Referência: I CORÍNTIOS 7.3-5
INIMIGOS DA SANTIDADE DO SEXO
1. Traumas de infância = abuso sexual
2. Orientação distorcida = sexo é sujo ou é só para procriação
3. Sentimento de culpa = pecados do passado
4. Amargura = espinhos no colchão, fuga, Tv, não ir juntos para a cama
5. Distorções doentias = sexo anal, masoquismo, sadismo, fitas pornôs
6. Frigidez – ejaculação precoce – ausência de organismo – freqüência diferente
7. Não se preparar para o sexo = o jogo idílico – sexualidade – toque – palavras.
I. A SEXUALIDADE FORA DOS PADRÕES DE DEUS
1. Por ter se afastado de Deus o homem se corrompeu sexualmente. Há desvios, patologias, aberrações, taras.
2. Sodoma e Gomorra – Gn 19.5
3. Os cananitas se perverteram sexualmente – Culto a baal (prostitutas cultuais) – Oséias
4. A situação dos gregos
4.1. Os grandes personagens da história tinham amantes
4.1.1. Alexandre Magno = Tinha THAIS que depois casou-se com Ptolomeu e tornou-se mãe de reis.
4.1.2. Aristóteles = Tinha a sua HERPÍLIA
4.1.3. Platão = Tinha sua ARQUENESSA
4.1.4. Péricles = Tinha ASPÁSIA que escrevia seus discursos
4.1.5. Sólon = Quando Sólon legalizou a prostituição e abriu prostíbulos do Estado, os lucros eram usados para erigir TEMPLOS aos deuses.
5. A situação dos romanos – A frouxidão moral grega invadiu Roma
5.1. Sêneca = “As mulheres se casam para divorciar e se divorciam para casar. A inocência não é rara, é inexistente.”
5.2. A corte real era devassa como o povo
5.2.1. Messalina = a imperatriz, esposa de Cláudio servia toda noite em um prostíbulo (Juvenal).
5.2.2. Calígula = Vivia em incesto habitual com DRUSILA, sua irmã
5.2.3. Nero = Nem sequer poupou sua mãe AGRIPINA, a quem depois assassinou.
5.2.4. Gibbon = afirmou que dos 15 primeiros imperadores, Cláudio, o traído pela mulher, foi o único imperador não homossexual.
6. A reação do Cristianismo = Paulo enfrentou três dificuldades:
6.1. Não havia forte frente de opinião contra a imoralidade = A imoralidade sexual era vista como algo natural.
6.2. O prevalecimento das idéias gnósticas = o corpo (matéria) é mau e não importa o que você faz com ele. O gnosticismo defendia a imoralidade.
6.3. A prostituição era vinculada com a religião = Os cultos a baal; templo de Afrodite em Corinto; o deus Eros na Grécia – estatuetas indecorosas nos Souveniers.
7. O alerta de Paulo
7.1. Aos Romanos – Rm 1.24-28
7.2. Aos Gregos – I Ts 4.1-8
8. A nova moralidade sexual
8.1. A liberação sexual na década de 60
8.2. A Tv, cinema, teatro, literatura pornográfica
8.3. O sexo no namoro
8.4. Os vídeos – as aberrações sexuais no leito conjugal
II. A SANTIDADE DO SEXO VISTA PELA ÓTICA DE DEUS
1. O sexo foi criado pelo Deus santo – Gn 1.27-28; I Co 12.18 = Tudo que Deus faz é santo. Deus criou as partes do corpo e não criou algumas boas e outras más. O sexo é ordenado antes do pecado. O fruto proibido não é o sexo.
2. O sexo é bom – Gn 1.31
3. O sexo é recomendado por Deus – Gn 2.22-25; 4.1
4. Jesus ratifica a santidade do sexo – Mt 19.5
5. O sexo no casamento é honroso – Hb 13.4 = A palavra grega é “KOITE”= coabitar – “O coito no casamento é honroso e sem mácula.”
6. O sexo no casamento é importante e traz felicidade – Dt 24.5 = um ano de lua de mel
7. O sexo no casamento é para prazer do casal – Pv 5.15-21; Ec 9.9
8. O sexo no casamento requer carícias – Gn 26.8; Ef. 5.29 (I Ts 2.7)
9. O sexo no casamento requer entrega – I Co 7.3-5
III. A SANTIDADE DO SEXO EXPRESSADO NA BELEZA DO AMOR CONJUGAL
1. O amor tem gosto – Ct 1.2 (Sl 104.15) = O amor conjugal deve ser um banquete de alegria e prazer. O amor é delicioso Ct 7.6
2. O amor conjugal precisa ser fiel
2.1. É como fortaleza inexpugnável – Ct 8.10
2.2. É como jardim fechado, fonte selada – Ct 4.12
2.3. O êxtase pleno vem da comunhão – Ct 4.9
3. O amor conjugal precisa ser santo
3.1. Precisa ser puro – Ct 5.2; Ef 5.26
3.2. Precisa ser exclusivo – Ct 6.9; 2.2,3; 5.9,10; Pv 31.29
3.3. Precisa existir pertencimento – entrega – mutualidade – Ct 6.3; 2.16
Rev. Hernandes Dias Lopes.

Sexo e a Supremacia de Cristo, Parte 1
por
John Piper
Há uma relação entre a decapitação de Jack Hensley, Eugene Armstrong, Nick Berg, Paul Johnson e talvez de Kenneth Bigley, com esta conferência sobre Sexo e a Supremacia de Cristo.
Eu olho para eles e vejo suas mãos e seus olhos. E penso sobre minhas mãos e meus olhos, e sobre minha morte e minha fé. E então, eu ouço as palavras de Jesus colocar tudo isto em perspectiva, e em relação ao sexo.
“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno” (Mateus 5:27-30).
Em outras palavras, há algo muito mais importante do que guardar seu olho ou sua mão – ou sua cabeça – a saber, receber a vida eterna e não perecer no inferno. E Jesus liga isto com a guerra que estamos travando, não no Iraque, mas em nossos corações. E o assunto é o desejo sexual e o que desejamos fazer com ele.
Por onde quer que você olhe no mundo, parece que há lembranças de que a vida é uma guerra. Nós não podemos brincar neste final de semana. Céu e inferno, Jesus disse, estão na balança.

