Quão complexa e complicada é a maneira moderna de tratar das diversas porções da vida humana! Quão fútil também, já que o princípio central não é atingido! Se o olho for mau, todo o corpo será tenebroso, por maior que seja o esforço de iluminar as diferentes partes do ser. Se o manancial é venenoso, o riacho que dali se origina contém constante veneno, por mais que nos esforcemos para limpar os baldes de água dali tirados. Essa idéia é expressa por Tiago em sua Epístola, nestes termos: «De onde procedem guerras e contendas, que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?» (Tiago 4.1). Ou, como nos recorda nosso Senhor, «do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias» (Mateus 15.19).
Por conseguinte, o que precisa ser tratado é o centro, o coração, a causa da dificuldade, e não apenas suas diversas manifestações. Ou seja a árvore boa, e o seu fruto bom, ou então.que seja a árvore má, e o seu fruto mau (Mateus 7.15-20),conforme o Senhor nos ensina. O tratamento deve começar no centro. Não importa o que o homem faz, ou o que o homem sabe, ou qualquer coisa acerca dele; o próprio indivíduo é que precisa ser corrigido, em suas fundamentais e centrais relações com Deus. É médico muito deficiente aquele que trata somente dos sintomas e das complicações, e ignora a própria enfermidade. E a enfermidade, nesse caso, é a manchada e enlameada condição da alma humana, condição resultante do pecado. Seu olho espiritual está anuviado e cego.
A luz de Deus não pode penetrar ali. Todas as trevas que há no seu interior se devem a isso, e somente a isso. Essa a doença, e somente essa, que requer trata¬mento. Como o Evangelho é simples e direto!
Truth Unchanged, Unchanging, p. 90,1.
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