A salvação é individual. É verdade! Paulo disse que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10). Não seremos julgados coletivamente como igrejas.
A igreja não salva ninguém. Isso, também, é verdade! É pelo sangue de Jesus que recebemos “a remissão dos pecados” (Efésios 1:6-7). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2:8). A igreja não morreu por nós, e não é capaz de nos salvar.
Algumas pessoas, compreendendo estes fatos, chegam à conclusão que a vida cristã não tenha nada a ver com a igreja. Pode freqüentar uma se quiser, mas também pode usar o tempo igualmente bem recebendo amigos em casa, passeando no shopping ou indo pescar. Pode comunicar com Deus em qualquer lugar, então quem precisa de igrejas?
Antes de descartar ou desprezar a igreja na sua vida, não seria importante ver o que Deus diz a respeito dela?
A igreja (grego, ekklesia) é um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado e pertencerem a Cristo. Jesus prometeu edificar a igreja dele (Mateus 16:18). Deus comprou a igreja com seu próprio sangue no sentido que ele comprou cada pessoa salva (Atos 20:28; cf. 1 Coríntios 6:20).
Paulo frisou a importância de procedimento adequado “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Embora a igreja não salva, ela tem um papel fundamental na divulgação do evangelho. Devemos valorizar a casa de Deus.
Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas que exigem a nossa participação nas reuniões de uma igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua (Hebreus 10:23-27).
Outras instruções exigem a nossa participação nas reuniões da igreja para participar da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:17-34; cf. Atos 20:7), para juntar ofertas (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36-37; 5:1-2) e para resolver questões de pecado na congregação (1 Coríntios 5:4-5). Discípulos de Cristo se juntam, também, para cantar hinos de louvor e edificação (Efésios 5:19-21) e para ensinar a palavra do Senhor (1 Coríntios 14:26).
Pessoas que negligenciam estas responsabilidades, não participando dos cultos da congregação, desobedecem a Deus. Pecam contra os irmãos e contra o Senhor.
Seja fiel na sua participação em uma congregação local. E não deixe de examinar tudo para verificar que a igreja onde você congrega esteja realmente agradando a Deus em doutrina e prática (1 Tessalonicenses 5:21-22).
–por Dennis Allan
O que se deve fazer quando sua igreja segue doutrinas do Velho Testamento?
Quase 2.000 anos depois da morte de Jesus, pela qual ele deu um Novo Testamento (Hebreus 9:15-17), muitas igrejas continuam seguindo doutrinas do Velho Testamento. Algumas adotam sistemas de sacerdócio do padrão levítico. Outras justificam o batismo de recém-nascidos pelo fato que meninos judeus de 8 dias foram circuncidados. Muitas exigem o dízimo e usam instrumentos musicais no louvor. Algumas ainda guardam o sábado e observam regras alimentícias da antiga aliança. Todas essas práticas e doutrinas faziam parte da lei dada ao povo de Israel, mas nenhuma delas faz parte da nova aliança dada por Jesus. O que uma pessoa deve fazer se a sua igreja continua ensinando e praticando tais coisas?
Sabemos que, aqui na terra, não existe igreja perfeita, no sentido que qualquer igreja é composta de pessoas imperfeitas. A própria Bíblia diz que devemos aceitar pessoas fracas (Romanos 14:1) e trabalhar com longanimidade para ampará-las (1 Tessalonicenses 5:14).
Mas os exemplos citados acima não são questões de indivíduos imperfeitos na igreja, e sim de doutrinas e práticas erradas que envolvem a congregação toda. Jesus encravou o antigo sistema na cruz, dissipando a sombra e revelando a luz (Colossenses 2:14-17). As pessoas ou igrejas que procuram se justificar pela antiga lei se desligam de Cristo e da graça dele (Gálatas 5:4). O Senhor ensina que não devemos ser cúmplices dos pecados de outros. Paulo falou para Timóteo que não apoiasse outros (impondo as mãos a eles) precipitadamente (1 Timóteo 5:22). Antes de participar ativamente de uma igreja, devemos examinar o trabalho e o ensinamento dela, comparando tudo com a palavra de Deus (1 Tessalonicenses 5:21-22). João instruiu que não apoiássemos professores que ultrapassam a doutrina de Cristo, para que não tornássemos cúmplices de suas obras más (2 João 9-11). Quando uma igreja insiste em manter doutrinas ou práticas não autorizadas por Jesus, o servo que quer se conservar puro precisa ficar fora (ou sair) dela.
Quando uma pessoa sai de uma igreja que não está seguindo a palavra do Senhor, terá que enfrentar algumas decisões difíceis. Onde vai congregar? Não deve se isolar, pois Deus mandou que nos reuníssemos com outros cristãos (Hebreus 10:24-25). Ao mesmo tempo, não deve pular de uma igreja errada para outra igualmente errada. O que pode fazer? Há duas opções: Œ Encontrar uma congregação que segue fielmente às Escrituras, ou Começar uma nova congregação, junto com uma ou mais pessoas com o mesmo desejo de fazer somente a vontade do Senhor. Não é fácil sair do conforto de uma igreja humana para fazer a vontade de Deus, mas o sacrifício é pequeno em comparação com aquele que Jesus fez por nós!
