O medo domina muitas pessoas. É a sua única consideração ao tomar decisões; o homem com um talento lamenta, “Tive medo”, e prontamente começa a cavar (Mateus 25:25). Gideão liberou os medrosos (Juízes 7:3). Não há preocupação com honra, dever ou lealdade; eles estão com medo. Então correram para casa! Medo antes do dever é covardia e produz uma bagunça feia tanto nas ações quanto no caráter. Deixa “no coração tal ansiedade ... o ruído de uma folha movida os perseguirá ... cairão sem ninguém os perseguir ... não podereis levantar-vos diante dos vossos inimigos” (Levítico 26:36-37).
Muitos queriam ser corajosos. Imaginam que a coragem faça parte da estrutura dos heróis. Mas não é assim. Coragem não é uma virtude. Não requer nenhum caráter para enfrentar aquilo que você não teme. Sem dúvida aquele que não sente medo de tudo que o homem pode fazer com ele ou é excessivamente ignorante ou burro. Paulo agüentou a ameaça de morte, prisão, espancamento, apedrejamento e rejeição social. Você pode achar que ele era um homem de ferro, no entanto ele diz, “E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós” (1 Coríntios 2:3).
O homem é desafiado. Sua boca fica seca e seu coração bate mais forte. Uma sensação fria passa pelo seu corpo inteiro enquanto se forma um nó no seu estômago. Seus músculos tremem. Ele tem uma forte inclinação a estar em algum outro lugar. Mas ele sai e enfrenta seu gigante. Um homem corajoso sente o mesmo medo que um covarde; suas ações são independentes do seu medo.
Coragem é um atributo excelente – uma resposta alternativa para o medo. É a força para enfrentar o detestável e fazer o temido. Escolhe o certo apesar das conseqüências. Coloca o dever antes do medo.
Mas como conquistamos o medo? Três coisas ajudarão.
Œ Medo modera o medo. Um homem pequeno não irá fugir de Hércules, o valentão. Por que? Ele tem medo! Ele tem medo de ver a decepção ou o desprezo nos olhos de sua amada. As feridas deixadas pelo valentão são insignificantes em comparação. “Não temais os que matam o corpo ... temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10:28). Medo do homem é diminuído por um medo maior de Deus.
A fé coloca o medo em perspectiva. “Por que sois tímidos, homens de pequena fé?” (Mateus 8:26). A fé é capaz de ver o resto da imagem. Vê além daquele momento – tortura e morte – para a ressurreição (Hebreus 11:35). Ela vê o companheiro invisível quando estamos sozinhos (2 Timóteo 4:16-17; Hebreus 11:27), e enxerga nosso ajudante quando estamos desamparados (Hebreus 13:6)
Ž O amor vence o medo (1 João 4:18). Medo é a motivação inicial e elementar; amor – um sentido racional de valores – é a motivação madura. O amor cresce, amadurece e remove o medo. O medo não é mais o fator decisivo. Conseqüentemente, se não houvesse inferno, o amor ainda obedeceria. O amor da verdade exige a verdade; o amor de Deus exige adoração; o amor do que é certo requer a justiça.
“O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13:6).
–por Joe Fitch
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