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16 de fev. de 2011

Estudo Sobre o Arrebatamento



Quatro Razões Para Rejeitar o Arrebatamento Secreto
por
Paulo Alexandre

Um cuidadoso estudo de textos bíblicos relevantes quanto ao Retorno de Cristo sugere pelo menos quatro razões principais para rejeitar o ponto de vista de uma Segunda Vinda de Cristo em dois estágios.
O Vocabulário do Segundo Advento. A primeira razão para rejeitar um arrebatamento secreto que antecede à tribulação é o fato de que o vocabulário do Segundo Advento não oferece respaldo para tal ponto de vista. Nenhuma das três palavras gregas usadas no Novo Testamento para descrever o Retorno de Cristo, ou seja, parousia-vinda, apokalypsis-revelação, e epiphaneia-aparecimento, sugere um arrebatamento secreto pré-tribulacional como objeto da esperança cristã no Advento.
Os pré-tribulacionistas alegam que a palavra parousia-vinda é usada por Paulo em 1 Tessalonicenses 4:15 para descrever o arrebatamento secreto. Mas em 1 Tessalonicenses 3:13 Paulo emprega a mesma palavra para descrever “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos”-uma descrição, segundo os pré-tribulacionistas, da segunda fase do Retorno de Cristo. Novamente, em 2 Tessalonicenses 2:8, Paulo emprega o termo parousia-vinda em referência à Vinda de Cristo que causará a destruição do anticristo-um evento que, de acordo com os pré-tribulacionistas, supostamente ocorrerá na segunda fase da Vinda de Cristo.
Semelhantemente, as palavras apokalypsis-revelação e epiphaneia-aparecimento, são utilizadas para descrever tanto o que os pré-tribulacionistas chamam de arrebatamento (1 Cor 1:7; 1 Tim 6:14) e o que chamam de Retorno, ou segunda fase da Vinda de Cristo (2 Tess 1:7-8, 2:8). Destarte, o vocabulário da Bendita Esperança não propicia base alguma para uma distinção do Retorno de Cristo em duas fases, uma vez que seus termos originais são empregados intercambiavelmente para descrever o mesmo evento. Mais importante ainda é o fato de que cada um desses três termos é claramente empregado para descrever o Retorno de Cristo pós-tribulacional, o que é visto como objeto da esperança do crente.
A parousia, por exemplo, é indisputavelmente pós-tribulacional em Mateus 24:27, 38, 39 e em 2 Tessalonicenses 2:8. O mesmo é verdade de apokalypsis-revelação, em 2 Tessalonicenses 1:7 e de epiphaneia-aparecimento em 2 Tessalonicenses 2:8. Portanto, o vocabulário da Bendita Esperança exclui a possibilidade de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja, seguida de uma tribulação de sete anos e da Vinda gloriosa, visível para estabelecer o Reino Judaico milenial. Os termos usados claramente apontam a um Advento de Cristo único, indivisível, pós-tribulacional para trazer salvação aos crentes e retribuição aos descrentes.
Nenhum Arrebatamento da Igreja. Uma segunda razão para rejeitar um arrebatamento pré-tribulacional secreto da Igreja é o fato de que não há qualquer indício no Novo Testamento de um arrebatamento instantâneo da Igreja. A descrição mais notória do Segundo Advento encontrada em 1 Tessalonicenses 4:15-17, sugere exatamente o oposto quando fala que o Senhor desce do céu “dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus” . . . “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares”.
O clamor, a trombeta e o grande ajuntamento dos vivos e santos ressurretos dificilmente sugeriria um evento secreto, instantâneo e invisível. Pelo contrário, como freqüentemente se tem assinalado, esta talvez seja a passagem mais barulhenta da Bíblia. A referência a um ressoar “da trombeta” e paralelamente ao texto de Mateus 24:31 e 1 Coríntios 15:52, que falam de fortes sons de trombeta, corroboram a visibilidade e natureza pública do Segundo Advento. Nenhum traço de um arrebatamento secreto pode ser encontrado em qualquer destas passagens.
Nenhuma Remoção da Igreja da Grande Tribulação. Uma terceira razão para rejeitar a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional da Igreja é o fato de que tal noção não tem apoio das passagens que tratam da tribulação. Por exemplo, em seu discurso no Monte das Oliveiras, Jesus fala da “grande tribulação” que imediatamente precederá a Sua vinda e promete que “por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados” (Mat. 24:21-22, 29). Alegar que “os eleitos” são apenas os crentes judeus, e não membros da Igreja, representa ignorar que Cristo está se dirigindo a Seus apóstolos que representam não só o Israel nacional, mas a Igreja em escala ampla. Isto é confirmado pelo fato de que tanto Marcos quanto Lucas fazem referência ao mesmo discurso para a Igreja gentílica (Marcos 13; Lucas 21).
É também digna de nota a grande semelhança entre a descrição que Cristo faz do arrebatamento da Igreja em Mateus 24:30, 31 e a de Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16, 17. Ambos os textos mencionam a descida do Senhor, a trombeta que soa, os anjos acompanhantes e a reunião do povo de Deus. Tais semelhanças sugerem que ambas as passagens descrevem o mesmo evento. Contudo, em Mateus o arrebatamento de Cristo é explicitamente situado “após a tribulação” (Mat. 24:29), ao tempo da Vinda de Cristo “com poder e grande glória” (vs. 29, 30). O paralelismo entre as duas passagens indica claramente que o arrebatamento da Igreja não precede, mas, pelo contrário, segue-se à grande tribulação.
Cristo nunca prometeu a Sua Igreja um arrebatamento pré-tribulação deste mundo. Antes, prometeu proteção em meio à tribulação. Em Sua petição ao Pai, Ele disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15). Semelhantemente à Igreja de Filadélfia, Cristo promete: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra” (Apoc. 3:10). Se a Igreja estivesse ausente desta Terra durante a hora de prova, não haveria necessidade de proteção divina.
Nenhum Arrebatamento Pré-Tibulação nas Escrituras. Por último, a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é negada por Paulo e pelo livro de Apocalipse. Em suas admoestações aos tessalonicenses, Paulo explica que os crentes terão “alívio” da tribulação desta era presente “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus Cristo com os anjos do Seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus. . .” (2 Tess 1:7-8). Em outras palavras, os crentes experimentarão libertação dos sofrimentos desta era, não mediante um arrebatamento secreto, mas por ocasião da revelação pós-tribulacional de Cristo.
No segundo capítulo Paulo refuta as concepções errôneas que prevaleciam entre os tessalonicenses de que o dia do Senhor havia vindo. Para refutar esse equívoco ele cita dois eventos principais que deveriam dar-se antes da Vinda do Senhor, ou seja, a rebelião e o aparecimento do “homem da iniqüidade” (2 Tess 2:3) que perseguiria o povo de Deus.
O que é crucial nesta passagem é que Paulo não faz menção de um arrebatamento pré-tribulacional como um precedente necessário para a Vinda do Senhor. Contudo, este seria o argumento mais forte que Paulo poderia apresentar para provar aos tessalonicenses que o dia do Senhor não poderia possivelmente ter vindo, uma vez que o seu arrebatamento para fora deste mundo ainda não tivera lugar. A omissão de Paulo desse argumento vital sugere fortemente que Paulo não cria num arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.
Esta conclusão também é apoiada pela menção por Paulo do aparecimento do anticristo-um evento indicutivelmente tribulacional que os crentes verão antes da vinda do Senhor. Se Paulo esperasse que a Igreja fosse arrebatada deste mundo antes da tribulação causada pelo aparecimento do anticristo, ele dificilmente teria ensinado que os crentes veriam tal evento antes da vinda do Senhor. Que interesse os tessalonicenses teriam no aparecimento do anticristo, juntamente com a tribulação que o acompanharia, se devessem ser arrebatados para longe desta Terra antes de esses eventos terem lugar? Assim, tanto por sua omissão quanto por sua afirmação, Paulo nega o ponto de vista de um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.
Nenhum Arrebatamento Pré-Tribulacional no Apocalipse. O livro de Apocalipse trata em maiores detalhes do que qualquer outro livro do Novo Testamento dos eventos associados com a grande tribulação, tais como o soar das sete trombetas, o aparecimento da besta que inflige uma terrível perseguição sobre os santos de Deus, e o derramamento das sete últimas pragas (Apoc. 8 a 16). Conquanto João descreva em grande detalhe os eventos tribulacionais, ele nunca menciona ou sugere um Advento de Cristo secreto e pré-tribulacional para levar embora a Igreja. Isto surpreende muito, em vista de que o expresso propósito de João é instruir as Igrejas com respeito aos eventos finais.
João explicitamente menciona uma incontável multidão de crentes que passarão pela grande tribulação. “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Apoc. 7:14). Os pré-tribulacionistas argumentam que esses crentes são somente da raça judaica, supostamente em vista de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 não mais está sobre a Terra, mas no céu. Tal raciocínio perde o seu crédito, primeiramente pelo fato de que em parte alguma João diferencia entre os santos na tribulação que sejam judeus ou gentios.
João explicitamente declara que os crentes vitoriosos da tribulação vêm de “toda nação, tribo, língua e povo” (Apoc. 7:9). Esta frase ocorre repetidamente no Apocalipse para designar não exclusivamente os judeus, mas inclusivamente todo membro da família humana (Apoc. 5:9; 10:11; 13:7; 14:6). O Cordeiro, por exemplo, é louvado pelos 24 anciãos por ter resgatado homens “de toda tribo e língua e povo e nação” (Apoc. 5:9). Obviamente, Cristo não resgatou somente judeus, mas pessoas de todas as raças.
Êxtase de João, Não Arrebatamento da Igreja. O argumento de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 está no céu baseia-se num falso pressuposto de que a ordem a João, “Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas cousas” (Apoc. 4:1) refere-se supostamente ao arrebatamento da Igreja no céu. Esta é uma interpretação sem fundamento, porque o texto não fala do arrebatamento da Igreja, mas da experiência visionária extática de João. Até mesmo John F. Walvoord, destacado pré-tribulacionista, reconhece abertamente que “não há autoridade para ligar o arrebatamento com esta expressão”. [1]
As semelhanças entre as admoestações dadas nas cartas às sete Igrejas e as que são dadas aos santos que enfrentam a tribulação sugerem que os dois são essencialmente o mesmo povo. Por exemplo, quatro vezes nas sete cartas a necessidade para “suportar” é realçada (Apoc. 2:2, 3, 19; 3:10), e se espera a mesma qualidade dos santos que passam pela tribulação (Apoc. 13:10; 14:12). Semelhantemente, a necessidade de “vencer”, expressa sete vezes nas cartas às Igrejas (Apoc. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21), é o próprio atributo dos santos na tribulação “que venceram a besta e sua imagem” (Apoc. 15:2). Dificilmente se conceberia que João tencionava atribuir as mesmas características a dois grupos diferentes de pessoas.
A Igreja Sofre a Tribulação, Mas Não a Ira Divina. Em Apocalipse 22:16 Jesus reivindica ter enviado o Seu anjo a João “para testificar estas cousas à Igreja”. É difícil ver como as mensagens dadas pelo anjo a João poderiam ser um testemunho para as Igrejas, se a Igreja não está diretamente envolvida na maior parte dos eventos descritos no livro (Apoc. 4 a 19).
O ponto básico da questão é que a Igreja em Apocalipse sofrerá perseguição por poderes satânicos durante a tribulação final, mas não sofrerá a ira divina. A ira divina, que é retratada pelas sete pragas apocalípticas, não é derramada indiscriminadamente sobre todos, mas seletivamente sobre aqueles que são “portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem” (Apoc. 16:2; cf. 14:9-10).
Tal como os antigos israelitas desfrutaram da proteção de Deus durante as dez pragas (Êxo. 11:7), assim o povo de Deus será protegido quando Sua ira divina cair sobre os ímpios. Essa divina proteção é representada em Apocalipse por um anjo que sela os servos de Deus em suas testas (Apoc. 7:3) de modo a que sejam poupados quando a ira de Deus sobrevir sobre os impenitentes (Apoc. 9:4). Por fim, o povo de Deus será resgatado pelo glorioso Retorno de Cristo (Apoc. 16:15; 19:11-21). Destarte, a Revelação não retrata um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja, mas um Retorno pós-tribulacional de Cristo.
Conclusão. À luz das razões acima discutidas, concluímos que o ensino popular de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja antes da tribulação final é um sinal errado do Tempo do fim destituído de qualquer respaldo bíblico. Tal crença torna a Deus culpado de chocante discriminação, por dar tratamento preferencial à Igreja que é removida da Terra antes da tribulação final reservada aos judeus. As Escrituras ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é um evento único que ocorre após a grande tribulação e será experimentada pelos crentes de todas as eras e de todas as raças. Esta é a Bendita Esperança que une “toda nação, e tribo, e língua e povo” (Apoc. 14:6).