Dois Pontos Simples e Relevantes

Eu tenho dois pontos simples e relevantes para fazer. Eu penso que tudo nesta conferência será a explanação e a aplicação destes dois pontos. O primeiro é que a sexualidade é designada por Deus como uma maneira de se conhecer a Deus em Cristo mais completamente. O segundo é que conhecer a Deus em Cristo mais completamente é designado como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade. Eu uso a frase “Deus em Cristo” para indicar no princípio que voltarei freqüentemente a essa frase, porque o pressuposto bíblico desta conferência é que Cristo é Deus.
Agora, para declarar os dois pontos novamente, desta vez negativamente, em primeiro lugar, todos os usos impróprios de nossa sexualidade distorcem o verdadeiro conhecimento de Cristo. E, em segundo lugar, todos os usos impróprios de nossas sexualidades derivam de não termos o verdadeiro conhecimento de Cristo.
Ou para colocar de uma maneira melhor: 1) toda a corrupção serve para ocultar o verdadeiro conhecimento de Cristo, mas 2) o verdadeiro conhecimento de Cristo serve para prevenir a corrupção sexual.

1. A Sexualidade é Designada por Deus como uma Maneira de se Conhecer a Deus mais Completamente.

Deus criou seres humanos à Sua imagem – macho e fêmea Ele os criou, com capacidades para prazeres sexuais intensos, e com um chamado para compromisso no casamento e continência na vida de solteiro. [1] E seu propósito em criar seres humanos com individualidade e paixão foi assegurar que houvesse linguagem e imagens sexuais que apontassem para as promessas e os prazeres do relacionamento de Deus com o Seu povo e de nosso relacionamento com Ele. Em outras palavras, a razão última (não somente a única) por que somos sexuais é para tornar Deus mais profundamente conhecível. A linguagem e as imagens da sexualidade são as mais gráficas e as mais poderosas que a Bíblia usa para descrever o relacionamento entre Deus e o Seu povo – tanto positivamente (quando somos fiéis), como negativamente (quando não somos).
Ouça, por exemplo, se você pode sem embaraço, tanto o lado positivo como o negativo nas palavras de Deus faladas através do profeta Ezequiel. Tenha em mente que Deus tinha escolhido Israel dentre todos os povos da terra para experimentar o seu amor pactual especial, até o dia quando o Messias Judeu, Jesus Cristo, veio e viveu e morreu no lugar de pecadores, para que o evangelho de Cristo pudesse transbordar as bordas de Israel e inundar as nações do mundo. Assim, o que ouvimos Deus dizer sobre Seu amor para com Seu povo Israel no Antigo Testamento, é tudo ainda mais verdadeiro de Seu relacionamento com aqueles que crêem em Seu Filho, o Messias, Jesus Cristo. Aqui está como Deus descreve este relacionamento com Israel de acordo com o profeta Ezequiel, capítulo 16. Ele fala a Jerusalém como a encarnação de Seu povo e ensaia mais de mil anos de história. Começando no verso 4:
E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água, para te alimpar; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas; ninguém se apiedou de ti para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; porém foste lançada fora no campo, pelo nojo de ti, no dia em que nasceste. E, passando eu por ti, vi-te banhada no teu sangue, e disse- te: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, disse-te: Ainda que estás no teu sangue, vive. Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo. E cresceste, e te engrandeceste, e alcançaste grande formosura. Formaram-se os teus seios e cresceu o teu cabelo; contudo estavas nua e descoberta. Então, passando eu por ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a minha aba, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei num pacto contigo, diz o Senhor Deus, e tu ficaste sendo minha. Então te lavei com água, alimpei-te do teu sangue e te ungi com óleo. Também te vesti de bordados e cingi-te de linho fino, e te cobri de seda...
Esta é uma figura da absolutamente livre e imerecida misericórdia de Deus. Foi assim que Israel foi escolhido. Foi assim que você foi trazido da morte para a vida, das trevas para luz, da incredulidade para fé, se você é um crente. “Eu te disse, ‘Vive!’ e te diz multiplicar como o renovo do campo. Eu me casei com você. Você é minha”. Foi assim que Israel começou. É assim que a vida cristã começa. A Poderosa misericórdia de Deus. Então, Ele continua com a imagem. Ezequiel 16:13ss:
Assim foste ornada de ouro e prata, e o teu vestido foi de linho fino, de seda e de bordados; de flor de farinha te nutriste, e de mel e azeite; e chegaste a ser formosa em extremo, e subiste até a realeza. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, graças ao esplendor que eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Deus. Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por causa da tua fama; e derramavas as tuas prostituições sobre todo o que passava, para seres dele. E tomaste dos teus vestidos e fizeste lugares altos adornados de diversas cores, e te prostituíste sobre eles, como nunca sucedera, nem sucederá... Tens sido como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos. A todas as meretrizes se dá a sua paga, mas tu dás presentes a todos es teus amantes; e lhes dás peitas, para que venham a ti de todas as partes, pelas tuas prostituições....
Esta é a figura da infidelidade de Israel. Sua idolatria — sua volta do Senhor Deus para os deuses estranhos - é representada como a obra de uma prostituta. E eu digo novamente o que eu disse no princípio: Deus nos criou com paixão sexual para que pudesse haver linguagem para descrever o que significa se unir a Ele em amor e o que significa se afastar dEle por causa de outros. Agora vem a palavra de julgamento. Ezequiel 16:35ss:
Portanto, ó meretriz, ouve a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus: Pois que se derramou a tua lascívia, e se descobriu a tua nudez nas tuas prostituições com os teus amantes; por causa também de todos os ídolos das tuas abominações, e do sangue de teus filhos que lhes deste; portanto eis que ajuntarei todos os teus amantes, com os quais te deleitaste, como também todos os que amaste, juntamente com todos os que odiaste, sim, ajunta-los-ei contra ti em redor, e descobrirei a tua nudez diante deles, para que vejam toda a tua nudez...
Pode parecer como se Deus tivesse finalmente terminado com Israel. O julgamento caiu. A esposa foi abandonada. Mas esta não é a palavra final. Deus odeia o divórcio. Portanto, embora Ele julgue e separe, Ele não esquecerá finalmente o Seu povo do pacto – sua esposa. Ele fará com ela um novo pacto, e a trará de volta para Si mesmo à custa de Seu Filho e pelo poder do Seu Espírito. Ezequiel 16:59ss.:
Pois assim diz o Senhor Deus: Eu te farei como fizeste, tu que desprezaste o juramento, quebrantando o pacto. Contudo eu me lembrarei do meu pacto, que fiz contigo nos dias da tua mocidade; e estabelecerei contigo um pacto eterno... E estabelecerei o meu pacto contigo, e saberás que eu sou o Senhor; para que te lembres, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando eu te perdoar tudo quanto fizeste, diz o Senhor Deus.
O fim da história é que Deus, após abrir mão de Sua infiel esposa nas mãos de seus amantes brutais, não somente a tomará de volta, e não somente fará com ela um novo e eterno pacto, mas Ele mesmo pagará por todos os seus pecados. Esta prostituta tem débitos a pagar? Este marido os pagará. “Quando Eu perdoar...tudo quanto fizeste, diz o Senhor”. Deveras Ele pagará com a vida de Seu próprio Filho.
E assim, no Novo Testamento, após Jesus Cristo ter morrido e ressuscitado e estar reunindo um povo para Si mesmo e para o Seu Pai celestial, o apóstolo Paulo chama todos os maridos a viverem com suas esposas dessa forma (Efésios 5:25-27). Modele seu amor neste tipo de amor:
Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Isto é o cumprimento da visão de Ezequiel: “Eu me lembrarei do meu pacto, que fiz contigo...e estabelecerei contigo um pacto eterno...e saberás que eu sou o Senhor... quando Eu perdoar tudo quanto fizeste, diz o Senhor Deus”. Jesus Cristo cria, confirma e compra com Seu sangue o novo pacto e o eterno gozo de nosso relacionamento com Deus. E a Bíblia chama isto de um casamento. E descreve o grande dia de nossa união final como “a ceia das bodas do Cordeiro” (Apocalipse 19:9).
Portanto, digo novamente: Deus nos criou à Sua imagem, macho e fêmea, com individualidade e paixões sexuais, para que quando Ele viesse a nós neste mundo, existissem estas poderosas palavras e imagens para descrever as promessas e os prazeres de nossa relação pactual com Ele, através de Cristo.
Deus nos fez poderosamente sexuais para que Ele fosse mais profundamente conhecível: Foi nos dado o poder para conhecer um ao outro sexualmente, para que pudéssemos ter alguma dica do que seria conhecer a Cristo supremamente.
Portanto, todos os usos impróprios de nossa sexualidade (adultério, fornicação, fantasias ilícitas, masturbação, pornografia, comportamento homossexual, estupro, abuso sexual de crianças, bestialidade, exibicionismo, e assim por diante) distorcem o verdadeiro conhecimento de Deus. Deus tenciona que a vida sexual humana seja um indicador e um antegozo de nossa relação com Ele.

