês se tornassem amigos de Cristo.

2. A pregação de todo fiel ministro do evangelho flui de sua experiência pessoal de conversão.

.Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. (2 Co 4.6). Queridos amigos, existem muitos ensinadores (acredito que são bem-intencionados) que não pregam com base em sua própria experiência; foram colocados no ministério do evangelho, mas não conhecem a Cristo. À semelhança de Balaão, falam sobre uma estrela que jamais viram (Nm 24.17). Este não era o caso de Paulo: Deus havia resplandecido em seu coração. E observem o que ele recebeu: a .iluminação do conhecimento da glória de Deus.. Não foi uma contemplação de Cristo com olhos carnais. Muitos que viram a face do Senhor Jesus estão lamentando no inferno. O que Paulo recebeu? Deus outorgou-lhe um verdadeiro, divino e espiritual conhecimento do poder, amor e beleza de Cristo, a fim de que ele, Paulo, pregasse somente o Senhor Jesus. Oh! amados, foi isto que capacitou o apóstolo a pregar aos gentios as .insondáveis riquezas de Cristo.. Foi isto que o fez permanecer sem temor diante de Nero.

Queridos amigos, vocês podem dizer que Deus resplandeceu em seus corações? Observem onde se inicia a conversão. Ela procede de Deus, que ordenou resplandecesse a luz onde havia trevas. Houve uma época quando o mundo era um caos. O que poderia trazer luz ao mundo naquela situação? Uma serena voz disse: .Haja luz.; e a luz passou a existir. O mesmo ocorre na conversão: .Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.. Vocês podem dizer isto? Se não, ainda se encontram nas trevas.

Oh! amados, orem para que ministros fiéis preguem como resultado de sua própria experiência com o Senhor. Somente aqueles que vêem a Cristo são capazes de fazê-Lo conhecido. Somente quando a água viva está fluindo, podemos falar sobre o seu poder santificador. Orem, então, para que tenhamos ministros fiéis. 3. A maneira como o ministro fiel prega.

.Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos. (v. 1).

a.Pregamos sem desfalecer.

Há muitas coisas que tendem a desanimar um ministro do evangelho. O homem natural não é capaz de suportar o que os fiéis ministros do evangelho suportam. A reprovação da parte do mundo é uma das coisas que tende a nos desanimar. Você recorda como as pessoas qualificaram nosso Senhor; chamaram- no de .bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores . (Mt 11.19). Estas são palavras desagradáveis. Não conheço nada mais difícil de suportar do que a reprovação dos homens mundanos e abastados. Eles interpretam como condenação todos os nossos esforços para salvá-los. Também desfalecemos quando pessoas abandonam nosso ministério, quando voltam para trás e não mais andam com Jesus. Outra causa de desânimo é ver muitas pessoas que permanecem na igreja mas vivem como incrédulos. Amados, estas são coisas que tendem a nos fazer desanimar.

Com freqüência tenho me sentido como se estivesse em terra firme e ouvisse um navio chocar-se contra as rochas; tenho gritado que existe um salva-vidas, mas as ondas o levam para longe. Quantas pessoas tenho visto se perderem desta maneira. Sim, amados, isto é suficiente para arrasar o ânimo de alguém. Também ficamos desanimados quando vemos que alguns de vocês assemelham-se aos solos rochosos. Apesar de tudo isso, não desfalecemos. E sabem por quê? Pregar é muitíssimo agradável. Juntamente com Henry Martin, podemos dizer: .Estou disposto a pedir esmolas durante seis dias, para que tenha a oportunidade de pregar no sétimo.. Cristo será glorificado, ainda que vocês não sejam salvos; vocês não desejam vestir as vestiduras brancas, mas outros vestirão..

b. Todo ministro fiel prega com santidade.

.Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam. (v. 2). Existem ministros do evangelho que em seu exterior são corretos, mas em seu íntimo não possuem essa qualidade. No entanto, este não foi o caso de Paulo. Creio que não podemos pregar se temos um coração mau; porém, já fomos à fonte e ali nossos corações foram lavados; nós temos rejeitado as coisas ocultas e desonestas. Oremos por ministros fiéis.

c. Pregamos não utilizando astúcia.
.Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus. (v. 2). A Palavra de Deus é confrontadora. Tenho receio de que muitos ministros do evangelho a utilizam enganosamente, não levando as pessoas a verem sua própria situação. Muitas vezes os melhores pregadores fazem isso! Oh! Amados, oremos para que levemos nossos ouvintes ao mesmo ponto a que Paulo conduziu aqueles para os quais pregava.
4. Muitas pessoas se perderão eternamente, embora estejam sendo abençoadas pelo ministério de pregadores fiéis.
.Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (vv. 3-4). Destas palavras, você reconhecerá que muitos dos ouvintes de Paulo estariam perdidos, e assim aconteceu com eles. Quando Paulo chegou a Icônio, a cidade ficou dividida: uma parte estava a favor dos apóstolos, outra, a favor dos judeus (At 14.4).
Qual é a nossa experiência? Isto não é verdade em nossa congregação? Alguns já creram, mas outros não. Por quê? Porque Satanás cegou a sua mente, para que a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus, não resplandeça sobre você. As concupiscências de seu coração criaram um denso véu para ocultar-lhe a luz do evangelho. E qual será o final? Você estará perdido. Oh! que palavra terrível . alma perdida!
Perdido para os amigos crentes. Eles olharão ao redor das incontáveis hostes de pessoas no céu e você não estará lá. Perdido para Cristo; você não pertencerá a Ele. Perdido para Deus, que dirá: .Este não me pertence .. Ó, amado, se nosso evangelho ainda lhe está encoberto, você será uma alma perdida por toda a eternidade! Todos os anjos não lhe poderão contar a miséria de ser uma alma perdida por toda a eternidade!

Dia a dia tome a sua cruz e siga-me



Lucas 9.23
Clodoaldo Machado 

Na época em que Jesus proferiu estas palavras, cruz era sinônimo de morte. Ela marcava o fim da vida de uma pessoa. Era o conhecido método de execução da pena de morte dos romanos. Quando alguém era condenado à morte, era na cruz que a pena era executada. Os romanos ordenavam que a pessoa tomasse a própria cruz e a carregasse até o local da execução.