Os desafios na vida do novo cristão
Minha nova família, a igreja
Minha nova família, a igreja
Alguma vez você já se ausentou de casa por bastante tempo? Você já teve de ir morar com outra família, devendo assim cumprir os horários deles, assumir o estilo de vida deles, participar dos divertimentos deles e se encaixar na forma deles?
E você, que acabou de se tornar um cristão? Você pensou que estivesse em casa. Agora você é peregrino e estrangeiro em terra estranha. Você estava à vontade, dirigindo a sua própria vida; agora Cristo habita em você, e você é um servo. O evangelho tocou o seu coração e o seu mundo virou às avessas.
Uma das tentações prediletas de Satanás é procurar desviar o novo cristão de Cristo por meio das reclamações da sua velha família, o mundo. "Você mudou; deixou de ser engraçado; você não gosta mais da gente", dizem. Você é diferente. Como você lida com a pressão ao retornar para a sua velha família?
A resposta é que você tem uma nova família que está ansiosa para preencher as suas necessidades geradas por abandonar a velha família.
Œ As necessidades emocionais. Todo cristão precisa de um mentor, ou de vários mentores. Não alguém para dar permissão, mas um conselheiro com quem compartilhar e se relacionar. Um colega para dar uma força. Uma linha direta de amizade 24 horas. Um irmão cristão que compreende e está pronto e é capaz de te orientar. Esse é o papel de sua nova família, a igreja.
As necessidades físicas. Às vezes as pessoas aceitam melhor o evangelho quando estão passando por problemas financeiros ou físicos. A sua pobreza material é um reflexo e um lembrete de sua incapacidade espiritual. Embora a igreja não seja uma instituição de alívio humanitário, desde os dias de Jerusalém, os necessitados vêm sendo ajudados. Não precisamos criar ou manter uma sociedade à parte para cuidar disso. A verdadeira igreja é sensível às verdadeiras necessidades de seus membros (Atos 4:32). O novo cristão não precisa ser tentado a recorrer à velha família, o mundo, quando precisar de apoio material.
Ž As necessidades sociais. A hípica, o barzinho, a danceteria, as diversões ímpias S tudo isso preenche as necessidades sociais. As pessoas gostam de estar em companhia de outras pessoas. Mas, como novo cristão que acabou de sair do mundo, você pode satisfazer as suas necessidades sociais com os seus novos irmãos. Todos nós devemos ser "hospitaleiros" (1 Pedro 4:9). Convide outros cristãos para ir à sua casa, para sair a jantar, para ir a um estudo bíblico. Aceite o convite deles para tais atividades. Faça o possível para se envolver com a sua nova família.
As necessidades espirituais. Sem sombra de dúvidas, essas são as suas necessidades mais importantes. Não são preenchidas ao acaso. Faz-se necessário um tratamento sistemático para que haja crescimento e desenvolvimento. Reunir-se com os santos regularmente é a cola que o ajudará a ficar bem pertinho de Cristo enquanto o mundo tenta atrair a sua atenção. Nas reuniões, você encontra uma casa segura. Adorar "em espírito e em verdade" (João 4:23) produzirá o impulso necessário para te segurar até a próxima reunião. Os cristãos maduros dedicam-se para proporcionar um ambiente edificante e alegre na assembléia. Brigar por besteira e ficar reclamando não cabem para uma assembléia que celebra e reflete o espírito do nosso Salvador.
O estudo bíblico seqüencial. Como novo cristão, você precisa ser instruído de acordo com a sua capacidade e experiência. Embora você deseje um estudo aprofundado de Apocalipse ou um curso de grego, os princípios básicos devem vir primeiro. A igreja o ajudará a conhecer vários tópicos básicos e ajudá-lo a crescer e amadurecer (Hebreus 5:12-14).
‘ Participação. A sua nova família está tentando conduzir você e outros novos cristãos a uma vida de serviço e não a uma carreira de esquenta-banco. Saiba que terá de assumir deveres e responsabilidades.
’ O estudo bíblico individual. Ainda que a igreja o incentive a estudar, você tem que tomar a iniciativa. Se não estudar a Bíblia sozinho, qualquer cristão chegará rapidamente a um patamar espiritual, onde ficará estacionado. O seu estudo deve ser motivado não por um anseio de conhecimento, mas por um desejo de agradar a Deus.
Coopere com a sua nova família para criar um ambiente em que os amigos cristãos possam crescer, prosperar, multiplicar-se e agradar a Deus. À medida que a obra for realizada, Deus é glorificado e o reino se expande. O nosso objetivo é para não perder nenhum membro da família na jornada daqui até a eternidade.