2. Conhecer a Deus é Designado por Deus como uma Maneira de se Guardar e Guiar Nossa Sexualidade.

Este é o primeiro dos meus dois pontos. Agora o segundo é este: Não somente todos os usos impróprios de nossa sexualidade servem para ocultar ou distorcer o verdadeiro conhecimento de Deus em Cristo, mas o oposto também opera poderosamente: o verdadeiro conhecimento de Deus em Cristo serve para prevenir o uso impróprio de nossa sexualidade. Assim, por um lado, a sexualidade é designada por Deus como uma maneira de conhecer a Cristo mais completamente. E, por outro lado, conhecer a Cristo mais completamente é designado como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade.
Agora, em face disso, parecerá para muitos como patentemente falso que o conhecer a Cristo guardará e guiará nossa sexualidade. Porque muitos listarão os pastores, presbíteros e teólogos que têm cometido adultério, ou que têm sido descobertos como viciados em pornografia, ou que têm usado sexualmente garotos ou garotas. Certamente, então, se pastores, que sustenta o sagrado ofício de ternamente pastorear o rebanho de Cristo, podem ser tão sexualmente corrompidos, não pode haver nenhuma correlação entre conhecer a Cristo e ser sexualmente correto, pode?
Eu penso que esta questão deva ser respondida a partir das Escrituras, não da experiência, porque se as Escrituras ensinam que conhecer verdadeiramente a Deus guarda, guia e governa nossa sexualidade em pureza e amor, então, podemos estar certos de que um pastor, ou padre, ou teólogo, ou qualquer outra pessoa, cuja sexualidade não é governada, guardada e guiada numa pureza e amor que exaltam a Cristo, não conhece a Deus – pelo menos não como deveria conhecer. Assim, o que a Bíblia ensina com respeito ao conhecimento de Deus e o guardar de nossa sexualidade?
Para responder esta questão, permita-me lembrar-lhe que conhecer alguém no sentido bíblico mais pleno é definido por imagens sexuais. Gênesis 4:1, “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim”. “Conhecer” aqui se refere à relação sexual. Ou novamente em Mateus 1:24-25, nós lemos, “E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS”. Ele “não a conheceu” significa: ele não teve relações sexuais com ela.
Eu não quero dizer que toda vez que a palavra “conhecer” é usada na Bíblia, há conotações sexuais. Isto não é verdade. Mas o que eu quero dizer é que a linguagem sexual na Bíblia para nosso relacionamento com Deus, nos leva a pensar sobre o conhecer a Deus com base na analogia da intimidade e êxtase sexual. Eu não quero dizer que tenhamos, de alguma forma, relações sexuais com Deus ou Ele com o homem. Este é um pensamento pagão; não é um pensamento cristão. Mas eu quero dizer que a intimidade e o êxtase das relações sexuais apontam para o que o conhecer a Deus deve ser.
Um dos livros da Bíblia que deixam isto claro é o livro de Oséias. Ouça a forma que Deus fala através de Oséias para descrever a restauração de Seu casamento com o infiel Israel. Oséias 2:14-20:
Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor por porta de esperança; e ali responderá, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal. Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se fará menção desses nomes. Naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança. E desposar-te-ei comigo para sempre; sim, desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em amorável benignidade, e em misericórdias; e desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor.
Eu penso que seja virtualmente impossível ler isto e então, honestamente dizer que conhecer a Deus, como Deus deseja ser conhecido por Seu povo no novo pacto, significa simplesmente consciência, entendimento ou conhecimento mental de Deus. Nem em um milhão de anos é o que “conhecer a Deus” significa aqui. Este é o conhecimento de um amante, não de um acadêmico. Um acadêmico pode ser um amante. Mas um acadêmico – ou um pastor – não conhece a Deus até que ele seja um amante. Você pode conhecer sobre Deus através de pesquisa; mas até que o pesquisador seja impressionado pelo que vê, ele não poderá conhecer a Deus da forma como Ele realmente é. E esta é uma das grandes razões porque muitos pastores podem se tornar impuros. Eles não conhecem a Deus – o verdadeiro, massivo, glorioso, gracioso e bíblico Deus. A intimidade humilde e o êxtase de um coração quebrantado – colocando fogo aos fatos – não existe.
Mas até agora eu tenho apenas falado; eu ainda não mostrei isso a partir das Escrituras. Eu apenas disse, “Se as Escrituras ensinam que conhecer verdadeiramente a Deus guarda, guia e governa nossa sexualidade em pureza e amor, então, podemos estar certos de que um pastor, ou padre, ou teólogo, ou qualquer outra pessoa, cuja sexualidade não é governada, guardada e guiada numa pureza e amor que exaltam a Cristo, não conhece a Deus – pelo menos não como deveria conhecer”.
Então, é isto o que a Bíblia ensina: que conhecer a Deus – conhecer a Cristo – é o caminho para pureza? É realmente verdade que o verdadeiro conhecimento de Deus prometido em Oséias (e Jeremias 31:34) traz as poderosas paixões do corpo debaixo da influência da verdade, da pureza e do amor?
Eu penso que toda esta conferência será uma resposta a esta pergunta. Mas, deixe-me simplesmente te mostrar alguns dos textos que provêem a resposta. [2] Cada um dos textos ensinam que o conhecer a Deus revelado em Jesus Cristo, guarda nossa sexualidade do uso impróprio, e que o não conhecer a Deus nos leva a sermos escravos de nossas paixões. Romanos 1:28:
Visto que eles não procuraram ter Deus em [seu] conhecimento, Deus os entregou a uma mente depravada para fazer o que não dever ser feito. (tradução literal)
Suprimir o conhecimento de Deus fará de você uma vítima da corrupção. Isto é parte do julgamento de Deus. Se você negocia o tesouro da glória de Deus por qualquer coisa, você pagará o preço por essa idolatria na desordem de sua vida sexual. Isto é o que Romanos 1:23-24 ensina:
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si.
Este é o caminho velho. Quando nos chegamos a Cristo, nos despimos disso como um traje velho. Ignorância da ira e da glória de Deus não combina mais conosco. O novo caminho é a santidade sexual, e Paulo contrasta isso com o não conhecer a Deus. 1 Tessalonicenses 4:3-5:
Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus.
Não conhecer a Deus te coloca à mercê de suas paixões – e elas não têm misericórdia sem Deus. Aqui está a forma como Pedro diz isto em 1 Pedro 1:14-15:
Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento.
Os desejos que te governaram naqueles dias receberam seu poder para enganar, não para dar conhecimento. Efésios 4:22:
A despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano.
Os desejos do corpo mentem para nós. Eles fazem promessas enganosas – promessas que são meia-verdades, como no jardim do Éden. E nós somos incapazes de abandonar e sobrepujar, a menos que conheçamos a Deus – realmente conheçamos a Deus, Seus caminhos e Suas obras e Suas palavras abraçadas com crescente intimidade e êxtase.
Quando Paulo descreve a nova pessoa em Cristo, que está se despindo das velhas práticas e escravidões, ele diz em Colossenses 3:10 que “vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. E neste conhecimento você será renovado - incluindo sua sexualidade.
A segunda carta de Pedro tem uma das mais claras passagens na Bíblia sobre o relacionamento entre conhecer a Deus e ser libertado da corrupção. Em 2 Pedro 1:3-4 Ele diz,
Visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
O divino poder que nos leva a piedade vem “pelo conhecimento daquele que nos chamou para sua própria glória e virtude”. E nos tornamos participantes de Sua divina natureza – isto, compartilhamos do Seu caráter justo – através de Suas preciosas e grandíssimas promessas. Em outras palavras, conhecer o glorioso tesouro que Deus prometeu ser para nós, nos livra da corrupção da luxúria e nos molda segundo a imagem de Deus.
Ou como Jesus disse de uma forma mais simples em João 8:31-32:
Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdadevos libertará.
Nem toda verdade. A verdade que você encontra em minha palavra. A verdade que você encontra na relação comigo, como meu discípulo. E o que é esta verdade? “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem a mim, se o Pai não o trouxer” (João 14:6). “Ninguém conhece Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11:27).
O Filho conhece o Pai com verdade, intimidade e êxtase infinitos. O gozo que o Filho tem no Pai é sem paralelos. Sua satisfação em Deus o Pai excede toda satisfação (Hebreus 1:9). E isto Ele compartilha conosco, que confiamos nEle como Salvador, Senhor e Tesouro de nossas vidas. “Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15:11). “Ninguém conhece Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. E se Ele quiser, nós conheceremos o Pai. E se nós conhecermos o Pai da maneira que Cristo conhece o Pai, seremos livres.

Conclusão

Portanto, digo novamente meus dois pontos que balançam como uma bandeira dupla sobre esta conferência: 1) a sexualidade é designada por Cristo como uma maneira para se conhecer a Deus mais completamente. E 2) conhecer a Cristo mais completamente em toda Sua supremacia infinita é designado como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade. Toda corrupção sexual serve para ocultar o verdadeiro conhecimento de Cristo, e o verdadeiro conhecimento de Cristo serve para prevenir a corrupção sexual.
Eu voltarei neste ponto na manhã de Domingo, em nossa seção final, e todos os palestrantes a desenvolverão. E à medida que eles o fizeram, que a bandeira dupla balance sobre esta conferência com as palavras de Oséias para a mulher rebelde de Deus e para você: “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra”. Amém.

NOTAS

[1] - Eu concordarei que quando Deus deseja a vida de solteiro para alguma pessoa, Ele projeta isso como uma forma de conhecê-Lo mais completamente. Há modos únicos de se conhecer a Deus através da continência sexual na vida de solteiro e modos únicos de se conhecer a Deus através da intimidade sexual no casamento.
[2] - Veja outros textos não citados nesta mensagem: 2 Timóteo 2:24-26; Romanos 12:2; Filipenses 1:9; Romanos 10:3; Oséias 4:1, 6; 5:4; 6:3.



Sexo e a Supremacia de Cristo, Parte 2
por
John Piper
Na noite de sexta, eu levantei uma bandeira sobre esta conferência com duas convicções escritas nela:
A primeira é que sexualidade é o meio designado por Deus para conhecermos Cristo mais completamente. E a segunda convicção de sexta à noite foi que conhecer Cristo – a supremacia de Cristo – mais completamente é algo designado por Deus como um meio de guardar e guiar nossa sexualidade. E quando eu falo de conhecer Cristo, eu quero dizer isto no mais completo sentido bíblico de compreender a grande verdade sobre Cristo, e crescer em comunhão com Cristo, e ser satisfeito com a supremacia de Cristo.
O que eu gostaria de fazer esta manhã, pela graça de Deus, é ajudar vocês a experimentar esta segunda convicção. Eu gostaria de ajudá-los a conhecer a supremacia de Cristo mais completamente e apresentar a vocês vários caminhos pelos quais isto afetará suas sexualidades.
Minha convicação é que quanto mais você conhece a supremacia de Cristo, mais santificada, satisfatória e para a exaltação de Cristo sua sexualidade será. Eu tenho uma imagem em minha mente, da majestade de Cristo como o Sol no centro do Sistema Solar de nossas vidas. O pesado Sol, com 333000 vezes a massa da Terra, segura todos os planetas em sua órbita, mesmo o pequeno Plutão, a 3,6 bilhões de milhas de distância.
Assim é a supremacia de Cristo em sua vida. Todos os planetas de sua vida – sua sexualidade e desejos, seus compromissos e crenças, suas aspirações e sonhos, suas atitudes e conviccções, seus hábitos e disciplinas, sua solidão e relacionamentos, seu trabalho e descanso, seu pensar e sentir – todos os planetas de sua vida estão seguros em órbita pela grandeza, a gravidade e a brilhante luz da supremacia de Jesus Cristo no centro de sua vida. E se ele cessa de ser a luminosa, calorosa e satisfatória beleza no centro de sua vida, os planetas vagarão em confusão, e centenas de coisas estarão fora de controle, e mais cedo ou mais tarde, serão aniquiladas em destruição.
Nós fomos feitos para conhecer a Cristo como ele realmente é. (Por isso é que esta doutrina bíblica é tão importante). Nós fomos criados para compreender – o máximo que uma criatura pode – a supremacia de Cristo. E este conhecimento para o qual fomos feitos para experimentar não é um conhecimento de indiferença desinteressada – como saber que César cruzou o Rubicão, ou que a antiga Gália era dividida em três partes – mas é o conhecimento de admiração, maravilhamento, assombro, intimidade, êxtase e afeição. Não é o conhecimento do furacão Jeanne por vê-lo na TV, mas por voar no olho da tempestade – algumas vezes até numa asa-delta!
Fomos feitos para ver e desfrutar com satisfação eternal a supremacia de Cristo. Nossa sexualidade aponta para isto, e nossa sexualidade é purificada por isto. Nós somos seres sexuais que podemos conhecer algo mais da supremacia de Cristo. E devemos conhecer a supremacia de Cristo, devemos conhecê-lo em sua supremacia, com o objetivo de experimentar nossa sexualidade como santificada, doce e para louvor de Cristo – em segundo lugar, serenamente, poderosamente em segundo lugar.
Minha oração por esta conferência e por cada um de vocês é que vocês vejam e desfrutem a supremacia de Cristo – casados ou solteiros, homens ou mulheres, velhos ou jovens, devastados por desejos desordenados, ou caminhando em santidade – que todos vocês vejam e abracem a supremacia de Cristo como o radiante Sol no centro de suas vidas, e que o planeta de sua sexualidade, com todas as suas luas de prazer, orbitem em seu lugar apropriado.
Existem muitas estratégias práticas para ser sexualmente puro na mente e no corpo. Eu não as menosprezo. Eu as utilizo! Mas com todo meu coração eu sei, e com a autoridade da Escritura sei que as pequenas naves de nossas estratégias morais são inúteis em trazer o planeta da sexualidade à sua órbita, a não ser que o Sol de nosso Sistema Solar seja a supremacia de Cristo.
Oh, que o ressurreto, Cristo vivo, portanto, possa vir a nós (agora mesmo) por seu Espírito e através de sua Palavra e nos revele:
- a supremacia de sua divindade, igual a Deus Pai em todos os seus atributos – a luz de sua glória e a revelação exata de sua natureza, infinitude e poder em todas as suas excelências;
