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15 de set. de 2010

Paulo diz: “... arrebatado ao Paraíso e ouviu palavras indizíveis, as quais não é lícito ao homem referir”. 2Co 12.4.Apocalipse 21:3-4 “E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”” João 14:2-3 “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” Bíblia diz em 1 Coríntios 2:9 “Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” Isaías 35:5-6 “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria.” A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti. Salmos 73:25E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos dos Apóstolos 4:12“Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono.” Is 66.1 Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus." 2Co 5.1;"Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima." Ap 7.16,17



Efésios 1:3: “Nos Lugares Celestiais”
por
Dr. David Martyn Lloyd-Jones

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Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” – Efésios 1:3
Já temos visto que muitos erram em todo o seu pensamento sobre o cristianismo porque partem de um ponto de vista errado. Eles têm uma concepção materialista do cristianismo, e não se dão conta de que a fé cristã é positivamente extra-mundo. A consequência é que eles ficam constantemente em dificuldade. Há muitos que dizem que não podem ser cristãos por causa do estado do mundo e das coisas que estão acontecendo nele. O argumento deles é que, se Deus é amor, que promete abençoar todo aquele que O buscar, os cristãos não deveriam sofrer – não deveriam adoecer ou sofrer adversidade. Temos aí um claro exemplo daqueles mal-entendidos resultantes da não percepção de que as bênçãos advindas ao cristão são "espirituais" e estão "nos lugares celestiais”.
Mas devemos examinar este assunto de maneira mais minuciosa. Nem nesta Epístola, nem em qualquer outro lugar, o apóstolo sobe a maiores alturas do que neste versículo particular, onde ele nos eleva aos “mais altos céus” e nos mostra o ponto de vista cristão em sua maior glória e majestade. De muitas maneiras a expressão "nos lugares celestiais” é a chave desta Epístola, em particular, onde ela ocorre não menos que cinco vezes. Acha-se neste versículo 3, e também no versículo 20 deste capítulo primeiro, onde Paulo escreve sobre o fato de Cristo estar assentado à mão direita de Deus nos lugares celestiais. Alguns comentaristas não gostam da palavra “lugares”, pois acham que ela tende a localizar o conceito. Contudo, não basta dizer “celestiais”. Vê-se a mesma expressão também no capítulo 2, versículo 6, e no versículo 10 do capítulo 3. A última referência é no versículo 12 do capítulo 6, na declaração: “Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. É óbvio que o apóstolo não repetiria esta frase, se ela não tivesse um significado real e profundo; e ela é, repito, uma das apresentações mais gloriosas da verdade cristã. Se tão-somente pudéssemos enxergar como nós estamos em Cristo nos lugares celestiais, isso faria uma revolução em nossas vidas, e mudaria toda a nossa maneira de ver.
Ao empregar a frase “nos lugares celestiais”, o apóstolo emprega uma expressão descritiva que, era muito popular no século primeiro. Era uma concepção judaica típica. Ele faz uso da mesma idéia na Segunda Epístola aos Coríntios, capítulo 12, onde nos dá um pouco de biografia, e no versículo 2 diz: conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei: Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu”. A expressão “terceiro céu” é exatamente idêntica a “lugares celestiais”, nos termos em que é empregada nesta Epístola aos Efésios. Segundo essa concepção, o primeiro céu é o que se pode descrever como o céu atmosférico, onde ficam as nuvens. O segundo céu pode ser descrito como o céu estelar; é aquela parte das regiões superiores onde estão colocados o sol, a lua e as estrelas. Essa parte está muito mais distante de nós do que as nuvens ou o céu atmosférico, e os números astronômicos utilizados pelos cientistas lembram-nos que os céus estelares estão a uma tremenda distância de nós.
Contudo, há um “terceiro céu”, que não se trata do céu atmosférico nem do céu estelar. Trata-se da esfera em que Deus , de maneira muito especial, manifesta a Sua presença e a Sua glória. É também o lugar em que o Senhor Jesus Cristo, em Seu corpo ressurreto, habita. Além disso, é o lugar em que os “principados e potestades” aos quais o apóstolo se refere no capítulo 3 têm a sua habitação; na verdade, é o lugar a respeito do qual lemos no capítulo 5 de Apocalipse, onde a glória de Deus se manifesta. Lemos ali a respeito de Cristo em Seu corpo glorificado, "um Cordeiro, como havendo sido morto”, cios brilhantes espíritos angélicos, dos animais c dos "vinte e quatro anciãos”. Todos esses dignitários angélicos e poderes têm sua habitação ali. E, ainda mais maravilhoso e glorioso, ali também estão “os espíritos dos justos aperfeiçoados”. Os que morreram no Senhor, “em Cristo”, estão ali com – Cristo neste momento. Estão nos “lugares celestiais”, no “terceiro céu”, naquele domínio em que Deus manifesta algo da sua glória eterna.
Agora podemos passar a considerar o sentido da expressão “nos lugares celestiais” à luz destas cinco referências a ela nesta Epístola aos Efésios. O Senhor Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos, já está naquele domínio em Seu corpo glorificado, como disso nos faz lembrar o versículo 20. O que, portanto, o apóstolo está dizendo é que o que temos, e tudo o que gozamos corno cristãos, vem de Cristo, que está naquela esfera, e por meio dEle. Mais que isso, pelo novo nascimento, por nossa regeneração, somos ligados ao Senhor Jesus Cristo, e nos tornemos partícipes de Sua vida e de todas as bênçãos que dEle vêm. O ensino do apóstolo é que, nos estamos "em Cristo”. Somas parte de Cristo; estamos tão ligados a Ele por esta união orgânica mista que tudo quanto lhe, seja próprio, nos é próprio espiritualmente. Assim como Ele está nos lugares celestiais, assim também nós estamos nos lugares celestiais. As bênçãos que gozamos como cristãos são bênçãos "nos lugares celestiais” porque elas toquem de Cristo que lá está.
