O texto que segue é um pequeno trecho extraído do capítulo 10 do livro “Santidade”, clássico de J. C. Ryle.
Uma meditação breve e aguda que faz um alerta muito solene e importante com base na vida da mulher de Ló. Uma mensagem que tem muito valor para todo religioso que professa a fé cristã nos nossos dias.
Tiago Santos
Título: Uma Mulher para ser Lembrada
J. C. Ryle
J. C. Ryle
Existem poucas advertências nas Escrituras mais solenes do que esta que aparece no início desta página. O Senhor Jesus Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
A mulher de Ló professava ter uma religião; seu marido era um “homem justo” (2 e 2.8). Ela deixou Sodoma com ele no dia em que Sodoma foi destruída; olhou para a cidade que havia ficado para trás e isso contra o mandamento expresso de Deus; ela morreu no mesmo instante e foi transformada em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a destaca como um sinal de alerta para a igreja; Ele diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”…
Proponho que examinemos as lições que a mulher de Ló pretende nos ensinar.
Tenho certeza de que sua história está cheia de instruções úteis para a igreja.
Os últimos dias foram colocados diante de nós; a segunda vinda de Jesus se aproxima; o perigo do mundanismo está crescendo a cada ano na igreja. Que estejamos munidos de defesas e antídotos contra a doença que está ao nosso redor e, de algum modo, fiquemos familiarizados com a história da mulher de Ló…
…Comparada às milhares de criaturas semelhantes a ela em sua época, a mulher de Ló era uma mulher favorecida.
Ela tinha um marido piedoso; através de seu casamento com Ló, Abraão, o pai da fé, era seu tio. A fé, o conhecimento e as orações destes dois homens justos não lhe eram segredos. É impossível que ela tenha habitado em tendas com eles por um longo período, sem saber quem eles eram e a quem serviam. A religião não era apenas uma ocupação formal para eles; a fé era o princípio que regia a vida deles e a motivação principal de todas as suas ações. A mulher de Ló deve ter visto e conhecido tudo isso. Este não era um privilégio insignificante.
Quando Abraão recebeu as promessas pela primeira vez, a mulher de Ló provavelmente estava lá. Quando ele edificou um altar próximo à sua tenda, entre Betel e Ai, é provável que ela estivesse lá. Quando o seu marido foi levado cativo por Quedorlaomer e libertado através da intervenção de Deus, ela estava lá. Quando Melquisedeque, rei de Salém, veio ao encontro de Abraão trazendo-lhe pão e vinho, ela estava lá. Quando os anjos chegaram a Sodoma e advertiram seu marido a fugir, ela os viu; quando eles os tomaram pela mão e os guiaram para fora da cidade, ela estava entre os que eles ajudaram a escapar. Digo uma vez mais, esses não foram privilégios insignificantes.
Ainda assim, que efeito esses privilégios produziram no coração da esposa de Ló? Praticamente nenhum. A despeito de todas as suas oportunidades e recursos da graça; a despeito de todas as advertências especiais e mensagens recebidas do céu; ela viveu e morreu ímpia, impenitente, incrédula e sem a graça. Os olhos de seu entendimento nunca foram abertos; sua consciência nunca foi despertada e vivificada; sua vontade nunca foi trazida a um estado de obediência a Deus; suas afeições nunca foram de fato colocadas nas coisas que são do alto. Ela mantinha aquela aparência de religião por causa do costume e não por causa do que sentia; isso era um disfarce desgastado para agradar as pessoas com quem convivia, mas não provinha de nenhuma noção do seu real valor. Ela fazia o que os outros, ao seu redor, faziam na casa de Ló; ela se amoldou aos costumes de seu marido; ela não fez nenhuma oposição à religião dele; ela se entregou passivamente para seguir os passos dele; mas em todo esse tempo, aos olhos de Deus, o seu coração estava em pecado. O mundo estava em seu coração e o seu coração estava no mundo. Nesta condição foi que ela viveu e nesta condição foi que ela morreu.
Em tudo isso há muito a ser aprendido. Vejo uma lição neste texto que é da maior importância nos dias de hoje. Você vive em um tempo em que existem muitas pessoas semelhantes à mulher de Ló; venha e ouça a lição que o seu caso quer nos ensinar.
Aprenda, então, que possuir privilégios religiosos não salva a alma de uma pessoa. Você pode ter vantagens espirituais de todos os tipos; você pode viver em pleno fulgor das riquezas de oportunidades e dos recursos da graça; você pode desfrutar do que há de melhor em termos de pregações e ensinamentos; você pode habitar em meio à luz, ao conhecimento, à santidade e às boas companhias. Você pode conviver com tudo isso e ainda permanecer sem conversão e, no final, estar perdido para sempre.