Os discípulos que estavam ouvindo estas palavras entenderam claramente que Jesus falava sobre morte. Eles compreenderam que Ele estava dizendo que quem quisesse segui-lo deveria ter disposição de morrer. Quanto a isso certamente não houve dúvida.
O fator intrigante nas palavras de Jesus é que a pessoa que tomava sua cruz no método romano fazia isso somente uma vez. Ela tomava sua cruz, caminhava até o local da crucificação, ali ela era pregada e deixada exposta até a morte. Quando a pessoa demorava a morrer, soldados romanos lhe quebravam as pernas, afim de que morresse mais rápido.
Jesus, porém falou de tomar a cruz dia a dia. Ele não estava falando sobre morrer uma vez só, como acontecia na prática romana. Aqui ele está falando de morrer mais de uma vez.
Como pode ser isso? Como alguém pode morrer dia a dia? A morte não é de uma vez por todas?
A resposta é que no método romano a morte era física e Jesus está falando aqui da morte espiritual da natureza pecaminosa. Jesus está dizendo que segui-lo significa estar disposto a levar à morte a natureza pecaminosa todo dia.
No contexto Jesus fala sobre negar a si mesmo, fala sobre perder a vida por causa dele. Tomar a cruz dia a dia significa que nossa natureza pecaminosa tenta viver todo dia e nós devemos pregá-la todo dia numa cruz. Significa que quando estamos seguindo a Cristo, estamos morrendo para a velha natureza e vivendo a nova para Cristo.
Na prática significa que dia a dia temos que dizer não para nós mesmos. Nossos desejos pessoais que desagradam a Deus deverão ser pregados numa cruz. Nossos impulsos de ira, de vingança, de nervosismo deverão ser pregados numa cruz dia a dia. Os pedidos que nossa natureza nos faz deverão ser crucificados. Vontades muitas vezes que aparentemente não são maléficas, Deus pede que sejam pregadas na cruz. Aqueles momentos em que ficamos chateados porque as coisas não aconteceram como queríamos, devem ser pregados na cruz.
O fato é que ao contrário de abrir mão de nossos desejos, nós tentamos nos convencer de que eles não são maus e que eles não nos afastarão de Deus. Tentamos nos convencer de que Deus não se importa com eles.
Aqui vemos claramente a essência de seguir a Jesus. Por isso ele adverte seus discípulos. Não se pode seguir a Jesus e ao mesmo tempo ter satisfeito os desejos da natureza pecaminosa. Corremos o risco de seguir a Jesus e tentar manter viva nossa velha natureza. Por isso muitos erram, pois não entendem que a cada novo dia Jesus está nos convidando a viver para ele, e viver para ele significa pregar na cruz nossos desejos pessoais. Significa que serão apresentadas a nós oportunidades de tomar a cruz e morrer para o “eu”. O apóstolo Paulo entendeu isso muito bem, por isso ele escreveu aos gálatas: estou crucificado com Cristo (Gl 2.19). E aos romanos ele escreveu: “por amor de ti somos entregues à morte o dia todo” (Rm 8.36).
Jesus está então dizendo a seus discípulos: “Querem me seguir? Então estejam dispostos a abrir mão de seus desejos pessoais”. O caminho da vida significa a crucificação diária da natureza pecaminosa. Dia a dia tome a sua cruz e siga-me.

"Ainda este ano": Sermão inédito de C.H.Spurgeon para o Ano Novo


Por C.H.Spurgeon

No inicio de outro ano, e no começo de outro volume de sermões, desejamos com toda sinceridade expressar uma palavra de exortação: mas, ah, nesse momento, o pregador é um prisioneiro, e deve falar da sua cama em vez de fazer-lo desde seu púlpito. Não permitam que as poucas palavras que um homem enfermo possa expressar lhes cheguem com um diminuto poder, pois o fuzil disparado por um soldado ferido dispara a bala com a mesma força. Nosso desejo é falar com palavras vivas, ou não falar nada. Suplicamos ao Senhor que nos habilite para sentarmos e compor essas trêmulas frases, que as vistas com Seu Espírito, para que sejam frases que vão de acordo com Sua própria mente.

O vinhateiro intercessor suplicou pela figueira estéril: "deixa-a ainda este ano," pedindo o prazo de um ano, por assim dizer, a partir do momento em que falou isso. As árvores e as plantas que dão fruto têm uma medida natural para suas vidas – evidentemente, um ano tinha transcorrido quando chegou o tempo de buscar fruto na figueira, e outro ano começava quando o vinhateiro começou de novo sua obra de cavar e podar.

Os homens são seres tão estéreis, que sua produção de frutos não marca épocas certas, e se faz necessário estabelecer para eles divisões artificiais de tempo – não parece que havia tido um período definido para colheita ou para a vindima espirituais, ou se tivesse, os feixes e os cachos não brotam na sua estação, e por isso, temos que dizer uns dos outros: "esse será só o começo de um novo ano."

Então, que assim seja. Congratulemos-nos uns aos outros por ver a alvorada de "ainda esse ano", e oremos juntos para que possamos entrar nele, e continuar nele, e chegar a sua conclusão, debaixo da perene benção do Senhor a quem pertence todos os anos.

I. O começo de um ano novo SUGERE UMA RETROSPECTIVA. Olhemos resoluta e honestamente. "Ainda este ano" – então houve anos anteriores de graça. O vinhador não estava consciente pela primeira vez da falha da figueira, nem o dono da figueira tinha vindo pela primeira vez buscando figos em vão.

