Há alguns anos, o jornal Minneapolis Star Tribune publicou um editorial que escrevi, intitulado "Anúncios de Preservativos Promovem a Promiscuidade e Não a Boa Saúde". Em nossa cidade, houve uma discussão a respeito de tais anúncios serem ou não uma boa idéia. De algum modo, a imprensa me procurou para que me expressasse sobre o assunto. Então, com alguns outros pastores, escrevi declarando que o anúncio de preservativos era uma má idéia. Passados dois dias, recebi a seguinte carta, que mostra uma faceta da amoralidade sexual do "mundo real".
A carta: "Depois de ler seu comentário a respeito de anúncios de preservativos, senti-me contente por não fazer parte de uma organização que pensa da mesma maneira que o povo de sua igreja. Todos vocês têm a cabeça atolada na lama. Sou solteiro, com trinta e oito anos de idade. De acordo com vocês, não posso fazer sexo antes do casamento. E se eu não casar? Nunca farei sexo? Eu sou um dos que gosta de fazer sexo, e a minha namorada também. O estímulo físico de natureza sexual é um dos maiores sentimentos que alguém pode desfrutar. Sem este sentimento, perdemos um pouco do bem-estar geral".
Minha resposta: "Aprecio sua honestidade e sua prontidão em escrever-me. Nem todos têm a coragem de permanecer firmes em sua opinião.
Sim, você está certo ao concluir que eu penso que as pessoas não devem se envolver em relacionamento sexual fora do casamento. Concordo que nossa natureza sexual é boa e que a experiência de consumação das relações sexuais é um 'grande sentimento'.
Não concordo é com o fato de estes bons sentimentos físicos serem buscados sem consideração para com os assuntos mais impor¬tantes da vida, tais como lealdade e compromisso. Ou, dizendo-o em outras palavras, estou profundamente convencido de que sendo a nossa sexualidade um dom de Deus, devemos buscar a Deus para nos orientar em como lidar com este dom extraordinariamente precioso.
Quando leio a Palavra de Deus escrita, a Bíblia, encontro o ensino de que o sexo extramarital e pré-marital ë proibido. Desde que Deus é um Deus de amor e sabedoria, entendo que é bom para mim abster-me de relações sexuais fora do casamento.
Em um sentido, aqueles que não casam experimentam 'perda' — a perda de uma sensação física. Mas também experimentam grande ganho. A emoção moral de ser senhor de seus próprios impulsos é como atingir o topo de uma montanha coberta de neve, escalando-a contra todo o excesso de gelo e vento. Os maiores prazeres da vida não resultam de ceder aos impulsos físicos semelhantes aos dos animais. Os maiores prazeres da vida procedem de subirmos à conformidade moral, pessoal e espiritual com o nosso Criador, em cuja imagem fomos criados.
Pergunto se você diria: 'Visto que Jesus nunca casou nem experimentou a relação sexual, Ele era, de alguma maneira, menos admirável, menos digno de nossa confiança, obediência e louvor?'
Por favor, saiba que não fico ressentido por você haver escrito para mim, nem o desprezo por causa de suas opiniões. Meu desejo profundo é que você apenas considere mais seriamente a possibilidade da sexualidade humana ser uma expressão de amor extraordinário, e não um puritanismo da época vitoriana".
Ele respondeu com uma carta conciliatória afirmando que respeitava minhas opiniões. Ainda oro que ele pare de se contentar com lazer na favela, quando umas férias nos Alpes é oferecida na fidelidade a Jesus.
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