É minha opinião que aqui vemos mais claramente do que em qualquer outro lugar a profunda mudança a que alguém sc sujeita por tornar-se cristão. Não se trata de uma mudança superficial, não é apenas que vestimos uma roupa de respeitabilidade ou decência ou moralidade, não é um melhoramento na superfície ou uma mudança temporal. É tão profunda como o fato de que somos tomados de um reino e colocados em outro. Assim corno Deus tirou o Senhor Jesus Cristo do túmulo, e dentre os mortos, e O colocou à Sua mão direita nos lugares celestiais, assim o apóstolo ensina que a mudança pela qual passamos em nosso novo nascimento e regeneração leva a esta correspondente mudança em nós. É a fim de que os cristãos efésios possam entender isso mais completamente que Paulo ora por eles: para que "tendo iluminados os olhos do vosso entendimento... saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; e qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força de seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o h sua direita nos céus” (VA: “nos lugares celestiais”). Essa, e nada menos que essa, é a verdade ‘acerca do cristão. Dada a limitação das nossas capacidades, em conseqüência da nossa condição finita e do nosso pecado, achamos muito difícil apossar-nos destas coisas; mas tudo o que esta Epístola aos Efésios procura fazer é concitar-nos a lutar para que tornemos posse delas, a orar pedindo iluminação para podermos entender.
A dificuldade surge pelo fato de que o cristão é, necessariamente, num certo sentido, dois homens em um ao mesmo tempo. É óbvio (não é?) que os cristãos simplesmente não podem entender nada destas questões O apóstolo expõe isso claramente no capítulo 2 da Primeira Epistola aos Coríntios, onde ele descreve a diferença entre o homem “natural” e o "espiritual” Ele escreve “O que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido”. “Discernir” (VA: julgar) significa entender. O cristão, diz Paulo, entende todas as coisas, mas ele mesmo não é entendido por ninguém Ele é, por definição, um homem que o incrédulo não tem a mínima possibilidade de entender. Portanto, um dos melhores testes que podemos aplicar a nós mesmos c descobrir se as pessoas acham difícil entender-nas porque somos cristãos Se a afirmação de Paulo é verdadeira, o cristão deve ser um enigma para todos os não cristãos. Aquele que não é cristão acha que há algo estranho quanto ao cristão, este não é como os outros, é diferente É como tem que ser, por definição, porque o cristão tem esta vida celestial e pertence a este domínio celestial. Entretanto, ele não somente escapa ao entendimento do não cristão: num sentido é certo dizer que ele próprio não pode entender a si mesmo. Ele tornou-se um problema para si próprio, por causa dessa nova natureza que há nele..“Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em num” (Gálatas 2:20). Eu sou eu e não sou eu.
Analisemos isto um pouco mais. O cristão tem duas naturezas. Num sentido ele ainda é um homem natural. O que por nascimento ele herdou de seus antepassados, ele ainda possui. Ele ainda está neste mundo e nesta vida, como todos os demais. Ele tem que viver, tem que ganhar a vida e fazer várias coisas da mesma maneira que os outros. Ele ainda vive a vida secular, a vida “normal”, a vida vivida em termos do intelecto e do entendimento. Ele estuda vários assuntos e, como todos os demais interessa-se pelas condições políticas e sociais; ele tem que comprar e vender como todos os outros. Ele pode estudar artes, pode interessar-se por música. Essa é a sua vida "normal”, sua vida secular, sua mentalidade, coisas que ele compartilha com os não cristãos. Na verdade, podemos ir além e dizer que ele ainda experimenta falhas em vários aspectos, ele tem consciência do pecado Por vezes ele se olha e indaga se é diferente das outras pessoas, parece idêntico a elas. Ele falha, faz coisas que não devia fazer, ainda se sente culpado do pecado. Continua parecido com o homem natural. Se vocês tiverem apenas uma idéia superficial do cristão, poderão muito bem chegar à conclusão de que na verdade não há diferença alguma entre ele e qualquer outra pessoa. Mas isso não está certo, pois essa não é toda a verdade sobre ele. Em acréscimo a tudo isso, há outra natureza, há uma outra coisa que ocorre; e é esta outra coisa que faz do cristão um enigma para os outros e para si mesmo Num sentido ele é um homem natural, porém ao mesmo tempo é um homem espiritual O apóstolo contrasta o homem natural com o homem espiritual, porque o que há de grande acerca do cristão é que ele tem esta natureza espiritual adicional Esta é a característica principal, e é o furor dominante em sua vida O cristão, mesmo na pior condição, sabe que é diferente do incrédulo.
Expondo isso em sua expressão mais baixa, o cristão continua sendo culpado de pecado, mas o cristão não aprecia o pecado como apreciava, e como os outros apreciam. Há algo diferente até quanto ao seu pecado, graças a este princípio espiritual que há nele, a esta natureza espiritual, a esta consciência de uma nova vida, de uma vida que pertence a uma ordem diferente e a uma esfera diferente. É muito difícil expor isto em palavras; há algo evasivo nisso tudo e, todavia, há algo que o cristão sabe. É essencialmente subjetivo, embora resulte da fé na verdade objetiva. Noutras palavras, a menos que você sinta que é cristão, fica uma dúvida se você o é. A menos que lhe tenha acontecendo algo existencialmente, experimentalmente, a menos que lhe tenha acontecido algo na esfera da sua sensibilidade, você não é cristão.
