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16 de out. de 2010

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 2 Pedro 2:1E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. 1 Coríntios 11:19E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices. Romanos 16:17-18Como podemos prevenir ser susceptíveis à heresia? A Bíblia diz em Colossenses 2:6-7 “Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nEle andai, arraigados e edificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças. Romanos 1:22-23 “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” Êxodo 20:3-4 “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 1 Coríntios 10:14


O que é Heresia?
por
Antônio Pereira da Costa Júnior


“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. Colossenses 2.8
Para a maioria das pessoas os termos: seita, heresia, apologética etc, é de difícil elucidação e trazem, na maioria das vezes, confusões e discrepâncias. Talvez por falta de informação e formação teológica, muitos líderes estão ministrando heresias destruidoras no seio da igreja cristã. Isso é deveras preocupante. Termos como: conversão, arrependimento, regeneração, justificação, propiciação, dentre outros, estão sendo substituídos por: decretar, maldição, reivindicar, apossar-se, tomar posse da bênção etc.
Urge a necessidade de, mais do que nunca, o líder estar de acordo com 1Tm 3.2 que diz: “é necessário, pois, que o bispo seja... apto para ensinar”. Mas a aptidão ao ensino só vem com esmero estudo das Escrituras Sagradas, o que muitos não querem. Preferem copiar a moda vigente. A “Teologia do Momento” é muito mais atraente e fácil. Traz satisfação ao ego, massageia a nossa alma narcisista. O evangelho do aplauso é mais vistoso do que o evangelho da cruz. Dá mais status.
Amados, devemos lembrar-nos do que diz o apóstolo Paulo: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu , porém, sê sóbrio em tudo , sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”. 2Tm 4.3-5 (grifo nosso)
Enquanto muitos estão embriagando-se com os sistemas hodiernos de uma eclesiologia doente, somos advertidos para sermos sóbrios no meio dos bêbados-hereges. Paulo diz-nos que para cumprirmos o nosso ministério não é preciso tomar um porre de pseudodoutrinas. Basta sermos fieis aquele que nos chamou.
Mas, afinal, o que significa as palavras seita e heresia? Ambas derivam da palavra grega “ háiresis” , que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de “háiresis”. Quando passada para o latim, “háiresis” virou “secta” . Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, como em 1Co 11.19; Gl 5.20; 1Pe 1.1-2.
Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.
Vejamos ainda algumas definições de apologistas famosos:
1ª “um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas”. Dr. Walter Martin.
2ª “é uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã”. Josh McDoweell e Don Stewart.
3ª “Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria”. J. K. Van Baalen.
A palavra doutrina vem do latim “doctrina”, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Algumas pessoas confundem doutrina com a questão de usos e costumes. Alguns falam: “a minha igreja tem doutrina”. Quando, possivelmente, lá existam na realidade muitas heresias. O verdadeiro ensino bíblico e teológico é que constitui a verdadeira doutrina.
Apologia significa defesa. Algumas pessoas fazem apologia às drogas, ao crime etc, mas dentro da heresiologia, apologia significa fazer uma defesa da fé cristã ortodoxa. Defender a igreja contra ensinos de demônios e de homens cujo deus é o ventre. É defender a fé que “de uma vez por todas foi entregue aos santos”. (Jd 3). O trabalho do apologista é difícil e, muitas vezes, incompreendido até mesmo dentro de sua denominação.
Quando o apóstolo Pedro nos pede para “...estar sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15); a palavra “responder”, é apologia. Ou seja, Pedro nos diz que devemos estar preparados para fazer uma defesa segura de nossa fé. Como alguém que está sendo acusado em um júri. Será que todos nós, líderes, ovelhas e pastores, temos esta condição de sermos apologistas da fé cristã? Ou estamos descendo de ladeira abaixo rumo às falácias de homens incautos e arrogantes, que “não sabem o que dizem sem as coisas sobre as quais fazem ousadas asseverações?” Pois são pessoas que “resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé”. 2Tm 3.8b.
Que Deus nos dê a Sua graça, e nos ajude. Parafraseando Lutero: que a nossa mente esteja cativa à palavra de Deus.

SOLI DEO GLORIA


Heresia: breve definição

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“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. Colossenses 2.8

Para a maioria das pessoas os termos: seita, heresia, apologética etc, é de difícil elucidação e trazem, na maioria das vezes, confusões e discrepâncias. Talvez por falta de informação e formação teológica, muitos líderes estão ministrando heresias destruidoras no seio da igreja cristã. Isso é deveras preocupante. Termos como: conversão, arrependimento, regeneração, justificação, propiciação, dentre outros, estão sendo substituídos por: decretar, maldição, reivindicar, apossar-se, tomar posse da bênção etc..



