INTRODUÇÃO
Em Êxodo 6:30 vimos Moisés no vale do desespero. A fraqueza de Moisés é escrita claramente para que todos possam ver que o poder real por detrás da libertação de Israel vinha da parte de Deus. Em nosso serviço cristão, Deus também permite tempos difíceis, trabalhos que parecem infrutíferos e até o desencorajamento, a fim de que nós percebamos qual é a verdadeira fonte do sucesso do evangelho (II Coríntios 4:7).
I. O PLANO DE DEUS – VERSÍCULOS 1-2
O plano de Deus visa usar os homens. Moisés foi quem revelou a vontade de Deus para Arão e também foi o executor da vontade de Deus sobre o Faraó. A palavra "deus" nas escrituras pode se referir a alguém cuja autoridade procede do Todo Poderoso Deus (João 10:34-35, Salmo 82:1-2).
II. O ENDURECIMENTO DO CORAÇÃO DO FARAÓ – VERSÍCULOS 3-5
Em várias passagens nos é dito que Faraó endureceu seu próprio coração. Fora da graça de Deus, os homens naturalmente irão se rebelar e se afastar cada vez mais para longe dEle. Em qualquer caso quando Deus cesse de restringir a depravação inata dos homens, fará com que eles caminhem de mal a pior (Romanos 1:24, 26, 28).
O versículo 3 nos diz que Deus endureceu o coração do Faraó. Isto é o julgamento justo e judicial de Deus sobre os pecados dos homens. Enquanto nos regozijamos pelo fato de Deus ser perfeitamente santo, percebemos que ao endurecer os homens, Ele vai além do simples ato de remover suas restrições. Ele nunca é o autor do pecado, ainda que ordene as coisas pelas quais o ímpio é julgado e Seus propósitos realizados (Deuteronômio 2:30, Josué 11:19-20). Deus não endurece os homens infundindo o mal em suas naturezas, mas através destes meios:
Falsos profetas – II Tessalonicenses 2:11-12, Mateus 24:24
Poderíamos duvidar de que os mágicos do Faraó serviram de instrumento para endurecê-lo?
A. Satã – Lucas 22:3-6
Os homens não salvos já vivem sob a ilusão de Satanás (II Coríntios 4:4, Efésios 2:2). Deus pode permitir justamente que Satã exerça um poder maior sobre aqueles que Ele irá endurecer de maneira especial.
B. Circunstâncias – Mateus 6:13
Quão facilmente Deus pode permitir certos eventos que transformam os desejos malignos dos homens em ações. Sejamos todos humildes! Às vezes, é somente a falta de oportunidade que restringe os homens de cometerem uma ampla decadência
C. O estado mental do homem
Algumas palavras utilizadas no hebraico para se referir ao ato de Deus endurecer os homens, tem o sentido de firmar a resolução de alguém. Talvez pudéssemos dizer que, embora Deus não inicia as convicções malignas no homem, Ele dá á alguns homens a coragem de suas próprias convicções. Note a persistente rebelião do Faraó enquanto O Egito era destruído.
III. O ENCONTRO COM FARAÓ – VERSÍCULOS 6-9
Moisés e Arão foram previamente informados do que eles enfrentariam. O Senhor pode não nos dar o mesmo conhecimento em assuntos específicos, mas aqueles que estudam as Escrituras, aprendem o que devem esperar dos homens e de Deus.
Deus ainda nos manda freqüentemente a proclamar a Sua Palavra para aqueles que não nos ouvirão.
IV. O PRIMEIRO SINAL – VERSÍCULOS 10-13
Lembre-se de que os sinais demonstrados para Israel foram feitos separadamente daqueles realizados diante do Faraó (Êxodo 4:29-31). Aqui está o primeiro sinal feito diante do Faraó. Na verdade, isto era para ser uma disputa entre Deus e os deuses do Egito.
É importante notar que uma das ferramentas favoritas de Satanás é o "sobrenatural" (II Tessalonicenses 2:9, Mateus 24:24). Os homens de Deus com freqüência são resistidos pelos servos de Satanás (II Timóteo 3:8). Os sinais de Satanás estão acompanhados por uma negação ou corrupção da Palavra de Deus e muitas vezes são permitidos para que os corações dos homens sejam testados (Deuteronômio 13:1-3, I Coríntios 11:19).
Tem havido muita discussão a respeito de como estes mágicos fizeram estes "milagres". Eles eram hábeis truques ou trabalhos do poder de Satanás? A Bíblia não responde esta pergunta. Não é necessário entendermos todos os caminhos de Satanás, mas obedecer a Deus. Podemos notar que os sinais realizados pelo Senhor, são em tudo superiores aos "sinais e prodígios de mentira" feitos por Satanás (II Tessalonicenses 2:9). Pense a respeito da obra de Cristo e dos Seus apóstolos em contraste com os modernos auto-intitulados "curandeiros". Até mesmo os mágicos Egípcios acabaram confessando que somente Moisés é que agia pelo poder de Deus (Êxodo 8:19).
