Consta em três dos Evangelhos o caso do homem de mão mirrada. O nosso Senhor o encontrou num sábado, e obviamente Sua intenção era curá-lo. Os fariseus estavam presentes, e começaram a argumentar com o nosso Senhor sobre se era certo curar alguém no sábado (Mateus 12:9-14). O ponto substancial da história é que, tendo o nosso Senhor respondido aos fariseus e às suas estultas objeções, disse ao homem: "Estende a tua mão". Pois bem, aí está de novo o dilema; lá estava um homem com uma das mãos mirrada, paralisada; possivelmente a mão nunca tivera desenvolvimento. Essa mão era inútil, o homem não podia fazer coisa alguma com ela. Em parte devido à falta de uso e desenvolvimento, os músculos eram flácidos, encolhidos e fracos, sem energia e sem força. Todavia o Senhor disse àquele homem: "Estende a tua mão". E o que lemos é que "ele a estendeu, e ficou sã como a outra". A grande maravilha desta história é que, quando o nosso Senhor disse ao homem, "Estende a tua mão", à ordem do Senhor ele o fez.
É evidente que o homem teve que fazer esforço. O que o homem fez não foi dizer: "Bem, sim, a minha mão está mirrada, mas eu creio que todas as coisas são possíveis a Ti, e que podes curar e restaurar minha mão. Eu creio que Tu podes fazê-lo" e, de repente, assim que ele expressou a sua fé, a sua mão se estendeu. Não foi assim. O homem não viu a sua mão subitamente estender-se de um salto; isso não foi feito por outrem no lugar dele. O ponto vital é que, ao homem que não podia fazê-lo, o nosso Senhor disse: "Estende a tua mão", e quando Ele falou, foi dado poder ao homem. Assim, quando ele fez o esforço, para seu espanto e admiração, ele viu, pela primeira vez, que podia estender a mão. Os dois elementos são absolutamente necessários; e, quando vocês estudarem os milagres, verão que na maioria deles estes dois elementos estão presentes. O nosso Senhor sempre encarregava a pessoa de alguma ação. No caso da mulher que tinha espírito de enfermidade e andava curvada, por exemplo, bastou o Senhor ordenar-lhe que se endireitasse para que imediatamente ela se endireitasse. E assim com os demais; o coxo, o paralítico: "Levanta-te, toma a tua cama, e anda". Parecia algo monstruoso, o homem não tinha poder. Certo, mas o poder foi dado na ordem; e quando ele fez esforço, subitamente viu que podia fazê-lo. "Fortalecei--vos no Senhor e na força do seu poder"; vocês nunca conhecerão isto, enquanto não o praticarem.
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