Referência: NÚMEROS 13,14
Não saímos do cativeiro para viver no deserto. O nosso destino é a terra prometida.
A secura do deserto, os pedregais, as serpentes, as areias escaldantes do deserto não são o nosso destino. Nosso destino é uma terra que mana leite e mel. Nosso destino é uma vida abundante.
O povo de Israel tombou no deserto. Fracassou na jornada. Naufragou na fé e não entrou na terra. Vejamos as causas:
I. O SINTOMA DA INCREDULIDADE
1. Dt 1.19-22 – “…”
Deus já havia PROMETIDO a terra e já havia feito uma DESCRIÇÃO da terra (Dt 8.7-9).
Duvidaram da Palavra de Deus e das promessas de Deus.
Pensaram que conquistariam a terra pelos seus esforços e não pela intervenção soberana de Deus.
2. Nm 13.27 – O povo só descobre o que Deus já havia falado: “A terra de fato é boa.”
3. Nm 13.28 – MAS, PORÉM – A incredulidade sempre descobre impossibilidades, olha para as circunstâncias, para os obstáculos e não para Deus.
4. Nm 13.30 – ENTÃO CALEBE – subamos, possuamos, certamente prevaleceremos.
5. A INCREDULIDADE PRODUZ:
5.1. Senso de fraqueza – v. 31 – “Não poderemos subir…” = Eles riscaram as promessas de Deus, eles anularam a Palavra de Deus, o poder de Deus e só enxergaram os obstáculos. Sentem-se fracos, impotentes, incapazes.
5.2. Complexo de inferioridade – v. 31 – “…porque é mais forte do que nós.” = As cidades eram grandes, mas Deus é maior. As muralhas eram altas, mas Deus é o altíssimo. Os gigantes eram fortes, mas Deus é o todo poderoso. A fé olha para Deus e vence as dificuldades. A incredulidade vê as dificuldades e duvida de Deus.
5.3. Desespero e desânimo nos outros – v. 32 – “E diante dos filhos de Israel infamaram a terra.”
5.4. Baixa auto-estima – v. 33 – “…e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos.” – Eles eram príncipes, líderes, nobres, homens de escol, mas se encolheram. Sentiram-se como gafanhotos, sob as botas dos gigantes. De príncipes a gafanhotos. De filhos do rei a insetos. Estavam com a auto-imagem arrasada.
5.5. Visão distorcida da realidade – v. 33 – “…éramos gafanhotos aos seus olhos.” = Eles são gigantes e nós pigmeus. Eles são fortes e nós fracos. Eles são muitos e nós poucos. Eles vivem em cidades fortificadas e nós no deserto. Eles são guerreiros e nós peregrinos. Arrastaram-se no pó, sentiram-se indignos, fracotes, menos do que príncipes, menos do que homens, menos do que gente, gafanhotos, insetos.
II. OS EFEITOS DA INCREDULIDADE
1. Contagia e conduz o povo ao desespero – 14.1 = Toda a congregação chorou. Só viram suas impossibilidades e não as possibilidades de Deus. Ficaram esmagados de desespero. Não viram saída. Não viram solução. Em Êxodo 15.13-18 – olharam para Deus e cantaram. Agora olham para o inimigo e se vêem como gafanhotos e choram.
2. Contagia e conduz o povo à murmuração – 14.2 = O povo em vez de se voltar para Deus, se volta contra Deus. Em vez de ver Deus como libertador, o vê como opressor. Acusaram a Deus. Murmuraram contra Ele.
3. Conduz à ingratidão – 14.2 = “…antes tivéssemos morrido no Egito.”- O povo se esqueceu da bondade de Deus, do livramento de Deus, das vitórias que Deus lhes dera.
4. Conduz à insolência contra Deus – 14.3 = Acusaram a Deus. Infamaram a Deus. Insultaram a Deus. Disseram que Deus era o responsável pela crise.
5. Conduz à apostasia – 14.3 – “Não nos seria melhor voltar ao Egito?” = Não há nada que entristece mais o coração de Deus do que ver o seu povo arrependido de ter se arrependido. Do que ver o seu povo desejoso de voltar ao mundo e ao Egito. Eles se enfastiaram de Deus, da sua direção, da sua companhia e sustento. Eles se esqueceram dos benefícios de Deus e dos açoites dos carrascos. Quando você deixa a igreja e volta para o mundo, para o pecado, só vê gigantes diante de você e não o poder de deus. Isso leva à apostasia e fere o coração de Deus.
6. Conduz à amotinação – 14.4 = Queriam outros líderes que os guiassem de volta ao Egito. Rebelaram-se contra Deus. Não queriam mais seguir o comando de Moisés. Houve uma insurreição. Um motim. Uma conspiração. Um reboliço. Uma agitação. Uma fermentação no meio do povo.
7. Conduz à rebeldia contra Deus – 14.9 = Amar mais o Egito que o Deus da promessa é rebeldia. Não crer no Deus todo poderoso e se intimidar diante dos gigantes deste mundo é rebeldia. Não andar pela fé é rebeldia.
