Mas o Espírito não cessa suas atividades formando o que estava sem forma e enchendo o que estava vazio. Quando termina a obra do Espírito, as trevas primordiais estão vencidas. Enquanto o Espírito voeja, Deus dá seu primeiro imperativo: "Haja luz!" E a luz aparece.
A imagem simbólica da luz nas Escrituras é crucial. Estabelece um marcante contraste com formas de dualismo religioso. Em algumas religiões, essa metáfora expressa as imagens de luz e de trevas como forças iguais em oposição, empenhadas em uma luta eterna pela supremacia. Mas não há esperança de redenção final onde forças opostas se opõem igualmente uma à outra. O melhor que pode acontecer em tais casos é um empate. Em tal esquema, a redenção é uma ilusão.
De acordo com a Bíblia, porém, o poder das trevas não é adversário à altura para o poder da luz. Não há ah qualquer indício de um empate forçado. Na Bíblia, as trevas terão que ceder diante da luz.
Sempre me senti intrigado diante do poder da luz sobre as trevas. Quando eu era criança, eu tinha medo de descer para a adega a menos que primeiramente eu acen¬desse as lâmpadas. Lembro-me de pisar no chão da adega e ficar aterrorizado na negridão de piche que ali domina¬va. Eu tremia enquanto tateava pelo comutador de luz. Meu espírito, porém, era inundado de alívio quando meus dedinhos, que rebuscavam, achavam o comutador e eu acendia a luz. Eu não precisava passar minutos de agonia esperando pelo resultado de uma batalha entre as trevas e a luz. No instante em que eu pressionava o comutador de luz, as espantosas trevas desapareciam. A escada ficava instantaneamente banhada de luz e eu podia descer pelos degraus com uma coragem a toda prova.
João expressou essa vitória da luz como segue:
A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela (João 1.4,5).
Na obra da criação e da redenção, o Espírito Santo funciona como o divino Iluminador. Aquele que ilumina os céus também inspirou as Escrituras, revelou a Palavra de Deus e ilumina essa Palavra para o nosso entendi¬mento.
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