Muitos no presente correm o perigo de considerar a fé de maneira tão puramente objetiva que pode tornar-se antibíblica. Eles dão toda a sua ênfase à subscrição de certos credos e à aceitação de certas formulações da verdade Mas isso pode não passar de assentimento intelectual. Ser cristão significa que Deus, mediante o Espírito, está operando em sua alma, deu-lhe um novo nascimento e colocou dentro de você um principio da vida celestial. E você tem que saber disso. Só você pode sabê-la. Você, necessariamente, tem consciência deste algo mais, desta diferença, deste poder que está agindo em você, deste elemento perturbador, como se pode provar. Você necessariamente tem consciência até de um novo conflito em sua vida. A pessoa não cristã é somente uma pessoa; a pessoa cristã é duas. Para usar a terminologia escriturística, o não cristão não é nada senão o “velho homem”. O cristão, porém, tem também um "novo homem” E entre o novo homem e o velho não há acordo; há uma tensão entre o velho homem e o novo, e há conflito – “A carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne” (Gálatas 5.17). O próprio estágio inferior da verdadeira experiência cristã é aquele estágio no qual você está cônscio justamente desse conflito. Você ainda não sabe o que é ser “cheio da plenitude de Deus”; você sabe pouco, se é que sabe algo, de uma comunhão pessoal e direta com Cristo; mas sabe que há algo em você que o inquieta, sabe que há, por assim dizer, outra pessoa em você, que há um conflito, que há quase que esta personalidade dual, esta dualidade por assim dizer. Estou tentando comunicar o fato da consciência que o cristão tem das duas naturezas. Ele está cônscio das duas naturezas porque ele está “em Cristo”, e Cristo está “nos lugares celestiais”. Ele recebeu esta vida de Cristo, e tudo o que ele tem deriva de Cristo; e isso é tão diferente de tudo mais, que o cristão tem consciência de que tem duas naturezas.
Pois bem, não é só certo dizer que o cristão tem duas naturezas; também tem dois interesses, porque vive em dois mundos. O cristão é cidadão de dois mundos ao mesmo tempo. Pertence a este mundo, tem nele a sua existência; e, contudo, sabe que pertence a outro mundo tão definidamente como a este. Isso é conseqüência inevitável do fato de que ele tem duas naturezas. Daí dizer o apóstolo que o cristão é alguém que foi transferido “da potestade das trevas para o remo do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13) – ele foi transferido, transportado, e recebeu uma nova posição. E essa mudança é, num sentido, paralela a que se deu com o próprio Cristo. Deus manifestou o Seu poder quando ressuscitou a Cristo dentre os mortos e O colocou à Sua direita nos lugares celestiais. Com efeito, algo similar aconteceu com todos os cristãos. Não ficamos onde estávamos, fomos transportados, fomos transferidos de um lugar, de um domínio para outro, de um reino para outro, de um mundo para outro. Este é um elemento vital da experiência total do cristão.
Não significa que o cristão sai do mundo. Historicamente muitos cristãos caíram nesse erro, e diziam: visto que sou cristão não pertenço ao Estado. Há cristãos que dizem que não se deve votar nas eleições parlamentares, e que não se deve ter nenhum interesse pelas atividades do mundo. Mas isso não se harmoniza com o ensino das Escrituras, pois o cristão ainda é cidadão deste mundo e pertence à esfera secular. Ele sabe que este mundo é de Deus, e que nele Deus tem um propósito para ele. Ele sabe que é cidadão do país a que pertence, e está ciente de que tem as suas responsabilidades. A verdade é que, desde que é cristão, terá que ser um cidadão melhor do que ninguém no território. No entanto, ele não para aí, ele sabe que também é cidadão de outro reino, de um reino que não se pode ver, um reino que não é deste mundo. Todavia, ele está neste mundo, e o outro reino colide com ele. O cristão sabe que pertence a ambos os remos Assim, isto vem a ser um teste da nossa profissão de fé como cristãos. Sabemos das exigências que a nossa terra natal nos faz, e também sabemos das exigências do reino celestial. Nosso desejo é não transgredir as leis da terra, e maior ainda é o nosso desejo de não ofender o “Rei eterno, imortal, invisível” (1 Timóteo 1:17, VA, ARA) que habita aquele outro reino e que é o Senhor.
O apóstolo prossegue e diz, porém, que não somente pertencemos àquele domínio celestial; no versículo 6 do capítulo 2 de Efésios ele faz uma declaração que soa tão espantosa quanto impossível Diz ele que Deus “nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus ”. Significa nada menos que eu e você, em Cristo, estamos assentados neste momento em lugares celestiais. Estamos lá; ele não está dizendo que vamos estar lá, e sim, que estamos lá. Mas como se pode conciliar isso com o fato de que ainda estamos neste mundo limitado pelo tempo, com toda a sua confusão e contradição? Como podem estas duas coisas ser verdadeiras ao mesmo tempo? A princípio soa paradoxal; e, contudo, é gloriosamente verdadeiro quanto ao cristão. Espiritualmente estou neste momento no céu, “em Cristo”, num sentido como sempre estarei; mas o meu corpo continua vivendo na terra, ainda sou deste mundo limitado pelo tempo, O meu espírito foi redimido em Cristo, como sempre redimido será; porém o meu corpo ainda não foi redimido, e eu, com todos os outros cristãos, estou “esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8:23). Ou, como Paulo o expressa, escrevendo aos Filipenses, a nossa situação neste mundo limitado pelo tempo é que “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (3:20-21). Em meu espeto já estou lá, mas ainda estou na terra na carne e no corpo.
O aspecto glorioso desta verdade é que, devido eu estar “em Cristo”, o meu corpo vai ser emancipado; a adoção, a redenção dos nossos corpos vai acontecer; virá o dia em que eu estarei nos lugares celestiais, não somente em meu espírito, mas também em meu corpo Isso é absolutamente certo. Seremos transformados, os nossos corpos serão glorificados, e estaremos sem nenhum pecado, culpa ou ruga ou mancha. Em espírito e no corpo estaremos com Ele e O veremos como Ele é; na totalidade do nosso ser e das nossas personalidades estaremos naqueles lugares celestiais.
A dedução que tiramos do ensino do apóstolo foi exposta perfeitamente por Augustus Toplady, quando escreveu:

Mais felizes, mas não mais seguros,
Os espíritos glorificados no céu.

"Os espíritos glorificados no céu”, os cristãos que partiram e estão com Cristo são mais felizes do que nós. Isso porque nós, que ainda estamos nesta vida, estamos “sobrecarregados”, e, por isso, “gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5:2). Os cristãos que pararam, já não têm que combater o pecado na carne, e no mundo; disso eles estão completamente livres; isso acabou, no que se refere a eles; porém nós continuamos na carne, no corpo, continuamos lutando, continuamos gemendo. Porque partiram, eles são “mais felizes”; mas não estão mais seguros. Não estão “em Cristo” mais do que nós. Eles estão lá agora porque estavam “em Cristo” quando estavam aqui; nós, mesmo agora, estamos “em Cristo” e estamos assentados espiritualmente junto com eles nos lugares celestiais – com eles e com Cristo, neste exato momento. Como nos lembra o autor da Epístola aos Hebreus, “não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais, porque não podiam suportar o que se lhes mandava: se até um animal tocar o monte será apedrejado. E tão terrível era a visão que Moisés disse: estou assombrado, e tremendo. Mas chegaste ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador duma Nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus 12:18-24). Estamos lá agora em nossos espíritos; estaremos finalmente lá em nossos corpos também.
Isso nos leva à percepção de que o cristão não somente tem duas naturezas, e duas existências, mas também, necessariamente, tem duas perspectivas. O cristão vê a vida e o mundo, e num sentido os vê como todo o mundo os vê; todavia, ao mesmo tempo ele os vê diferentemente. Como cristãos não olhamos para as coisas como o mundo olha, mas o fazemos como pessoas pertencentes aos domínios celestiais; vemos tudo diferentemente, vemos tudo do ponto de vista espiritual. Os homens e as mulheres não cristãos consideram o estado em que o mundo se encontra, as guerras e os tumultos, a causa de todas essas coisas e a possibilidade de outra guerra mundial. Consideram as sugestões quanto ao que se pode fazer, e se é certo ou errado ter exércitos e engajá-los na luta. Estas coisas requerem atenção. O cristão como cidadão deste domínio visível, tem que chegar a decisões, e tem que ser capaz de dar os motivos das suas decisões.
Com relação à Igreja Cristã, num sentido ela não tem nada a ver com os problemas do mundo, e não deve gastar muito tempo com eles. A tarefa primordial da Igreja é apresentar a perspectiva, o ponto de vista espiritual. Ela vê a causa de todos os problemas de maneira inteiramente diversa. A visão mundana enxerga a causa da guerra como uma questão de “equilíbrio do poder” entre as nações e em termos de como lidar com isso de maneira a mais eficiente. Isso está certo, dentro dos seus limites; porém não é esse o problema fundamental que, como Paulo nos ensina no último capítulo desta Epístola, consiste em que “não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (6:12). O cristão sabe que o mundo está como está devido ao pecado, devido ao diabo; ele vê todas as coisas com uma nova perspectiva e com um novo entendimento. Ele sabe que estas coisas são apenas a manifestação do poder satânico; e que, em última análise, o conflito deste mundo é um conflito espiritual, não um conflito material. Os problemas do mundo não são meramente resultantes da colisão de concepções materiais apenas; são produzidos pelos poderes do inferno e de satanás lutando contra o poder de Deus. Em contraste com a visão que o mundo tem, a visão do cristão é muito mais profunda. O cristão não vê as coisas meramente ao nível horizontal; ele as vê perpendicularmente também. Para ele há sempre este elemento básico – “sub specie aeternitatis”. *
Ele sabe, ademais, que a única maneira de lidar com estes problemas só pode ser espiritual. O cristão sabe que Deus tem duas maneiras de tratar destes problemas que resultaram das atividades do diabo, da queda do homem e do pecado. A primeira é que Deus restringe o mal, e o faz de muitas maneiras. Primeiro o fez, em parte, dividindo o mundo em países e estabelecendo limites para cada um deles. Isso Ele fez ordenando que houvesse reis e chefes de Estado, magistrados e autoridades. Nunca nos esqueçamos de que as potestades que existem foram ordenadas por Deus (Romanos 13 1). Foi Deus que ordenou os governos e os sistemas de governo. É por isso que o cristão é exortado a honrar o rei, os senhores e todos os que estão revestidos de autoridade. Dessa maneira Deus mantém o mal dentro de certos limites, restringindo o mal. Ele faz isso por meio dos governos, pelo uso dos estadistas, das conferências internacionais e pelo uso de diversos outros meros No entanto eles são somente negativos, simplesmente restringem o mal. A força policial pode impedir que um homem faça certas coisas más, porém nenhuma força policial pode transformar alguém num homem bom. O mesmo aplica-se também aos governos. Também se aplica esta verdade à cultura, à educação e a tudo quanto esteja destinado a melhorar os costumes e a tornar a vida ordeira, harmoniosa e agradável. Todas essas agências fazem parte do mecanismo de Deus para refrear o pecado e as suas manifestações e conseqüências. Entretanto, elas são negativas. Um homem altamente civilizado nunca fará certas coisas; mas isso não significa necessariamente que ele é um bom homem. É certo que a cultura não faz dele um homem espiritual.
Mas existe este outro aspecto positivo: Deus trata dos problemas do mundo de maneira positiva e curativa, a saber, em Cristo e por meio de Cristo e Sua grande obra de salvação. Ele tira um homem deste “presente mundo mau” em espírito, e o coloca dentro do reino de Cristo Coloca dentro dele um novo principio que não somente lhe tira a disposição para pecar, mas também lhe dá amor à santidade O homem se torna positivamente bom e passa a ter “fome e sede de justiça" Ele se torna semelhante ao Senhor Jesus Cristo Há um novo remo dentro “dos remos deste mundo"; é o reino de Deus Essa é a única cura. O remo de Deus finalmente vai ser tão grande que o pecado será destruído e banido, e não mais existirá. O cristão, e somente ele, vê o plano e o propósito de Deus. Os estadistas do mundo, os não cristãos, na melhor das hipóteses nada sabem a respeito, eles só vêem a situação em termos do visível e daquilo que está diretamente diante deles.
Estas duas maneiras de ver também são inteiramente diversas com respeito ao futuro. O incrédulo liga a sua fé às conferências. E imagina que se tão-somente os homens pudessem ter uma Conferência de Mesa Redonda e acordassem nunca mais fazer uso da bomba atômica ou da bomba de hidrogênio, o mundo se tornaria mais ou menos perfeito. Mas, ao que parece, isso nunca se efetuará. Ele não pode ir além da sua visão horizontal, ele nada sabe deste elemento espiritual superior. Ele a credita na perfectibilidade do homem e na evolução de toda a raça humana. Ele acredita que o homem ficará cada vez melhor, à medida que se torne mais instruído, e que finalmente abolirá a guerra.
Ora, infelizmente isso nunca acontecerá por causa deste elemento espiritual em conflito. Conquanto o homem tenha pecado em sua natureza, ele não somente será culpado do pecado individualmente, mas também numa escala nacional e mundial. Porque a mente de uma multidão sena diferente da mente de um indivíduo”. Graças a Deus, há outra mensagem; e a maior tragédia do mundo é que a Igreja, em vez de pregar a sua verdadeira mensagem, está pregando uma mensagem terrena, humana, carnal. Não teria a Igreja algo melhor para pregar do que apelar para os estadistas para que resolvam os problemas? Isso é realmente uma negação da fé cristã, e revela uma abismal ignorância dos "lugares celestiais”. Como cristãos, temos outra maneira de ver, temos algo inteiramente diverso. As preleções sobre a temperança nunca tornarão sóbrios os homens, nem as estatísticas das perdas de guerra porão fim à guerra. Sabemos que o problema é espiritual, e que a solução tem que ser igualmente espiritual Como é de satanás que basicamente vêm os maus desejos, as paixões e as cobiças, assim é de Cristo, e dEle somente, mediante o Espírito, que vem o poder para sobrepujá-los E Ele virá não somente para o indivíduo, graças a Deus, Ele virá para o mundo todo. O cristão sabe que Cristo, que agora está nos lugares celestiais, voltará a este mundo em forma visível, cavalgando as nuvens do céu e rodeado pelos santos anjos e pelos santos que já estão com Ele; e os que estiverem na terra quando Ele vier serão transformados e serão elevados nos ares para encontrar--se com Ele, e estarão todos "sempre com o Senhor". Ele derrotará os Seus inimigos, e banirá o pecado e o mal. Seu reino se estenderá "de mar a mar” (Salmos 72:8; Zacarias 9:10) e Ele será aclamado como o Senhor por todas as coisas “que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra” (Filipenses 2:10).
Isso é otimismo cristão, e significa que sabemos que somente Cristo pode vencer, e vencerá. Você está “nos lugares celestiais”, você está ciente das duas naturezas que há em você, está ciente de que pertence a duas esferas? Tem você esta nova visão espiritual da guerra e da paz e dos problemas do mundo? Você vê tudo pela perspectiva do céu, de Deus e do Senhor Jesus Cristo, assentado com Ele nos lugares celestiais? Bendito seja o nome de Deus!
" Com a visão da eternidade”. Nota do tradutor.