A mulher de Ló professava ter uma religião; seu marido era um “homem justo” (2 e 2.8). Ela deixou Sodoma com ele no dia em que Sodoma foi destruída; olhou para a cidade que havia ficado para trás e isso contra o mandamento expresso de Deus; ela morreu no mesmo instante e foi transformada em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a destaca como um sinal de alerta para a igreja; Ele diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”…
Proponho que examinemos as lições que a mulher de Ló pretende nos ensinar.
Tenho certeza de que sua história está cheia de instruções úteis para a igreja.
Os últimos dias foram colocados diante de nós; a segunda vinda de Jesus se aproxima; o perigo do mundanismo está crescendo a cada ano na igreja. Que estejamos munidos de defesas e antídotos contra a doença que está ao nosso redor e, de algum modo, fiquemos familiarizados com a história da mulher de Ló…
…Comparada às milhares de criaturas semelhantes a ela em sua época, a mulher de Ló era uma mulher favorecida.
Ela tinha um marido piedoso; através de seu casamento com Ló, Abraão, o pai da fé, era seu tio. A fé, o conhecimento e as orações destes dois homens justos não lhe eram segredos. É impossível que ela tenha habitado em tendas com eles por um longo período, sem saber quem eles eram e a quem serviam. A religião não era apenas uma ocupação formal para eles; a fé era o princípio que regia a vida deles e a motivação principal de todas as suas ações. A mulher de Ló deve ter visto e conhecido tudo isso. Este não era um privilégio insignificante.
Quando Abraão recebeu as promessas pela primeira vez, a mulher de Ló provavelmente estava lá. Quando ele edificou um altar próximo à sua tenda, entre Betel e Ai, é provável que ela estivesse lá. Quando o seu marido foi levado cativo por Quedorlaomer e libertado através da intervenção de Deus, ela estava lá. Quando Melquisedeque, rei de Salém, veio ao encontro de Abraão trazendo-lhe pão e vinho, ela estava lá. Quando os anjos chegaram a Sodoma e advertiram seu marido a fugir, ela os viu; quando eles os tomaram pela mão e os guiaram para fora da cidade, ela estava entre os que eles ajudaram a escapar. Digo uma vez mais, esses não foram privilégios insignificantes.
Ainda assim, que efeito esses privilégios produziram no coração da esposa de Ló? Praticamente nenhum. A despeito de todas as suas oportunidades e recursos da graça; a despeito de todas as advertências especiais e mensagens recebidas do céu; ela viveu e morreu ímpia, impenitente, incrédula e sem a graça. Os olhos de seu entendimento nunca foram abertos; sua consciência nunca foi despertada e vivificada; sua vontade nunca foi trazida a um estado de obediência a Deus; suas afeições nunca foram de fato colocadas nas coisas que são do alto. Ela mantinha aquela aparência de religião por causa do costume e não por causa do que sentia; isso era um disfarce desgastado para agradar as pessoas com quem convivia, mas não provinha de nenhuma noção do seu real valor. Ela fazia o que os outros, ao seu redor, faziam na casa de Ló; ela se amoldou aos costumes de seu marido; ela não fez nenhuma oposição à religião dele; ela se entregou passivamente para seguir os passos dele; mas em todo esse tempo, aos olhos de Deus, o seu coração estava em pecado. O mundo estava em seu coração e o seu coração estava no mundo. Nesta condição foi que ela viveu e nesta condição foi que ela morreu.
Em tudo isso há muito a ser aprendido. Vejo uma lição neste texto que é da maior importância nos dias de hoje. Você vive em um tempo em que existem muitas pessoas semelhantes à mulher de Ló; venha e ouça a lição que o seu caso quer nos ensinar.
Aprenda, então, que possuir privilégios religiosos não salva a alma de uma pessoa. Você pode ter vantagens espirituais de todos os tipos; você pode viver em pleno fulgor das riquezas de oportunidades e dos recursos da graça; você pode desfrutar do que há de melhor em termos de pregações e ensinamentos; você pode habitar em meio à luz, ao conhecimento, à santidade e às boas companhias. Você pode conviver com tudo isso e ainda permanecer sem conversão e, no final, estar perdido para sempre.
Trechos extraídos do livro Santidade Sem a Qual Ninguém Verá o Senhor – J. C. Ryle – Editora FIEL, capítulo 10 – Uma mulher para ser relembrada.
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