Urge a necessidade de, mais do que nunca, o líder estar de acordo com 1Tm 3.2 que diz: “é necessário, pois, que o bispo seja… apto para ensinar”. Mas a aptidão ao ensino só vem com esmero estudo das Escrituras Sagradas, o que muitos não querem. Preferem copiar a moda vigente. A “Teologia do Momento” é muito mais atraente e fácil. Traz satisfação ao ego, massageia a nossa alma narcisista. O evangelho do aplauso é mais vistoso do que o evangelho da cruz. Dá mais status.


Amados, devemos lembrar-nos do que diz o apóstolo Paulo: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu , porém, sê sóbrio em tudo , sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”. 2Tm 4.3-5 (grifo nosso)


Enquanto muitos estão embriagando-se com os sistemas hodiernos de uma eclesiologia doente, somos advertidos para sermos sóbrios no meio dos bêbados-hereges. Paulo diz-nos que para cumprirmos o nosso ministério não é preciso tomar um porre de pseudodoutrinas. Basta sermos fieis aquele que nos chamou.


Mas, afinal, o que significa as palavras seita e heresia? Ambas derivam da palavra grega “ háiresis” , que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de “háiresis” . Quando passada para o latim, “háiresis” virou “secta” . Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, como em 1Co 11.19; Gl 5.20; 1Pe 1.1-2.


Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.


Vejamos ainda algumas definições de apologistas famosos:



1ª “um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas”. Dr. Walter Martin.


2ª “é uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã”. Josh McDoweell e Don Stewart.


3ª “Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria”. J. K. Van Baalen.


A palavra doutrina vem do latim “doctrina”, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Algumas pessoas confundem doutrina com a questão de usos e costumes. Alguns falam: “a minha igreja tem doutrina”. Quando, possivelmente, lá existam na realidade muitas heresias. O verdadeiro ensino bíblico e teológico é que constitui a verdadeira doutrina.


Apologia significa defesa. Algumas pessoas fazem apologia às drogas, ao crime etc, mas dentro da heresiologia, apologia significa fazer uma defesa da fé cristã ortodoxa. Defender a igreja contra ensinos de demônios e de homens cujo deus é o ventre. É defender a fé que “de uma vez por todas foi entregue aos santos”. (Jd 3). O trabalho do apologista é difícil e, muitas vezes, incompreendido até mesmo dentro de sua denominação.


Quando o apóstolo Pedro nos pede para “…estar sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15); a palavra “responder”, é apologia. Ou seja, Pedro nos diz que devemos estar preparados para fazer uma defesa segura de nossa fé. Como alguém que está sendo acusado em um júri. Será que todos nós, líderes, ovelhas e pastores, temos esta condição de sermos apologistas da fé cristã? Ou estamos descendo de ladeira abaixo rumo às falácias de homens incautos e arrogantes, que “não sabem o que dizem sem as coisas sobre as quais fazem ousadas asseverações?” Pois são pessoas que “resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé”. 2Tm 3.8b.


Que Deus nos dê a Sua graça, e nos ajude. Parafraseando Lutero: que a nossa mente esteja cativa à palavra de Deus.

Fonte: [ Caminho Cristão ]
Imagem: Danilo Fernandes (Genizah)


Spurgeon não acreditava na existência de um evangelho que de algum modo possa ser desligado da estrutura geral da teologia bíblica. Ele entendia que a verdade completa tem lugar na evangelização. Mas o que provavelmente deve ser questionado em função das declarações acima, tão distantes da nossa moderna concepção da obra evangelística, é se, afinal, o evangelho pode ser pregado com base numa doutrina como esta. Deve-se admitir desde logo que, se por evangelho queremos dizer que Cristo morreu por todos, que Deus "respeita o dom do livre-arbítrio dado por Ele", e que "uma decisão por Cristo" é o nó da questão da salvação, tal evangelho não é reconhecível nos sermões de Spurgeon. Entretanto, ele expunha incessantemente a grandeza do amor de Cristo pelos pecadores, a gratuidade do Seu perdão e a plenitude da Sua expiação; e procurava persuadir e exortar todos a arrepender-se e a crer em tal Salvador. O ponto em que ele divergia do hipercalvinismo e do arminianismo é que ele se negava a racionalizar sobre como é possível ordenar aos homens que façam o que não está em seu poder.