- a supremacia de sua eternidade que faz a mente do homem explodir com o pensamento inescrutável de que Cristo nunca teve um princípio, mas simplesmente sempre é; ele é realidade completa, absoluta, enquanto todo universo é frágil, contigente, como uma sombra em comparação a sua substância determinante, sempiterna.
- a supremacia de sua imutável constância em todas as suas virtudes e todo o seu ser e todas as suas promessas – o mesmo ontem, hoje e sempre;
- a supremacia de seu conhecimento, que faz a Biblioteca do Congresso parecer uma caixa de fósforos, e toda a informação da internet parecer com um pequeno almanaque rural de 1940, e física quântica – tudo aquilo com o qual Stephen Hawking jamais sonhou – parecer uma cartilha de 1ª série;
- a supremacia de sua sabedoria que nunca foi surpreendida por qualquer complicação e nunca precisou ser aconselhada pelo mais sábio dos homens;
- a supremacia de sua autoridade sobre céus, terra e inferno, cuja permissão é necessária para que qualquer homem ou demônio possa mover-se um centímetro, que muda os tempos e estações, remove reis e escolhe reis; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?
- a supremacia de sua providência, sem a qual nem um simples pássaro cai no chão nos locais mais inóspitos da Floresta Amazônica, ou um simples fio de cabelo de qualquer cabeça torna-se preto ou branco;
- a supremacia de sua palavra que momento a momento preserva o universo e sustenta em si todas as moléculas e átomos e sub-átomos que nós jamais sonharíamos;
- a supremacia de seu poder para caminhar sobre a água, purificar leprosos, curar enfermos, dar vista aos cegos, dar aos surdos a capacidade de ouvir, fazer as tempestades acalmarem-se, os mortos levantarem-se, com uma simples palavra, ou mesmo um pensamento;
- a supremacia de sua pureza, que nunca pecou, ou teve um milisegundo de ações ruins ou qualquer pensamento maligno;
- a supremacia de sua infalibilidade em nunca quebrar sua palavra ou deixar uma promessa sem se cumprir;
- a supremacia de sua justiça em providenciar, no tempo devido, o pagamento de todas as dívidas morais no Universo, determinadas somente na cruz ou no inferno;
- a supremacia de sua paciência ao suportar nossa falta de sabedoria década após década; e segurar seu julgamento final nesta terra e no mundo, para que muitos possam se arrepender;
- a supremacia de sua soberana e servil obediência em cumprimir os mandamentos de seu Pai perfeitamente e então abraçar a terrível dor da cruz por sua própria vontade;
- a soberania de sua mansidão, humildade e serenidade que nunca quebrará um galho seco, nem apagará uma fraca chama;
- a supremacia de sua ira que um dia explodirá contra este que mundo com tamanha tribulação que as pessoas preferirão clamar às pedras e às montanhas que caiam sobre elas a encarar a ira do Cordeiro;
- a supremacia de sua graça que dá vida aos mortos espiritualmente e desperta a fé nos inimigos de Deus que eram escravos do Inferno, e justifica os ímpios com a sua retidão;
- a supremacia de seu amor que se entregou à morte por nós, quando ainda éramos pecadores, e que nos liberta para alegria crescente de tornar-nos imitadores dele para sempre;
- a supremacia de seu próprio gozo inextinguível, na comunhão da Trindade, o poder e a energia infinitos que deram vida a todo o Universo e que um dia será a herança de todos os santos perseverantes;
E, mesmo Cristo nos dando a conhecê-lo de tal forma, ainda assim é menos que um relance de sua supremacia. O tempo se esgotaria se falássemos da supremacia de sua severidade, invencibilidade, dignidade, simplicidade, complexidade, firmeza, calma, profundidade e coragem. Se existe algo admirável, se há algo digno de louvor em qualquer lugar do universo, isto é sumarizado supremamente em Jesus Cristo.
Ele é supremo de todas as formas sobre tudo:
Sobre galáxias e porções infinitas do espaço;
Sobre a Terra, do topo do Monte Everest ao mais profundo do Oceano Pacífico;.
Ele é supremo sobre todas as plantas e animais, da pacífica Baleia Azul aos microscópicos vírus mortais;
Sobre o clima e os movimentos da Terra: furacões, tornados, monções, terremotos, avalanches, enchentes, neve chuva, granizo;
Sobre todos os processos químicos que curam e destroem: câncer, AIDS, malária, febre, e sobre todas as atividades dos antibióticas e milhares de remédios medicinais;
Ele é supremo sobre todos os países, todos os governos e todos os exércitos;
Sobre Al Qaeda e todos os terroristas, sequëstradores, homens-bomba e decapitadores;
Sobre Bin-Laden e Al-Zarqawi;
Sobre todas as ameaças nucleares do Irã ou Rússia ou Coréia do Norte.
Ele é sumpremo sobre todos os políticos e eleições;
Sobre toda a mídia, noticiários, entretenimento, esportes e leitura;
E sobre toda educação, universidades, escolas, ciência e pesquisas;
E sobre todos os negócios, finanças, indústria, manufatura e transporte;
E sobre toda a internet e sistemas de informação;