Fonte: LLOYD-JONES, David Martyn. O Supremo Propósito de Deus: Exposição sobre Efésios 1:1-23. Editora PES.



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Felipe Sabino de Araújo Neto®

O Céu


Uma Mensagem de Esperança Para Estes Tempos Difíceis


by David Wilkerson | April 30, 2007





Não ouvimos muitos sermões sobre o céu atualmente. Isso pode parecer estranho, já que a alegria de todo cristão é refletir sobre estar com o Senhor por toda a eternidade. A promessa do céu está no núcleo maior do evangelho que pregamos.
Mas há uma razão pela qual não ouvimos muito sobre esse assunto jubiloso. O fato é que a Bíblia não diz muito sobre como o céu é. Jesus nunca se assentou com os discípulos e explicou a glória e a majestade dos céus. Ele realmente disse ao ladrão sobre a cruz, "Hoje estarás comigo no paraíso", mas não disse como seria.
O apóstolo Paulo se refere aos céus quando fala de ter sido levado ao paraíso. Ele diz que viu e ouviu coisas que abalaram tanto a sua mente, que ele não tinha linguagem para as descrever. A idéia que se tem da descrição de Paulo é a de que, mesmo se ele pudesse explicar o que viu, as nossas mentes humanas não conseguiriam compreender.
Paulo era grato por sua vida, por seu chamado, seu ministério. Creio que ele amava o povo de Deus com paixão. Mas ao longo dos seus anos de ministério, o contínuo desejo de Paulo era ir para o lar celestial e estar com o Senhor. O seu coração simplesmente ansiava estar lá.
Então, onde é o céu? Não sabemos. Efetivamente sabemos que há um novo céu chegando, assim como uma nova terra. E esse novo planeta não será simplesmente a velha terra refinada pelo fogo, mas algo inteiramente novo. E o seu centro será a capital, a Nova Jerusalém.
Efetivamente também sabemos que o trono de Deus está no céu. Igualmente Jesus está lá, como estão os anjos do Senhor, em multidões incontáveis. Ainda mais, Paulo diz que uma vez estando lá, contemplaremos Jesus "face a face" (I Coríntios 13:12). Em resumo, teremos acesso pessoal imediato ao Senhor por toda a eternidade. (Amado, se isso apenas fosse todo o céu, seria o suficiente para mim!)
Evidentemente, aprenderemos coisas que simplesmente não podem ser contidas pela mente humana aqui na terra. Teremos acesso à mente do próprio Cristo, que é ilimitada. E eu creio que Ele vai nos ensinar a respeito todas as coisas eternas.
A Bíblia diz que no céu os santos governarão com o Senhor como "reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Apocalipse 5:10). Agiremos como Seus servos lá - os santos "o servirão" (22:3).
Isso me diz que receberemos estimulantes e abençoadas missões nesse novo mundo que virá. As escrituras falam repetidas vezes do papel que os anjos têm desempenhado por toda a história, ministrando até a Jesus. Seja qual for o nosso excitante trabalho, podemos saber que continuará pela eternidade, porque os mundos de Deus não têm fim.
Considere por um momento o infinito aparente que vemos no espaço. Considera-se que o nosso próprio sistema solar deva ter ao menos cerca de dez bilhões de quilômetros de diâmetro, e é apenas um ponto no universo.
Descobertas científicas mostram que há sistema após sistema após sistema, aparentemente sem fim. Isso é tão tremendo para a mente.
Assim como o nosso sistema solar corre através do espaço, girando em torno do sol, inúmeros outros sistemas estão se movendo um sobre o outro igualmente. E está tudo tendo lugar segundo a divina ordem de Deus. Por essa razão creio que no céu iremos receber tarefas que são agora incompreensíveis às nossas mentes humanas.
Os estudiosos no tempo de Paulo ensinavam que havia três camadas de céus: primeiro, a atmosfera física na qual habitamos; a seguir o segundo céu, onde as estrelas estão; e, finalmente, o terceiro céu onde Deus e o paraíso estão.
Tudo o que eu posso dizer sobre esse assunto com segurança é que Jesus ascendeu ao “céu acima de todos os céus”. E nos disse que está lá agora preparando um lugar para o Seu povo. Também disse, “Voltarei outra vez, e lhes levarei para lá. Onde Eu morar, vocês morarão”. Em resumo, amado, não dá para eu dizer como o céu é. E não sei muito sobre o que está acontecendo lá. Não tenho nova revelação a oferecer, não tenho uma versão como a de Paulo. Mas dá para dizer como o céu não é, e o que não está lá, pois isso é o quê as escrituras oferecem. E, como você verá, o que isso revela nos dá motivos para nos alegrarmos!
João conta que não encontraremos as seguintes coisas no céu:
1. Não existirão mais mares. "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (Ap. 21:1). Ele está declarando que não haverão mais ameaças vindas dos grandes blocos de água: não haverá mais ciclones, furacões ou tsunamis assassinos. Na verdade, a única água que é mencionada quanto à essa nova terra será um rio de júbilo que corre através das ruas da Nova Jerusalém. João fala o seguinte dele: "Me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro" (22:1).
2. Não haverá lenços no céu. Não teremos nenhuma necessidade dessas coisas, pois os textos das escrituras implicam em que nem precisaremos de glândulas lacrimais. "(Deus) lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (21:4). Segundo João, as lágrimas simplesmente não existirão no céu.
Igualmente, não haverá mais funerárias, caixões de defuntos ou cemitérios. Por que? Porque "A morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto" (21:4). Pense nisso: não ficaremos mais ao lado dos caixões, chorando a perda dos queridos. Não haverá mais choro ou luto, porque no céu nunca iremos morrer. Uma vez tendo sido ressuscitados do sepulcro terreno pelo poder da ressurreição de Cristo, nunca poderemos morrer outra vez.
3. Não haverá mais farmácias, hospitais, médicos, enfermeiras, ambulâncias, analgésicos ou receitas. João diz, "Já não haverá...dor" (21:4).
Sou lembrado de uma mãe e de sua filha deficiente que visitaram a nossa igreja. O filho dessa senhora havia cometido suicídio após sete anos suportando uma dor excruciante que médico algum conseguia diagnosticar. Durante esse tempo, ele tinha de tomar narcóticos fortes pois só assim conseguia suportar mais um dia. A origem dessa dor nunca foi encontrada.
Agora a filha está mostrando os mesmos sintomas. Trata-se de uma bailarina talentosa e estudante brilhante, que ganhou prêmios e bolsas de estudo. Mas a situação dela se deteriorou tanto, que agora enfrenta dor torturante e contínua.
Como o irmão, essa jovem vive com um grau tão elevado de dor que "numa escala de zero a dez, sua dor chega a catorze", segundo os médicos. Foi dito que os narcóticos dos quais ela precisaria para a dor seriam tão fortes, que a matariam em poucos meses.
A dor de minha neta devido ao tumor cerebral ficou tão intensa que os seus membros se agitavam violentamente. Ela sofria terríveis convulsões, e eu tinha de ajudar seu pai a segurar os braços e as pernas de Tiffany nessas horas de dor.
A dor era simplesmente demais para ela, e na verdade era demais para os seus avós, também. Finalmente, Tiffany disse à mãe que o Senhor havia falado ao seu coração, dizendo "Quero que você venha para o lar celestial. Comigo, não haverá mais dor".
O versículo de João tem um significado especial para mim: "Já não haverá...dor" (21:4). Como avô de Tiffany, eu descanso no conhecimento de que é aí que a minha netinha está nesse exato momento: com Jesus, onde não há mais dor.
4. Não haverá mais medo, não haverá mais incredulidade, não haverá mais coisas abomináveis, assassinatos, mentiras ou feitiçaria. A Bíblia diz que todos os que praticam tais coisas serão lançados no lago de fogo: "Quanto...aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras, e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre" (Ap. 21:8).
Os jornais noticiaram há algum tempo que um casal de idosos foi encontrado morto em seu apartamento. Eles ficaram com tanto medo de serem roubados ou atacados, que sempre trancavam as portas de casa e vedavam todas as janelas. Estavam tão aterrorizados de medo que faziam isso mesmo durante as terríveis ondas de calor do verão, e acabaram se sufocando.
Não haverá mais esse medo no céu. Nem haverá mais qualquer violência ou assassinato. Há pouco, um homem que atacava crianças admitiu ter molestado mais de duzentas delas. Graças a Deus, no céu não haverá mais tais abominações.