“A mesma dificuldade é levantada quando se indaga: como é que os homens podem ser responsáveis se perecem em pecado, se só a graça pode impedir tal fim? "Diz alguém : "Mas eu não entendo esta doutrina". Talvez não, porém lembre-se de que, conquanto seja nossa obrigação dizer-lhe a verdade, não é nossa obrigação dar-lhe o poder de entendê-la; e, além disso, este não é um assunto para entender, e sim para crer, porque é revelado na Palavra de Deus. É um dos axiomas da teologia que, se o homem se perder, não se deve culpar a Deus por isso; e é também um axioma da teologia que, se o homem é salvo, a Deus cabe toda a glória disso."  

Os arminianos dizem que os pecadores recebem ordem para fazê-lo e que, portanto, têm que ser capazes de fazê-lo; os hipercalvinistas dizem que os pecadores não são capazes disso e, portanto, não podem receber ordem para que o façam. Mas as Escrituras e o calvinismo expõem as duas verdades: a incapacidade do homem e o seu dever, e ambas constituem uma parte indispensável da evangelização - a primeira revela a necessidade que o pecador tem de uma ajuda que só Deus pode dar, e a segunda, que é expressa em exortações, promessas e convites das Escrituras, mostra-lhe o lugar em que a paz e a segurança estão, a saber, na Pessoa do Filho de Deus.

O fato de que a regeneração é obra de Deus certamente nos proíbe dizer aos homens que eles podem nascer de novo no momento escolhido por eles ou pelo pregador, porém isso não impede o evangelista de fazer o seu verdadeiro trabalho, que é mostrar aos homens que eles só podem ser salvos pela graça, por meio da fé, e que a confiança em Cristo é o caminho da paz com Deus. Por mais longe que esteja da capacidade da razão conciliar a ordem aos pecadores para crerem no Filho de Deus para a salvação com a verdade segundo a qual somente a graça pode capacitá-los a isso, não há conflito entre as duas coisas nas Escrituras. Spurgeon tomava essas duas coisas, o dever do homem de crer e a sua pecaminosa incapacidade para cumpri-lo, e as utilizava como as duas mandíbulas de um torno para agarrar a consciência do pecador. Vejam o seguinte exemplo:

"Deus pede que você que creia que, por meio do sangue de Jesus Cristo, Ele pode continuar sendo justo e ainda ser o justificador do ímpio. Ele requer que você confie em Cristo para ser salvo. Acaso você pode esperar que Ele o salve se não confiar nEle? Saiba que a coisa mais razoável do mundo é Ele exigir de você que creia em Cristo. E é isto que Ele exige de você nesta manhã: "Arrependa-se, e creia no evangelho". O amigo, ó amigo, como é triste, como é triste o estado da alma do homem que não quer fazer isso! Podemos pregar-lhe, mas você não quer nunca arrepender-se e crer no evangelho. Podemos meter as ordens de Deus como um machado na raiz da árvore, mas, apesar de razoáveis como são essas ordens, você se recusa a dar a Deus o que Lhe é devido; você quer continuar em seus pecados; não quer vir a Ele para ter vida; e é neste ponto, no dia do Seu poder, que o Espírito de Deus precisa entrar em ação na alma dos eleitos para fazê-los crer. No entanto, em nome de Deus eu o advirto de que, se depois de ouvir este mandado você continuar a recusar obediência a este evangelho tão razoável, como sei que fará sem o Espírito de Deus, verá no fim que o evangelho será mais tolerável para Sodoma e Gomorra do que para você; pois, se as coisas que são pregadas em Londres tivessem sido pregadas em Sodoma e Gomorra, há muito tempo aquela gente teria se arrependido e se teria posto em pano de saco e em cinza. "Ai de vocês, habitantes de Londres!"

Mas ele não abandona os pecadores nesse ponto. Ouçam a maneira pela qual ele conclui o sermão que acabei de citar. Com um grandioso crescendo da verdade, ele veio atacando a consciência dos incrédulos de todas as direções e agora, numa agonia de zeloso fervor, chega a esta tremenda conclusão: "Responsabilizo vocês pelo Deus vivo, responsabilizo vocês pelo Redentor do mundo, responsabilizo vocês pela cruz do Calvário, e pelo sangue que deixou suas marcas no pó do Calvário, obedeçam a esta mensagem divina, e terão a vida eterna; porém, recusem-na, e sobre as suas cabeças estará o sangue de vocês para todo o sempre!"

