Senti uma dor esquisita durante vários dias, e resolvi ir ao médico. Ele fez algumas perguntas e me examinou antes de chegar ao diagnóstico. Descobriu um problema, ele disse, que teria que ser corrigido por cirurgia. Explicou todo o procedimento. Só faltava marcar o dia no hospital. Um pouco desconfiado, marquei consulta com outro médico. Este fez as mesmas perguntas, investigou mais opções e mandou fazer alguns exames antes de chegar ao diagnóstico. Afinal, ele provou (e um terceiro médico confirmou) que o primeiro estava totalmente errado. Não precisei de cirurgia; o problema foi resolvido com um simples tratamento. Tudo isso aconteceu no século passado, e continuo bem! Ainda bem que eu tive oportunidade de comparar respostas e escolher a certa.
Quando se trata de questões do dia a dia, respostas erradas nem sempre trazem conseqüências graves. Erros numa prova na escola podem até ajudar o aluno. Erros cometidos por um profissional – seja médico, mecânico, pedreiro, pintor, etc. – frequentemente podem ser corrigidos por outros.
Mas há um problema na vida de todos nós que precisa ser respondido da maneira certa. Embora ouvimos muitas respostas diferentes e contraditórias, é importante rejeitar todas as soluções erradas. Temos uma oportunidade para achar a resposta certa. Não devemos perdê-la.
O Problema: Nosso Afastamento do Criador
A boa parte da experiência humana e a maior parte da Bíblia servem para mostrar o nosso problema. Os primeiros três capítulos do livro de Romanos oferecem um resumo destas evidências, chegando à conclusão que todos – judeus e gentios – “pecaram e carecem da glória de Deus” (3:23). A consequência do pecado é a morte espiritual, a separação de Deus (Romanos 6:23; Isaías 59:1-2).
Precisamos da Solução
Nem todos os problemas nesta vida precisam ser resolvidos. Não é necessário pintar todas as paredes manchadas, nem essencial consertar todas as coisas quebradas. Mas o problema da nossa separação de Deus é diferente. Precisamos da solução. Se não achar a resposta certa durante esta vida, nós vamos morrer, ser julgados e banidos da presença de Deus para sempre (Hebreus 9:27; 10:30-31; 2 Coríntios 5:10; 2 Tessalonicenses 1:8-9). Não há assunto mais importante, nem problema maior, na vida de cada um de nós. A coisa mais importante e mais urgente que você pode fazer na sua vida é encontrar e aceitar a resposta correta ao seu problema do pecado.
O Que Não Resolve o Nosso Problema
Infelizmente, há muitas sugestões de soluções erradas. Ao longo da história, as pessoas têm tentado diversas maneiras de lidar com o problema do pecado. Até hoje, há milhares de religiões e filosofias, cada uma oferecendo uma solução diferente ao nosso problema. Considere algumas respostas erradas:
ý Sacrifícios de animais não resolvem o nosso problema. No Antigo Testamento, o próprio Senhor mandou que os homens sacrificassem animais pelos seus pecados. Mas estes sacrifícios serviam para ensinar o homem, não para aplacar a ira de Deus. Ele disse: “Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10:3-4).
ý Ignorar os fatos não tira a culpa pelo pecado. Da mesma forma que muitas pessoas não procuram tratamento quando sintomas de doença aparecem, há uma forte tendência de olhar para o pecado com vistas grossas. O fato do homem ignorar o pecado não quer dizer que Deus não o vê. Deus condenou a atitude de Eli em relação ao pecado de sua família: “Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu” (1 Samuel 3:13).
ý Negar a culpa não remove o pecado. Caim matou seu próprio irmão. Quando Deus o questionou, ele tentou fugir da responsabilidade: “Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?” (Gênesis 4:9).