8. Conduz ao medo do inimigo – 14.9 = O medo vê fantasma, como aconteceu com os discípulos no mar da Galiléia. O medo altera as situações. Josué e Calebe viram os inimigos como pão que seriam triturados. O povo viu os inimigos como gigantes. O povo se viu como inseto. Josué e Calebe se viram como povo imbativo.
9. Conduz à perseguição contra os líderes – 14.10 = Em vez de obedecer a voz de Deus, o povo rebelde decidiu apedrejar os arautos de Deus. Não queriam mudar de vida, por isso, queriam mudar de liderança e se ver livre dela.
III. O QUE FAZER NA HORA DA EPIDEMIA DA INCREDULIDADE
1. Quebrantamento diante de Deus – 14.5,6 = Não adianta discutir, brigar, argumentar, fomentar, jogar uns contra os outros, espalhar boatos. É preciso quebrantamento. É preciso se humilhar debaixo da poderosa mão de Deus.
2. Firmar-se na verdade que Deus diz – 14.7 = Não devemos ser levados pelos comentários, pelas críticas, pela epidemia do desânimo. Devemos nos fixar no que Deus diz. Devemos nos estribar na experiência daqueles que confiam em Deus.
3. Mostrar ao povo como vencer os gigantes – 14.8 = a) “Se o Senhor se agradar de nós” – v. 8 = Quando Deus se agrada de nós, somos imbatíveis. Deus tem se agradado de você? Exemplo: ACÃ – l) Se não eliminardes o pecado eu não serei convosco. 2) Se não eliminardes não podereis resistir os inimigos. b) “O Senhor é conosco, não os temais”- v. 9 – = A nossa vitória não advém da nossa força, mas da presença de Deus conosco. Exemplo: A ARCA – onde estava a arca, havia vitória. c) “Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor” – v. 9 = A única condição de vitória é deixar de mão a rebeldia.
4. Orar intercessoramente – 14.13-20 = A oração de Moisés evita um desastre. Moisés não agride o povo, mas suplica a Deus em seu favor. A despeito do pecado, ele ora e está preocupado com a honra de Deus. Quando o povo de Deus está em crise, nós comprometemos a reputação de Deus. Orar é lutar para que o nome de Deus seja exaltado.
IV. COMO DEUS TRATA A QUESTÃO DA INCREDULIDADE NO MEIO DO SEU POVO
1. Deus traz livramento aos que crêem na sua Palavra na hora H – 14.10 = José, Daniel, Masaque, Sadraque e Abede-Nego, Paulo em Jerusalém, Pedro na prisão.
2. Deus mostra seu cansaço com a incredulidade do povo diante das evidências – 14.11
3. Deus perdoa o povo em resposta à oração e remove o castigo – 14.20 = Perdoados, eles seriam não seriam destruídos ali em Cades Barnéia.
4. Deus não retira as conseqüências do pecado – 14.21-23,27-35 = O pecado está perdoado, mas as cicatrizes ficam como advertência.
A) Eles viram a glória de Deus.
B) Eles viram os prodígios de Deus, mas mesmo assim,
1) Eles puseram Deus à prova dez vezes – v.22.
2) Eles não obedeceram à voz de Deus – v. 22.
3) Eles desprezaram a Deus – v. 23.
ENTÃO DEUS…
1) Mudou o rumo da viagem deles – v. 25.
2) Um ano/um dia – o pecado comete-se num momento, mas custa anos de pagamento – v. 34.
3) Eles não veriam a terra – v. 29-31.
4) Eles não terão o que desprezaram – v. 31. 5) Eles terão o que desejaram – morrer no deserto – v. 31.
5. Deus galardoa os que crêem – 14.24,25 = Calebe – v. 24 – Servo, tem outro espírito, perseverou em seguir a Deus.
6. Deus julga com castigo os amotinadores que insuflaram o povo – 14.36-38
7. Deus não aceita ativismo quando não existe santidade e obediência – 14.39-45 = a) Não há vitória e prosperidade onde há desobediência – v. 41; b) Não há vitória onde o Deus da vitória está ausente – v. 42; c) Não há presença e nem vitória de Deus, onde as pessoas se desviam da vontade de Deus – v. 43; d) Não há compromisso de Deus de abençoar um povo que desobedece Sua Palavra – v. 44,45.
CONCLUSÃO
A terra prometida e Não o deserto é onde devemos viver. Terra farta, onde mana leite e mel. Às vezes a incredulidade nos impede de entrar nesta vida deleitosa. É hora de entrar na terra prometida da vida abundante. É hora de desafiar os gigantes. É hora de deixar de lado a incredulidade e confiar no Deus dos impossíveis. É hora de tapar os ouvidos às vozes agourentas do pessimismo e crer nas promessas infalíveis da Palavra de Deus. Avante, pois, irmãos! Amém.
Rev. Hernandes Dias Lopes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário