Feira da Vaidade - Charles Spurgeon
Extraído de Pictures from Pilgrim's progress
“Então vi em meu sonho que, quando eles saíram do deserto, avistaram uma cidade que se chamava Vaidade. Nela era realizada uma feira chamada Feira da Vaidade, que funciona o ano todo. A cidade tem esse nome porque é "mais leve que a vaidade” e também porque tudo que ali é vendido ou acontece é vaidade, como diz o sábio: "Tudo quanto sucede é vaidade."
O estado mais feliz de um cristão é o de mais santidade.Como o calor próximo do sol é mais intenso, assim é a felicidade mais junto a Cristo. Nenhum cristão usufrui desse conforto enquanto tem os olhos fixos em coisas sem valor. Não culpo os ímpios por se atirarem aos seus prazeres. Que tenham sua satisfação. Isso é tudo o que eles têm para usufruir, mas os cristãos têm de buscar seus prazeres e alegrias numa esfera superior às insípidas frivolidades do mundo. Correr atrás de coisas fúteis é perigoso para almas renovadas.
“Pois bem: o caminho para a Cidade Celestial passa justamente pelo meio desta cidade onde se realiza esta feira de desejos; e aquele que pretende chegar à cidade celestial sem atravessar esta cidade "teria de sair do mundo."
Ao sentir-se fatigado pela luta e pecado com que vocêdepara no caminho, lembre que todos os santos passaram poresse mesmo sofrimento. Não foram levados aos céus carregados em liteiras, e você não deve esperar viajar em condições mais fáceis do que eles. Tiveram que arriscar suas vidas até à morte, nos lugares mais árduos do campo de batalha, e você não será coroado até que também tenha enfrentado as dificuldades como um bom soldado de Jesus Cristo. Portanto, "permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos."
Agora era a vez desses peregrinos passarem por esta feira. E assim o fizeram, mas tão logo se aproximaram, todo o povo se agitou, e surgiu logo um alvoroço em torno deles, por diversos motivos:
Primeiro, como a roupa dos peregrinos era diferente da dos habitantes da cidade, todos os olhavam admirados, julgando que fossem idiotas ou loucos.
Segundo, assim como se maravilhavam com sua aparência, o mesmo sucedia em relação à sua maneira de falar, pois poucos entendiam o que diziam. Naturalmente falavam a língua de Canaã; os que organizavam a feira eram homens que pertenciam a este mundo. Assim, de uma extremidade da feira à outra, pareciam bárbaros uns aos outros.
Se você segue a Cristo totalmente, tenha certeza de queserá chamado por um ou outro destes nomes. Dirão como você é diferente. Se você é um cristão autêntico, logo será um homem marcado: "Como ele é estranho!" "Como ela é esquisita!" Pensarão que tentamos nos destacar entre os outros, quando de fato somos apenas conscienciosos e estamos nos empenhando em obedecer à vontade de Deus.
Dirão eles: "Como vocês são antiquados! Vocês acreditam nas mesmas coisas antigas como nos tempos de Oliver Cromwell — aquelas doutrinas puritanas arcaicas!" Eles riem de nossa fé e afirmam que perdemos a liberdade.
A Feira da Vaidade não é um negócio novo, mas uma instituição bastante antiga. Vou mostrar-lhes sua origem. Há cerca de cinco mil anos, peregrinos caminhavam rumo à Cidade Celestial, assim como estes dois homens honestos; e Belzebu, Apoliom e Legião, juntamente com seus acompanhantes, percebendo pelo rumo que tomavam que iriam atravessar a cidade da Vaidade, inventaram estabelecer uma feira permanente na qual se vendessem vaidades, tais como as honras mundanas: casas, terras, empreendimentos, lugares, honras,preferências, títulos, países, reinos, luxúrias, prazeres, e o deleites carnais, como prostitutas, esposas, maridos, crianças, mestres, vidas de escravos, sangue, corpos, almas, prata, ouro. pérolas, pedras preciosas e tudo mais.
Há diversos tipos de vaidade. A roupa e os sininhos do bobo, a diversão do mundo, a dança, a lira e a taça dos libertinos; todos sabem tratar-se de vaidades. Elas usam sobre a testa seus nomes e títulos apropriados. Mais traiçoeiras são coisas igualmen te vãs, como os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas. Um homem pode estar seguindo a vaidade tão sinceramente no escritório como no teatro. Se ele gasta sua vida amontoando ri quezas, está desperdiçando seus dias num espetáculo inútil. A menos que sigamos a Cristo e façamos de Deus o grande objetivo das nossas vidas, só iremos nos diferenciar da maioria frívola na aparência.
É a doçura do pecado que o torna mais perigoso. Sata nás nunca vende seus venenos às claras; ele sempre os embrulha para presente antes de vendê-los. Tome cuidado com os prazeres. Muitos são inocentes e saudáveis, mas muitos outros são destrutivos. Dizemos que onde crescem os cactos mais formosos, ali esprei tam as mais venenosas serpentes. O mesmo se aplica ao pecado. Os prazeres mais agradáveis podem comportar os pecados mais gritantes. Tome cuidado! A víbora de Cleópatra foi trazida numa cesta de flores. Satanás oferece ao ébrio a doçura da taça embriagante. Ele oferece a cada um de nós nossa alegria particu lar; ele nos agrada com prazeres a fim de nos capturar.
Além disso, nessa feira acontecem a todo tempo trapaças, lo gros, jogos, brincadeiras, ludíbrios, imitações, cartas e truques de todo tipo.
Nela vêem-se, também, e por nada, furtos, assassinatos, adul térios, falsos juramentos e toda forma de escândalo.
Expulse para sempre todo pensamento carnal se você vive no poder do Senhor ressurreto. Seria terrível se alguém que se diz vivo em Cristo fosse conivente com a corrupção do pecado. "Por que buscais entre os mortos ao que vive?", disse o anjo a Madalena. Será que quem é vivo habita em sepulcros? Será que a vida divina deve estar enclausurada numa capela mortuária de de sejos carnais? Como podemos tomar parte no cálice do Senhor e ao mesmo tempo beber do cálice de Belial? Você, cristão que cer tamente já foi liberto de cobiças e pecados evidentes, você tam bém já fugiu das armadilhas mais secretas e ardilosas do passarinheiro Satanás? Você tem se desvencilhado do pecado do orgulho? Tem derrotado a preguiça? Tem evitado a segurança carnal? Tem procurado viver dia após dia acima do mundanismo, do orgulho da vida, da ilusão da ganância? Ande pelo caminho da santidade; ela é a coroa e glória do cristão.
O terceiro motivo, que não agraciou nem um pouco os merca dores, foi que esses peregrinos davam pouco valor às mercadorias oferecidas à venda. Não se importavam nem em olhá-las; e quando e os mercadores os chamavam para comprar, tapavam os ouvidos e exclamavam: "Desvia dos meus olhos, para que não vejam a vaidade", e olhavam para o alto indicando que seus negócios estavam no céu.
Um certo vendedor, observando o comportamento dos foras teiros, zombava deles, dizendo: "O que é que vão comprar?" Mas eles olharam-no muito sérios e responderam: "Compramos a verdade."
A religião comum de hoje é uma mistura de Cristo e Belial.
"Se o senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o.Nãopode haver qualquer aliança entre os dois. Jeová e Baal jamaispoderão ser amigos. "Não podeis servir a Deus e às riquezas";"ninguém pode servir a dois senhores." Todas as tentativas denão ser tão rigoroso em questões de verdade e pureza estão fundamentadas na falsidade. Que Deus nos livre dessa duplicidade odiosa. Não tenha nada com as palavras infrutíferas das trevas, antes reprove-as. Ande de modo digno do chamado e posição elevada que você recebeu. Lembre-se, cristão, de que você é um filho do Rei dos reis. Portanto, guarde-se da influência do mundo. Não suje de lama mãos que estão prestes a tocar harpas celestiais; não permita que seus olhos se tornem janelas para a cobiça, esses olhos que estão prestes a ver o Rei em sua beleza; não deixe que seus pés, que em breve pisarão ruas de ouro, atolem em lamaçais; não consinta que seu coração, o qual em breve será preenchidocom o céu e transbordará num êxtase de alegria, seja contaminado por orgulho e amargura;
Busque a beleza que é eterna E o gozo divinal; Onde a riqueza não se estraga E a glória é sem par!
A resposta dos peregrinos provocou uma reação ainda mais forte: alguns zombavam deles, outros os insultavam e contradi ziam, e não faltou quem quisesse bater neles. Levantou-se na rua um alvoroço tal, que toda semelhança de ordem desapare ceu e a multidão começou a maltratar os peregrinos. Finalmen te a notícia chegou ao chefe da feira, que imediatamente con vocou seus amigos mais confiáveis para trazerem os homens que estavam transtornando o lugar, a fim de serem examina dos.
Assim, Cristão e Fiel foram levados presos para serem interro gados: de onde vinham, para onde iam e o que faziam ali traja dos daquela maneira estranha. Os dois disseram: "Somos pere grinos e estrangeiros neste mundo, e estamos a caminho de nossa pátria, a Jerusalém celestial. Não demos motivos aos da cidade para nos deterem na viagem e nos maltratarem, incluindo os mercadores, a não ser que, quando nos perguntaram o que queremos comprar, respondemos que era a verdade." Po rém aqueles que os interrogavam, acreditando que fossem lou cos ou que de propósito quisessem provocar agitação, deram-lhes muitas pancadas e os sujaram de lama. Depois puseram Cristão e Fiel numa gaiola de ferro, como espetáculo para o público. Os dois jaziam ali, como objeto de escárnio e ofensas, e ninguém os defendia. O chefe da feira ria alto de tudo o que lhes sucedia.
Os peregrinos são mal-vistos quando passam pela Feira das Vaidades. Não apenas estamos sendo vigiados, mas existemmais espiões do que podemos imaginar. A espionagem está em toda parte, em casa e nas ruas. Se caímos nas mãos do inimigo, podemos esperar mais generosidade de um lobo, ou misericórdia de um demônio, do que alguma coisa semelhante a paciência para com nossas fraquezas por parte de homens que temperam sua infidelidade para com Deus com escândalos contra seu povo. Te nha uma vida consagrada e cheia de graça e você não escapará de perseguições. Você pode até ter o privilégio de viver entre cristãos fervorosos e assim ser preservado de perseguições; mas passará por dificuldades se for cristão fiel. Os iníquos têm prazer em injuriar aqueles que seguem o Senhor Jesus com sinceridade. Os cristãos são ridicularizados no local de trabalho, as pessoas apontam o dedo para eles nas ruas e os rotulam com nomes desonrosos. E é em circunstâncias assim que se reconhece quem é eleito por Deus e quem não é. A perseguição age como uma peneira e os que são leves como a palha são levados pelo vento, para sobrarem os grãos que serão purificados. Indiferente à estima dos homens, o cristão verdadeiramente temente a Deus permanece no cami nho do Senhor para sempre.
"Vejamos a conclusão disso tudo." Meu anseio é que asigrejas sejam mais santas. Fico triste em ver tanta conformidade com o mundo. Quantas vezes a riqueza leva o homem para o caminho errado; quantos cristãos seguem modismos deste mundo iníquo. Mesmo com toda a minha pregação, muitos desviam-se, tentando ser membros da igreja e cidadãos do mundo ao mesmo tempo. Temos entre nós aqueles que, tendo declarado amar a Cristo, agem muito mais como "amantes do prazer".
Que vergonhoso é para um professor do cristianismo ser visto em certas casas de música e dança, lugares de orgia que não se pode freqüentar sem poluir a moral, pois ali é impossível abrir os olhos ou os ouvidos sem reconhecer imediatamente que se trata de um território de Satanás.
Eu exorto você em nome do Deus vivo: se não puderpreservar as boas amizades e evitar a roda dos escarnecedores, não professe ser seguidor de Jesus Cristo, pois ele o convida a abandonar essas companhias e a ser separado. Se você acha pra zer numa sociedade lasciva e em músicas obscenas, que direito tem de participar da comunhão dos santos ou de cantar os salmos junto com eles?
Mantenha apenas as melhores companhias. Esteja comquem está mais com Deus. Escolha seus amigos entre aqueles que escolheram Cristo como seu melhor amigo: tenha o amor que Cristo tem. Com quem um cristão deveria andar, senão com cristãos? Temos o dito popular: "Cada ovelha com sua parelha." Ver um santo ligado a um pecador é o mesmo que ver o vivo e o morto habitarem sob o mesmo teto. É melhor estar em farrapos com Lázaro, do que em finas vestes com os condenados. Habite onde Deus habita. Desenvolva grandes amizades aqui na terra com aqueles que serão seus grandes amigos no céu.
Uma igreja que não é santa, é desnecessária a este mundo e jamais será estimada entre os homens. É uma abominação, uma gargalhada infernal, que causa repugnância no céu. Os piores males que já sobrevieram ao mundo procederam de uma igreja que não era santa. Cristão, você se propôs ser do Senhor. Você é sacerdote de Deus: aja como tal. Você é rei com Deus: reine sobre seus desejos. Você é o escolhido de Deus: não se associe com Satanás. O céu é a sua porção: viva como um espírito celestial.
Assim você provará que tem uma fé genuína em Jesus Cristo, pois não pode haver fé no coração, a menos que haja santidade na vida:
Senhor, desejo viver como alguém Com um nome comprado na cruz; Alguém que teme te entristecer, Pois isso envergonha a Jesus.
Extraído de Pictures from Pilgrim's progress
Quando a vida é vaidade
Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Eclesiastes 1:2Permitam-me apresentar-lhes a pessoa mais fascinante, mais maravilhosa, mais invejada que conheço – EU! Eu sou o maioral, o mais sábio, rico, famoso, o que tem mais empregados e mais mulheres do que qualquer outro que já viveu antes de mim. Eu sou Salomão!Em apenas 15 versos (Ec 2:1-15) Salomão se refere a si mesmo 46 vezes, através de pronomes pessoais, possessivos e verbos na primeira pessoa. Aqui está Salomão em toda a sua glória. Ele reside num palácio que é a joia do oriente, com piscinas, jardins, estábulos, ouro, prata, cantores, servos, e vive num ambiente de cultura, arte, música e diversão. Empreende grandes obras, que dão emprego a milhares de pessoas. Tudo quanto seus olhos desejam ele torna realidade com um estalar de dedos.
E para completar, ele afirma: “Perseverou também comigo a minha sabedoria” (v. 9). Para resumir: ele tinha tudo!Tudo mesmo? Tudo, menos satisfação. Esta era a única coisa que lhe faltava. Ele confessa sua frustração nas seguintes palavras: “Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do Sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento” (v. 17).Você conhece pessoas assim? Que têm tudo, mas são infelizes? Provavelmente sim, pois multidões ao nosso redor estão correndo atrás da riqueza e da fama, e quando conseguem isso, descobrem que estiveram correndo atrás do vento. Por isso é que o livro do Eclesiastes é incrivelmente moderno. Vejam o caso de Boris Becker, o tenista que foi duas vezes campeão em Wimbledon e ficou rico e famoso. Mas confessou que não tinha paz, e que esteve à beira do suicídio.Becker não é o único a sentir esse vazio interior. Milhares de pessoas que chegaram ao topo de sua carreira profissional descobriram que não há nada lá. Só um vazio imenso. Um vazio que só Deus pode preencher. E esta é exatamente a mensagem do Eclesiastes – a vida sem Deus não tem sentido.Mas há um raio de esperança nesse livro, que aponta para uma dimensão infinita, dentro de nós, e que não combina com a conclusão de que tudo é vaidade: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3:11).Depois de mostrar que riquezas, educação, realizações, fama, sexo não trazem paz e felicidade, Salomão revela que Deus colocou no ser humano o desejo de viver para sempre.
O vazio infinito do coração humano só pode ser preenchido com algo também infinito – Deus e Seu amor.
“O pastor disse que o assunto do sermão de hoje seria VAIDADE” – lembra uma adolescente enquanto acaba de se arrumar de fronte ao espelho – “Com um tema desses, acho que hoje nem vou usar maquiagem para ir à igreja”.Você pode ter achado engraçado como essa adolescente demonstrou desconhecer o que verdadeiramente a Bíblia fala sobre a vaidade... mas você sabe?Salomão escreveu todo o livro de Eclesiastes para nos ensinar que sem Deus, de nada vale riqueza, poder ou sabedoria. Ele conclui o livro com a seguinte máxima: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Se a temática do livro é o problema da vaidade, o versículo acima resume muito bem a fórmula do remédio. Vejamos o que podemos aprender:1. A constante exposição
O cristão está constantemente exposto no mundo maligno que vive (1Jo 5.19). Nossos ouvidos estão abertos; não temos como deixar de escutar. Paramos no ponto de ônibus e ouvimos agressões à fé cristã; na sala de aula ou no trabalho, ouvimos piadas indecentes; diante da televisão, somos bombardeados com a defesa da homossexualidade, por exemplo. De igual forma, o conceito que o mundo tem do que seja vaidade tenta “fazer a cabeça” do cristão.
2. O que realmente importa
A adolescente do começo de nossa história definiu de maneira errada a vaidade condenada pela Bíblia. O cuidado com a aparência em si não é pecado. “A suma é…”, disse o autor de Eclesiastes. É necessário prender-se ao que realmente é importante. É necessário extrair o sumo e se preocupar menos com o bagaço. Tem muito crente por aí brigando por questões tão pequenas... será que a vaidade pode ser combatida tão somente deixando o cabelo crescer e usando apenas saia? Vaidade é uma busca intensa por aquilo que é vão - aliás, as duas palavras têm até a mesma raiz. Dessa forma, qualquer devoção exagerada pode se tornar vaidade. Adolescentes podem ser vaidosos ao quase idolatrar uma banda de rock da mesma maneira que um adulto adora seu próprio carro. A lista pode ser interminável... casa, beleza, músculos, notas na escola, salário, conhecimento... Vaidade é praticamente igual à idolatria. Daí, a exortação do profeta Samuel: “ Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são.” (1Sm 12.21)
3. Temor de Deus
A vaidade é uma doença derivada do pecado. Portanto, como nós crentes ainda somos pecadores (embora redimidos por Jesus), temos que admitir que esse vírus está dentro de nós. Não temos escolha: somos portadores desse vírus maldito, mas depende de cada um desenvolver ou não a doença; você pode escolher, então, entre ficar doente ou não. A vaidade é uma doença contagiosa. Assim, mesmo portadores do vírus, temos que tomar cuidado para não nos aproximarmos muito daqueles que claramente apresentam sintomas. É isso que o apóstolo Paulo quer dizer para os membros da igreja de Éfeso: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,” (Ef 4.17) Não podemos imitar os ímpios que estão a nossa volta e a única coisa que pode nos frear é temermos a Deus.Temer quer dizer respeitar profundamente. Para o cristão fugir da vaidade, portanto, ele precisa ter intimidade com Deus. Você é íntimo de alguém? Claro que sim! Por isso, os filhos sabem o que significam muitos olhares de seus pais. Os pais percebem as mentiras dos filhos tão somente pela entonação da voz. Em ouvir um simples “boa noite” ao chegar em casa, o marido percebe que algo está errado com sua esposa. Tudo isso por causa da intimidade. Quando tememos a Deus, sabemos dar valor às coisas que o Senhor valoriza e não o mundo.
4. Obediência
Quem teme a Deus de verdade não tem como deixar de obedecê-lo: “ De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Mas o problema é que a vaidade é um pecado muito sutil. Na maioria das vezes ela não nos tenta com algo errado. Veja na vida de Jesus um exemplo interessante a esse respeito: Quando Cristo foi tentado pelo diabo no deserto (Mt 4.1-11), ele ficou quarenta dias sem comer nada (4.2). A primeira tentação do diabo foi tentar convencer Jesus a transformar as pedras em pães (4.3). Veja só... que mal há em comer principalmente depois de tanto tempo de jejum? Comer pão em si não é pecado, mas dar mais importância a um pedaço de pão do que a vontade de Deus é. Por isso mesmo é que Jesus responde ao diabo: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4) Ou seja, pão é importante, mas obedecer a Deus é ainda mais. Estudar é errado? Claro que não. Mas faltar a igreja para estudar é. Trabalhar é errado? Ao contrário; é motivo de bênção porquanto que não tome todo tempo ao ponto de não haver um momento devocional a sós com Deus ou não poder dar atenção necessária à família.Não existe comunhão entre Deus e o mundo (2Co 6.14). Os ímpios não têm aquilo que deveria ser nosso maior bem, a vida eterna. Essa é a nossa pérola de grande valor (Mt 13.45-46), ou o tesouro escondido que nos foi revelado (Mt 13.44). Por isso os não crentes andam na vaidade de seus pensamentos (Ef 4.17). Eles ainda estão à caça de algo que lhes seja valioso. Eles põem o coração em coisas vãs que nós “ricos” deveríamos consideram como secundárias se não desprezíveis. Não existe lugar para a vaidade no coração do cristão. Paulo disse: “ Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8). Chega de imitar o mundo! Chega de colocar o coração em coisas secundárias. Devemos buscar em primeiro lugar o que é mais