Uma Análise da Doutrina do Arrebatamento Secreto
por
Evangelista Josué Marcionilo dos Santos

O PRÉ-TRIBULACIONISMO
Segundo os dispensacionalistas, existe o princípio de que os santos não passariam pela tribulação. Segundo eles, Jesus virá não só uma vez mas duas vezes, primeiro para arrebatar a Igreja, e sete anos depois, para estabelecer o Milênio. Quando Jesus voltar para arrebatar a Igreja “secretamente”, ocorrerá, segundo os dispensacionalistas, a primeira ressurreição. Os verdadeiros crentes, ainda em vida, serão momentaneamente transformados e, juntamente com os ressuscitados, todos eles, então com corpos incorruptíveis serão arrebatados para se encontrar com cristo, escapando assim da grande tribulação.
Que os crentes não passarão pela grande tribulação é um princípio lógico, segundo os dispensacionalistas, já que quando Deus resolveu destruir Sodoma e Gomorra pelo fogo, livrou o justo Ló; quando Ele quis destruir o mundo com o dilúvio, livrou Noé e sua família; quando o Senhor permitir a atuação cruel do anticristo, Ele livrará a Sua Igreja. Cristo referiu-se a este evento em seu sermão profético em Mt 24:37-42.
Arrebatados, os santos ficarão nalgum lugar não definido, com Jesus por sete anos, quando então ocorrerão, segundo eles, o juízo das obras dos salvos e as bodas do Cordeiro. Durante os últimos três anos e meio, no qual o anticristo estaria exercendo seu poder na terra (Dn 9:27 e Ap 13:5), a Igreja arrebatada estaria com o Senhor, passando pelo Tribunal de Cristo, onde haveria o julgamento das obras dos salvos ( Mt 25:14-23; Lc 19:2-20; I Co 3:11-15; Rm 14:10; II Co 5:10) e, ocorrerá também A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO.
UMA ANÁLISE CRITICA
A – O Arrebatamento Secreto.
Embora os dispensacionalistas ensinem que o arrebatamento dos vivos transformados será secreto, os textos que eles citam em apoio a esse arrebatamento nada parece acontecer em secreto, mas sim num momento extremamente ruidoso e alarmante: “porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens ao encontro do Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor” ( I Ts 4:14-17). E ainda I Co 15:52; “Num momento, num abrir e fechar dos olhos, ao som da última trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
A passagem em Mateus 24:40-41 “Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro, duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra” não contém nada que indique um arrebatamento secreto.
O fato é que não há nenhuma referência bíblica que apóie o arrebatamento secreto dos dispensacionalistas e nem uma volta secreta de Cristo Jesus. O Novo Testamento ensina que a volta de Jesus será pública e notória. A Escritura não nos deixa em dúvida quanto a visibilidade da volta do Senhor (Mt 24:30; 26:64; Mc 13:26; Lc 21:27; At 1:11; Hb 9:28; Ap 1:7).
Embora se use II Pedro 3:10 para apoiar uma vinda secreta de Cristo, o texto nos diz que o que virá como ladrão é o dia do Senhor e, não Cristo: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas”. Jesus usou a metáfora como ladrão para indicar o caráter inesperado do evento e não secreto.
B – O Arrebatamento da Igreja
Embora o argumento de que Deus livrou Ló quando destruiu Sodoma e Gomorra e livrou Noé e sua família no dilúvio pareça estabelecer o principio lógico de que Deus livrará seu povo da grande tribulação, encontramos dificuldade de aceitá-lo porque tal argumento propõe que ambos os fatos ilustra que Deus sempre livrará seu povo do sofrimento. Se fosse assim, então o que dizer dos quatrocentos anos de servidão e tribulação que o povo de Deus passou no Egito, e quanto aos sofrimentos e os martírios dos profetas no Velho Testamento. Como ignorar a tribulação que a Igreja primitiva passou sob a perseguição de Nero e Domiciano? Naqueles dias a aflição dos eleitos foi tamanha que Deus deu o livro de Apocalipse à Igreja para lhe transmitir conforto e encorajamento, e assegura-lhe que Ele vê as lágrimas do Seu povo (Ap 7:17;21:4).
À fiel Esmirna Ele dizia: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rica) não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns de entre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias”. Porém acrescenta: “Sé fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2:9a-10).
Alguém pode objetar em relação ao livramento físico dos crentes durante a grande tribulação que temos em Mateus 24:40 e 47 uma referência clara a este evento. Temos mesmo? Vejamos o que realmente diz o texto Sagrado. Os discípulos mostravam a Jesus o Templo majestoso e então Cristo disse-lhes que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derribada (Mt 24:2). Referia-se a destruição do templo no ano 70. No ano de 66 dC, terroristas judeus mataram os soldados romanos em Massada e prepararam-se para uma forte defesa. O dirigente do templo em Jerusalém pôs paradeiro às ofertas diárias para o bem-estar do Imperador. Foi confiada a Vespasiano a tarefa de subjugar a revolta judaica, que por sua vez, após um cerco que durou seis meses a fio, deixou que seu filho Tito comandasse o ataque final. No ano 70 dC Jerusalém foi destruída, o templo de Herodes foi totalmente queimado e seu mobiliário sagrado transportado para Roma.
Os discípulos no Monte das Oliveiras haviam perguntado quando se dariam estes acontecimentos, e quando seria a vinda de Jesus, quais os sinais, quando seria a consumação dos séculos. São dois assuntos: A destruição de templo e os sinais da sua vinda e da consumação dos séculos.
A resposta é mesclada das duas coisas ao mesmo tempo. Jesus usa a mesma forma dos profetas do V.T. citando geograficamente a Judéia e a Palestina, para referir ao mundo que Ele conhecia, ou seja, ao citar a tribulação relativa aos Judeus e à Palestina, não queria referir-se somente aos judeus. No sermão profético a tribulação é um sinal que deve ser esperado por seu povo antes da sua vinda: “Então sereis atribulados e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome ...” (Mt 24:9). Mas não diz que será um período imediatamente anterior a sua vinda. Veja outras declarações de Jesus: Mt 5:10-12; Jo 15:20; 16:38. É pois um sinal dos tempos continuado ou repetido.
Mas há uma tribulação final que Cristo refere no seu sermão: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação como desde o princípio do mundo não tem havido nem haverá jamais. Não tivesse aqueles dias sidos abreviados ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24:21-22). Aqui Jesus se refere a uma tribulação além daquela vista na destruição de Jerusalém, apesar de falar desta destruição veja que ele usa palavras como; “não tem havido nem haverá jamais” e continua dizendo: “Naqueles dias o sol escurecerá, a lua não dará sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados. Então aparecerá no céu o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória” (Mt24:29-30). Portanto Jesus está tratando da grande tribulação que ocorrerá “antes da sua volta”.
Outra coisa que devemos notar é que todos passarão por este período; judeus e gentios, desde que não há em Cristo distinção entre eles, pois como explicaríamos esta expressão de Jesus: “... Mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados” ?
Então o que temos em Mateus 24:37-42 não é por hipótese alguma um arrebatamento antes da tribulação, mas o que Jesus quis deixar claro é que não há meios de predizer os eventos precisos que precederão o fim do século e a vinda final do Filho do Homem, pois esses eventos serão tão imprevisíveis e inesperados como a vinda do dilúvio nos dias de Noé, ou o arrombamento de uma casa feito por um ladrão. Os homens e as mulheres estarão envolvidos em suas ocupações habituais, cultivando campos, moendo cereal nos moinhos, comendo, bebendo e dando-se em casamento quando num momento que eles menos esperam o Filho do Homem virá. O propósito era ensinar a seus discípulos que eles precisavam estar preparados para o inesperado. Portanto, Mateus 24:37-42 não é uma referência ao arrebatamento Pré-Tribulacionista.
Uma vez que não encontramos qualquer apoio Bíblico para a crença Pré-Tribulacionista devemos nos perguntar de onde surgiu então esta idéia. Surgiu no século XIX entre 1800 e 1882 em uma conferência profética na Igreja de Edward Irving (Pastor expulso da Igreja Presbiteriana) quando uma “irmã” teria tido uma visão de um arrebatamento secreto. John Nelson Darby um membro dos chamados Irmãos de Plymouth aceitou a suposta visão como sendo a voz do Espírito Santo. Outros a rejeitaram e por isso houve uma grande divisão entre os Irmãos Plymouth. Darby visitou os EUA por seis vezes para expor seus pensamentos envolvendo a muitos e difundido suas idéias, Porém o maior impacto na divulgação do Pré-Tribulacionalismo foi com Scofield (1843-1927) com sua Bíblia de referência que foi largamente distribuída e aceita pelos meios conservadores “fundamentalistas” e pelos leigos, como auxílio ao estudo da Palavra de Deus. Portanto a doutrina Pré-Tribulacionista não veio da revelação bíblica, por isso não podemos aceitá-la como verdade.

