Pode-se dizer acerca da sinceridade o que se tem dito sobre o fogo. . . «O fogo é bom servo, mas é mau senhor». Enquanto o fogo está sob controle, nada é mais valioso do que ele. . . Porém, uma vez que se perde o controle do fogo, e que ele assume a posição de mando, leva somente à destruição e ao caos. Ou podemos lançar mão da ilustração de um cavalo bem criado, vigoroso e brioso.
Nada dá maior prazer do que montarmos em tal cavalo, enquanto estivermos firmes na sela, segurando com firmeza as rédeas. Mas se tal cavalo tomar o freio entre os dentes e disparar, nossa situação ficará precária e o incidente poderá terminar em desastre. Pois bem, dá-se precisamente a mesma coisa com a sinceridade. Se o conhecimento estiver firmado na sela, se o conhecimento e a verdade estiverem no controle, nada será melhor ou mais excelente do que a sinceridade. Mas se entregarmos o controle à própria sinceridade, bem poderá levar-nos a extravios desesperados e fazer-nos cair em desastre.
Isso é o que sucedera ao apóstolo Paulo, antes de sua conversão... Mas, dados o conhecimento e a direção certos, não há nada tão essencial como a sinceridade. Todavia, quando se põe a confiança na pressão do vapor das máquinas, ao invés de pô-la na bússola para seguir na direção certa, só pode acontecer uma coisa: naufrágio. Em nossa época, há multidões que vão a todo vapor na pretensa busca da verdade e da realidade. . . mas, em nome de Deus, indagamos delas: «Para onde vocês vão? Vocês possuem o conhecimento verdadeiro? Sua bússola funciona? Vocês ainda mantêm os olhos fitos na estrela polar? Vocês não acham que é tempo de fazer uma marcação e verificar sua posição exata? Vocês não têm consciência de certos perigos graves que estão sujeitos a encontrar a qualquer momento? . . . Parem um pouco. Percebam o perigo de confiar exclusivamente na força. Entendam a importância absoluta do conhecimento e da verdade, de informação e de direção certa».
Truth Unchanged, Unchanging, p. 62-4
Nenhum comentário:
Postar um comentário