Além disso, ele não somente exortava os pecadores, mas também freqüentemente falava diretamente a eles. Numa linguagem que parece muitíssimo distante da presente fórmula para encerramento de uma mensagem evangelística, ele aconselhava os homens sobre como buscar a Cristo: "Antes de saírem deste local", diz ele numa tal ocasião, "soprem anelantes uma fervorosa oração a Deus, dizendo: "Ó Deus, sê misericordioso para comigo, pecador que sou. Senhor, preciso ser salvo. Salva-me. Clamo por Teu nome". Juntem-se a mim em oração neste momento, eu lhes imploro. Juntem-se a mim enquanto eu ponho na boca de vocês, e digam-nas por si mesmos - "Senhor, sou culpado, mereço Tua ira. Senhor, eu não posso salvar-me a mim mesmo. Senhor, quero ter um novo coração e um espírito reto, mas, que posso fazer? Senhor, não posso fazer nada; Senhor, por Tua boa vontade, vem e opera em mim o querer e o efetuar.
Só Tu tens poder, bem sei, Para salvar este mísero ser; Para quem ou para onde fugirei, Se de Ti eu correr?

"Mas agora, do fundo do meu coração clamo a Ti, ó Senhor. Confio no sangue e na justiça do Teu amado Filho... Senhor, salva-me esta noite, pelo amor de Jesus".
Outros versos que ele utilizava para dirigir-se aos peca¬dores era a seguinte estrofe de Charles Wesley:

O íntimo de minh'alma muda,
ó Deus; No fundo do meu tenso coração
Imprime valores eternos;
Dá-me sentir o seu solene peso,
E a tremer em face do destino,
 Desperta-me para a Tua justiça!

Dessa maneira as almas anelantes eram dirigidas a Deus somente, e, embora se esperasse que os membros do Tabernáculo estivessem sempre procurando aqueles que necessitavam de ajuda espiritual, não se requeria nenhum sinal externo dos interessados. É justamente nesse ponto, Spurgeon sabia, que o arminianismo faz estrago chamando a atenção para a ação humana, em vez de para a divina. "Não se abale", ele costumava dizer, "confie em Jesus". "Eu gostaria de ir à sala de perguntas." Imagino que sim, mas não queremos fomentar nenhuma superstição popular. Tememos que nessas salas os homens são induzidos a uma confiança fictícia. Muito poucos são os pretensos convertidos em salas de perguntas que se saem bem. Vá diretamente a seu Deus, aí mesmo onde você está. Lance-se aos cuidados de Cristo, agora, imediatamente, sem se mover uma polegada!" Essas palavras foram proferidas antes da sala de perguntas desenvolver-se chegando ao sistema moderno de apelos e decisões; com que tristeza Spurgeon veria esse desenvolvimento não é difícil imaginar. Ele sabia que tão logo tais coisas se tornassem parte da evangelização, os homens depressa começariam a imaginar que podem salvar-se por fazerem certas coisas, ou que essas coisas ao menos os ajudam a salvar-se -"Deus não designou salvação por meio de salas de perguntas" torna-se uma advertência recorrente em seus últimos sermões.

O homem estabeleceu uma conexão entre vir à frente após um apelo e "vir a Cristo", porém Spurgeon teria repudiado vigorosamente qualquer conexão desse tipo. Não somente esse método evangelístico inexiste nas Escrituras, mas também ele vicia o que as Escrituras ensinam sobre como vir a Cristo:

 "É um movimento do coração rumo a Ele, não um movimento dos pés, pois muitos vieram a Ele no corpo, e, contudo, nunca vieram a Ele em verdade ... a vinda aqui referida é realizada por desejo, oração, assentimento, confiança, obediência".  

Além disso, Spurgeon tinha bastante experiência da poderosa obra do Espírito para saber que a suposta utilidade desses adendos humanos à pregação do evangelho não os justifica; o homem genuinamente convencido pela verdade pode muito bem ser o último a desejar pôr em prática as ações públicas que um"apelo" lhe imporia: "Na maior parte, uma consciência ferida, como uma corça ferida, só se contenta em ficar sozinha para poder sangrar secretamente. É muito difícil pegar um homem que está sob convicção de pecado; ele se recolhe tão fundo dentro de si mesmo que é impossível segui-lo.

A prática levada a efeito no Tabernáculo estava inteiramente em harmonia com estas conexões. No fim dos cultos a congregação de 5.000 pessoas era induzida a inclinar-se em solene serenidade, sem nenhum órgão ou outra música para romper o silêncio, e depois os membros da igreja estavam prontos para falar com quaisquer estranhos que acaso estivessem sentados por perto e desejassem ajuda.