Quando Será o Arrebatamento da Igreja?
por
Jorge L. Trujillo

Este foi um estudo desenvolvido com o propósito de investigar cuidadosamente o texto bíblico com relação à doutrina do arrebatamento da igreja. Muito se tem debatido nos últimos 150 anos, quanto a se este evento tão esperado acontecerá antes do período conhecido como grande tribulação (pré-tribulacionismo), no meio da grande tribulação (medo-tribulacionismo), ou ao final da tribulação (pós-tribulacionismo). Por meio deste curto, porém detalhado e preciso estudo bíblico, temos entendido que a igreja passará pela tribulação, isso é o que a Bíblia nos ensina. E peço que tome sua Bíblia, leia cuidadosamente e analise por você mesmo. Muitos vivem pensando que terão uma segunda chance depois que Cristo venha, mas sinto que a única oportunidade que existe é a que temos agora.


Conteúdo:
• Introdução
• Quem são os Escolhidos?
• Ninguém sabe o dia nem a hora
• Quando se manifestará o Filho da Perdição (Anticristo)?
• A Segunda Vinda de Cristo
• A Grande Tribulação
• O Fim do Mundo
• O Anticristo vencerá os Santos
• A Ressurreição dos Mortos
• A Vinda de Cristo será depois da Tribulação
• Vivificação e Transformação
• A Parábola do Joio e do Trigo
• A Trombeta Final
• A Parábola das dez virgens. Não há mais oportunidade!
• Os Ensinos de Paulo
• Quem são os santos que vem com Jesus?
• Os ensinos de Jesus
• Explicação de versos que são mal entendidos
• E muito mais! 


INTRODUÇÃO
Os cristãos por toda a história creram, e continuam crendo, na promessa que Jesus Cristo voltará à terra com poder e glória. Cremos que seu reino eterno será estabelecido por Ele nos novos terra e céu, e que serão dias de grande e eterna benção, justiça e paz incomparáveis. Também entendemos por meio das Escrituras, que a vinda de Cristo porá um fim aos dias da grande tribulação, e acabará com o mundo como o conhecemos hoje, e que o castigo de Deus será sobre a terra nos dias do fim. Sua vinda marcará o fim do governo humano, e dará começo ao governo celestial do Reino de Deus, o Reino, ou o Reino dos Céus, de acordo como o chama o evangelista em Mateus. Será então o fim deste século (ou idade, ou era), como o descreve Jesus Cristo em Mateus 24; Marcos 13; Lucas 13:35-48; 21. Juntamente com isso, cremos em outra promessa de Cristo, que disse que voltaria por nós, e nos tomaria a Si mesmo, para que onde Ele esteja, estejamos nós para sempre com Ele (João 14:2-3). Este evento é conhecido como o arrebatamento da igreja, de acordo com:
I Tes. 4:16-17
16 . Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17 . Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Este evento terá lugar em algum ponto futuro em nossa era, marcando assim o fim do mundo. Agora podemos fazer a pergunta que encabeça este estudo: QUANDO SERÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
Ainda que haja alguns grupos cristãos que não creiam que ocorrerá tal evento, a maioria dos cristãos de fé ortodoxa, cremos que ocorrerá. Como já dissemos, entre os que cremos que haverá um arrebatamento dos santos para receber ao Senhor nos ares, existem variadas crenças, ou doutrinas, sobre quando há de ocorrer este evento. Alguns crêem que ocorrerá sete anos* antes do fim do mundo, outros que ocorrerá no meio dos sete anos, e outros cremos que ocorrerá ao final da tribulação, ao final da grande tribulação, no último dia.
*(Os pré-tribucionalistas crêem que a tribulação final durará sete anos).

NINGUÉM SABE O DIA NEM A HORA

É certo que Jesus disse: “O dia e a hora ninguém sabe, nem ainda os anjos dos céus, apenas o Pai que está nos Céus” Mateus 24:36. É um erro tratar de datas, dias, e horas como têm feito alguns falsos profetas e falsos mestres, e que têm caído em vergonha. Agora, é interessante ver que ainda que Jesus não tenha dito nem a data nem a hora, nos deu sinais e tempos, pelos quais devemos olhar para ter idéia de quando serão estas coisas. Em Mateus 24:42,44 Jesus disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor... Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.” O crente é chamado a vigiar, esperando a “vinda do Filho do Homem”. Jesus, além disso, nos deixa dito: “Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas.” Mateus 24:32-33.

A VINDA DE CRISTO

Aqui podemos fazer uma pausa e meditar nestas palavras, a Volta do Filho do Homem. Cristo mesmo disse aos seus discípulos que esperam Sua volta. Se olharmos um pouco mais atrás, nos versículos de Mateus 24:27-39, vemos como Jesus disse a seus discípulos “Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.” Quando Jesus dizia que os dias seriam como os dias de Noé, não se referia a Noé, mas ao comportamento e a atitude diferente das pessoas nos dias de Noé. Isto sabemos porque imediatamente depois de dizer estas palavras, diz:
Mateus 24: 38-39

Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.

Tal como vemos hoje, o tempo da Segunda Vinda de Cristo será um tempo no qual tudo será aparentemente normal, a maioria das pessoas não dá importância ao chamado do evangelho de Deus, seguem em suas festas, e prazeres, e pecados, e não ouvem a voz de Deus que os chama. Assim era nos dias de Noé, e assim é em nossos dias, e será assim até a vinda de Cristo.


QUE É A VINDA DE CRISTO?

Quando usamos o termo “a vinda de Cristo”, estamos nos referindo à Segunda Aparição pessoal de Cristo. No livro de Atos, quando Jesus ascendeu ao céu, nos disse:
Atos 1:10-11
Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
O escritor do livro de Hebreus nos diz em Hebreus 9:28: “assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” A primeira vinda de Cristo foi humilde, em um curral, e foi crucificado pelos homens, mas em sua segunda vinda, virá à terra para destruir seus inimigos, para julgar aos homens e estabelecer seu reino eterno, o reino dos céus. Dizer que a segunda vinda do Senhor será visível, é dizer que esta vinda será vista por todos, Jesus disse isso no início das cartas às sete igrejas:
Apocalipse 1:7
Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.
À s sete congregações, parte integrante da igreja de Cristo, não se lhes dá esperança alguma de ser salvas por um arrebatamento invisível, mas sim, se lhes diz que Jesus Cristo virá por elas, e que quando isso ocorrer, todo olho verá. A medida que fala a cada igreja, lhes admoesta a esperar e ser fiel e vencer “até que ele venha” (Ap. 2:25) e esta vinda é a visível, que foi descrita no início das sete cartas em Apocalipse 1:7, como lemos acima.
É preciso que notemos que a Bíblia fala somente de duas vindas, a primeira onde morreu na cruz com relação ao pecado, e a segunda, onde virá com poder e glória “sem [relação com o] pecado” a para salvar aos que lhe esperam, Hebreus 9:28. Não vemos três vindas, nem duas-vindas-e-meia, somente vemos duas vindas. A segunda vinda de Cristo com poder e grande glória, deve ser a esperança do crente. O apóstolo Paulo e o apóstolo Pedro em suas cartas, nos escrevem que devemos esperar este grande dia com gozo e alegria. Vejamos alguns versículos:
Tito 2:13
“ ... aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glóriado nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus...”

2 Timóteo 4:8

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
2 Pedro 3:12
... aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
Interessantemente todos estes acontecimentos que menciona Pedro terem tomado lugar depois da grande tribulação, tal como Cristo mesmo o disse, em Mateus 24:29. Também devemos notar que de acordo com Pedro, nós os crentes, estamos esperando “a vinda do dia de Deus” a qual é sinônimo de “o dia de nosso Senhor Jesus Cristo”, e da “manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”, como disse Paulo. Vejamos o próximo versículo:
1 Coríntios 1:7-8
... de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste versículo, vemos claramente que nós crentes, estamos esperando a manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual é sinônimo de dia de nosso Senhor Jesus Cristo, e a qual não ocorrerá até que chegue o fim, e será depois da grande tribulação. Paulo estava consciente disso. Ele sabia muito bem que “nossa salvação há de se completar no dia do Senhor”.

O DIA DO SENHOR NÃO É A GRANDE TRIBULAÇÃO

Alguns pré-tribulacionistas fazem diferença entre “o dia de Cristo”, e “o dia do Senhor Jesus Cristo”, e “o dia do Senhor” e o “dia de Deus”. Como se fossem dias separados, se diz que o dia de Cristo é o arrebatamento, e o dia do Senhor, a manifestação, sete anos mais tarde, mesmo a Bíblia não oferecendo indicação nenhuma que isto seja assim. Se estudarmos detidamente o próximo verso, quando Paulo falava acerca daquele que estava pecando, o qual devia ser disciplinado, Paulo diz: “o tal seja entregue a Satanás para destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor” (I Coríntios 5:5). Aquele a quem Paulo se refere era/é tão parte da igreja como somos nós agora, quase dois mil anos depois. Esse foi um que dormiu (morreu) no Senhor, e portanto será ressucitado no arrebatamento da igreja, o qual segundo Paulo será “o dia do Senhor” (ao fim da tribulação), não sete anos antes do dia do Senhor.
Devemos recordar que de acordo com nossa crença Trinitariana, existe somente “um só Deus” e “um só Senhor”, não dois nem três senhores. Os pré-tribulacionistas não devem separar o “dia de Deus”, “dia do Senhor” e o “dia de Cristo”, nem o “dia do Senhor Jesus”, como se fosse referência separada do dia do Pai como Senhor, e ao dia do Filho como outro Senhor. A frase “o dia do Senhor”, refere-se no Antigo Testamento, como um dia de juízo e ira de Jeová sobre o mundo inteiro (Joel 2:11, 3:15), mas devemos entender que o Jeová do Antigo Testamento é o mesmo Cristo do Novo Testamento. Na carta aos Tessalonicenses, Paulo liga o dia da vinda de Cristo e o arrebatamento (nossa reunião com Cristo), ao dia do Senhor, demonstrando assim que o arrebatamento há de tomar lugar neste mesmo dia. Pedro também nos diz que nós (Cristãos) esperamos “o dia de Deus” (2 Pedro 3:12), no qual os céus e a terra serão consumidos por fogo. Se compararmos a descrição que nos dá Pedro do “dia de Deus”, em sua segunda carta, e a que se refere a respeito ao “dia do Senhor”, em seu relato no livro de Atos (2:19-20), nos daremos conta que se refere ao mesmo evento.
Em vista do que explicamos acima, alguns pré-tribulacionistas ensinam que o dia do Senhor é a grande tribulação, mas, uma vez mais, esta idéia tampouco é biblicamente sustentável. O dia do Senhor vem ‘depois’ da grande tribulação. Já vimos que este dia é descrito por Pedro como um dia que será ‘iniciado’ com sinais no céu, quando farão “prodígios acima no céu e sinais abaixo na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se converterá em treva e a lua em sangue antes que chegue o grande e esplendoroso dia do Senhor” (Atos 2:19-20). Quando estudamos os eventos relacionados ao tempo da grande tribulação, em Mateus 24, lemos que os eventos descritos por Pedro em Atos, também são incluídos no relato de Jesus Cristo, e são postos cronologicamente ‘depois’ da grande tribulação, e não antes:
Mateus 24
Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Claramente vemos que como o dia do Senhor é ‘precedido’ pelos sinais no sol e na lua, e os tais sinais ocorrem ‘depois’ da grande tribulação, então por obrigação a grande tribulação não é, nem inclui o dia do Senhor. A leitura de Mateus nos diz que depois dos sinais no céu “aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem” e “enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” o que é uma referência ao arrebatamento de 1 Tessalonicenses 4:15-17, nossa reunião com Ele em 2 Tessalonicenses 2:1.