ý Colocar a culpa nos outros não nos isenta. Esta é a tática mais velha do mundo. Quando Deus confrontou Adão com seu pecado, o homem disse: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gênesis 3:12). Usou a mulher e o próprio Senhor para desviar atenção dos seus pecados. Quando Saul, o primeiro rei de Israel, desobedeceu a ordem de Deus, poupando a vida do rei dos amalequitas e trazendo vivos alguns animais, ele tentou jogar a culpa nos seus súditos:“...porque o povo poupou o melhor das ovelhas...”; “mas o povo tomou do despojo ovelhas e bois” (1 Samuel 15:15,21). O profeta Samuel não aceitou a desculpa do rei: “Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Samuel 15:23).
ý Tentar falar com os mortos não responde à nossa necessidade. Alguns anos depois, Saul ficou tão desesperado que ele procurou uma necromante para achar respostas aos seus problemas. Não resolveu nada. Ele morreu no dia seguinte (1 Samuel 28:3-19; 31:6). Qualquer tentativa de comunicar com os mortos é proibida por Deus (Deuteronômio 18:10-12) e não resolve o nosso problema (veja Lucas 16:30-31).
ý A filosofia e a sabedoria humana não resolvem o problema do homem. Existem filosofias que oferecem conhecimento ou felicidade como os alvos principais, até negando a existência de Deus e a realidade do pecado. “Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria...” (1 Coríntios 1:20-21).
ý O ascetismo não responde ao nosso problema. Algumas filosofias exigem bastante disciplina e autonegação dos adeptos, mas ainda não resolvem o problema real:“Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Colossenses 2:23).
ý O tempo não resolve o problema do pecado. Ouvimos tantas declarações confiantes: “O tempo resolve tudo”; “Só o tempo resolve”; “Dá um tempo e vai dar tudo certo”. Talvez o tempo resolva alguns problemas mundanos, mas jamais resolverá o problema causado pelo nosso pecado. Algumas religiões se baseiam na busca de soluções no tempo, especialmente as religiões que ensinam a reencarnação (budismo, kardecismo, hinduísmo, etc.). Nestas crenças, o aperfeiçoamento do homem se torna uma função do tempo. Qualquer doutrina de reencarnação nega a graça de Deus e o valor do sacrifício de Jesus. Toda a história bíblica contradiz qualquer noção que o tempo possa resolver o nosso problema. Milhares de anos passaram desde o primeiro pecado até a vinda de Jesus, e os homens ainda aguardavam a solução divina.
A Única Resposta Certa
Há muitas respostas erradas, mas apenas uma correta. A única solução ao problema do pecado é o sangue de Jesus Cristo: “...assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos....” (Hebreus 9:28); “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hebreus 10:14). O sangue de Jesus tira o pecado e permite a nossa reconciliação com Deus (Hebreus 10:19-20; Mateus 26:28).
Como Receber o Benefício deste Sangue
Jesus morreu e pagou o preço do nosso pecado. Mas ele não obriga ninguém a aceitar o perdão que ele oferece. Para ser lavado no sangue do Cordeiro de Deus, o pecador precisa crer em Jesus como o Eterno Senhor (João 8:24), arrepender-se dos seus pecados (Lucas 13:3) e ser batizado para remissão dos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; Gálatas 3:26-27).
Mesmo depois de fazer tudo isso, é possível cair novamente no pecado. O cristão que peca não precisa ser batizado de novo, mas precisa voltar e se reconciliar com Deus. Para isso, é necessário reconhecer o pecado, confessando-o a Deus e pedindo perdão (Atos 8:20-24). Quando um cristão desviado volta ao Senhor, é uma conversão que salva o pecador da morte (Tiago 5:16,19-20). Sabendo que os seus discípulos tropeçam, Jesus age como nosso Advogado junto ao Pai, mas ele exige que mostremos a humildade para confessar os nossos pecados (1 João 1:7 - 2:2).
Acerte a Resposta
Jesus disse: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7:13-14).
–por Dennis Allan
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