Deus, que nos dá "ainda esse ano", nos tem dado outros anos previamente. Sua paciente misericórdia não é uma novidade. Sua paciência já foi posta a aprova por nossas provocações. Primeiro, vieram nossos anos juvenis, quando, inclusive, um pequeno fruto para Deus é peculiarmente agradável a Ele. Como o passamos? Acumulou-se toda nossa força na casca silvestre e no cacho deixado como resto? Se for assim, bem podemos deplorar esse vigor desperdiçado, essa vida mal gasta, esse assombroso pecado multiplicado. Quem nos viu usar indevidamente daqueles meses de ouro da juventude, nos proporciona "ainda esse ano", e temos de entra nele com um santo zelo, para que a força e o ardor que nos sobraram não corram os mesmos caminhos de desperdício como em anos anteriores.

Seguindo os calcanhares de nossos anos juvenis, vieram os anos correspondentes a maturidade, quando começamos a forma um lar, e nos convertemos como uma árvore plantada em seu lugar – também ai o fruto teria sido precioso. Produzimos algum fruto? Presenteamos o Senhor com um cesta de frutos de verão: Oferecemos a Ele as primícias de nossa força? Se o fizemos assim, bem podemos adorar a graça que nos salvou, tão cedo – mas, se não foi assim, o passado nos repreende, e, levantando um dedo acusador, nos adverte que não permitamos que "ainda esse ano" siga o caminho do resto de nossas vidas.

Aquele que tiver desperdiçado a juventude e a manhã da madures, dedicou tempo suficiente à insensatez – o tempo passado deveria lhe bastar para ter cumprido a vontade da carne: seria um excesso de iniquidade permitir que " ainda esse ano" seja espezinhado no serviço do pecado.

Muitos de nós nos encontramos na flor da idade, e os anos que já vivemos não são poucos. Ainda necessitamos confessar que nossos anos são comidos pelo gafanhoto e pelo pulgão? Acaso já tivemos que recorrer a algum centro de reabilitação, e ainda não sabemos aonde vamos? Somos ainda néscios a idade de quarenta anos? Temos cinquenta, de acordo ao calendário, no entanto, nos encontramos a grande distância do critério? Ai, grandioso Deus, que haja homens que passem essa idade e que ainda não tenham conhecimento! Não são salvos aos sessenta, não são regenerados aos setenta, não foram despertados aos oitenta, não são renovados aos noventas! Todas e cada uma dessas considerações são muito alarmantes. No entanto, porventura, cada uma cairá em ouvidos que não poderão deixar de formigar, ainda que as ouçam como se não as tivessem escutado. A continuidade no mal gera dureza de coração, e quando a alma esteve dormindo por largo tempo na indiferença, é difícil desperta-la do estupor mortal.

O som das palavras "ainda esse ano", nos faz lembrar, a alguns de nós, dos anos de grande misericórdia, brilhantes e resplandecentes de deleite. Esses anos foram colocados aos pés do Senhor? Foram comparáveis às campainhas de prata dos cavalos: foram de "Santidade a Jeová"? Se não foram, como responderemos por eles se "ainda esse ano" deveriam ser musicais com jubilosa misericórdia, e, no entanto, os desperdiçamos nos caminhos do abandono?

As mesmas palavras nos recordam, a alguns de nós, nossos anos de severa aflição, quando, verdadeiramente cavavam em nossa volta e nos adubavam. Como passaram esses anos? Deus estava fazendo grandes coisas para conosco, exercendo uma lavoura cuidadosa e custosa, cuidando de nós com um cuidado sumamente grande e sábio. Produzimos de acordo com o benefício recebido? Levantamos-nos da cama sendo mais pacientes e mansos, odiados do mundo, e unicamente unidos a Cristo? Produzimos cachos de fruto para recompensar o vinhador da vinha?