O FIM DO MUNDO

Entendemos que o fim do mundo é um só. Não pode haver dois “fins”; haverá um só fim. Falando do fim, desejo também acrescentar aqui um verso que me causou grande interesse, enquanto preparava um estudo sobre evangelismo. Em Mateus 28:20 diz: “ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” É possível que Jesus Cristo esteja com a igreja. que prega e ensina aos novos discípulos, dia após dia ‘até a consumação dos séculos’, se estes se vão ao céu sete anos antes do fim do mundo? Simplesmente não tem lógica. Mais uma vez, vemos o seguinte verso: “o tal seja entregue a Satanás para destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor” (I Coríntios 5:5). A salvação dos crentes ocorrerá, ou poderíamos dizer melhor, será consumada, no dia do Senhor Jesus, que será sua segunda vinda:
A segunda vinda do Senhor é então, o evento o qual nós crentes em Cristo, esperamos com grande desejo, tal como faziam Paulo e Pedro, os demais apóstolos e os crentes do tempo da Bíblia. Neste dia seremos ressucitados, transformados e vivificados.

O QUE É A RESSUREIÇÃO DOS MORTOS?

Esta doutrina é de suma importância, se queremos saber com certeza quando será o arrebatamento da igreja, já que este evento e a ressurreição dos mortos em Cristo terão lugar ao mesmo tempo, no mesmo dia.
A ressurreição dos mortos é a esperança dos que morrem em Cristo. Jesus Cristo mesmo nos prometeu ressuscitar-nos:
João 5:28-29
Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
Aqui Jesus nos introduz ao conceito da ressurreição (ainda que este ensino seja dos fariseus, Jesus Cristo o afirma), a qual há de tomar parte em ordem separadas, mas no momento da vinda de Cristo. Primeiro os que fizeram o bem, e depois os que fizeram o mal. A Bíblia então nos ensina uma ressurreição geral de bons e maus, no dia da Segunda Vinda de Cristo.


DUAS RESSUREIÇÕES

No livro de Apocalipse vemos que a Bíblia diz que haverá duas ressurreições. A ‘primeira ressurreição’ que é para a vida, e é espiritual (João 11:25-26), nos livra da condenação eterna da segunda morte. A primeira ressurreição ocorre no momento da salvação (Efésios 2:6), e a “segunda ressurreição” que é física (corporal), ocorre na vinda de Cristo, tanto para justos como para injustos:
Apocalipse 20:4-5.
Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição;
Em I Coríntios 15:20-23, vemos a ordem da ressurreição para a vida (a primeira):
Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
Aqui claramente vemos a devida ordem dos eventos de ressurreição para a vida. (versículo 20 e 23) – Primeiro, Cristo ressuscitou dentre os mortos e é as primícias dos que dormem; Segundo (versículo 23) – os que são de Cristo, em sua vinda. É importante notar que a palavra que se traduz por “vinda” em português é ‘parousia’ em grego, que significa “Presença Visível”.
I Coríntios 15 (literalmente) [paráfrase]
20 E agora, Cristo foi levantado dos mortos – e feito os primeiros frutos daqueles que dormem – 21 porque através do homem [é] a morte, também, através do homem [é] o levantar outra vez dos mortos, porque assim como em Adão todos morreram, assim também em Cristo todos serão feitos vivos, e cada um em sua própria ordem, um primeiro fruto Cristo, depois aqueles que são de Cristo, em sua presença.
Como se percebe, Cristo foi feito primícias dos que dormem (morreram). Paulo nos indica então, que a ressurreição ocorre em duas etapas. Primeiro Cristo como ‘primeiro fruto’ (primícias) dentre os mortos, e depois os que são de Cristo, quando ele venha em sua ‘presença’ [parousia]. Cristo é a primeira ressurreição:
João 11:25-26
Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?
Atos 26:23
isto é, como o Cristo devia padecer, e como seria ele o primeiro que, pela ressurreiçao dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e também aos gentios.
No Evangelho de João, Cristo diz “aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”, e no livro do Apocalipse diz “Bem aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressureição”. As expressões tônicas são “em mim” e “ tem parte”. Estes são os que são “bem aventurados” e quem “ainda que estejam fisicamente mortos, seguem espiritualmente vivos.” Os que estão em Cristo por meio da fé, tomaram parte nesta primeira ressurreição!
A garantia de que haverá uma colheita de mortos ressuscitados no último dia, está baseada em que o primeiro fruto se levantou. A qualidade dos primeiros frutos dava sinal ou indício, de que tipo de colheita se esperava naquele ano. Como Cristo é a primeira colheita (primeiros frutos / primícias), o fim da colheita será bom, está garantido. Portanto, os que são de Cristo, ‘sem dúvida alguma’ serão levantados “em sua vinda” (Parousia).
No livro de Apocalipse 14:4, se diz que os 144.000 são as primícias. Este é um número simbólico que representa todos os salvos desde o princípio do mundo até o final. Eles compõe o Israel de Deus. No Antigo Testamento, as primícias da colheita eram sempre para Deus, o resto, para consumo do povo. A Igreja é de e para Deus (Ex 23:19; 34:22,26), e por isso é chamada primícias. Os 144.000 representam os salvos do povo de Deus em todos os tempos (o Israel escolhido) ao qual pertencem todos os que permaneceram na fé desde o Antigo Testamento, e não foram desgarrados por sua incredulidade (Romanos 11), e os crentes em Cristo, do Novo Pacto, que começaram a ser recolhidos no dia de Pentecostes (festa das semanas, ou dos primeiros frutos) que marcava a colheita das primícias. Essa é a Igreja, o Israel espiritual. Estes são de Cristo e serão ressuscitados “em sua vinda” (Parousia).
O verso 24 segue: “e então o fim...” Claramente vemos que a ressurreição tomará lugar no dia da “vinda (parousia = presença visível) de Cristo”. E logo em seguida será o fim do mundo presente, tal como o disse Pedro, o mundo “passará com grande estrondo... e os elementos, ardendo, se fundirão?”

VIVIFICAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

Enquanto lemos estes versos, nos encontramos com a palavra ‘vivificados’. Esta palavra é utilizada para falar dos crentes que serão ressuscitados dentre os mortos, mas creio que também é porque ‘vivificação’ aplica-se a ambos grupos, os vivos e os mortos, o que nos indica que também o arrebatamento terá lugar neste dia. O apóstolo nos diz que no arrebatamento TODOS seremos transformados, os mortos e os vivos, nesta ordem. No verso 51 do mesmo capítulo lemos:
I Coríntios 15:51
Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos [estaremos mortos], mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Já vimos que toda esta vivificação, ou ressurreição e transformação, terá lugar no dia da vinda do Senhor e ‘ao soar a última trobeta’.


A TROMBETA FINAL

Em I Coríntios 15:51, menciona-se “a última [escatos] trombeta”. I Tessalonienses 4:16 diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro”. Se estudarmos o livro de Apocalipse, notaremos que ali se mencionam uma série de sete trombetas, sendo a sétima a trombeta final [escatos]. Esta é a trombeta que desata os acontecimentos finais do começo do reinado de Cristo, as taças da ira de Deus, os juízos contra os moradores da terra, e a “reta final” para a vinda de Cristo e o arrebatamento dos santos. É interessante que entendamos que se tocará só uma trombeta final, não uma orquestra de trombetas finais. A palavra final [escatos] de onde tomamos a palavra escatologia, define-se como “a última de uma série”. Por ser assim, não podemos esperar que hajam mais trombetas soando depois desta. E é aqui, em Apocalipse, o único lugar na Bíblia onde nos diz de trombetas relacionadas aos acontecimentos da vinda de Cristo, e do fim do mundo. A sétima trombeta marcará o começo do dia do Senhor. Com a última trombeta começarão os juízos e os galardões de todos os seres humanos e depois virá a eternidade.
Apocalipse 11:15-18
O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo,e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo Poderoso, que és, e que eras, e que há de vir, porque tomaste o teu grande poder, e reinaste. Iraram-se as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

OS ENSINOS DE PAULO
No livro de I Tessalonicenses 4:13-18 o apóstolo Paulo, esclarecendo talvez a seus interrogadores, a respeito dos cristãos que morriam, falava aos de Tessalônica a respeito de nossa esperança e aos acontecimentos que lemos em I Coríntios 15.
I Tessalonicenses 4:13-15
Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem.
Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Em II Tessalonicenses, ainda que alguns não queiram vincular o que ali se diz com o que acabamos de ler, é claro que o apóstolo Paulo continua falando a respeito dos mesmos acontecimentos mas com mais detalhes. Nesta parte se menciona o homem de pecado (o Anticristo) mas o assunto é o mesmo, vejamos:
II Tessalonicenses 2:1-3
Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição...
Nestes versículos, Paulo nos fala a respeito de três acontecimentos:
1) A vinda de nosso Senhor
2) Nossa reunião com Ele e
3) O dia do Senhor.
Primeiro – Devemos notar a ordem em que Paulo usou para os primeiros dois eventos. Sinceramente, não creio que a ordem usada por Paulo seja casualidade, ou que o Espírito Santo, que é quem inspirou a Bíblia, tenha decidido que esta ordem não tenha importância, ou que simplesmente nos queira confundir. Não creio nisso. Paulo sabe que a reunião dos santos com Jesus ocorrerá em Sua vinda, de forma que, primeiro ocorre a vinda, e, em seguida, a reunião com Ele.

Segundo
 - O que Paulo diz depois destes versos é de maior importância ainda. Paulo vincula os acontecimentos anteriores diretamente ao dia do Senhor. Paulo está tratando o assunto a respeito da vinda e da reunião dos santos com Cristo, e isso é precisamente o que faz. Ele não começa um novo assunto sobre o dia do Senhor, sem terminar de esclarecer o assunto que acaba de introduzir. Ele nos diz que a vinda de Cristo e a reunião de seus santos com ele (arrebatamento) terão lugar no dia do Senhor. É interessante que o dia do Senhor será precedido por sinais no sol, na lua e nas estrelas.

Terceiro – Paulo também diz que o dia do Senhor não vai acontecer, até que se haja manifestado o homem do pecado, o filho da perdição. Este homem de pecado, filho da perdição, de acordo com os teólogos bíblicos, é o “Anticristo”. Dessa forma, vemos claramente que a vinda de nosso Senhor por seus santos, terá lugar depois (e não antes) que já tenha vindo a apostasia, e se tenha manifestado o anticristo. Por conseguinte, a igreja estará ainda na terra, quando isso ocorrer, e verá estes acontecimentos.
A Igreja não somente verá o começo deste governo do Anticristo, como também sofrerá a mão dele por causa do Nome de Cristo, tal como disse Jesus a seus discípulos no monte das oliveiras...


OS ENSINOS DE JESUS

Os ensinos do apóstolo Paulo em I e II aos Tessalonicenses estão completamente de acordo com os ensinos de Jesus no monte das oliveiras, a respeito aos tempos do fim, e à manifestação da apostasia em
Mateus 24:15-18
Portanto quando virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, entenda), então, os que tiverem na Judéia fujam para os montes. Quem estiver nos telhados não desça para tirar alguma coisa de sua casa. Quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.
É preciso que notemos as palavras que usou Jesus para dirigir-se a seus discípulos, que eram crentes nEle, ou cristãos, e além disso “membros / líderes” de sua futura igreja (é como dizer que está falando conosco). Ele lhes diz quando “virdes”; aqui podemos nos dar conta que somente podemos ver o que está acontecendo, se estivermos aqui na terra. Como vamos ver se estivermos no céu? Também lhes diz que fujam para os montes e se escondam. Como vamos fugir, ou como seremos perseguidos ou atribulados se estivermos no céu?
Jesus não somente diz que seremos perseguidos, mas também que, se não fosse por causa dos escolhidos, aqueles dias não seriam abreviados, ou limitados Mateus 24:22.


QUEM SÃO OS ESCOLHIDOS?

Alguém poderia dizer – e de fato dizem os pré-tribulacionistas – que os escolhidos são o povo de Israel. Tal interpretação é incorreta. O povo de Israel foi escolhido por Deus nos tempos ‘anteriores’ à cruz. Mas é necessário entender que este adjetivo é utilizado AGORA, depois da cruz, para referir-se aos membros da Igreja. Deus não tem dois povos escolhidos, mas ‘um povo escolhido’, que no Antigo Testamento era predominantemente composto só de Judeus, mas agora no Novo Testamento, é composto tanto de Judeus como de Gentios que crêem em Cristo. Em Efésios 1:4, o apóstolo diz aos cristãos: “pois nos elegeu nele antes da fundação do mundo...” Dessa forma, vemos que como crentes somos escolhidos. Jesus mesmo disse: “pois eu vos escolhi a vós”. Paulo, depois de dar a explicação À IGREJA do que há de ocorrer nos tempos do fim, do ‘Anticristo’ e da vinda de Cristo, e da condenação dos que não creram, disse:
II Tessalonicenses 2:13
Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos ESCOLHEU desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade.
Ou seja, os escolhidos a quem Jesus está se referindo em Seus ensinos em Mateus 24, são os santos da igreja, a qual inclui tanto judeus como gentios.
Efésios 2:14 diz:
Pois Ele [Jesus] é nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação...
Portanto, os judeus que não entrarem por Cristo, não serão considerados povo escolhido, e serão julgados por sua incredulidade.
Mesmo assim, ainda com todo este esclarecimento, alguns comentaristas escatológicos mantêm a idéia que o capítulo 24 de Mateus não corresponde à Igreja, mas sim ao povo de Israel étnico. Se fosse assim, então teríamos que crer que haverá ‘dois arrebatamentos’, um para a igreja (supostamente I Tessalonicenses 4:17) e outro para a nação de Israel (supostamente Mateus 24:31), que existem ‘dois grupos de escolhidos’, ‘duas esposas’ (a nação de Israel e a igreja), que existem ‘dois povos santos’ (a nação de Israel e a igreja). Também podemos deduzir que os dois povos, o dos grupos de escolhidos, os ‘menos amados’ são os da nação de Israel, porque Deus os deixou para que sofressem a tribulação, sozinhos na terra, enquanto Ele estava com os outros, festejando no céu.
Não podemos crer em tais ensinos, porque Jesus não estava falando somente a judeus, nem aos fariseus incrédulos, mas sim falava a seus discípulos em segunda pessoa. Os discípulos eram os apóstolos e os primeiros membros da Igreja de Cristo. E estavam ali como ‘cristãos’. Outra prova de que Jesus está se referindo ao arrebatamento de sua igreja, tiramos das palavras que seguem às que fazem referência ao levantamento dos santos ou escolhidos. Em Mateus 24:40-41, Jesus explicando a seus discípulos o que disse que havia de acontecer em Mateus 25:31, faz referência a dois que estão no campo e dois que estão em um moinho. Em ambos os casos, um é tomado e outro é deixado. É claro que de acordo ao contexto, e ao vocábulo, que isto é uma referência ao dia em que o Senhor venha, ao arrebatamento da Igreja. Como então podemos escolher versículos aqui e ali sem justificação bíblica?


MÁS INTERPRETAÇÕES DA BÍBLIA

Os pré-tribulacionistas aplicam versos e passagens bíblicas ao arrebatamento, e à segunda vinda de Cristo de uma maneira inconsistente e irresponsável. Por exemplo, com respeito ao sermão de Cristo no Monte das Oliveiras (Mateus capítulos 24 e 25), eles dizem que:
1) Do verso 24:4-12 aplicam à era da igreja. (O arrebatamento secreto, ou vinda de Cristo ‘por seus santos’ [aqui a Igreja], acontece supostamente dentro do verso 12 e 13, com certeza você não se deu conta, porque não está ali, ‘foi secreto’).
2) Em seguida, do verso 13 ao 29 aplicam à nação de Israel.
3) Depois do 30 ao 31, aplicam à segunda vinda de Cristo ‘com seus santos’.
4) Do verso 32 ao 35, aplicam à era da igreja, mas em referência a Israel, porque Israel é a figueira que floresceu em 1948 [ano em que foi fundado o Estado de Israel, contra a vontade das Nações Unidas e do mundo, Nota do Tradutor].
Supostamente Cristo deveria ter raptado sua igreja, no mais tardar, em 1988, quando se cumpre a geração que os teólogos sempre têm sustentado que são 40 anos. Agora as coisas mudaram, a figueira não floresceu 1948, mas em 1967, porque esta foi a na qual Israel tomou Jerusalém em uma guerra, da mão dos palestinos. Alguns pré-tribulacionistas dizem que Cristo tem que vir (para o arrebatamento [secreto]) antes do ano de 2007, que é quando se completa a próxima geração. Mas outros, mais ‘corretos’, dizem agora que uma geração não são 40 anos, mas sim 51,4 anos, estendendo assim o espaço de tempo para a vinda ‘arrebatamento’ ainda mais, até 2018.
5) Do verso 24:36 até o 25:30, fazem referência ao arrebatamento.
6) Do verso 24:31 até o 24:45, fazem referência a segunda vinda.
Outro exemplo deste tipo, é Tito 2:13. Este verso diz: ... aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus... A interpretação dada a este verso é também interessante.
Este verso é dividido em duas partes para poder acomodar a doutrina. Vejamos:
1) ‘a esperança bem-aventurada’ – Esta frase, segundo os pré-tribulacionistas, faz referência ao arrebatamento, 7 anos antes da tribulação.
2) ‘a manifestação gloriosa’ – Esta frase, segundo os pré-tribulacionistas, faz referência à segunda vinda, depois da tribulação.
O problema com este versículo, é que este é um versículo chave para provar a deidade de Cristo. Os Testemunhas de Jeová traduziram erroneamente a segunda parte deste verso assim: ‘... ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e [do] Salvador de nós, Cristo Jesus’ [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas]. Fizeram isto para separar ‘Cristo’ do título de ‘grande Deus’. Mas isto, de acordo com os conhecedores de lingüística e gramática, e as leis ortográficas do idioma grego, é incorreto. Pois as duas frases estão unidas, justamente para indicar que o grande Deus e Salvador nosso, é Cristo.
A frase ‘esperança bem-aventurada’ e a frase ‘manifestação gloriosa’ estão unidas da mesma forma em que estão unidas ‘nosso grande Deus’’ e ‘Salvador Jesus Cristo’. Quando os pré-tribulacionistas pretendem separar estas duas frases para fazer ver que são dois eventos diferentes, estão fazendo o mesmo que os Testemunhas de Jeová fazem com a segunda parte deste versículo, para separar o título de grande Deus, de Jesus Cristo. Ao meu entender, isto é uma grave falta de integridade cristã. Você se dá conta do tipo de tentativa? E tudo isso se faz da mesma maneira forçada, subjetiva e sem a apropriada interpretação bíblica contextual, para justificar sua falsa crença. Só porque assim tem de ser; claro, assim tem de ser para que sua falsa doutrina seja ‘bíblica’. Que Deus tenha misericórdia.


QUANDO SE MANIFESTARÁ O FILHO DA PERDIÇÃO (ANTICRISTO)?

De acordo com muitos intérpretes da Bíblia, o “filho da perdição’ (2 Tessalonicenses 2:8) se manifestará na metade do período da tribulação (a metade da semana de Daniel 9:27). No livro de Apocalipse, a besta (outra referência ao Anticristo), não se manifesta com seu poder, até a metade da tribulação”.
Apocalipse 13:4-5 diz:
... e adoraram o dragão que deu à besta a sua autoridade, e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.
É de entender que estes quarenta e dois meses equivalem exatamente a três anos e meio, os quais não necessariamente devem ser entendidos de forma literal, mas simbólica, tal como é a primeira metade da semana. O reinado de poder da besta (tipo do domínio satânico) terminará quando Cristo vier. Vejamos o que diz em...
Apocalipse 19:19-20:
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para guerrearem contra aquele que estava montado no cavalo, e o seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que diante dela fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta, e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
2 Tessalonicenses 2:8
E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro de sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.
O cavaleiro no cavalo branco é Cristo, em sua Segunda Vinda (Apocalipse 19:11). E seus exércitos são os anjos, não a igreja, quem vem com Ele (Mateus 25:31)


A TRIBULAÇÃO

Muito ao contrário do que se tem ensinado, e ainda que muitos não queiram aceitar, a Bíblia nos diz que a tribulação será para os escolhidos, quer dizer, a tribulação por parte do sistema do mundo, incluindo o governo do Anticristo. Os ímpios também terão sua tribulação, mas esta será da parte de Deus, será mais como um castigo para eles, podemos entender pela Bíblia, como a ira de Deus.
Em Mateus 24: 4,9 diz: Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereisodiados de todas as nações por causa do meu nome. Isto será antes do Anticristo manifestar-se, durante o período do “princípio das dores”, do qual falou Jesus. Depois da manifestação do Anticristo, a tribulação será pior.
Em Mateus 24: 20-21 diz: Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.
Devemos ter em mente que os crentes serão perseguidos e mortos (atribulados) por causa do Nome de Jesus. Esta perseguição (tribulação) começou com a igreja primitiva, e nos tempos do fim (do anticristo) será ainda pior. No livro de Apocalipse 13:7, falando da besta (governo satânico do anticristo) diz: Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los. Quem são estes santos? A palavra “santos” significa “separados”, e vemos que este nome é dado aos crentes. O apóstolo Paulo se referia a igreja como “os santos” (Filipenses 4:21; Hebreus 13:24); o apóstolo Pedro nos chama de “nação santa” (I Pedro 2:9); Judas nos chama de “santos” (Judas 3). Finalmente, no mesmo livro de Apocalipse se dá a identidade ‘dos santos’ e se diz que é a Igreja. Ainda que os dispensacionalista digam de Apocalipse 4 a 19, que a palavra ‘igreja’ não é mencionada, mas a palavra ‘santos’, e que isso é supostamente ‘prova’ de que o arrebatamento ocorre no capítulo quatro, aqui vemos que ‘os santos’ do livro de Apocalipse são “a Igreja’, a esposa do Cordeiro.
Apocalipse 19
Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou. Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro; O linho fino são os atos de justiça dos santos.