Como Abraham Kuyper costumava dizer: “não há um milímetro cúbico em todas as áreas da existência humana sobre o qual Cristo, que é Soberano acima de todos, não possa dizer ‘É meu!’ ” [1], e que ele reine em supremacia absoluta. E pensar que por enquanto ainda não é assim, isto é apenas uma questão de tempo – até que ele seja revelado dos céus como labareda de fogo para a dar recompensa àqueles que creram nele e a justa vingança àqueles que não creram.
Oh, que o Deus Todo-Poderoso ajude-nos a ver e desfrutar da supremacia de seu Filho. Entregue-se a isso. Estude isto. Cultive esta paixão. Durma, coma e beba esta busca do conhecimento da supremacia de Cristo. Peça a Deus que ele manifeste a vocês estes assuntos em sua Palavra. Mergulhe na Bíblia todos os dias. Use os meios da graça. Como livros teocêntricos e de exaltação a Cristo. Não vá para casa sem livros que ajudem você nisto. Consiga John Owen sobre as glórias de Cristo [2] e a mortificação do pecado [3]. Consiga Maganey sobre a Cruz [4] e a glória de Deus no casamento [5]. Consiga Powlison [6], Patterson [7] e Edwards [8]. E com tudo que você conseguir – não importa o que seja – consiga a supremacia cheia de gozo de Cristo no centro de sua vida.
Este é o Sol radiante no centro de seu Sistema Solar, mantendo o planeta da sexualidade na órbita sagrada. Esta é âncora de seu pequeno bote guardando-o de ser puxado pelas ondas da tentação sexual. Esta a fundação com segura o prédio de sua vida para que então você possa construí-lo com estratégias de pureza sexual. Sem isto – sem conhecer e abraçar a supremacia de Cristo em todas as coisas – os planetas vagam sem rumo, as ondas submergem e um dia a casa cairá.