-por Bob Andrews
A igreja "universal" e a igreja "local"
Até uma leitura leve do Novo Testamento mostra diversas aplicações da palavra "igreja". "...edificarei a minha igreja...", "...o deu à igreja, a qual é o seu corpo...", "...a ele seja a glória, na igreja..."--todos esses exemplos, obviamente, estão se referindo à única igreja universal (Mateus 16:18; Efésios 1:22-23; 3:21).
Mas outras referências: "...dize-o à igreja...", "...promovendo_lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros..." e "...não fique sobrecarregada a igreja..."--claramente se referem à igreja local ou organizada, das quais existem muitas (Mateus 18:17; Atos 14:23; 1 Timóteo 5:16).
Evidentemente não é tão óbvio, portanto, que as diferenças entre esses dois sentidos são mais do que apenas tamanho e números. Estude as diferenças citadas abaixo. Quando você conseguir compreender o significado de tudo isso (veja as conclusões citadas depois das listas), você mesmo vai conseguir acrescentar outros "pontos" às listas.
A Igreja "Universal":
Um relacionamento dos santos com Deus
Existe tanto no céu como na terra (Efésios 3:15)
O Senhor acrescenta "membros" (Atos 2:47)
Ingresso através do batismo (1 Coríntios 12:13)
Todos os santos estão nela (Gálatas 3:27)
Somente os salvos (2 Timóteo 2:19)
Um só pastor/mestre (Mateus 23:8)
Descrita como "assembléia" figuradamente (Hebreus 12:22-23)
Satanás não prevalece contra ela (Mateus 16:18)
A Igreja "Local":
Um relacionamento de santos com santos
Terrestre, limitada (Filipenses 1:1)
Nós nos juntamos a ela (Atos 9:26)
Ingresso/participação através da aceitação de outros santos (3 João 10)
Alguns determinados santos estão nela (1 Coríntios 1:2)
Algumas pessoas que não são "dos nossos" estão nela (1 João 2:19)
Pastores humanos estão aqui (1 Pedro 5:2)
Reúne-se literalmente (1 Coríntios 14:23)
Satanás pode e, às vezes, consegue prevalecer contra ela (Apocalipse 2:5)
A igreja "universal" é um relacionamento de indivíduos com Deus que vem em primeiro lugar e existe enquanto alguns indivíduos andam na verdade (3 João 3-4), apesar dos atos e das palavras de homens.
A igreja "local" é um laço adicional, de santos com santos, que fazemos pela vontade de Deus para que possamos funcionar como uma unidade organizada (ou seja, funcionar coletivamente) para cumprir o divino propósito dele.
-por Robert F. Turner
Até uma leitura leve do Novo Testamento mostra diversas aplicações da palavra "igreja". "...edificarei a minha igreja...", "...o deu à igreja, a qual é o seu corpo...", "...a ele seja a glória, na igreja..."--todos esses exemplos, obviamente, estão se referindo à única igreja universal (Mateus 16:18; Efésios 1:22-23; 3:21).
Mas outras referências: "...dize-o à igreja...", "...promovendo_lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros..." e "...não fique sobrecarregada a igreja..."--claramente se referem à igreja local ou organizada, das quais existem muitas (Mateus 18:17; Atos 14:23; 1 Timóteo 5:16).
Evidentemente não é tão óbvio, portanto, que as diferenças entre esses dois sentidos são mais do que apenas tamanho e números. Estude as diferenças citadas abaixo. Quando você conseguir compreender o significado de tudo isso (veja as conclusões citadas depois das listas), você mesmo vai conseguir acrescentar outros "pontos" às listas.
A Igreja "Universal":
Um relacionamento dos santos com Deus
Existe tanto no céu como na terra (Efésios 3:15)
O Senhor acrescenta "membros" (Atos 2:47)
Ingresso através do batismo (1 Coríntios 12:13)
Todos os santos estão nela (Gálatas 3:27)
Somente os salvos (2 Timóteo 2:19)
Um só pastor/mestre (Mateus 23:8)
Descrita como "assembléia" figuradamente (Hebreus 12:22-23)
Satanás não prevalece contra ela (Mateus 16:18)
A Igreja "Local":
Um relacionamento de santos com santos
Terrestre, limitada (Filipenses 1:1)
Nós nos juntamos a ela (Atos 9:26)
Ingresso/participação através da aceitação de outros santos (3 João 10)
Alguns determinados santos estão nela (1 Coríntios 1:2)
Algumas pessoas que não são "dos nossos" estão nela (1 João 2:19)
Pastores humanos estão aqui (1 Pedro 5:2)
Reúne-se literalmente (1 Coríntios 14:23)
Satanás pode e, às vezes, consegue prevalecer contra ela (Apocalipse 2:5)
A igreja "universal" é um relacionamento de indivíduos com Deus que vem em primeiro lugar e existe enquanto alguns indivíduos andam na verdade (3 João 3-4), apesar dos atos e das palavras de homens.
A igreja "local" é um laço adicional, de santos com santos, que fazemos pela vontade de Deus para que possamos funcionar como uma unidade organizada (ou seja, funcionar coletivamente) para cumprir o divino propósito dele.
-por Robert F. Turner
De Qual Igreja Você É?