5. Não haverá mais motivos para se mudar no céu. A minha mulher e eu já nos mudamos de uma casa para outra inúmeras vezes em nossa vida adulta. Sou grato porque quando chegarmos ao céu, nunca mais teremos de nos mudar. Como eu sei disso? Jesus diz: “Não se turbe o vosso coração...Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (João 14:1-2).
Há pouco li sobre uma senhora cristã que perguntava, “Se haverá multidões no céu que não podem ser contadas, como seria possível Deus fazer habitação para todos? Como poderia haver lugar suficiente para tantos moradores?”.
Tais palavras devem ter um significado para nós. Alguns estudiosos da Bíblia interpretam Jesus aqui como “muitas habitações”. Isso pode ou não estar correto. Tudo o que eu sei é o seguinte: se Cristo está construindo, podemos ficar seguros de que é algo glorioso.
Ao pensarmos no lugar que o nosso Senhor está construindo para nós, não devemos imaginar uma casa de tijolos ou algo assim. Pelo contrário, as moradas dEle no geral são de uma outra dimensão ou esfera. Como humanos, não conseguimos imaginar um mundo no qual o corpo passe livremente através de substâncias materiais. (Jesus fez isso após a ressurreição, e diz que no céu os nossos corpos de glória serão como o dEle.) Esse é um domínio que cientista nenhum descobriu, algo enormemente diverso de tudo que possamos compreender.
O importante que Jesus traz sobre o céu é, “Esse é o lar celestial. Vocês vão viver eternamente onde Eu vivo”. “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo. 14:3). Em termos simples, há um lar na eternidade para cada um de nós. E Jesus diz basicamente, “Quando esse dia chegar – quando vocês estiverem aqui comigo – Eu pessoalmente mostrarei o que construí para vocês”.
6. Não há inválidos no céu, nem cegos, surdos, ou corpos em declínio.
A Bíblia diz que teremos novos corpos no céu. Claro, essa é uma doutrina bem conhecida dos cristãos, e Paulo tinha muito a falar sobre ela. Ele escreve, “Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (I Cor. 15:35). Em outras palavras, as pessoas podem se perguntar, “Que tipo de corpo ressuscitará dos mortos?”.
“Quando semeias, não semeias o corpo que há de ser...Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve” (I Cor. 15:37-38). Em outras palavras, “Os corpos que habitaremos no céu serão à Sua semelhança. Serão celestiais e não terrenos”.
De acordo com Paulo, o nosso corpo físico é “semeado na corrupção” mas “ressuscitado na incorrupção”. Simplificando, quando o nosso corpo é “semeado” – ou, enterrado, ele é um corpo natural, terrestre. Mas quando formos ressuscitados, será como um corpo celestial, do céu. O corpo que teremos então será “glorificado” pelo poder de ressurreição de Cristo.
As escrituras nunca dizem que Deus vai procurar partes perdidas do corpo como membros, um por um dos dentes, cada poeira de nosso corpo natural, e dar um jeito de juntá-los. Pelo contrário, Paulo ensina, “A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus”. A seguir acrescenta, “Num momento, num abrir e fechar d’olhos, ao ressoar da última trombeta... A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (15:50,52).
Naquele dia extraordinário, os túmulos se abrirão. E em Seu tremendo poder, o Senhor criará corpos novos e eternos. Esses corpos serão a imagem do santo e do justo, e nunca se corromperão. E quando isso acontecer, nós falaremos uma língua - uma nova língua que todos iremos compreender. Na verdade, todas as coisas serão feitas novas.
Mais eletrizante para mim é o que acontecerá para as milhões de crianças mortas ou morrendo - - de todas as eras. Em um instante, essas preciosidades serão levantadas com novos corpos. Penso nas crianças cujos corpos foram para a cova devido à doença, ou cujas carnes foram trucidadas em genocídios, cujos corpos foram estilhaçados por bombas.
Também penso em homens e mulheres cujos corpos foram desfeitos e destruídos pela doença; penso também nos corpos que foram enterrados em caixões vedados. Penso nos mártires de todas as épocas, nos que morreram por meio da tortura, foram mutilados, serrados ao meio, decapitados, queimados em fogueiras. Todos estes sairão dos túmulos com novos corpos, para nunca mais verem a corrupção ou a dor.
A minha mente tem dificuldades em registrar essas coisas – contudo o meu coração se alegra com elas!
7. Não haverá relógios no céu, pois o tempo não existirá mais.
João escreve que um anjo apareceu diante dele de pé sobre o mar e a terra. O anjo então levanta a mão para o céu e, segundo João, “Jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora” (Apocalipse 10:6).
Chegará um momento quando o próprio tempo será deixado de lado. Imagine isso: nada de anos, nada de meses ou semanas, nada de mais dias, horas, minutos ou mesmo segundos. Não haverá nada para marcar o tempo, nem a noite nem a luz do dia, pois Cristo será a luz no paraíso.
Um pastor Puritano tentou descrever à sua igreja a ausência de limite da eternidade. Disse para que eles não tentassem entender, que a eternidade sempre foi e sempre será; sem começo ou fim. Deu-lhes essa ilustração: “Visualize a terra como uma bola de areia, quase 50.000 quilômetros de circunferência. A cada mil anos, um passarinho voa sobre ela e retira um grão de areia. Quando ele remover o último grão, então a eternidade acabou de se iniciar”.
Em outras palavras, na grande trama da eternidade, o “tempo” está nesse momento fazendo apenas uma breve aparição. Dia virá em que o tempo terá totalmente servido ao seu propósito e será abolido. É tudo surpreendente demais para eu avaliar.
Paulo exulta: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15:57). Muitos cristãos citam esse versículo diariamente, aplicando-o à suas lutas e tribulações. Mas o contexto no qual Paulo o diz sugere um significado mais profundo. Só dois versos antes, Paulo declara, “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (15:54-55).
Paulo estava falando eloqüentemente sobre o seu ardente desejo pelos céus. Ele escreve, “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial” (2 Coríntios 5:1-2).
O apóstolo então acrescenta, “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (5:8).
De acordo com Paulo, o céu – o estar na presença do Senhor por toda a eternidade – é uma coisa que devemos desejar de todo o nosso coração.
Primeiro, imagino a descrição que Jesus fez de um gigantesco encontro, quando os anjos “reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mateus 24:31).
Quando todas estas multidões estiverem reunidas, visualizo uma grande marcha da vitória acontecendo nos céus. Quase todo mundo conhece a música “When the Saints go Marching In” (quando os santos entrarem marchando). Tente imaginar essa música sendo tocada literalmente no céu, com milhões de crianças glorificadas cantando hosanas ao Senhor, do jeito que as crianças cantaram uma vez no templo. Que som de vitória e de louvor será: multidões de órfãos gritando, “Pai!”. Dá para eu ver direitinho o brilho da felicidade no rosto de Jesus. “Pois dos tais é o reino dos céus”, declarou.
Então vêm todos os mártires. Esses que já clamaram por justiça na terra agora gritam, “Santo, santo, santo!”. Imagino os decapitados tocando suas cabeças e dizendo, “Estou inteiro de novo”. Os que foram serrados ao meio buscam as marcas da agonia sobre seus corpos mas não acham nem uma. Os que foram queimados agora têm corpos inteiros, sem nenhum traço ou cheiro de fumaça. Todos estes estarão dançando com alegria, gritando, “Vitória, vitória em Jesus!”.
Então vem um poderoso bramido, um som nunca ouvido antes. É a igreja de Jesus Cristo, com multidões de toda nação e tribo. Esse grupo inclui os que foram viciados ou alcoólatras... que eram cegos ou enfermos... que eram pobres, enviuvados ou forçados a mendigar. Visualizo entre eles a empobrecida viúva que fielmente entregou sua moeda no culto, quando não tinha mais nada.
Quando o fiel apóstolo foi arrebatado ao céu, “ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (2 Coríntios 12:4). Paulo diz que ficou espantado com o que ouviu lá. Creio que estes foram exatamente os sons que ouviu: ele teve um vislumbre do canto e do louvor a Deus pelos que estarão se rejubilando em Sua presença, com seus corpos já inteiros, suas almas cheias da alegria e paz. Foi um som tão glorioso que Paulo pôde ouvi-lo mas não conseguia repeti-lo. Amado santo, torne o céu o seu desejo mais sincero. Jesus está voltando para os que desejem ardentemente estar com Ele lá!
--- 
Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA.


DW:bbm 4.30.07 


Todo Regenerado chega ao Céu - C. H. Spurgeon

Poderoso para vos guardar de tropeços. (Judas 24)

Em um aspecto, o caminho para o céu é muito seguro. Em outros aspectos, não existe caminho tão perigoso. Está cercado por dificuldades. Um passo em falso — e quão facilmente damos esse passo, quando a graça está ausente — e caímos. Que caminho escorregadio alguns de nós têm de percorrer! Quantas vezes exclamamos como o salmista: "Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos" (Salmos 73.2).

Se fôssemos alpinistas fortes, de andar seguro, não ficaríamos preocupados com o tropeço. Mas, em nós mesmos, quão fracos somos! Nas melhores estradas logo vacilamos; nos mais agradáveis caminhos rapidamente tropeçamos. Estes nossos frágeis joelhos mal podem suportar nosso peso cambaleante. Um vento leve pode nos abalar, e uma pedrinha, nos machucar. Somos crianças temerosas dando os primeiros passos na caminhada da fé. Nosso Pai celestial nos segura pela mão, pois, do contrário, logo cairíamos.

Oh! se estamos sendo guardados de tropeço, quanto devemos exaltar o paciente poder que cuida de nós todos os dias! Pense em como somos propensos a cair no pecado, como somos inclinados a escolher o perigo e quão forte é a nossa tendência de cairmos em desânimo! Estas reflexões nos levarão a cantar com mais regozijo do que o fazíamos antes: Glórias sejam dadas "àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços" (Judas 24). Temos muitos adversários que nos tentam arruinar.

Os inimigos se escondem, em espreita, a fim de se lançarem contra nós quando menos os esperamos. Eles se empenham em nos passarem rasteira e nos derrubarem do rochedo mais próximo. Somente um braço todo-poderoso pode nos preservar desses inimigos invisíveis que procuram nos destruir. Este braço está engajado em nossa defesa. Aquele que prometeu é fiel e capaz de guardar-nos de tropeços. Com um profundo senso de completa fraqueza, nutrimos firme confiança em nossa perfeita segurança. Podemos dizer com alegre confiança.