importante e mais valioso: O Reino de Deus.Não devemos nos deixar levar pelas coisas deste mundo, mas o que não devemos mesmo é julgar nosso irmão pela sua aparência. Deus não quer somente o nosso coração, Ele quer todo nosso corpo. Tudo que temos tem que ser para sua glorificação, porém agente tem que parar com esta hipocrisa fajuta de condenar os outros pela aparência porque muita gente que se "veste como crente" é pura capa. Essas pessoas que usam da aparência cristã muitas das vezes são mal pagadores, fofoqueiros, contendeiros e trangressores da lei. Por isso, crente tem que dar testemunho sim, porém não se engane com a roupa comprida e com a trança no cabelo. Os farizeus também tinham fama de cumpridores da lei, mas faziam isso somente para serem visto e aplaudidos. Esta e minha opinião formada a respeiito do assunto abordado.Quero deixar bem claro que em nenhum momento afirmei que era errado o uso de maquiagem, adereços ou o cuidado pessoal. Com "imitar o mundo" quis expressar, tão somente a ditadura da beleza que está tão em voga em nossos dias e a maneira como muitas pessoas colocam a busca da beleza como sendo o principal valor de suas vidas,deixando muitas vezes de viver,de sair com amigos,familia,achando-se feias,por não se enquadrarem no padrão de beleza que a nossa sociedade nos impõem como sendo a perfeita para nossas vidas. Nesse sentido, então, devemos colocar em primeiro lugar as coisas eternas e não as temporais.Na verdade as pessoas se prendem a essas coisas para escravizar o povo. Ignorantes e leigos nas escrituras não são capazes de discernir o puro do impuro. Uma das matriarcas hebréias (Rebeca) é citada na bíblia usando brincos e "piercings". Deus está interessado no seu coração. No novo testamento existem recomendações de Paulo quanto ao vestir, mas temos que lembrar que o evangelho naquele momento passou a ser difundido por vários povos e culturas, cada um com seu estilo próprio de se arrumar, logo Paulo solicita que haja uma padronização, para que em determinado lugares os cristãos não fossem confundidos com prostitutas e homossexuais. Penso que se você fosse jantar na casa do Presidente, você não se vestiria de acordo? Então lembre-se que vivemos na presença de Deus. Toda mulher precisa se cuidar, isso faz bem a natureza feminina e não desagrada a Deus. "Vida santa e coração contrito, agrada mas a Deus que sacrifícios".
Quando a vida é vaidade
Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Eclesiastes 1:2
Permitam-me apresentar-lhes a pessoa mais fascinante, mais maravilhosa, mais invejada que conheço – EU! Eu sou o maioral, o mais sábio, rico, famoso, o que tem mais empregados e mais mulheres do que qualquer outro que já viveu antes de mim. Eu sou Salomão!
Em apenas 15 versos (Ec 2:1-15) Salomão se refere a si mesmo 46 vezes, através de pronomes pessoais, possessivos e verbos na primeira pessoa. Aqui está Salomão em toda a sua glória. Ele reside num palácio que é a joia do oriente, com piscinas, jardins, estábulos, ouro, prata, cantores, servos, e vive num ambiente de cultura, arte, música e diversão. Empreende grandes obras, que dão emprego a milhares de pessoas. Tudo quanto seus olhos desejam ele torna realidade com um estalar de dedos.
E para completar, ele afirma: “Perseverou também comigo a minha sabedoria” (v. 9). Para resumir: ele tinha tudo!
E para completar, ele afirma: “Perseverou também comigo a minha sabedoria” (v. 9). Para resumir: ele tinha tudo!
Tudo mesmo? Tudo, menos satisfação. Esta era a única coisa que lhe faltava. Ele confessa sua frustração nas seguintes palavras: “Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do Sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento” (v. 17).
Você conhece pessoas assim? Que têm tudo, mas são infelizes? Provavelmente sim, pois multidões ao nosso redor estão correndo atrás da riqueza e da fama, e quando conseguem isso, descobrem que estiveram correndo atrás do vento. Por isso é que o livro do Eclesiastes é incrivelmente moderno. Vejam o caso de Boris Becker, o tenista que foi duas vezes campeão em Wimbledon e ficou rico e famoso. Mas confessou que não tinha paz, e que esteve à beira do suicídio.