Descobrindo a Igreja do Primeiro Século
Atos 11:19-26
Descobrindo a Igreja do Primeiro Século
Atos 11:19-26
Há dois mil anos, quando os apóstolos começaram a pregar o evangelho do Senhor pelo mundo inteiro, não existia uma variedade de "igrejas", denominações e seitas, todas com as suas doutrinas e métodos para ganhar discípulos. De fato, Jesus e os seus apóstolos ensinaram haver uma só igreja, a qual é o corpo de Jesus, ele mesmo sendo o cabeça (veja Mateus 16:18; Efésios 1:22-23, 4:4, 5:22-23; Colossenses 1:18). Portanto, quando pessoas se convertiam, ninguém lhes perguntava, "de qual igreja você é?" - pois era óbvio que pertenciam àquela única igreja que Cristo mesmo edificou.
Muitos hoje dizem estar procurando "a igreja certa". Para alguns isto quer dizer simplesmente um lugar onde possam se sentir bem ou confortáveis, apaziguando suas consciências com atos externos de "adoração" a Deus. Porém, para os mais honestos, esta procura é uma busca verdadeira para fazer parte da "...nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9-10).
Com o intuito honesto de descobrir a igreja edificada por Cristo, vamos viajar dois mil anos atrás para a cidade de Antioquia da Síria, onde estava chegando pela primeira vez a pregação do evangelho de Jesus. Ao lermos este relato do Espírito Santo sobre a conversão das pessoas desta cidade, prestemos bem atenção ao que aconteceu, e façamos a pergunta, "de qual igreja eram estas pessoas?"
O que aconteceu em Antioquia? (Atos 11:19-20)
Depois que Estêvão foi morto em Jerusalém por pregar o evangelho (veja Atos 7:51 - 8:4), os cristãos que ali moravam se espalharam pelas regiões ao redor, levando a palavra do Senhor para lugares onde ainda não havia sido pregada. No início estes discípulos pregavam somente aos judeus, porém alguns que eram naturais de lugares entre os gentios ("gregos") logo começaram também a pregar aos não-judeus.
O que, exatamente, estes discípulos pregavam? Versículo 19 diz que se espalharam "anunciando...a palavra", e versículo 20 nos ensina que estavam "anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus". Este fato é simples e importante demais para o ignorarmos - os que saíram de Jerusalém pregavam somente a palavra, o evangelho do Senhor Jesus. Mostrando este mesmo padrão em seu ensinamento, o apóstolo Paulo disse: "decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado" (1 Coríntios 2:2).
Qual o resultado da pregação da palavra do Senhor? (Atos 11:21-24)
A Bíblia nos afirma que ouvir a palavra é suficiente para produzir fé em pessoas a fim de salvá-las. O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..." e "...assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Romanos 1:16; 10:17). Pessoas que verdadeiramente querem servir a Deus junto ao povo dele não precisam ouvir de milagres ou promessas de bênçãos materiais, porém responderão com fé à simples pregação da palavra de Cristo. Vejamos o que aconteceu em Antioquia quando as pessoas responderam com fé:
Conversão ao Senhor. Quando as pessoas honestas de Antioquia ouviram o evangelho, "crendo, se converteram ao Senhor" (Atos 11:21). Pregar o evangelho de Jesus resulta na conversão de pessoas a ele, o Senhor!
Ninguém na Bíblia jamais foi convertido à igreja. Porém, muitos hoje são. Basta ouvir uma conversa entre dois crentes, e logo alguém dirá algo assim: "Você sabia que fulano-de-tal saiu da igreja?" ou "Graças a Deus que depois de tanto tempo desviado eu voltei para a igreja!" Expressões assim mostram pessoas convertidas à igreja e não ao Senhor. O problema é que muitos que se chamam "evangelistas" saem pelas ruas anunciando muitas coisas - a igreja, o pastor, teologia, promessas de curas ou de bênçãos materiais, expulsão de demônios, etc. - mas pouca gente parece ter interesse pela pregação da palavra. O resultado disso é pessoas convertidas a estas coisas, e não ao Senhor. Para fazer parte da igreja que pertence ao Senhor, é necessário ouvir o evangelho, a palavra que fala do Senhor, para que sejamos convertidos a ele.
Firmeza no Senhor. Boas notícias correm rapidamente, e logo a igreja em Jerusalém ficou sabendo da conversão das pessoas em Antioquia (Atos 11:22). A linguagem que descreve a igreja em Jerusalém deve chamar nossa cuidadosa atenção. Por exemplo, ela tem "ouvidos". Também, ao mesmo tempo ela é singular - "a igreja" - e plural - "enviaram Barnabé". O que aprendemos com isto? A palavra "igreja" na Bíblia não descreve um prédio ou uma organização (denominação), e sim pessoas. A igreja em Jerusalém simplesmente era pessoas convertidas ao Senhor que ouviram da conversão de outros e mandaram ajuda na pessoa de Barnabé.