O que é a Vida Eterna? - John Piper

Como Deus nos amará? Mera lógica nos daria a resposta: Deus nos ama melhor dando-nos o melhor para desfrutarmos para sempre, a saber, ele próprio, porque ele é o melhor. Mas nós não dependemos só de lógica. A Bíblia torna isso claro."... Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). É dando-nos vida eterna às custas de seu Filho, Jesus Cristo, que Deus nos ama. Mas o que é a vida eterna? É auto-estima eterna? É um céu cheio de espelhos? Ou tobogãs de água, ou campos de golfe, ou virgens de olhos negros?

Não. Jesus nos conta exatamente o que ele quer dizer: "... a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17.3). O que é vida eterna? É conhecer a Deus e seu Filho, Jesus Cristo. Nenhum objeto, nenhuma coisa pode satisfazer a alma. A alma foi feita para ficar em reverente admiração de uma Pessoa - a única pessoa que é digna de reverente admiração. Todos os heróis são sombras de Cristo. Nós gostamos de admirar sua excelência. Quanto mais ficaremos satisfeitos pela única Pessoa que concebeu toda a excelência e que encarna toda habilidade, todo talento, toda força e brilho, e compreensão sábia e bondade. É isso que eu venho tentando dizer. Deus nos ama libertando-nos das amarras do eu para que possamos apreciar conhecer e admirá-lo para sempre.

Ou considere o modo como o apóstolo Pedro o diz."... Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus" (1 Pe 3.18). Por que Deus mandou Jesus Cristo para morrer por nós? Para nos conduzir a Deus - a ele mesmo. Deus mandou Cristo para morrer para que possamos "voltar para casa", para o Pai que tudo satisfaz. Isso é amor. O amor de Deus por nós é Deus fazendo o que precisa fazer, com grande custo próprio, para que possamos ter o prazer de ver e saboreá-lo para sempre. Se isso é verdade, como o salmista diz para Deus: "Na tua presença há plenitude de alegria; na tua mão direita, delícias perpetuamente" (SI 16.11), então o que o amor precisa fazer? Precisa salvar-nos de nosso vício de fixação em nós mesmos e levar-nos, mudados, para entrar na presença de Deus.






Estamos Preparando Pessoas para o Céu? J.Piper

Você Seria Feliz no Céu, se Cristo Não Estivesse Lá?
A pergunta crucial para nossa geração — e para cada geração — é esta: se você pudesse ter o céu, sem doenças, com todos os amigos que tinha na terra, com toda a comida que gostava, com todas as atividades relaxantes que já desfrutou, todas as belezas naturais que já contemplou, todos os prazeres físicos que já experimentou, nenhum conflito humano ou desastres naturais, ficaria satisfeito com o céu, se Cristo não estivesse lá?
E a pergunta para os líderes de igrejas é: pregamos, ensinamos e orientamos de tal modo que os crentes estejam preparados para ouvir esta pergunta e responder com um ressoante "Não"? Como entendemos o evangelho e o amor de Deus? Será que, juntamentecom o mundo, temos deixado de ver o amor de Deus como a dádiva dEle mesmo para considerar este amor como um espelho que reflete aquilo que gostamos de ver? Temos apresentado o evangelho de maneira tal que o dom da glória de Deus na face de Cristo é secundário,em vez de central e essencial? Se temos feito isso, espero que este livro seja um instrumento de Deus para nos despertar, a fim de vermos o supremo valor e importância da "luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus". Espero que nossos ministérios tenham o mesmo ponto focai do ministério de John Owen, o grande escritor puritano do século XVII. Richard Daniels disse a respeito dele:
Havia um tema sobremodo importante para John Owen, o qual ele citava ampla e freqüentemente; e ao qual nos referimos como o ponto focai da teologia de Owen... ou seja, a doutrina que vemos no evangelho, por meio do Espírito Santo outorgado por Cristo, é a glória de Deus "na face de Cristo", e por meio dessadoutrina somos transformados na imagem dEle.3
Estamos Preparando Pessoas Para o Céu?
Podemos realmente dizer que as pessoas de nossa igreja estão sendo preparadas para o céu, onde Cristo mesmo, e não os seus dons, será o deleite supremo? Se estão despreparadas para isso, elas realmente irão ao céu? Não é a fé que nos leva ao céu a antecipação do banquete de Cristo? Em certa ocasião, J. C. Ryle pregou um sermão intitulado "Cristo é Tudo", baseado em Colossenses 3.11. Ele disse em seu sermão:

Infelizmente, porém, quão pouco preparados para o céu estão muitos que falam em "ir para o céu" quando morrerem, ao mesmo tempo em que não manifestam qualquer fé salvífica, nem verdadeira familiaridade com Cristo. Esses não honram a Cristo neste mundo; não têm comunhão com Ele; não O amam. O que poderiam fazer no céu? O céu não seria lugar apropriado para eles. 
As alegrias celestiais não alegrariam essas pessoas. 
felicidade celeste não poderia ser compartilhada por elas. As atividades que caracterizam o céu seriam canseira e enfado para o coração dessas pessoas. Se você está entre esses, arrependa-se e mude a sua atitude antes que seja tarde demais!

Nada torna uma pessoa mais útil na terra do que o estar preparada para o céu. Isto é verdade porque estar pronto para o céu significa ter prazer em contemplar o Senhor Jesus, e contemplar a glória do Senhor significa ser transformado na glória da sua imagem (2 Co 3.18). Nada poderia abençoar tanto a este mundo como mais pessoas semelhantes a Cristo. Pois, nesta semelhança, o mundo veria a Cristo.
Aquilo de que o Mundo Mais Necessita
Quando celebramos o evangelho de Cristo e o amor de Deus, e enaltecemos o dom da salvação, devemos fazê-lo de um modo que as pessoas vejam, por meio disso, o próprio Deus. Que os que ouvem, de nossos lábios, o evangelho, saibam que a salvação é o dom de ver e experimentar a glória de Cristo; e esse dom foi comprado com sangue. Creiam eles e digam: "Cristo é tudo!" Ou, usando as palavras do salmista: "Os que amam a tua salvação digam sempre: Deus sejamagnificado!" (SI 70.4). Não digam: "Magnificada seja a salvação!", e sim: "Deus seja magnificado!"
Que a igreja do Senhor Jesus confesse com intensidade crescente: "O Senhor é a porção da minha herança e o meu cálice" (SI 16.5); "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (SI 42.1,2); "Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Co 5.8); "De um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
De nada mais o mundo necessita além de ver a dignidade de Cristo através de obras e palavras de seu povo, o qual foi atraído por Deus. Isso acontecerá quando a igreja despertar para a verdade de que o amor salvífico de Deus é o dom de Si mesmo e de que Deus mesmo é o evangelho. 


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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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