V. A PRIMEIRA PRAGA – VERSÍCULOS 14-25
Agora a disputa se torna mais severo. O Nilo era a base da vida e da religião do Egito. Eles adoravam o rio e suas criaturas. As águas fertilizavam e regavam suas plantações, os alimentava com peixes e continuava de ser a sua bebida favorita. Em um só golpe as águas do grande rio se tornaram em sangue. Que chamado ao despertamento para o Egito.
Note a tolice dos magos do Faraó. A ultima coisa que o Egito precisava era de mais sangue. Satanás tem poder, mas nunca pode estorvar o julgamento de Deus (Daniel 4:35) E também nunca traz benefício algum a ninguém.
Considere também a misericórdia de Deus. Este julgamento durou apenas sete dias. Aos Egípcios foi também permitido cavar para encontrar água para sua sobrevivência. O Senhor é longânimo. Ele se torna mais duro somente na medida em que o homem insiste em sua rebeldia. Lembre-se de que Moisés avisou duas vezes antes que o julgamento ocorresse.
Anexo á Lição (Citado do Comentário no Livro de Êxodo – James G. Murphy)
Como este segundo apelo falhou em causar qualquer impressão ao coração do Faraó, o Senhor, como terceiro e ultimo recurso, dirige Moisés na execução do primeiro de uma série de julgamentos judiciais, intensificando seu efeito, pelo qual o refratário monarca é finalmente compelido a deixar o povo sair. Os Rabinos Judeus não foram displicentes em notar a ordem regular pela qual estes golpes foram desferidos, e o avanço gradual em que eles foram sendo executados do exterior para o interior e da mediata para a imediata mão de Deus.
As pragas eram em número de dez, que é um dos números que indicam perfeição. Elas foram primeiramente divididas em nove e uma, ficando a ultima claramente separada das outras nove pelo modo espantoso com que ela atinge a cada lar Egípcio. As nove nós dividimos em grupos de três. Nos primeiros de cada um dos três grupos, o aviso é dado a Faraó pela manhã (Êxodo 7:15, 8:20, 9:13). Nas primeiras e nas segundas, de cada uma do grupo de três, as pragas são previamente anunciadas (Êxodo 8:1, 9:1, 10:1), na terceira não (Êxodo 8:16, 9:8, 10:21). Na terceira, os magos do Faraó reconhecem o dedo de Deus (Êxodo 8:19), na sexta, eles não podiam parar diante de Moisés (Êxodo 9:11) e na nona, Faraó se recusa a ver novamente a face de Moisés (Êxodo 10:28). Nas três primeiras, Arão usa a vara, já no segundo grupo de três, ela não é mencionada, mas no terceiro grupo de três, Moisés aparece utilizando-se dela, embora na ultima, somente sua mão seja mencionada. Estas disposições de ordem são bem aparentes e apontam para uma ordem e razão mais forte da qual elas foram assim dispostas.
O graduação de severidade delas não é menos óbvio. Nas três primeiras, nenhuma distinção é feita entre os habitantes da terra, e nas sete restantes, a distinção ocorre entre os Israelitas que são protegidos e os Egípcios que são expostos ás pragas. Nestas sete, que são peculiares aos Egípcios, a ordem é inversa a obra da criação. Três se referem a criação dos animais, e três ao mundo vegetal, o sustento da vida animal. A ultima destas seis são as trevas, que é o oposto da luz, o produto do primeiro dia. A sétima é a morte. As três primeiras afetam a saúde e o conforto do homem, as outras três tiram a base da vida e por fim, vem a morte, ficando assim o trabalho de destruição completo.
VI. O PROPÓSITO DAS PRAGAS
Ao ler a Bíblia, somos impressionados com a freqüência com que o conflito entre Deus e o Egito é mencionado. Aqui, pela primeira vez desde a menção da Torre de Babel, o conflito entre Deus e este mundo é visto de uma forma tão evidente. Os julgamentos de Deus através das pragas, derrotam o Egito e expõe os seus deuses como impostores. Estes eventos permanecem para sempre como um aviso para as nações do futuro e grande julgamento. A memória destas coisas era para humilhar os pagãos e confortar o povo de Deus (Josué 2:8-11, Salmo 105:26-45).
Autor: Pr Ron Crisp
Tradução: Eduardo Alves Cadete 07-03
Revisão: Calvin Gardner 09-03
Fonte: www.palavraprudente.com.br
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