Essas considerações sobre como o arminianismo afeta a apresentação do evangelho levam-nos à razão final pela qual o ensino necessariamente deve ser considerado de maneira séria. E porque esse tipo de evangelização, onde quer que prevaleça, tem a inevitável tendência de produzir uma perigosa superficialidade religiosa.

O arminianismo, devido passar por alto, como já vimos, a contundente verdade de que toda a experiência salvadora tem que começar pela regeneração, e por implicar que os homens chegam à fé e ao arrependimento sem a direta e anterior obra do Espírito Santo, estabelece um modelo de conversão que é inferior ao modelo bíblico. Sob a pregação arminiana o pecador é instruído no sentido de que deve começar a obra tornando-se desejoso, e Deus a completará; ele deve fazer o que pode, e Deus fará o resto. Logo, se for tomada uma "firme decisão por Cristo", a pessoa é imediatamente aconselhada a confiar em que a obra divina também foi realizada, e a considerar textos como João 1:12 como descritivos do seu caso. Todavia a verdade é que o arminianismo erigiu ummodelo de conversão que é sub-bíblico e que pessoas não regeneradas podem alcançar. Apresentando o arrependimento e a fé como algo possível aos homens não renovados, ele abre o caminho para uma experiência na qual a vontade própria do pecador, e não o poder de Deus, pode ser a principal característica. As Escrituras apresentam em toda parte a vontade e o poder de Deus em primeiro lugar, não em segundo, na salvação, e um ensino que promete que a vontade de Deus deve seguir a nossa pode ter o efeito de fazer os homens confiarem numa ilusão - uma experiência que absolutamente não é a salvação. E contra essa ilusão que as Escrituras nos advertem muitas vezes. E a premência da advertência surge em parte do fato de haver uma "fé" que pode ser exercida por homens não regenerados e cujo exercício pode até levar a pessoa a sentir gozo e paz. Mas o arminianismo, em vez de acautelar os homens contra esse perigo, inevitavelmente o estimula, pois lança os homens, não aos cuidados de Deus, e sim aos cuidados dos seus próprios atos. A impressão distintivamente dada ao ouvinte do evangelho é que a escolha não é de Deus, mas do referido ouvinte, e que este é capaz, ali e nessa ocasião, de decidir a hora do seu renascimento.
Por exemplo, um opúsculo de grande circulação na evangelização estudantil na atualidade formula "Três passos simples" para se tornar cristão: primeiro, reconhecimento pessoal do pecado, e, segundo, fé pessoal na obra substitutiva de Cristo. Esses dois passos são descritos como preliminares, mas "o terceiro(é) tão final que dá-lo me fará cristão.... Tenho que vir a Cristo e reivindicar a minha participação pessoal naquilo que Ele fez por todos". Esse terceiro passo, absolutamente decisivo, fica comigo, Cristo "espera pacientemente até eu abrir a porta. Então Ele entra...". Uma vez tendo feito isso, imediatamente posso considerar-me cristão. O aconselhamento continua: "Conte a alguém hoje o que você fez".

Nessa base, o homem pode fazer profissão de fé sem nunca ter prejudicada a sua confiança em sua própria capacidade; nada lhe é dito sobre a sua necessidade de mudança da natureza que não está dentro do seu poder, e, conseqüentemente, se ele não experimentar essa mudança radical, ele não sofrerá consternação. Nunca lhe foi dito que isso é essencial, e por isso ele não vê razão para duvidar de que é cristão. Na verdade, o ensino sob cuja influência ele se colocou milita coerentemente contra o surgimento de tais dúvidas. Freqüentemente se diz que o homem que tomou uma decisão com pouca evidência de uma vida transformada pode ser um cristão "carnal", necessitado de instrução sobre a santidade, ou, se o mesmo indivíduo for perdendo aos poucos os seus interesses recém-encontrados, freqüentemente a culpa é atribuída à falta de "acompanhamento",ou de oração, ou a alguma outra deficiência por parte da igreja. A possibilidade de que esses sinais de mundanismo e de extravio sejam decorrentes da ausência de uma experiência salvadora no começo raramente é considerada; se esse ponto fosse encarado, todo o sistema de apelos, decisões e aconselhamento entraria em colapso, porque se colocaria em primeira plana o fato de que a mudança da natureza não está no poder do homem, e que leva muito mais tempo do que algumas horas ou alguns dias para estabelecer se a declarada resposta ao evangelho é genuína. Mas, em vez de encarar isso, declara-se que duvidar de que um homem que "aceitou a Cristo" é cristão equivale a duvidar da Palavra de Deus, e que abandonar os "apelos" e seus adjuntos é desistir completamente da evangelização. Que tais coisas podem ser ditas é uma trágica prova da extensão em que o modelo arminiano de conversão chegou a ser considerado como o modelo bíblico. Tanto assim que, se alguém faz objeção ao uso de expressões antibíblicas como "aceite a Cristo""abra o coração para Cristo", "deixe que o Espírito Santo salve você", isso geralmente é considerado como mera contestação de palavras.