Quando Barnabé chegou em Antioquia, ele ficou alegre ao ver a graça de Deus entre estes novos convertidos (Atos 11:23). Como é possível ver a graça de Deus? O apóstolo Paulo escreveu: "a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus..." (Tito 2:11-13). O que Barnabé viu em Antioquia eram pessoas que manifestavam vidas transformadas pela graça de Deus. Sua resposta era de exortar "a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor" (Atos 11:23).
Muitos têm orgulho de dizer que permanecerão sempre firmes na igreja. Vamos lembrar, porém, que a igreja é pessoas, e pessoas, mesmo boas, podem errar. Seria tolice permanecer firme em pessoas se estas não estão firmes no Senhor! Porém, quem permanece firme no Senhor não cairá mesmo se toda a igreja e os pastores caírem, pois seguirá aquele que é o verdadeiro "bom pastor" (veja João 10:27-28).
União ao Senhor. Por causa da pregação do evangelho por Barnabé e outros em Antioquia, "muita gente se uniu ao Senhor" (Atos 11:24). De fato, o resultado de pessoas ouvindo o evangelho do Senhor, se convertendo ao Senhor, e permanecendo no Senhor sempre será pessoas unidas ao Senhor. Este é o ponto da conversão - Deus nos oferece paz e reconciliação em Cristo para que possamos ser unidos a ele para eternidade (veja 2 Coríntios 5:18-21; João 14:1-3)!
De qual igreja eram estas pessoas? (Atos 11:25-26)
Infelizmente, o padrão que vemos no mundo religioso hoje é bem diferente do que vimos em Antioquia. Hoje, pessoas pregam a igreja, se convertem à igreja, permanecem na igreja, e se unem à igreja. Porém, o foco de Barnabé e dos outros discípulos que espalhavam a palavra nunca era a igreja, e sim era sempre o Senhor! E o que acontece quando pessoas respondem à pregação do Senhor? "Por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão" (Atos 11:26). Ninguém pregou a igreja, mas mesmo assim o resultado da pregação foi uma igreja em Antioquia que estava ativamente ensinando a outros!
Permanece, portanto, a nossa pergunta - "de qual igreja eram estas pessoas?" Era Católica? Batista? Presbiteriana? Mórmon? Não! Para ser uma dessas igrejas, teria sido necessário pregar e converter pessoas à doutrina de uma delas. Era uma filiada da igreja de Jerusalém? Também não! Ninguém pregou a igreja de Jerusalém, embora todos tivessem saído de lá! A doutrina não era de Jerusalém, e sim do Senhor! Então, qual igreja era? Basta dizer que era a igreja do Senhor (pois, pertence a ele!) que se reunia na cidade de Antioquia (veja Romanos 16:1; 1 Coríntios 1:2; 1 Tessalonicenses 1:1; etc.).
E como foram chamados os membros desta igreja? Católicos? Batistas? Presbiterianos? Mórmons? Também não! "Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (Atos 11:26). Sendo pessoas que ouviram a palavra do Senhor Jesus Cristo, se converteram ao Senhor Jesus Cristo, permaneceram no Senhor Jesus Cristo, e se uniram ao Senhor Jesus Cristo, faz perfeito sentido eles terem sido chamados pelo título dele - "cristãos". Estes não conheceram nenhuma doutrina humana para que fossem chamados por nomes e métodos humanos. Estes seguiram e serviram a Cristo.
É possível ter uma igreja igual à de Antioquia hoje?
O problema não se resolve em ter uma igreja igual à de Antioquia, mas em ser uma igual. Afirmamos que isto não é somente possível, mas é essencial, pois sendo qualquer outra coisa traz a condenação de Deus (veja 2 João 9-11)! Como conseguiremos isto? A resposta é simples - faremos da mesma forma que os irmãos no primeiro século o fizeram. Deixemos de procurar igrejas e filiações com denominações e doutrinas humanas, procurando em vez disso o Senhor através da palavra dele! Ao ouvir o simples evangelho, pessoas honestas se converterão, permanecerão firmes, e se unirão ao Senhor. Quando se reunirem em um só lugar para adorar o Senhor juntas, mesmo se forem só duas ou três pessoas, já serão uma igreja (veja Mateus 18:20). Qual igreja serão? A igreja edificada pelo Senhor, ele mesmo sendo a cabeça.
De qual igreja você é?
--por Carl D. Ballard
O que Fazer Quando Não Se Conhece Nenhuma
Igreja que Segue a Bíblia?
Igreja que Segue a Bíblia?
Seria ótimo se houvesse igrejas em todos os lugares do mundo fazendo exatamente a vontade de Deus. Infelizmente, a realidade é outra. Muitas pessoas estudam a palavra de Deus e descobrem a simplicidade do plano dele, mas não acham nenhuma igreja que esteja respeitando o padrão do Novo Testamento. Muitas ensinam doutrinas humanas sobre a salvação; algumas negam a divindade de Jesus; outras adoram de maneiras não aprovadas nas Escrituras; a grande maioria não respeita o plano bíblico em relação à organização de congregações independentes; etc. Sabemos que não podemos ser cúmplices de obras infrutíferas, nem aceitar comunhão entre a luz e as trevas (Efésios 5:11; 2 Coríntios 6:14 - 7:1). O que deve fazer uma pessoa sincera que quer agradar ao Senhor? Não é possível responder a tudo num pequeno artigo, mas gostaria de dar algumas sugestões práticas para ajudar as pessoas nessa situação.