Não recosemos essas perguntas de auto-exame, pois poderá ser que isso resulte ser outro desses anos de cativeiro, outra estação de forno e de crisol. Que o Senhor nos conceda que a tribulação futura nos livre de mais palha que qualquer doutro desses anos anteriores, e deixe o trigo mais limpo e em melhores condições.

O novo ano também nos lembra das oportunidades de utilidade, que chegaram e se foram, e de resoluções não cumpridas, que floresceram só para murcharem – será "ainda esse ano" como esses que transcorreram antes? Não poderíamos esperar que a graça avançasse sobre a graça já ganha, e não deveríamos buscar poder para transformar nossas enfermas promessas em robusta ação?

Olhando o passado, lamentamos as sandices pela quais não queríamos ser mantidos voluntariamente cativos "ainda esse ano", e adoramos a misericórdia perdoadora, a providencia preservadora, a liberalidade ilimitada e o amor divino, dos quais esperamos ser participantes "ainda esse ano".

II. Se o pregador pudesse pensar com liberdade, poderia navegar no texto com prazer em muitas direções, porem, ele está debilitado, e por isso deve deixar-se ir com a corrente que leva a segunda consideração: o texto MENCIONA UMA MISERICORDIA. Foi devido a uma grande benignidade, que fosse permitido à arvore que inutilizava a terra, permanecer ainda outro ano, e a vida prolongada sempre há de ser considerada uma benção da misericórdia Veremos "ainda esse ano" como uma dádiva da graça infinita. É mal falar como se a vida não nos importasse, e considerar nossa estada aqui como um mal ou um castigo – estamos aqui "ainda esse ano" como resultado das intercessões do amor, e em cumprimento dos desígnios do amor.

O homem malvado deveria considerar que a paciência do Senhor aponta para sua salvação, e deveria permitir que as cordas de amor o atassem a ela. Oh, que o Espirito Santo fizera que o blasfemo, o quebrantador do dia do senhor, e o viciado ostentador sentissem que coisa admirável é que suas vidas sejam prolongadas "ainda esse ano"! Por acaso lhes é concedida vida para que amaldiçoem, e corram desenfreados e desafiem seu Criador? Esse deveria ser o único fruto da paciente misericórdia? Aquele que deixa as coisas para mais tarde e que tem deixado o mensageiro do céu com suas demoras e meias promessas, não deveria maravilhar-se de que lhe seja permitido ver "ainda esse ano"? Como é que o Senhor foi indulgente com ele, e há tolerado suas vaciladas e titubeios? Esse ano de graça será mal gasto da mesma forma? As impressões passageiras, as precipitadas resoluções e as prontas apostasias, terão de ser isso a mesma história trilhada que se repete uma e outra vez? A consciência assustada, a tirana paixão, a emoção reprimida! Serão esses aos sinais de "ainda esse ano"? Que Deus não queria que nenhum de nós duvide ou procrastine ao longo de "ainda esse ano".

A piedade infinita detém a lança da justiça – será ela insultada pela repetição dos pecados que provocaram que se levantasse o instrumento da ira? O que poderia ser mais atemorizante para o coração da bondade que a indecisão? Bem faz o profeta do Senhor se colocar impaciente e clamar: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? (1Reis 18:21) Deus pode muito bem exigir uma decisão e exigir uma resposta imediata.

Oh alma indecisa, oscilará muito tempo ainda entre o céu e o inferno, e atuará como se fosse difícil decidir entre a escravidão de Satanás e a liberdade do lar de amor do Grandioso Pai? "Ainda esse ano" se divertirá no desafio da justiça e perverterá a generosidade da misericórdia, convertendo ela em uma licença para uma maior rebelião? "Ainda esse ano" será o amor divino convertido em uma ocasião para um continuo pecado? Oh, não atue dessa forma vil, de maneira tão adversa a todo instinto nobre, de maneira tão injuriosa para seus próprios e melhores interesses.