Becker não é o único a sentir esse vazio interior. Milhares de pessoas que chegaram ao topo de sua carreira profissional descobriram que não há nada lá. Só um vazio imenso. Um vazio que só Deus pode preencher. E esta é exatamente a mensagem do Eclesiastes – a vida sem Deus não tem sentido.
Mas há um raio de esperança nesse livro, que aponta para uma dimensão infinita, dentro de nós, e que não combina com a conclusão de que tudo é vaidade: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3:11).
Depois de mostrar que riquezas, educação, realizações, fama, sexo não trazem paz e felicidade, Salomão revela que Deus colocou no ser humano o desejo de viver para sempre.
O vazio infinito do coração humano só pode ser preenchido com algo também infinito – Deus e Seu amor.
O vazio infinito do coração humano só pode ser preenchido com algo também infinito – Deus e Seu amor.
“O pastor disse que o assunto do sermão de hoje seria VAIDADE” – lembra uma adolescente enquanto acaba de se arrumar de fronte ao espelho – “Com um tema desses, acho que hoje nem vou usar maquiagem para ir à igreja”.
Você pode ter achado engraçado como essa adolescente demonstrou desconhecer o que verdadeiramente a Bíblia fala sobre a vaidade... mas você sabe?Salomão escreveu todo o livro de Eclesiastes para nos ensinar que sem Deus, de nada vale riqueza, poder ou sabedoria. Ele conclui o livro com a seguinte máxima: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Se a temática do livro é o problema da vaidade, o versículo acima resume muito bem a fórmula do remédio. Vejamos o que podemos aprender:1. A constante exposição
O cristão está constantemente exposto no mundo maligno que vive (1Jo 5.19). Nossos ouvidos estão abertos; não temos como deixar de escutar. Paramos no ponto de ônibus e ouvimos agressões à fé cristã; na sala de aula ou no trabalho, ouvimos piadas indecentes; diante da televisão, somos bombardeados com a defesa da homossexualidade, por exemplo. De igual forma, o conceito que o mundo tem do que seja vaidade tenta “fazer a cabeça” do cristão.
2. O que realmente importa
A adolescente do começo de nossa história definiu de maneira errada a vaidade condenada pela Bíblia. O cuidado com a aparência em si não é pecado. “A suma é…”, disse o autor de Eclesiastes. É necessário prender-se ao que realmente é importante. É necessário extrair o sumo e se preocupar menos com o bagaço. Tem muito crente por aí brigando por questões tão pequenas... será que a vaidade pode ser combatida tão somente deixando o cabelo crescer e usando apenas saia? Vaidade é uma busca intensa por aquilo que é vão - aliás, as duas palavras têm até a mesma raiz. Dessa forma, qualquer devoção exagerada pode se tornar vaidade. Adolescentes podem ser vaidosos ao quase idolatrar uma banda de rock da mesma maneira que um adulto adora seu próprio carro. A lista pode ser interminável... casa, beleza, músculos, notas na escola, salário, conhecimento... Vaidade é praticamente igual à idolatria. Daí, a exortação do profeta Samuel: “ Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são.” (1Sm 12.21)
3. Temor de Deus
A vaidade é uma doença derivada do pecado. Portanto, como nós crentes ainda somos pecadores (embora redimidos por Jesus), temos que admitir que esse vírus está dentro de nós. Não temos escolha: somos portadores desse vírus maldito, mas depende de cada um desenvolver ou não a doença; você pode escolher, então, entre ficar doente ou não. A vaidade é uma doença contagiosa. Assim, mesmo portadores do vírus, temos que tomar cuidado para não nos aproximarmos muito daqueles que claramente apresentam sintomas. É isso que o apóstolo Paulo quer dizer para os membros da igreja de Éfeso: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,” (Ef 4.17) Não podemos imitar os ímpios que estão a nossa volta e a única coisa que pode nos frear é temermos a Deus.
Temer quer dizer respeitar profundamente. Para o cristão fugir da vaidade, portanto, ele precisa ter intimidade com Deus. Você é íntimo de alguém? Claro que sim! Por isso, os filhos sabem o que significam muitos olhares de seus pais. Os pais percebem as mentiras dos filhos tão somente pela entonação da voz. Em ouvir um simples “boa noite” ao chegar em casa, o marido percebe que algo está errado com sua esposa. Tudo isso por causa da intimidade. Quando tememos a Deus, sabemos dar valor às coisas que o Senhor valoriza e não o mundo.