Confirme a sua própria salvação. Se você começou a estudar a Bíblia numa igreja que não segue o padrão bíblico em alguns pontos, é possível que você tenha recebido orientação errada sobre a própria salvação. Examine as Escrituras e compare o que você fez para receber a salvação. Saulo (Paulo) se achava salvo e zelosamente praticava sua religião, mas ainda estava no pecado (Atos 9). Deus exige que a pessoa que crê se arrependa e seja batizada para remissão dos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38). Muitas igrejas ensinam, erradamente, que a salvação vem antes do batismo. Examine o que você fez à luz das Escrituras.
Fale com outras pessoas. Quando Paulo chegou pela primeira vez em Corinto, ele encontrou um casal que trabalhava de fazer tendas, assim como ele. Também, ensinou judeus e gregos durante um ano e meio que morou naquela cidade (Atos 18:1-11). Os resultados? O casal, Áqüila e Priscila, se tornou extremamente útil na divulgação da palavra em outros lugares, e uma igreja foi estabelecida em Corinto (veja as duas cartas de Paulo aos coríntios).
Quando tiver duas ou mais pessoas verdadeiramente convertidas a Cristo, comece a se reunir como igreja. Certamente enfrentarão muitos desafios começando com um grupo pequeno e inexperiente na palavra. Mas, uma igreja é um grupo de pessoas (sejam 2 ou 2.000) chamadas para fora do pecado para servir ao Senhor. Não precisa da autorização de ninguém daqui da terra para fazer o que Deus já autorizou. Pode fazer tudo o que Deus ordenou que uma igreja fizesse: ensinar a palavra, orar, cantar hinos de adoração, participar da Ceia do Senhor, cada um contribuir de sua prosperidade para as obras que Deus pede, etc. (veja Atos 2:42; Colossenses 3:16; 1 Coríntios 11:17-34; 16:1-2; 1 Timóteo 3:15). Com tempo, dedicação e a bênção do Senhor, um grão de mostarda pode crescer numa árvore!
-por Dennis Allan
O que se deveria fazer quando se está em uma igreja que não está certa?
Primeiro, se possível, ensine a igreja como mudar para ser fiel às Escrituras. Mas, se for impossível fazer com que a congregação mude?
"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? . . . Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em cousas impuras; e eu vos receberei" (2 Coríntios 6:14,17).
"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as" (Efésios 5:11).
"Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más" (2 João 9-11).
É errado participar, ter camaradagem, ou ser ligado juntamente com falsos mestres. Falsos mestres incluem qualquer um que não pregue a pura doutrina de Cristo, mesmo que se pareça com homens bons (2 Coríntios 11:13-15) e declare estar certo (Mateus 7:21-23). Nem se tem que pregar realmente o que é falso, para participar das más ações de outros. Simplesmente recebendo, encorajando e apoiando um falso ensinamento já se é contado por Deus como participante do mal.
Precisamos ter coragem para nos separarmos daqueles que não seguem as Escrituras. Precisamos ter determinação para encontrar ou começar uma comunidade de discípulos que estejam querendo servir o Senhor fielmente. Qualquer prática ou ensinamento que é diferente da pura verdade do Novo Testamento é mau. "Retirai-vos do meio deles, separai-vos" (2 Coríntios 6:17).
-por Gary Fisher
As igrejas de Deus têm problemas
"Nenhum problema interno", o homem disse. E nossa primeira reação foi de admiração por esta igreja "ideal" que não conhecia nenhum problema. Mas com mais observação, nosso pensamento mudou.
A Bíblia fala de uma igreja que não tinha "nenhum problema". A igreja de Laodicéia era rica e abastada, e não precisava de coisa alguma (Apocalipse 3:17). Por outro lado, a igreja de Jerusalém estava enfrentando diversos problemas. Eles tiveram que testemunhar a morte de um casal hipócrita e mentiroso (Atos 5:1-11). Havia murmuração por causa da negligência das viúvas gregas (6:1-7). Havia problemas doutrinários sobre a questão da circuncisão (11:1-8; 15:4-5). Jerusalém tinha seus problemas enquanto Laodicéia estava "sem problema"; contudo cada estudante da Bíblia sabe que Jerusalém era a igreja aprovada, enquanto Laodicéia era nauseante para o Senhor.
E mais, quando se observa os problemas da igreja de Jerusalém, reconhece-se que eram conseqüência direta da obra e atividade daquela congregação. Se não tivesse havido o espírito de benevolência que prevalecia entre seus membros, não teria havido ocasião para a mentira de Ananias e Safira ou para as queixas de negligência. Se não tivesse havido evangelização de gentios não teria havido problemas com circuncisão. Jerusalém tinha problemas porque era uma igreja ativa e dedicada que crescia. E, é bem possível que a ausência de problemas em Laodicéia fosse uma conseqüência direta de sua falta de fervor e de vitalidade.
