Jamais houve um homem cuja predica de poderosa ênfase à graça fosse tão freqüentemente mal compreendida (como Paulo). Você recorda a dedução tirada por alguns em Roma e alhures. Diziam: «Pois bem, em vista do ensino desse homem chamado Paulo, façamos o mal para que a graça seja mais abundante, pois certamente esse ensino. . . leva a esta conclusão, e a nenhuma outra. Paulo acaba de dizer: Onde abundou o pecado, superabundou a graça; muito bem, conti¬nuemos no pecado para que a graça seja cada vez mais abundante». «De modo nenhum», replica Paulo. E tem que estar dizendo isso constantemente. Dizer que, uma vez que estamos sob a graça não temos absolutamente nada que "ver com a lei e que podemos esquecê-la, não é o ensino das Escrituras. . .
Não estamos debaixo da lei no sentido de que ele nos condena; ela não mais pronuncia juízo ou conde¬nação contra nós. Não! Mas o que se espera de nós é que a vivamos, e que a ultrapassemos até, O argumento do apóstolo Paulo é que devemos viver, não como uma pessoa sujeita à lei, mas, sim, como uma pessoa livre, que pertence a Cristo. Cristo guardou a lei, viveu a lei. Conforme este mesmo Sermão do Monte o salienta, nossa justiça tem que sobrepujar à dos escribas e fariseus. De fato, Ele não veio para abolir a lei; cada i ou til tem que ser cumprido e consumado.
Studies in the Sermon on the Mount,i, p. 12.
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