4. Obediência
Quem teme a Deus de verdade não tem como deixar de obedecê-lo: “ De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Mas o problema é que a vaidade é um pecado muito sutil. Na maioria das vezes ela não nos tenta com algo errado. Veja na vida de Jesus um exemplo interessante a esse respeito: Quando Cristo foi tentado pelo diabo no deserto (Mt 4.1-11), ele ficou quarenta dias sem comer nada (4.2). A primeira tentação do diabo foi tentar convencer Jesus a transformar as pedras em pães (4.3). Veja só... que mal há em comer principalmente depois de tanto tempo de jejum? Comer pão em si não é pecado, mas dar mais importância a um pedaço de pão do que a vontade de Deus é. Por isso mesmo é que Jesus responde ao diabo: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4) Ou seja, pão é importante, mas obedecer a Deus é ainda mais. Estudar é errado? Claro que não. Mas faltar a igreja para estudar é. Trabalhar é errado? Ao contrário; é motivo de bênção porquanto que não tome todo tempo ao ponto de não haver um momento devocional a sós com Deus ou não poder dar atenção necessária à família.
Não existe comunhão entre Deus e o mundo (2Co 6.14). Os ímpios não têm aquilo que deveria ser nosso maior bem, a vida eterna. Essa é a nossa pérola de grande valor (Mt 13.45-46), ou o tesouro escondido que nos foi revelado (Mt 13.44). Por isso os não crentes andam na vaidade de seus pensamentos (Ef 4.17). Eles ainda estão à caça de algo que lhes seja valioso. Eles põem o coração em coisas vãs que nós “ricos” deveríamos consideram como secundárias se não desprezíveis. Não existe lugar para a vaidade no coração do cristão. Paulo disse: “ Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8). Chega de imitar o mundo! Chega de colocar o coração em coisas secundárias. Devemos buscar em primeiro lugar o que é mais importante e mais valioso: O Reino de Deus.
Não devemos nos deixar levar pelas coisas deste mundo, mas o que não devemos mesmo é julgar nosso irmão pela sua aparência. Deus não quer somente o nosso coração, Ele quer todo nosso corpo. Tudo que temos tem que ser para sua glorificação, porém agente tem que parar com esta hipocrisa fajuta de condenar os outros pela aparência porque muita gente que se "veste como crente" é pura capa. Essas pessoas que usam da aparência cristã muitas das vezes são mal pagadores, fofoqueiros, contendeiros e trangressores da lei. Por isso, crente tem que dar testemunho sim, porém não se engane com a roupa comprida e com a trança no cabelo. Os farizeus também tinham fama de cumpridores da lei, mas faziam isso somente para serem visto e aplaudidos. Esta e minha opinião formada a respeiito do assunto abordado.
Quero deixar bem claro que em nenhum momento afirmei que era errado o uso de maquiagem, adereços ou o cuidado pessoal. Com "imitar o mundo" quis expressar, tão somente a ditadura da beleza que está tão em voga em nossos dias e a maneira como muitas pessoas colocam a busca da beleza como sendo o principal valor de suas vidas,deixando muitas vezes de viver,de sair com amigos,familia,achando-se feias,por não se enquadrarem no padrão de beleza que a nossa sociedade nos impõem como sendo a perfeita para nossas vidas. Nesse sentido, então, devemos colocar em primeiro lugar as coisas eternas e não as temporais.
Na verdade as pessoas se prendem a essas coisas para escravizar o povo. Ignorantes e leigos nas escrituras não são capazes de discernir o puro do impuro. Uma das matriarcas hebréias (Rebeca) é citada na bíblia usando brincos e "piercings". Deus está interessado no seu coração. No novo testamento existem recomendações de Paulo quanto ao vestir, mas temos que lembrar que o evangelho naquele momento passou a ser difundido por vários povos e culturas, cada um com seu estilo próprio de se arrumar, logo Paulo solicita que haja uma padronização, para que em determinado lugares os cristãos não fossem confundidos com prostitutas e homossexuais. Penso que se você fosse jantar na casa do Presidente, você não se vestiria de acordo? Então lembre-se que vivemos na presença de Deus. Toda mulher precisa se cuidar, isso faz bem a natureza feminina e não desagrada a Deus. "Vida santa e coração contrito, agrada mas a Deus que sacrifícios".
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