Concluímos que uma igreja preguiçosa, que nada faz, pode bem ficar livre de dificuldades, mas uma igreja ativa e operosa pode esperar certos problemas. Uma igreja que consegue converter alcoólatras, viciados em drogas, divorciados; que busca uma "mulher samaritana", ou um "Simão, o mágico", ou uma "Maria Madalena", pode esperar alguns problemas. Mas aquela igreja que escolhe a alternativa de pregar e converter somente os que são moralmente bons e que se ajustem bem em seu próprios círculos sociais e econômicos, enquanto evita alguns problemas, enfrenta o maior de todos eles em seu fracasso em obedecer o mandamento do Senhor (Marcos 16:15) e em seguir o próprio exemplo pessoal dele. Uma igreja que desenvolve pessoas pensantes que estudam objetivamente cada questão bíblica pode esperar que algumas diferenças apareçam em sua sincera busca da verdade. Uma igreja hospitaleira precisa estar preparada para acusações de negligência em sua mostra de hospitalidade. O verdadeiro zelo pelo Senhor gerará problemas, mas ai daquela igreja que negligencia a obra do Senhor para evitar questões. O anátema do Senhor está sobre essa igreja.
Não é a existência ou não existência de problemas, então, que determina a força de uma igreja, mas como lida com as suas dificuldades. Amor de uns pelos outros, cuidado mútuo, longanimidade, humildade, amor à verdade, determinação em fazer a vontade de Deus-- estas são as qualidades que fazem uma igreja forte. Elas não podem impedir que problemas se desenvolvam, mas podem capacitar uma igreja a levar seus problemas a soluções aprovadas por Deus.
por Bill Hall
"Nenhum problema interno", o homem disse. E nossa primeira reação foi de admiração por esta igreja "ideal" que não conhecia nenhum problema. Mas com mais observação, nosso pensamento mudou.
A Bíblia fala de uma igreja que não tinha "nenhum problema". A igreja de Laodicéia era rica e abastada, e não precisava de coisa alguma (Apocalipse 3:17). Por outro lado, a igreja de Jerusalém estava enfrentando diversos problemas. Eles tiveram que testemunhar a morte de um casal hipócrita e mentiroso (Atos 5:1-11). Havia murmuração por causa da negligência das viúvas gregas (6:1-7). Havia problemas doutrinários sobre a questão da circuncisão (11:1-8; 15:4-5). Jerusalém tinha seus problemas enquanto Laodicéia estava "sem problema"; contudo cada estudante da Bíblia sabe que Jerusalém era a igreja aprovada, enquanto Laodicéia era nauseante para o Senhor.
E mais, quando se observa os problemas da igreja de Jerusalém, reconhece-se que eram conseqüência direta da obra e atividade daquela congregação. Se não tivesse havido o espírito de benevolência que prevalecia entre seus membros, não teria havido ocasião para a mentira de Ananias e Safira ou para as queixas de negligência. Se não tivesse havido evangelização de gentios não teria havido problemas com circuncisão. Jerusalém tinha problemas porque era uma igreja ativa e dedicada que crescia. E, é bem possível que a ausência de problemas em Laodicéia fosse uma conseqüência direta de sua falta de fervor e de vitalidade.
Concluímos que uma igreja preguiçosa, que nada faz, pode bem ficar livre de dificuldades, mas uma igreja ativa e operosa pode esperar certos problemas. Uma igreja que consegue converter alcoólatras, viciados em drogas, divorciados; que busca uma "mulher samaritana", ou um "Simão, o mágico", ou uma "Maria Madalena", pode esperar alguns problemas. Mas aquela igreja que escolhe a alternativa de pregar e converter somente os que são moralmente bons e que se ajustem bem em seu próprios círculos sociais e econômicos, enquanto evita alguns problemas, enfrenta o maior de todos eles em seu fracasso em obedecer o mandamento do Senhor (Marcos 16:15) e em seguir o próprio exemplo pessoal dele. Uma igreja que desenvolve pessoas pensantes que estudam objetivamente cada questão bíblica pode esperar que algumas diferenças apareçam em sua sincera busca da verdade. Uma igreja hospitaleira precisa estar preparada para acusações de negligência em sua mostra de hospitalidade. O verdadeiro zelo pelo Senhor gerará problemas, mas ai daquela igreja que negligencia a obra do Senhor para evitar questões. O anátema do Senhor está sobre essa igreja.
Não é a existência ou não existência de problemas, então, que determina a força de uma igreja, mas como lida com as suas dificuldades. Amor de uns pelos outros, cuidado mútuo, longanimidade, humildade, amor à verdade, determinação em fazer a vontade de Deus-- estas são as qualidades que fazem uma igreja forte. Elas não podem impedir que problemas se desenvolvam, mas podem capacitar uma igreja a levar seus problemas a soluções aprovadas por Deus.
por Bill Hall
Como se pode distinguir entre a
igreja e o indivíduo?
