A fim de manter o combate e a maratona na perspectiva correta precisamos nos lembrar de algumas coisas. Primeira, precisamos reter na mente que o combate não está em desarmonia com a alegria; é o combate para manter a alegria. A pergunta não é: Como o combate pode ser compatível com a alegria? A pergunta é: Visto que a alegria é tão preciosa, que estratégias de combate a protegerão e preservarão em meio a todas as adversidades da vida?
Com muita freqüência o cristão precisa clamar com Davi: "Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer" (Salmos 51.12). Muitas vezes precisamos dizer com o salmo 23: "Refrigera-me alma" (v. 3; RA). Se não houvesse o combate pela alegria, não haveria necessidade de devolução da alegria à alma.
Vimos nos Capítulos 15 e 16 que no centro da fé salvífica está o prazer em quem Deus é e a satisfação em tudo o que Deus é para nós em Jesus. Isso significa que o "bom combate da fé" (ITimóteo 6.12) é na raiz um combate pelo prazer. E o combate por manter a satisfação em Deus contra todas as atrações do mundo e todos os enganos do Diabo. O combate pela fé na graça futura é o combate pela alegria. Saber disso nos ajudará a entender o que acontece quando sobrevêm as tentações. O prazer decrescente é uma conclamação à guerra.
OS GRANDES SÃO OS QUE TRAVARAM OS MAIORES COMBATES
A segunda coisa a reter na mente é que os maiores cristãos combateram essa luta conosco e alguns deles ainda o estão combatendo por nós. David Brainerd, o jovem missionário aos índios americanos de 250 anos atrás, lutou dolorosa e bravamente contra a perda da alegria. Seu diário ainda hoje encoraja pessoas:
Domingo, 16 de dezembro de 1744. "Fiquei tão esmagado pela tristeza que não sabia mais como viver. Desejei a morte ardentemente: minha alma estava afundada em águas profundas, e as correntes estavam prestes a me afogar. Fiquei tão oprimido que minha alma ficou em estado de horror".
Mas ele nunca desistiu de combater o combate. E repetidas vezes a alegria foi restaurada durante sua breve vida de 29 anos.
17 de abril de 1747. "Oh, como ansiei preencher todos os momentos restantes com Deus! Embora meu corpo estivesse tão débil e exausto de pregar e de tantas conversas em particular, mesmo assim queria ficar acordado a noite inteira para fazer algo para Deus. A Deus, o doador desses momentos de refrigério, toda a glória para sempre e sempre. Amém". 21 de fevereiro de 1746. "Minha alma foi renovada e confortada, e não pude senão bendizer a Deus, que me capacitou em boa medida a ser fiel no dia passa¬do. Oh, como é precioso ser usado e gasto para Deus".
"COOPERADORES DE VOSSA ALEGRIA"
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