Referência: Daniel 1
INTRODUÇÃO
Ø John Locke – “O homem é produto do meio.” Ele é uma tábula rasa, uma folha em branco.
Ø Não é fácil ser puro diante de tanta sensualidade. Não é fácil ser honesto, no meio de tanta malandragem. Não é fácil ser íntegro na escola e ficar de prova final, quando os que colam passam de direto. Não é fácil ser honesto no trabalho, quando os que roubam estão andando em carros luxuosos e você está passando dificuldades.
Ø Como Daniel prevaleceu num ambiente tão hostil?
I. Ele se recusou a seguir o mesmo caminho de fracasso dos seus contemporâneos – v. 1,2
Ø O povo de Israel estava se desviando da verdade. Judá estava entregue à idolatria. Os reis eram homens maus. O povo não dava ouvidos à voz dos profetas de Deus. Então, veio o cerco da Babilônia. O povo confiava no templo e não no Senhor (Jr 7.7) = I Samuel 4.
Ø Deus os entregou. O templo foi saqueado, roubado. Os vasos do templo foram levados para os templos dos deuses da Babilônia. O preço do pecado é muito alto. A nação sofreu. Daniel, entretanto, confiava e continuou confiando em Deus apesar de viver numa nação que se afastava de Deus.
Ø Daniel não era fruto do meio.
Ø Nem a adversidade nem a prosperidade e o sucesso o corromperam.
II. Ele não deixou o seu coração azedar por causa dos dramas da vida =
1. Ele perdeu a sua identidade = Com 17 anos, sua família foi destruída, sua vida foi virada de cabeça para baixo, seu nome foi trocado- Deu é meu juiz para Príncipe de Bel. Arrancaram Daniel à força do seio da sua família, dos seus amigos. Cortaram todos as suas raízes. Romperam com todos os seus vínculos.
2. Ele perdeu a sua nacionalidade = Agora Daniel não tem mais Pátria, não tem mais governo, não tem mais bandeira. Está exilado. Sem chão, sem língua pátria, sem cultura. Tudo o que antes ele considerava importante foi jogado na lata de lixo.
3. Ele perdeu a sua liberdade = Ele foi levado cativo. Ele não é dono mais da sua vida, da sua agenda, do seu tempo, das suas escolhas, da sua vocação.
4. Ele perdeu as raízes da sua religião = O templo foi saqueado e incendiado. Os tesouros da Casa de Deus foram roubados. Os vasos e os jarros sagrados agora eram usados em bacanais na Babilônia. Ele não tinha mais o altar, a torá, a Lei, os Sacerdotes, os Profetas, os cânticos de Sião. Agora ele recebeu um nome nome, que indica uma nova religião. Devia trocar Deus por Bel, o Senhor dos Exércitos por um ídolo. Agora a aculturação Babilônica devia correr em suas veias.
III. Ele decidiu superar o seu passado de dor – v.8
Ø O que representou a invasão de Jerusalém? Veja II Cr 36. Pais mortos, irmãs estupradas, grávidas assassinadas, nação arrasada, o templo destruído, o culto aviltado, a perda da liberdade.
Ø Muitos não superaram essa dor – Salmo 137.
Ø Apesar das tragédias históricas, a vida é feita de decisões e atitudes novas – A questão não é o que fizeram comigo, mas o que eu vou fazer com aquilo que me fizeram. Melhores atitudes, maiores altitudes.
IV. Resolveu rejeitar ofertas vantajosas por fidelidade a Deus
Ø Ele foi escolhido para viver uma viva de rei, tendo faculdade particular de graça, com emprego de primeiro escalão do maior império do mundo garantido. Ele foi premiado. Parecia ser uma proposta irrecusável.
Ø Mas “Todas as maçãs do diabo não bonitas, mas têm bicho.”