O ANTICRISTO VENCERÁ OS SANTOS

É importante que nos detenhamos uma vez mais, para esclarecer o verso que acabamos de citar. Em Apocalipse 13:7 diz: Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los. Alguns utilizam este verso para promover seus ensinos de um arrebatamento pré-tribulacional, já que se diz que se fará guerra e vencerá os santos, e não a Igreja. O Anticristo é o agente (espírito) de satanás. O Anticristo, Satanás e todos os demônios poderão vencer os santos fisicamente, mas JAMAIS PODERÃO VENCER A IGREJA! A Igreja é espiritual.
Os santos foram perseguidos desde o primeiro dia, quando se fundou a Igreja de Cristo, em Jerusalém. Muitos crentes foram destruídos, mortos ou perseguidos. Os apóstolos do Senhor foram mortos por perseguição, literalmente foram vencidos fisicamente, mas NÃO ESPIRITUALMENTE. A Igreja não pode ser destruída por Satanás. Ainda que muitos crentes tenham morrido, morram, e sigam morrendo, a Igreja continua adiante. Tem de ser assim, porque isso foi o que Cristo disse: “E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mateus 16:18. Claramente em Apocalipse 12:17 diz: “Então o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus”.
Neste versículo claramente vemos que o dragão (Satanás), fará guerra contra a Igreja, os que são descendência daquela mulher, e os que guardam os mandamentos de Jesus Cristo (Cristãos).

A VINDA DE CRISTO SERÁ DEPOIS DA TRIBULAÇÃO

De acordo com o que lemos em Apocalipse 13, e veremos agora em Mateus, podemos entender que os santos da Igreja passarão por tribulação, e pela grande tribulação.
Mateus 24:29-31
Logo DEPOIS DA AFLIÇÃO DAQUELES DIAS, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os corpos celestes serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
O verso 31 claramente descreve o arrebatamento da Igreja, o qual disse Jesus, será depois da tribulação daqueles dias.


A PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO

A parábola do joio e do trigo, em Mateus 13:34-43, é de suma importância para saber a ordem dos acontecimentos, no fim dos séculos. É importante notar quão claras são as palavras de nosso Senhor Jesus a respeito destes acontecimentos:
Mateus 13:40-43
Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado, e todos os que cometem iniqüidade. E lançá-lo-ão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o Sol, no reino de seu Pai.
Esta é a explicação que dá Jesus à parábola do trigo e do joio. A parábola se encontra em Mateus 13:24-30.
Mateus 13:30 diz:
Deixai crescer ambos juntos até a ceifa. Por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, atai-o em molhos para o queimar; então colhei o trigo e recolhei-o no meu celeiro.
Perceba, o joio tem de ser amontoado (agrupado, marcado, mas não morto) antes que o trigo, para ser queimado, mas não até que sejam julgados no juízo do grande trono branco. Por isso é que é necessário que se deixe crescer JUNTOS ATÉ O FIM DO MUNDO (literalmente ‘a consumação’), a sega (colheita) quando Cristo venha. Ele enviará seus anjos para separar o joio do trigo, para amarrá-lo em montes, para que seja queimado (no lago de fogo) depois que seja recolhido o trigo, no celeiro de Cristo (o reino eterno). Jesus virá para colher o trigo (a Igreja – o arrebatamento), e depois queimará o joio no inferno. Isto é o que ocorre em Apocalipse 14:14-20. É também preciso notar que estes eventos ocorrem depois de tocar a sétima trombeta, esta é a última trombeta, a trombeta final, nos dias do tempo da vinda do Senhor.
Apocalipse 14:14-20
Olhei, e vi uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada. Então outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois já a seara da terra está madura. E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi ceifada. Outro anjo saiu do altar, o qual tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: lança a tua foice afiada, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo meteu a sua foice à terra, e colheu as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.
Este amontoar do joio, é a destruição dos malvados ao fim dos séculos, um forte castigo de destruição e morte, que será efetuado sobre os que servem de tropeço à obra de Deus, e aos que cometem iniqüidade Mateus 13:41. E acontecerá depois que seja juntado o trigo, ou seja, este é o arrebatamento. Os anjos levaram a cabo esta obra de separação do joio, antes que Cristo venha à terra buscar sua Igreja. Deus sabe o que faz, e como faz.

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS: NÃO HÁ MAIS OPORTUNIDADE!

Ao contrário do que crêem os pré-tribulacionalistas, que ensinam que muitos terão uma segunda chance de salvação depois que o arrebatamento ocorra, (‘SE NÃO ACEITAM A MARCA DO 666 E DEIXAM CORTAR A CABEÇA’), Jesus ensinou que não haverá mais oportunidade. Se analisarmos a parábola das dez virgens, nos daremos conta desta realidade. Depois que venha Cristo (o esposo), buscar sua Igreja (as virgens prudentes), toda a oportunidade terá terminado. Jesus diz isso Mateus 25:1-13, na parábola das dez virgens. Todas esperavam ao esposo. Mas cinco delas não estavam preparadas para recebê-lo, e saíram para preparar-se (comprar óleo, um tipo [figura] do Espírito Santo), mas enquanto elas estavam fora, o esposo veio...
Mateus 25:10-13
As virgens que estavam preparadas, entram com ele para as bodas. E fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
Se depois que Cristo entre nas bodas com os seus, e a porta será fechada, como é possível que os que se salvam durante a grande tribulação sejam aqueles que não foram no suposto arrebatamento [secreto] antes dos sete anos de tribulação? Depois que Cristo vier buscar sua Igreja, NÃO HAVERÁ MAIS OPORTUNIDADE DE SALVAÇÃO, SÓ O JUÍZO DA IRA DE DEUS.

QUEM SÃO OS SANTOS QUE VEM COM JESUS?

Um dos ensinos dos pré-tribulacionistas, é que no arrebatamento ‘Cristo vem buscar seus santos’, e que na vinda ‘Cristo vem com seus santos’. Tenho um livro de Teologia Sistemática no qual, falando a respeito destes acontecimentos, diz que: ‘Não podemos confundir um com o outro’. Muito interessantemente, não se dá aqui uma citação bíblica que respalde tal ensino. Como pois podemos crer?
No livro de Apocalipse, 19:14 diz: Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Os comentaristas pré-tribulacionistas asseguram que neste grupo vêm os santos da igreja, mas isso não é o que diz a Bíblia. Em Zacarias 14:5, também se fala dos santos que acompanham a Jeová em sua vinda ‘e com ele todos os santos’. Quando se escreveu o livro de Zacarias, a Igreja não existia e já se usava o termo “os santos”, para referir-se ao povo de Deus. Então, a quem se refere?
É certo que os crentes são santos, a Bíblia o diz. Somos santos, ‘nação santa’. Isto está bem claro; mas a pergunta é: se são os santos da igreja os que vêm com Cristo em sua vinda? A Bíblia o diz:
Judas 14-15 diz:
Concernente a estes profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão: Vede, o Senhor vem com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos, e para fazer convictos todos os ímpios...
Se lermos somente este verso, não podemos entender com exatidão quem compõe este grupo que vem com o Senhor, mas podemos ver que os que vêm, o fazem “para fazer juízo” , não para julgar. A Igreja se sentará para julgar (Mateus 19:28; I Coríntios 6:2-3), mas NÃO fará ou executará juízo.
Em Mateus 25:31 vemos quem são os santos: “Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória”. Se leu bem, percebeu que os que vem com ele ‘são os anjos’. A Igreja não são anjos. Em Marcos 8:38, também diz que “virá na glória de Seu Pai, com os santos anjos”.
QUE SIGNIFICAM ENTÃO OS SEGUINTES VERSOS?
Apocalipse 3:10...
Visto que guardaste a palavra da minha perseverança, também eu TE GUARDAREI da hora da tribulação que há de vir sobre todo o mundo, para provar os que habitam sobre a terra.
Muitos usam este versículo como garantia de que a Igreja não passará por nenhum tipo de perseguição, ou tribulação. Mas o verso diz “eu te guardarei da hora da tribulação”. Está falando da parte final, da ira de Deus que virá sobre o mundo inteiro. Isto ocorrerá ao fim, logo antes do arrebatamento dos santos, tempo o qual será de “prova” para os moradores da terra (os terreais), mas tempo do qual os que tem sua morada nos céus (os crentes) serão guardados. Pois virá o arrebatamento onde a Igreja será livrada da ira de Deus, quando o Fogo de Deus for derramado sobre a terra, sobre aqueles que são desobedientes ao Evangelho.
II Tessalonicenses 2:6-11
Deus é justo: Ele dará em paga tribulação AOS QUE VOS ATRIBULAM, eA VÓS QUE SOIS ATRIBULADOS, alívio conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poderEM CHAMA DE FOGO. Ele tomará vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles por castigo padecerão eterna perdição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porque o nosso testemunho foi crido entre vós). Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder.
Nestes versículo vemos claramente e muito ao contrário do que muitos ensinam, que HÁ E HAVERÁ TRIBULAÇÃO PARA A IGREJA, OS SANTOS DO SENHOR. Os santos serão livrados da hora da tribulação [prova, ira de Deus], que virá sobre o mundo INTEIRO quando Cristo vier. A isso se refere Apocalipse 3:10, NÃO a ser livrado ou tirado secretamente da terra, sete anos antes do fim. Este versículo simplesmente significa que a igreja será guardada como Cristo orou, pois as mesmas palavras são utilizadas no grego original:
João 17 15
Não peço que os tires do mundo, MAS QUE OS GUARDES DO MAL.
Que “os guardes”, não arrebatando-os ao céu, ou às nuvens, mas protegendo-os NA terra com o poder divino de Deus. NÃO há dúvidas que a Igreja possa ser, e será guardada pela mão poderosa de Deus da mesma maneira que Deus cuidou do povo de Israel quando estava derramando as dez pragas sobre o Egito.
I Tessalonicenses 5:9
Pois Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo...
I Tessalonicenses 1:10
E aguardardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.
Os santos de Cristo (a Igreja composta por todos os gentios e judeus que a compõe, e que são povo de Deus, Seu Israel) NÃO experimentarão a ira vindoura DA PARTE de Deus. Só os injustos, e portanto alcançaremos a salvação por meio de Jesus Cristo, no dia de sua vinda. Esta ira deve ser entendida como a ira que Deus derrama sobre os que não são sua igreja, no momento de sua vinda, como diz em I Tessalonicenses 1:10 e II Tessalonicenses 2:10, mas especialmente à condenação do FOGO DE CASTIGO ETERNO. Para uma consideração mais detalhada do verso de Apocalipse 3:10, leia o estudo “Te guardaré de la hora de la prueba" ¿Que significa eso?”.