O Maior Obstáculo ao Conhecimento da Supremacia de Cristo
Mas nós somos pecadores. Todos nós. Ninguém é justo, não, nenhum. Nós todos pecamos e fomos destituídos da glória de Deus. Nós não o conhecemos, não confiamos nele e não o valorizamos da forma que merece. Então o que obstrui o caminho? Qual é nosso maior obstáculo para conhecer a supremacia de Cristo, com um conhecimento sobre a sexualidade transformado e profundamente satisfatório?
A resposta bíblica a esta questão é: a absolutamente justa e santa ira de Deus. Nós não podemos conhecer Deus em nossos pecados porque a ira de Deus repousa em nós, em nossos pecados. O que merecemos por nossos pecados não é o conhecimento de Deus, mas seu julgamento. E desde que nós fomos cortados do conhecimento de Deus por sua ira, todos fomos cortados da pureza e santidade sexuais. Deus não nos deve pureza, ele nos deve punição. Assim, nós somos depravados e condenados sem qualquer esperança.
Exceto por uma coisa: as boas novas de que Cristo fez-se maldição por nós para levar a ira de Deus e a justiça para cumprir a exigência de Deus. Este é o coração do Evangelho. E sem isto não há esperança de escapar da ira de Deus, não há esperanças de conhecer a supremacia de Cristo e nem existe esperança de pureza sexual. Mas isto é para todos os que crêem: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro’ ”. Nós estávamos sob a maldição da ira de Deus. Mas Cristo se fez maldição por nós. E novamente: em Filipenses 3.9, o testemunho de Paulo de que ele “seja achado nele [Cristo], não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”. A exigência de Deus era que nós fôssemos perfeitos. Não conseguimos, em nosso pecado, cumprir esta exigência. Mas Cristo o fez. E pela fé nele esta justiça perfeita é imputada em nós.
Portanto, como é verdadeiro que Cristo tomou toda a ira de Deus, que era endereçada a mim, e como é verdadeiro que Cristo cumpriu a perfeita justiça que Deus espera de mim, agora não há nenhuma condenação para mim. Pelo contrário. Todo pensamento de Deus e todo ato de Deus em relação a mim, em Cristo, é misericórdia. O caminho está aberto para conhecê-lo e toda a beleza da supremacia de seu Filho. A cruz de Cristo fez a supremacia de Cristo conhecida.
O melhor dom do Evangelho não é o perdão dos pecados. O melhor dom do Evangelho não é a justiça imputada de Cristo. O melhor dom do Evangelho não é a vida eterna; O melhor dom do Evangelho é ver e desfrutar da supremacia do próprio Cristo. O maior benefício da cruz é conhecer a supremacia de Cristo.
Como então o conhecimento da supremacia de Cristo (revelado a nós pelo Evangelho) nos guia, guarda e governa nossas vidas sexuais?
Como tornar nossa sexualidade santificada, satisfatória e para o louvor de Cristo? De todos os meios que funionam, eu mencionarei apenas dois.
Primeiro, conhecer a supremacia de Cristo esclarece tanto a alma que sexo e seus pequenos prazeres tornam-se tão pequenos quanto eles realmente são.
Almas pequenas fazem pequenos prazeres terem grande poder. A alma, como é, se expande para abrigar a grandeza de seu tesouro. A alma humana foi feita para ver e desfrutar da supremacia de Cristo. Nada mais é grande o bastante para expandir a alma como Deus planejou e que também faça pequenos prazeres perderem seu poder.
Imensos céus estrelados visto de uma montanha em Utah, quatro nuvens movendo-se em um espaço aparentemente sem fim em Montana, posicionar-se na beirada da mais profunda depressão do Grand Canyon – tudo isso pode ter um papel maravilhosamente suplementar no crescimento da alma, pela beleza. Mas nada pode tomar o lugar da supremacia de Cristo. Como Jonathan Edwards disse, se você abraça toda criação com boa-vontade, mas não Cristo, você está infinitamente solitário. Nosso corações foram feitos para serem alargados por Cristo, e toda a criação não pode substituir sua supremacia.
Minha convicção é que uma das maiores razões pelas quais o mundo e a igreja estão mergulhados em luxúria e pornografia (homens e mulhers – 30% da pornografia da internet atualmente é vista por mulheres) é que nossas vidas são intelectual e emocionalmente desconectadas da infinita e assustadora grandeza para o qual fomos feitos. Dentro e fora da igreja, a cultura ocidental está se afogando em um mar de trivialidade, superficialidade, banalidade e falta de bom senso. Televisão é trivial. Rádio é trivial. Conversas são triviais. Educação é trivial. Livros cristãos são triviais. Estilos de louvor são triviais. É inevitável que o coração humano, que foi feito para ser preenchido da supremacia de Cristo, mas que está se afundando no mar do entretenimento banal, procure pela melhor solução natural que a vida pode oferecer: sexo.
Portanto, a cura mais profunda para nossos vícios infelizes não são estratégias mentais – e eu acredito nelas e tenho minhas próprias (veja ANTHEM[9]). A cura mais profunda é ser intelectual e emocionalmente preenchido pela infinita, eterna e imutável supremacia de Cristo em todas as coisas. É isto que significa conhecê-lo. Cristo comprou este dom para nós ao custo de sua vida. Portanto, eu digo com Oséias: Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR
Finalmente, a outra visão que eu gostaria de mencionar é que este conhecer Cristo serve para salvar nossa sexualidade do pecado, e isto nos fortalece nos sofrimentos.
Conhecer tudo o que Deus prometeu para nós em Cristo, tanto agora quanto na eternidade vem com uma alegria sempre crescente, liberta-nos da compulsão de que nós devemos ignorar a dor e maximizar nosso conforto neste mundo. Nós não precisamos, e nós não ousaremos. Cristo morreu para fazer nosso futuro eterno radiante com a supremacia de sua glória. E a forma que ele utiliza para isto acontecer agora é: sofrimento, mas com o coração pleno de alegria no caminho do amor.
Mateus 5.11-12: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”
Lucas 14.13-14: “Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.”
Hebrus 10.34: “Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente.”
Hebreus 13.13-14: “Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura”. Sim, a cidade que “a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23), e nós viveremos à luz de sua supremacia eternamente. Esta é a cidade melhor, e este é o poder para sair do arrial e levar o vitupério.
Portanto, conhecer todas as promessas de Deus para nós em Cristo é o poder para sofrer com alegria. E aqui está a ligação. Devemos sofrer com o objetivo de sermos sexualmente puros.
Jesus diz em Mateus 5.28-29: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” – quando Jesus diz isto, ele quer dizer sofra o que você deve sofrer para vencer a guerra contra a carne.
Conhecer a supremacia de Cristo, estar satisfeito com tudo que Deus é por nós em Jesus, nos dá forças para sofrer por amor às pessoas e para sermos puros.
Portanto, concluindo, eu digo novamente com Oséias: Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR. Não será fácil. Pode lhe custar a vida. Mas se você guardar a supremacia de Cristo sempre à sua frente como um prêmio infinito, encontrará a força para sofrer e perserver no amor e pureza, com alegria.

