E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.(Gênesis 1.4)
O crente tem dois princípios agindo em seu íntimo. Em. seu estado natural, ele estava submisso apenas a um princípio — as trevas. Agora, a luz entrou em sua alma, e dois princípios estão engajados em um conflito. Isto é descrito pelo apóstolo Paulo, em Romanos 7: "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros" (vv. 21-23). Como esse estado de coisas chegou a existir? "Deus... fez separação entre a luz e as trevas."
As trevas, por si mesmas, estavam quietas e imperturbadas. Quando o Senhor criou a luz, estabeleceu-se o conflito, pois esta se opõe àquela. O conflito nunca cessará, até que o crente se torne completamente luz no Senhor. Se existe uma divisão no íntimo de cada crente, é certo que há divisão em seu exterior. Logo que o Senhor concede luz a qualquer indivíduo, ele começa a separar-se das trevas que estão ao seu redor.
Ele abandona a religião mundana constituída de cerimônias externas, pois nada menos do que o evangelho de Cristo o satisfará agora. Ele se retira da sociedade mundana e dos divertimentos frívolos, procurando a companhia dos santos. Aquilo que Deus separou, jamais procuremos unir. Assim como Cristo saiu para fora do acampamento, levando o seu opróbrio, assim também retiremo-nos dos ímpios e sejamos um povo peculiar. O Senhor Jesus era santo, puro, imaculado e separado dos pecadores. De maneira semelhante, temos de ser distinguidos do restante dos homens por meio de nossa semelhança com nosso Senhor.
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