CONCLUSÃO

Podemos confiadamente crer e dizer que A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO e que não existe base bíblica alguma para crer que será de outra maneira. Não podemos enganar a nós mesmos, nem enganar aos demais, fazendo-os crer que depois do arrebatamento, os que sejam levados terão outra oportunidade.
II Coríntios 6:2
Pois ele diz: Ouvi-te em tempo aceitável, e socorri-te no dia da salvação. Digo-te, agora é o tempo aceitável, AGORA É O DIA DA SALVAÇÃO.
Alguns me dizem que se não forem com Cristo no arrebatamento, se deixarão cortar a cabeça. É triste que haja mestres que ensinam às pessoas a crer em tal erro.Depois que Cristo vier, já não haverá mais oportunidade para ninguém!

Tradução livre: Vinícius Rentz



Paulo, Jesus e o Arrebatamento
por
Hans K. LaRondelle

A Igreja apostólica viveu na expectativa do retorno de Cristo em glória e majestade. Paulo definiu os cristãos como aqueles que experimentam a graça de Deus, vivem uma vida santificada e “aguardam a bendita esperança e a manifestação [epiphaneia = aparecimento] da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2:13). Essa “bendita esperança” do glorioso aparecimento de Cristo para “julgar vivos e mortos” (II Tim. 4:1; I Tim. 6:14) tornou-se a esperança da Igreja cristã, até que John Nelson Darby, erudito inglês (1800-1882), começou a ensinar a nova teoria de um arrebatamento secreto, pré-tribulação, sete anos antes da vinda de Jesus Cristo. [1]
De acordo com esse ponto de vista, Cristo vem de modo invisível para os Seus santos. Na gloriosa parousia (advento) ou epifania (aparecimento), Cristo retornará com os santos. Tal compreensão de uma segunda vinda em duas fases é resultado de um sistema hermenêutico chamado literalismo, originado por Darby e popularizado por C. I. Scofield, na Nova Bíblia de Referência Scofield. [2]
A diferença fundamental entre a teoria do arrebatamento secreto e o cristianismo histórico é a doutrina de que Cristo voltará em glória exatamente sete anos depois do arrebatamento da Igreja. Encoberto na construção dessa teoria está o estabelecimento de uma data para o segundo advento; algo explicitamente proibido por Jesus Cristo (Mat. 24:36; Atos 1:6 e 7). Conceituados eruditos da Bíblia têm escrito muitas avaliações críticas desse futurismo ou dispensacionalismo, especialmente da radical dicotomia que ele cria entre Israel e a Igreja. [3]
Neste artigo, oferecemos uma revisão da posição bíblica sobre a bendita esperança, tal como ensinada por Jesus e Paulo. As passagens principais são Mateus 24:29-31; João 14:3; I Cor. 15:51 e 52; I Tes. 4:13-18; II Tes. 1:5-10; 2:1-8. Todos os textos necessitam ser interpretados dentro do seu contexto histórico e literário. Nosso uso das palavras “Igreja”, “Israel”, “parusia” e “iminente” deve ser determinado pela revelação progressiva do Novo Testamento, ao invés de considerações dogmáticas.
Jesus e a Parousia
Dentre os quatro evangelhos, somente Mateus 24 usa o termo parousia (presença, vinda, chegada) para o glorioso aparecimento de Jesus. Desde o início, a vinda de Cristo está conectada com o julgamento retribuitivo de Deus no fim dos tempos. “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da Tua vinda [parousia] e da consumação do século.” (Mat. 24:3). Jesus afirmou essa coincidência quando disse que todos os povos sobre a Terra verão o sinal de Sua parusia quando vier nas nuvens do céu com os anjos, “com poder e muita glória”, como o “Filho do homem” da visão de Daniel (Dan. 7:13 e 14).
“Logo em seguida à tribulação [thlipsis] daqueles dias . . . . Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mat. 24:29 e 30). Cristo enfatizou a visibilidade universal de Sua parousia, ao dizer: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem” (v. 27).
É essencial reconhecer que Jesus adotou as expressões “tribulação”, “Filho do homem”, “as nuvens do céu”, “poder e muita glória”, das visões de Daniel. Os capítulos 7 e 12 do livro de Daniel descrevem a libertação final do povo do concerto, fiel a Deus, como acontecendo depois da tribulação no tempo do fim (Dan. 7:25-27; 12:1 e 2). Daniel retrata o livramento pós-tribulação dos santos através da intervenção do real “Filho do homem” ou Miguel celestial. Jesus apresentou-Se como o divino Messias da visão de Daniel e anunciou que o julgamento de Deus será dramaticamente realizado em Sua parusia com reverente poder e glória. Todos os povos da Terra não apenas testemunharão essa parusia, mas, conseqüentemente, também se lamentarão ou se encherão de remorso e desespero. [4]
Cristo usou expressões do livro de Daniel para descrever a libertação final de Seu povo após a tribulação do tempo do fim
Esse lamento de Mateus 24 é ampliado por João no Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele” (Apo. 1:7; ver também Apo. 6:12-17). Não se trata de um lamento como arrependimento, mas por causa do desespero e temor em virtude da aproximação do julgamento final.
Escritos gregos contemporâneos usavam a palavra parousia como o termo oficial para descrever a chegada triunfante de reis e governantes em visita a uma determinada cidade. [5] Jesus endossou a perspectiva profética de Daniel ao declarar que Sua parusia poderia ocorrer “logo em seguida” à tribulação do Seu povo (Mat. 24:21, 22, 29 e 30; Dan. 12:2). Claramente Ele também ensinou uma parusia pós-tribulação.
O que os dispensacionalistas sustentam, entretanto, é que Jesus direcionou Seu discurso profético exclusivamente a Seus discípulos, representantes de Israel como nação escolhida; de modo que Mateus 24 não é aplicável à Igreja, ao arrebatamento ou à ressurreição. [6]
Ironicamente, de todos os quatro escritores evangélicos da Bíblia, somente Mateus usa o termo ekklèsia = igreja (Mat. 16:18; 18:17). Ele define a Igreja de Cristo como o corpo de todos os que, à semelhança do apóstolo Pedro, confessam a Jesus como o Messias de Israel (Mat. 16:16-19), o corpo no qual a presença de Cristo habita até Sua parusia ou a consumação dos séculos (Mat. 18:20; 28:20). Jesus designou os crentes como “Minha igreja”, “Seus escolhidos” (Mat. 16:18; 24:31).
É difícil entender como alguém pode negar o fato de que os apóstolos, para quem Jesus direcionou Seu discurso profético, também foram os fundadores e os primeiros membros da Igreja cristã. Eles eram representantes de todosos crentes em todas as nações (Atos 1:8). O discurso profético de Cristo em Mateus 24 é, portanto, direcionado à igreja apostólica até a consumação dos séculos. Qualquer tentativa de separar os apóstolos ou Mateus 24 da Igreja é uma compartimentalização antibíblica.
Pedro se referiu aos membros da Igreja como “povo de propriedade exclusiva” (I Ped. 2:9), ou “eleitos” (I Ped. 1:1 e 2). Semelhantemente, Paulo falou da Igreja como “eleitos de Deus” (Rom. 8:33). Jesus certamente não restringiu Seus eleitos ao remanescente judeu de crentes depois de testemunhar a maior fé de um centurião romano do que de qualquer israelita: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mat. 8:11 e 12).
O argumento de que Jesus não menciona o arrebatamento ou a ressurreição em Mateus 24, porque “o arrebatamento não ocorre na segunda vinda,” [7] suscita uma questão. Uma hipótese tão precária não está baseada na Escritura mas sobre considerações doutrinárias. Em Mateus 24, Jesus respondeu a uma pergunta particular dos discípulos a respeito dos sinais de Sua parusia (v. 3). Então, Jesus apontou o livro de Daniel como fonte primária de Sua resposta (v. 15). Ali nós lemos como o livramento dos santos na tribulação do tempo do fim ocorrerá: Miguel descerá para seu resgate e para realizar a ressurreição dos mortos (Dan. 12:1 e 2).
Portanto, devemos ler Mateus 24, tendo Daniel como fundo, para ter um quadro completo. Posteriormente, quando Jesus assegurou a Seus discípulos que Ele viria outra vez para levá-los à casa do Pai no Céu (João 14:2 e 3), não estava sugerindo um arrebatamento secreto, mas explicando o confortador propósito de Sua mais antiga promessa de ressuscitá-los da morte, “no último dia”: “De fato, a vontade de Meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nEle crer tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:40).
O Apocalipse de Paulo
Por volta de 50 ou 51 A.D., Paulo escreveu duas cartas pastorais à igreja de Tessalônica que ele mesmo fundara. Por causa da forte proteção oferecida aos cidadãos tessalonicenses, pelo imperador romano, eles se tornaram hostis àqueles que glorificavam a Cristo como seu Rei e Redentor (Atos 17:1-9). [8] O tema central de Paulo para os cristãos tessalonicenses era a esperança na parusia, um termo que ele usou sete vezes nessas cartas.
Paulo descreveu a abençoada esperança da Igreja com uma preponderância de paralelos com Mateus 24. Um erudito concluiu, depois de detalhada comparação: “Em Mateus e Paulo nós encontramos as mesmas palavras gregas, usadas no mesmo sentido e em contextos similares”. [9] Outro estudioso anotou 24 paralelos substanciais entre Mateus 24 e 25 e as duas cartas aos tessalonicenses: “Há maior quantidade de material paralelo no relato de Mateus do que em Marcos e Lucas, levando à conclusão de que as palavras de Jesus, tal como relatadas por Mateus, foram a fonte do ensinamento de Paulo”. [10]
Paulo reconheceu a autoridade do ensinamento de Cristo e apelou à “palavra do Senhor” para fazer sua descrição da esperança cristã (I Tes. 4:15). Ele adotou muitos dos conceitos e expressões fundamentais de Jesus, tais como a parusia do Céu, a reunião final dos santos pelos anjos, nuvens dos céus, o som da última trombeta, a vinda do Dia do Senhor como um ladrão de noite. Jesus e Paulo também enfatizaram que uma apostasia sacrílega se desenvolveria na Igreja institucional, acompanhada por sinais enganosos e falsas maravilhas, antes da reunião dos santos na gloriosa parousia de Cristo (Mat. 24:10-12, 24, 29 e 30; II Tes. 2:1, 3-10).
