O Evangelho é o poder de Deus para a salvação, e, infelizmente, muitas igrejas tem vergonha de proclamá-lo (Romanos 1.16). Como resultado, talvez não experimentemos os frutos da transformação em nossas igrejas que normalmente é associada ao evangelho (Colossenses 1.4-6; 2 Pedro 1.3-9). A transformação pelo Evangelho normalmente é encontrada na companhia da proclamação do Evangelho.
O Evangelho pode (cuidadosamente) ser resumido da seguinte maneira: Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para viver nossa vida, morrer nossa morte e ressuscitar triunfante para reunir, pelo Espírito Santo, pecadores perdoados em uma nova vida como o povo de seu Reino, debaixo de seu gracioso reinado.
O foco do Evangelho não é na incapacidade da humanidade (incluindo a transformação), mas na glória de Deus. Eu sou transformado quando vivo de acordo com o Evangelho (Gálatas 2.14) – evitando tanto o legalismo como a libertinagem – e buscando a alegria encontrada ao render completamente a minha vida desregrada em troca de expressar graciosamente a vida justa de Cristo em cada aspecto da minha caminhada como cristão (Gálatas 2.20).
O Evangelho é o que nos endireita perante Deus (justificação) e também é o que nos liberta para nos deleitarmos nele (santificação). O Evangelho muda tudo!
É possível resumir simplesmente na não tão simples frase de J. I. Packer: “Deus salva pecadores”
“Deus – Jeová Triúno, Pai, Filho e Espítiro; três Pessoas trabalhando juntos em sabedoria soberana, poder e amor proporcionam a salvação de um povo escolhido, o Pai elegendo, o Filho cumprindo a vontade do pai ao redimir, o Espírito realizando o propósito do Pai e do Filho ao transformar.”
“Salva – realiza tudo, do começo ao fim, que está envolvido no processo de trazer o homem da morte no pecado para a vida em glória: planeja, proporciona e comunica a redenção, convoca e preserva, justifica, santifica e glorifica. Pecadores não salvam a si mesmos de forma alguma. A salvação, do começo ao fim, completa e totalmente, no passado, no presente e no futuro, é do Senhor, glorificado para sempre – amém.”
“Pecadores – Quando nascemos, estamos mortos, condenados, depravados, corruptos, perversos, pecadores e completamente incapacitados de salvar ou mesmo levanter um dedo sequer para alcançar a salvação (Romanos 2-3; 6.23). O pobre pecador nem mesmo sabe que está morto. A lei de Deus mostra a extensão de nossa perversidade (Gálatas 3.24).”
A graça de Deus é extendida a nós, não porque mereçamos, mas apesar de não merecermos (Romanos 5.8). Nossas obras, mesmo quando tentamos fazer boas obras, não são adequadas para contribuir para nossa salvação ou santificação. Uma vez que o Espírito regenera nossas almas perdidas, nós recebemos pela fé a obra completa de Cristo, que proporciona nossa justificação – uma declaração da justiça dele em nós. Conforme sua graça continua trabalhando em nossas vidas, o Evangelho frutifica em cada aspecto de nossas vidas (Colossenses 1.6; 2 Pedro 1-3-9).
Traduzido por Filipe Schulz
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