O crente é conservado fora do céu "ainda esse ano" em amor, e não na ira. Existem alguns por cuja causa é necessário que habite na carne, alguns que serão ajudados por ele em seu caminho até o céu, e outros que serão conduzidos aos pés do Redentor por sua instrução. O céu de muitos santos ainda não está preparado para eles, porque seus companheiros mais próximos não chegaram ainda, e seus filhos espirituais não se reuniram na glória em número suficiente, pata dar-lhes uma completa bem-vinda celestial: terão de esperar "ainda esse ano" para que seu repouso seja mais glorioso, e para que os feixes que eles levarão com eles possam proporcionar-lhes um gozo maior.

Verdadeiramente, por causa das almas, pelo deleite de glorificar nosso Senhor, e pelo incremento de jóias de nossa coroa, podemos estar contentes de esperar aqui embaixo "ainda esse ano". Esse é um campo muito vasto, porem não pode demoramos nele, pois nosso espaço é reduzido, e nossa força é ainda menor.

III. Nossas últimas palavras frágeis lhes recordarão que a expressão "ainda esse ano" IMPLICA EM UM LÍMITE. O vinhador não pediu uma suspensão da sentença maior que um ano. Se labor de cavar e adubar não mostrassem então ser eficazes, não intercederia mais, e a arvore deveria cair.

Mesmo quando Jesus é o intercessor, a solicitação de misericórdia tem seus limites e seus tempos. Não é para sempre que seremos deixados sós, e que nos seja permitido inutilizar a terra – se não nos arrependermos, devemos perecer – se não queremos ser beneficiados pela enxada,d devemos cair pelo golpe do machado.

Virá um último ano a cada um de nós: portanto, que cada um diga a si mesmo: esse é meu último ano? Se fosse o último ano para o pregador, cingiria seus lombos para entregar a mensagem do Senhor com toda sua alma e pedir a seus semelhantes que sejam reconciliados com Deus.

Querido amigo, "ainda esse ano" será seu último ano? Está preparado para ver que a cortina se levantar revelando a eternidade? Está preparado para ouvir o grito da meia noite, e entrar na ceia das Bodas? O juízo e tudo o que se seguir são, de forma certíssima, a herança de todo homem. Benditos aqueles que pela fé em Jesus são capazes de enfrentar o tribunal de Deus sem pensamento de terror.

Se vivêssemos para ser contatos entre os habitantes mais velhos, ainda assim ao fim devemos partir: tem que haver um fim, e a voz deve ser ouvida: "Assim diz o Senhor, morreras esse não" Tantos se foram antes que nós, e cada hora estão voando, que ninguém deveria de nenhum outro memento mori (recorda que há de morrer), e , no entanto, o homem está tão interessado em esquecer sua própria mortalidade, e mediante isso, perder suas esperanças da bem aventurança, que não podemos colocar ela muito longe dos olhos de nossa mente. Oh homem mortal, reflita! Prepare-se para vir ao encontro de teu Deus – pois deves encontrar-se com Ele. Busque ao Salvador, sim, busque-lhe antes que outro sol se oculte para seu descanso.

Mais uma vez, "ainda esse ano" - e poderá ser só por esse ano – a cruz é levantada como um farol do mundo, a única luz à que nenhum olho mira em vão. Oh, que milhões de pessoas olhassem para esse local e vivessem. O Senhor pronto virá uma segunda vez, e então o resplendor de Seu trono ocupará o lugar do ligeiro esplendor de Sua cruz: o Juiz será visto no lugar do Redentor. Agora Ele salva, porem naquele momento Ele destruirá. Ouçamos Sua voz nesse momento. Ele tem posto um limite de graça. Creiamos em Jesus nesse dia, vendo que poderia ser nosso último dia. Essas são as súplicas de alguém que agora encosta-se a seu travesseiro, absorto na debilidade. Ouça-as por causa de suas próprias almas e vivam.

 
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FONTEwww.spurgeon.com.mx (Via Projeto Spurgeon)
Tradução: Armando Marcos Pinto

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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