Digo a mim mesmo cada dia que passa que este é somente outro marco quilométrico, que nunca retornará, que nunca voltará a aparecer? Estou armando minha tenda móvel «cada dia mais perto do lar»? . . . Sou um filho do Pai celeste posto aqui para o Seu propósito, e não para o meu. Não vim por escolha própria; eu não me trouxe a mim mesmo para cá; nisso tudo há um propósito. Deus me deu o grande privilégio de viver neste mundo, e se me dotou de quaisquer dons, tenho que dar-me conta de que, embora, em certo sentido, todas essas coisas sejam minhas, em última instância pertencem a Deus, como o demonstra Paulo no final do capítulo terceiro de 1 Coríntios. Portanto, considerando-me como alguém que tem este grande privilégio de ser zelador dos pertences de Deus, um mordomo e despenseiro, não me apego a essas coisas. Elas não se tornam o centro da minha vida e existência, não vivo por elas nem vivo sempre a pensar nelas; não absorvem a minha vida. Ao contrário, eu as conservo sem apego; mantenho-me em um estado de bendito desligamento delas. Não sou governado por elas; antes, eu as governo; e, agindo assim, estou adquirindo, paulatinamente, e acumulando com segurança, «tesouros no céu» para mim.
... O Senhor Jesus Cristo nos ordenou que acumulemos para nós tesouros no céu, e os cristãos fiéis sempre o fi¬zeram. Acreditavam na realidade da glória que os aguardava. Tinham esperança de chegar lá, e seu único desejo era desfrutá-la em toda a sua perfeição e em toda a sua plenitude. Se queremos «seguir as suas pegadas» e fruir a mesma glória, é bom ouvir a exortação do Senhor: «Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra. . . mas ajuntai para vós outros tesouros no céu».
Síudies in the Sermon on the Mount, ii, p. 85.
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