1. Viver com fidelidade exige discernimento = Devemos discernir os princípios que estão por trás das nossas ações. Qual é o problema de comer carne e beber vinho? Por trás daquela mesa real estava uma rendição da fé, uma participação na mesa de ídolos. O mesmo princípio hoje com respeito a sexo antes do casamento, fidelidade nos dízimos, honestidade nos negócios, santificação do seu corpo como templo do Espírito Santo.
2. Viver com fidelidade exige uma atitude firme = Tem que ser uma atitude forte, ousada, corajosa. Você tem que tomar essa decisão antes. Isso tem que ser absoluto para você. Você não pode ser guiado nem pelos aplausos nem pelo grito da multidão. (Os três amigos de Daniel disseram mais tarde que estavam prontos a morrer, mas não a transigir. E disseram que serviam a Deus não pelo Deus poderia fazer por eles, mas pelo caráter de Deus).
3. Viver com fidelidade exige correr riscos = Eles podiam morrer. Eles estavam arriscando a própria vida. Mas Daniel prefere correr o risco, a violar sua consciência. Prefere a morte ao pecado. Agiu com fé e por fé e Deus o honrou.
4. Viver com fidelidade exige perseverança = v.11-14 – Daniel não desiste de seu propósito diante da primeira dificuldade. Ele prossegue. Ele insiste. Ele não cogita de outra possibilidade. Exemplo: José do Egito.
5. Viver com fidelidade exige criatividade = v. 8 – Imagine se Daniel dissesse: Eu não como carne! – Mas o Rei mandou. – Azar do Rei, sou crente! Sou protestante! Ele morreria não como mártir, mas por burrice. Daniel chega para o homem da cozinha e diz: Olha você sabe que beterraba com cenoura dá melhor resultado que carne e vinho? Faça uma experiência de 10 dias! O que você faz quando alguém lhe oferece um cigarro, ou chama você para ir a uma boate? Qual é a sua resposta quando alguém lhe oferece um trago, uma picada, ou lhe chama para ir ao Motel? “Olha eu tenho algo melhor. Vamos comigo à minha igreja. Você vai sentir uma alegria diferente…” Seja criativo nos seus negócios, na sua empresa, no seu casamento.
6. Viver com fidelidade exige boas amizades = Apertados pelo mandato do rei, correm para seus companheiros e eles juntos vão buscar a Deus em oração. “Pessoas precisam de Deus, mas pessoas precisam também de pessoas.” Precisamos de alguém para abrir o coração. Para servir de suporte. Quem é que está ajudando você a viver a vida cristã.
7. Viver com fidelidade é estar convencido de que Deus vai abençoá-lo pelo fato de você ser fiel a ele = v. 11 = Faça um teste com Deus. Na sua vida de oração, do dízimo, no casamento! Deus é fiel. Não transija com os valores absolutos. Deus é fiel. Não negocie a sua fidelidade a Deus, o Senhor é fiel. Não deixe a amargura tomar conta do seu coração pelas injustiças sofridas, Deus é fiel. Não deixe que o sucesso suba à sua cabeça, Deus é fiel.
CONCLUSÃO
Ø Aprendemos com Daniel três princípios:
1. Firmeza em pequenas coisas nos preparam para maiores vitórias. Mais tarde Daniel pode enfrentar a cova dos leões. Pessoas caem em pecados sérios somente porque aprenderam a tolerar pecados menores.
2. Foram aprovados com destaque no exame feito pelo Rei. Deus honra aqueles que o honram. Deus lhes deu inteligência, capacidade, entendimento. Deus quer que você seja cabeça e não cauda.
3. Daniel foi maior que a Babilônia. A Babilônia caiu, mas Daniel ficou de pé. Nabucodonozor morreu, mas Daniel continuou exercendo a sua bendita influência para outras gerações. O que as pessoas falarão a seu respeito amanhã? Que tipo de influência você deixará para as gerações futuras?
Rev. Hernandes Dias Lopes.
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