[1] Abraham Kuyper, Abraham Kuyper: A Centennial Reader, ed. James D. Bratt (Grand Rapids, Mich.: Eerdmans, 1998), 488.

[2] John Owen, The Glory of Christ, in The Works of John Owen, vol. 1, ed. W. H. Goold, 24 vols. (1850-1853; repr. Edinburgh: Banner of Truth, 1965).

[3] John Owen, The Mortification of Sin, in The Works of John Owen, vol. 6.

[4] C. J. Mahaney, The Cross Centered Life (Sisters, Ore.: Multnomah, 2003); C. J. Mahaney, Christ Our Mediator (Sisters, Ore.: Multnomah, 2004).

[5] C. J. Mahaney, Sex, Romance, and the Glory of God (Wheaton, Ill.: Crossway Books, 2004).

[6] David Powlison, Seeing with New Eyes: Counseling and the Human Condition Through the Lens of Scripture (Philipsburg, N.J.: P&R, 2003).

[7] Ben Patterson, Deepening Your Conversation With God: Learning to Love to Pray (Minneapolis: Bethany, 2001); Ben Patterson, Waiting: Finding Hope When God Seems Silent (Downers Grove, Ill.: InterVarsity Press, 1991).

[8] See the recommended resources in John Piper and Justin Taylor, eds., A God-Entranced Vision of All Things: Jonathan Edwards 300 Years Later (Wheaton, Ill.: Crossway Books, 2004).

[9] See John Piper, Pierced by the Word (Sisters, Ore.: Multnomah, 2003), 107-111. This is also available as a Fresh Words.


Tradução livre: Josaías Cardoso Ribeiro Jr.
Brasília-DF, 13 de Novembro de 2004.



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Felipe Sabino de Araújo Neto®

Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê.




A Bíblia condena o sexo oral e anal?
O modo natural é o sexo vaginal. A vagina tem forma, dimensões e elasticidade próprias para o coito; tem inervação capaz de despertar na mulher, o desejo e o prazer sexuais. No casamento monogâmico, a vagina não oferece risco de contágio infeccioso; é a via natural para o início de uma gravidez.
A boca e o ânus/reto, não apresentam inervação erótica; são fontes certas de infecção e não levam à gravidez. O sexo oral ou anal é egoísta porque, geralmente, só dá prazer ao homem. A Bíblia diz que é contra a natureza, contra a vontade de Deus. Não deve ser praticado, portanto.
Estamos vivendo dias semelhantes aos de Sodoma e Gomorra. As fantasias e aberrações sexuais atingiram o seu apogeu.. Essas alternativas sexuais são fruto do hedonismo, esta corrida louca em busca do prazer, tão características desta geração .
Sexo oral, embora tenha seus defensores ou aqueles que são tolerantes, não é recomendável do ponto de vista da saúde.
Os tecidos da cavidade bucal não têm condições de resistir à ação de microorganismos que tem o seu habitat no canal vaginal ou na uretra masculina. Este comportamento sexual tem facilitado a transmissão de enfermidades venéreas transportadas agora para a boca, laringe ou faringe. Dentistas têm encontrado abcessos nas gengivas provenientes de bactérias próprias do aparelho geniturinário. A boca não foi planejada por Deus senão para as finalidades que já conhecemos. A psicologia e a psicanálise explicam tais fenômenos com base nos estágios do desenvolvimento psicossexual, confirmando o princípio bíblico na dimensão emocional e espiritual do ser humano.
Muito mais repugnante e abominável é o sexo anal. Ao criar o homem e a mulher, conforme lemos em Gênesis1:27, o Criador fê-los cada um com sua anatomia e fisiologia próprias . Assim ,o ânus não foi feito para a finalidade sexual. A medicina condena tal prática. É fácil de entender. A mucosa anal favorece a proliferação de germes patogênicos, responsáveis pelas doenças sexualmente transmissíveis.
As esposas infelizes, abusadas e desrespeitadas por seus maridos com estes aberrativos e bestializados instintos, são vítimas de herpes, além de outras infecções graves. Para aquelas com tendências a hemorróidas, o problema é ainda mais sério .
Sangramentos, fissuras, estrangulamentos são comuns. Qualquer médico pode confirmar.
Lemos em Romanos 1:24 e 26 : “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram ao uso natural, no contrário à natureza.”
Devemos esclarecer que Deus não é contra o sexo normal, dentro das fronteiras sagradas do matrimônio, mas há limites. Aqui está resumidamente a lista do que Deus condena de maneira absoluta e inegociável:

1. Deus é contra a pederastia, o lesbianismo, a pedofilia (sexo com crianças). Lev. 18: 22 . “Com varão não te deitarás, como se fosse mulher. Abominação é.”
2. Deus é contra a prostituição . I Tess. 4:3. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação, que vos abstenhais de prostituição.” Não haverá prostitutas dentre as filhas de Israel.”Deut.23:17.
3. Deus é contra a bestialidade . “Não te deitarás com um animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele : é confusão.” Lev. 18:23.
4. Deus é contra o incesto, isto é, união sexual com parentes chegados : pai, mãe, madrasta, padrasto, irmão, irmã, tios, noras, genros, sogros, netos, (ler Lev.18).
5. Deus é contra o adultério. “Não adulterarás.” (Êxo.20:14Ler ainda Mat.5:27 e 28).
6. Deus é contra o estupro. (Ler Deut. 22:25-29).
7. Deus é contra a fornicação. (Ler Apoc. 21:8).
8. Deus é contra a lascívia. “Mas, as obras da carne são.... lascívia significa: sensualidade, imoralidade, libidinagem, licenciosidade, impudícia.”
9. E finalmente Deus é contra os abusos e fantasias sexuais anormais, como já foi exposto.