Esta pergunta é importante porque envolve assuntos de autoridade. Às vezes, alguém argumenta que "a igreja pode fazer tudo que o indivíduo pode fazer". Desse modo, se uma pessoa cristã pode se envolver em atividades sociais e esportivas, a igreja pode fazer a mesma coisa. Se uma pessoa pode sustentar uma faculdade, a igreja pode fazer o mesmo. E assim por diante.
Não há dúvida que a igreja pode fazer algumas coisas que o indivíduo faz, e vice-versa. O indivíduo deve tentar ensinar o evangelho a outras pessoas, mas esse, também, é um trabalho da igreja local. A pessoa cristã tem responsabilidades em termos de benevolência (Tiago 1:26-27), e a igreja local também tem (2 Coríntios 8 e 9). Mas o fato que os dois têm trabalho para fazer na mesma área não prova que a igreja pode fazer tudo que o indivíduo faz. Tal raciocínio exigiria um grande pulo na lógica. Sabemos que existem áreas de duplicação de responsabilidades porque as Escrituras mostram isso.
As Escrituras mostram uma distinção entre atividade individual e atividade da igreja. Enquanto a igreja é composta de indivíduos, o indivíduo sozinho não é a igreja. O termo grego ekklesia (igreja) descreve um grupo ou assembléia, e não pode ser usado corretamente para descrever uma pessoa só (como o termo "revoada" não seria aplicado a um solitário ganso).
Vários trechos mostram essa diferença. Antes que a igreja, como estabelecida por Cristo, existisse (em termos universais ou locais), o indivíduo existia e tinha papéis para cumprir em relação ao casamento. Casamento, como exemplo, é algo para indivíduos. As atividades do casamento são dignas de honra (Hebreus 13:4), mas não seriam dignas nem apropriadas no contexto da igreja. As instruções referentes ao casamento são aplicadas aos indivíduos casados. Embora as instruções sobre o casamento sejam dadas em reuniões do povo de Deus, somente os indivíduos podem seguir essas instruções e participar das bênçãos. Considere como seria absurdo argumentar, no contexto do casamento, que a igreja pode fazer tudo que o indivíduo faz!
Sendo cristão envolve todos os relacionamentos da vida. Devemos nos esforçar para fazer a vontade de Deus no lar, nos negócios, em relação ao governo, e nas atividades sociais. Nada na vida é isento. Então para distinguir entre o indivíduo e a igreja não quer dizer que há coisas que fazemos como cristãos e outras coisas que não fazemos como cristãos. Sempre somos cristãos, não importa qual aspecto da vida estejamos considerando. Porém, há algumas responsabilidades que cumprimos como indivíduos cristãos, e outras que precisam ser cumpridas no contexto da congregação (a igreja local, não a universal). Por exemplo:
Œ Trabalhando para sustentar a família (Efésios 4:28; 1 Timóteo 5:8,16). Note que, em 1 Timóteo 5, se faz uma distinção entre a responsabilidade do indivíduo e a da igreja. É somente quando o indivíduo não tem condições de suprir as necessidades mencionadas aqui que a igreja pode ser incumbida (versículo 16). Se a igreja e o indivíduo são a mesma coisa, esse versículo não teria sentido.
Envolvendo-se em negócios e profissões (1 Tessalonicenses 4:11; 2 Tessalonicenses 3:10; Tiago 4:13-17). O indivíduo pode comprar e vender e se sustentar através do comércio. Qual passagem sugere que isso seja a obra da igreja?
Ž Pais e filhos no lar (Efésios 6:1-4). O indivíduo tem o direito de disciplinar seu próprio filho. Alguém diria que tal disciplina é a obra da igreja?
Casamento. Como já observamos, o indivíduo pode ter uma esposa e cumprir seus deveres em relação a ela (1 Coríntios 7).
O indivíduo pode participar de exercícios para cuidar do seu corpo. Então, a igreja deve patrocinar academias ou aulas de ginástica?
‘ Refeições comuns são para indivíduos. Note que, em 1 Coríntios 11:18-34, Paulo distingue entre o que se faz como "igreja" e o que deve fazer em casa. Isso mostra que há algumas coisas que podemos fazer "em casa" que Deus não quer que façamos "na igreja".
’ A educação dos filhos é responsabilidade da família. Eu posso mandar um filho à escola, mas isso não quer dizer que é responsabilidade da igreja.
“ A família é responsável por atividades sociais e de lazer. Quando a igreja coletivamente se envolve nesses assuntos, ela está fora do seu papel.
O indivíduo tem mais liberdade para agir em vários aspectos da vida do que Deus tem permitido para atividade coletiva da igreja local. Além disso, há decisões e ações individuais que não devem envolver a igreja toda (veja, por exemplo, Romanos 14). Devemos ser muito cautelosos para não confundir o indivíduo com a igreja. O indivíduo deve cumprir suas responsabilidades particulares, e a igreja deve ser a igreja.
Doy Moyer
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