Não admira que estudiosos do Novo Testamento que têm comparado os dois relatos meticulosamente, concordem que “o paralelismo substancial é notavelmente extensivo, e inclui tanto paralelismo de estrutura como de idéias”.[11] Essa evidência requer nossa consideração sobre a escatologia de Paulo como uma elucidação e aplicação do discurso profético de Jesus.
Paulo poderia ter usado uma coleção de ensinamentos de Jesus, anteriores aos escritos do evangelho de Mateus. Nós focalizamos o uso que Paulo fez do termo parousia, em comparação com seu uso por Jesus em Mateus 24. Paulo respondeu à questão de alguns crentes tessalonicenses sobre se os que morreram no Senhor tinham qualquer desvantagem em relação aos que sobrevivessem. Poderiam os santos mortos perder a glória da parusia? Eles necessitavam da segurança da esperança cristã, em contraste com os que não têm esperança (I Tes. 4:13).
Paulo fundamentou a esperança do evangelho na certeza da ressurreição de Jesus: “Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em Sua companhia, os que dormem” (I Tes. 4:14). Essa passagem afirma que todos os que morreram no Senhor seguramente serão ressuscitados, tal como Jesus morreu e ressuscitou dos mortos. A frase “trará, em Sua companhia” não sugere qualquer retorno de almas dos Céus à Terra, mas o ato de Deus trazer os mortos à vida, assim como trouxe Jesus da tumba, como “as primícias dos que dormem” (I Cor. 15:20 e 23).
O apóstolo continua sua explicação da seguinte maneira: “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (I Tes. 4:15-17).
O propósito de Paulo não foi descrever os sinais que introduzem o segundo advento, mas “pela palavra [ou autoridade] do Senhor” responder a indagação específica sobre os santos mortos em relação à parusia. Nos versos 13-16, ele tranqüiliza os entristecidos crentes, garantindo-lhes que os mortos em Cristo não terão desvantagem alguma em relação aos santos vivos, porque eles “ressuscitarão primeiro”. Os dois grupos são então simultaneamente arrebatados “para o encontro do Senhor nos ares”.
Em sua primeira carta aos tessalonicenses, Paulo ensina justamente o oposto do arrebatamento secreto.
Dessa forma, o advento de Cristo sincroniza com a ressurreição e a trasladação dos santos. Em I Tes. 4:16 e 17, Paulo claramente ampliou em detalhes o que Jesus revelara em Mateus 24:30 e 31. Não há necessidade nem justificativa para compartimentalizações. Jamais deveríamos entender que Paulo esteja revelando uma parusia, uma ressurreição e reunião dos santos diferentes do que foi mencionado por Jesus em Mateus 24. A mesma trombeta que anuncia o encontro dos eleitos em Mat. 24:31 também chama à vida os santos que dormem em Cristo (I Cor. 15:52; I Tes. 4:16).
Como comandante-em-chefe das hostes angelicais, Cristo aparecerá no céu, com sons tais como os de ruidosas trombetas, em Sua gloriosa parusia. Em I Tes. 4:16 e 17, o apóstolo Paulo ensina justamente o oposto do arrebatamento secreto.
Em seu famoso “capítulo da ressurreição” escrito à igreja de Corinto, Paulo novamente introduz a trombeta apocalíptica para anunciar a ressurreição e a trasladação de todos os santos: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Cor. 15:51 e 52). O apóstolo não diz que o arrebatamento terá lugar “num momento”, mas que o corpo perecível do crente será transformado instantaneamente, “num abrir e fechar de olhos”, em um corpo imortal (ver Fil. 3:20 e 21). Essa mudança, entretanto, somente acontecerá “ao ressoar da última trombeta”, que será ouvida, conforme Jesus Cristo, em Sua gloriosa parusia (Mat. 24:31).
Outra indagação dos tessalonicenses levada a Paulo diz respeito ao tempo do Dia do Senhor: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas. . . [kairos = data]” (I Tes. 5:1). O apóstolo respondeu que tal preocupação devia ser deixada de lado, considerando que a data desse dia não pode ser prevista, pois “o dia do Senhor vem como ladrão de noite” (I Tes. 5:2) súbita e inesperadamente para os descrentes (v. 3), mas aguardado pelos santos que vivem em constante prontidão (I Tes. 5:4-8; Mat. 25:13).
Paulo salientou que o Dia do Senhor, ou a parusia de Cristo (I Tes. 5:23), terá um duplo aspecto: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (5:9). O apóstolo usou a palavra “ira” para indicar o julgamento retribuitivo de Deus (I Tes. 1:10; Rom. 5:9), o qual ele mesmo descreve em II Tessalonicenses 1:7-10.
Em sua segunda carta à igreja de Tessalônica, Paulo enfrentou uma situação diferente. Agora ele devia tratar com um erro relacionado ao tempo da parusia e da reunião dos santos (II Tes. 2:1). Alguns irmãos criam que “o dia do Senhor” havia chegado (v. 2). Como resultado dessa crença, tornaram-se confusos e se recusavam a trabalhar (II Tes. 3:10 e 11). Esse prematuro senso de cumprimento apocalíptico exigiu uma refutação por parte do apóstolo. Ele recorda sua instrução anterior concernente ao futuro surgimento do “homem da iniqüidade”, como um evento que deve ocorrer antes do Dia do Senhor (2:3). Em virtude de que esse anticristo ainda não tinha feito sua aparente parusia, “com todo poder, e sinais e prodígios da mentira” (2:9), Paulo explicou que o dia da parusia de Cristo também ainda não havia chegado (vs. 3, 4 e 9).
Como um segundo argumento contra a injustificada insistência na expectação de imediata e iminente vinda de Cristo, Paulo recorda aos tessalonicenses o bem conhecido poder restritivo que deteve o aparecimento público do “homem da iniqüidade” naquele tempo (II Tes. 2:4-7). [12] Para compreender apropriadamente a predição paulina de uma apostasia maciça ou afastamento da fé cristã antes do Dia do Senhor, devemos reconhecer a aplicação que ele faz das profecias de Daniel sobre o inimigo de Deus (caps. 7, 8, 11 e 12).
De Daniel 7, os Pais da Igreja aprenderam que o detentor do surgimento do anticristo era o poder civil do Império Romano e seu imperador. [13] Os dispensacionalistas insistem em que o detentor que seria removido antes de ser revelado “o homem da iniqüidade” é o Espírito Santo trabalhando através da Igreja, insinuando assim o seu arrebatamento “a qualquer tempo”. [14]
Em II Tessalonicenses 2, a intenção de Paulo é precisamente refutar essa expectativa fazendo uso da seqüência dos impérios mundiais, conforme Daniel, em seu prognóstico (II Tes. 2:3 e 4 aplica Dan. 7:25; 8:25; 11:36, como a New American Standard Bible indica). Daniel é a chave indispensável para a compreensão do esboço que Paulo faz da Igreja em II Tessalonicenses 2.15 O apóstolo adverte a igreja para atentar aos sinais da apostasia, de modo que a parusia ou o Dia do Senhor não a surpreenda como um ladrão (I Tes. 5:1-6).
Paulo salientou ainda o efeito da parusia sobre o anticristo: o Senhor virá para destruir “o iníquo . . . com o sopro da Sua boca, e o destruirá pela manifestação de Sua vinda” (2:8). O efeito sobre os santos será o oposto: “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele. . .” (2:1). Assim Paulo repete a união inseparável da parusia e do arrebatamento, conforme descrito em I Tessalonicenses 4.
O evangelho apocalíptico de Paulo assemelha-se muito ao de Cristo em Mat. 24:21-31. Jesus e Paulo apresentam a segunda vinda e o arrebatamento da Igreja como um só evento que ocorrerá imediatamente à tribulação patrocinada pelo anticristo. Enquanto o Mestre advertiu particularmente contra o engano de uma parusia secreta e invisível (Mat. 24:26 e 27), Paulo fez o mesmo especificamente contra o engano de uma parousia a qualquer momento (II Tes. 2:3-8).
Referências:
1. John F. Walvoord, The Blessed Hope and the Tribulation, Grand Rapids, MI: Zondervan, 1976, pág. 48; An Investigation of Dispensational Premillennialism: An Analysis and Evaluation of the Eschatology of John F. Walvoord, tese de doutorado na Universidade Andrews, Berrien Springs.
MI: 1992, pág. 12.
2. C. C. Ryrie, Dispensationalism Today, Chicago: Moody Press, 1965, págs. 44 e 45.
3. O. T. Allis, Prophecy and the Church, Presbyterian and Reformed Pub. Co., 1974; G. E. Ladd, The Blessed Hope, Grand Rapids: Eerdmans, 1972; A Reese, The Approaching Advent of Christ, Grand Rapids: International Pub. 1975.
4. K. K. Kim, The Signs of the ‘Parousia’, tese de doutorado na Universidade Andrews, 1994.
5. Dictionary of the New Testament. C. Brown (editor), Grand Rapids: Zondervan, 1976, vol. 2, págs. 898-901; A Greek-English Lexicon of the New Testament, Chicago: University of Chicago Press, 1957, pág. 635.
6. John F. Walvoord, Op. Cit., págs. 34 e 35.
7. Ibidem, pág. 59.
8. A. Smith em The New Interpreter's Bible, vol. 11, págs. 675-678.
9. J. B. Orchard, "Thessalonians and the Synoptic Gospels", Biblica 19, págs. 19-42; D. Ford, The Abomination of Desolations in Biblical Eschatology, Washington, D.C.: Univ. Press of America, 1979, págs. 198-210. L. Hartman, Prophecy Interpreted, Gleerup Lund, Suécia, 1966, págs. 178-202.
10. G. H. Waterman, "The Sources of Paul's Teaching on the 2nd Coming of Christ in 1 e 2 Thessalonians", Journal of the Evangelical Theological Society, 1975, vol. 18, págs. 105-113.
11. D. Wenham, "Paul and the Synoptic Apocalypse" em Gospel Perspectives, 1981, vol. 2, págs. 345-375.
12. H. K. LaRondelle, "The Middle Ages Within the Scope of Apocalyptic Prophecy", Journal of the Evangelical Theological Society 32/3, 1989, págs. 345-354; How to Understand the End-Time Prophecies of the Bible, 1ª ed., Sarasota, Fl.: 1997, cap. 7.
13. Irenaeus, Against Heresies 25, vol. 1, pág. 554; G. E. Ladd, A Theology of the New Testament, Grand Rapids: Eerdmans, 1974, pág. 560.
14. John F. Walvoord, Op. Cit., pág. 128; J. D. Pentecost, Things To Come, Findlay, Ohio: Dunham, 1961, pág. 296.
15. H. K. LaRondelle, Handbook of Seventh-day Adventist Theology, Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Association, 2000, págs. 866-869, cap. 2. 

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