Spurgeon viu o arminianismo como um afastamento da pureza da evangelização neotestamentária e vê-se que, ao afirmar que a superficialidade religiosa é uma das suas conseqüências subordinadas, ele percebeu o que veio a se tornar tão característico do movimento evangélico moderno. O que o alarmava era que estava desaparecendo a ênfase à necessidade da ação do Espírito e que a longa caudal da conversão estava cedendo lugar a uma atividade apressada. "Vocês sabem", perguntou ele num sermão intitulado "Semeada entre Espinhos", pregado não muito tempo antes da sua morte, "por que tantos cristãos professos são como o terreno cheio de espinhos? É porque têm sido omitidos processos que teriam ido muito mais longe para alterar a condição das coisas. Era dever do dono arrancar os espinheiros ou queimá-los ali mesmo. Há anos, quando as pessoas eram convertidas, esse tipo de coisa era utilizada como meio para a convicção de pecado. O grande e penetrante arado das angústias da alma era utilizado para dilacerar fundo a alma. O fogo também queimava na mente com fortíssimo calor: os homens viam o pecado, sentiam seus resultados terríveis, e o amor ao pecado era queimado e eliminado deles. Mas agora nos dão de comer bazófias de salvações rápidas. Quanto a mim, acredito em conversões instantâneas, e me alegro ao vê-las; mas fico mais contente ainda quando vejo uma completa obra da graça, um profundo sentimento de pecado e um eficaz ferimento feito pela lei. Jamais nos livraremos dos espinhos com arados que raspam a superfície...".

Junto com um rebaixado modelo de conversão veio uma rebaixada concepção da real natureza da experiência cristã, e Spurgeon viu consternado o abandono da aplicação de penetrantes testes bíblicos que deveriam ser aplicados aos que professavam conversão. "Tenho ouvido jovens dizerem: "Sei que estou salvo, porque me sinto tão feliz!" Não se fiem nisso. Muitos se consideram muito felizes, e, todavia, não estão salvos. Sentimento de paz ele não considerava como sinal seguro de conversão veraz. Comentando o versículo, "O Senhor mata e faz viver; ele fere, e suas mãos curam" (cf. Deut. 32;39 e Jó 5:18), ele pergunta: "Mas, como poderá Ele fazer viver os que nunca foram mortos? Vocês, que nunca foram feridos, vocês, que esta noite estão sentados aqui e sorriem em sua tranqüilidade, que é que a misericórdia pode fazer por vocês? Não se congratulem por sua paz". Há uma paz do diabo bem como a paz de Deus. Em todo o seu ministério Spurgeon advertia os homens desse perigo, mas nalguns dos seus derradeiros sermões esta nota de alarme é cada vez mais urgente. Num desses sermões, intitulado "Curados ou Iludidos? Qual?",pregado em 1882, Spurgeon fala do grande número de pessoas enganadas por uma falsa cura. Este pode ser até o caso, ele mostra, daqueles que passaram por um período de ansiedade espiritual: "Convencidos de que precisam de cura, e em certa medida levados a estar ansiosos por encontrá-la, o perigo que correm os despertados é que repousem contentes com uma cura aparente, e percam a verdadeira obra da graça. Estamos perigosamente sujeitos a descansar satisfeitos com uma cura ligeira e, com isso, a perder a grande e completa salvação que só de Deus provém. Desejo falar com o mais zeloso ardor a cada um dos aqui presentes sobre este assunto, pois sinto em minha própria alma a força disso. Para entregar esta mensagem fiz um esforço desesperado, deixando meu leito de enfermidade sem a devida permissão, movido por um perturbador anseio de adverti-los contra as imitações dos dias atuais".

Onde quer que o arminianismo se torne a teologia predominante, a verdadeira religião, para ser promovida, se vê forçada a degenerar, decaindo a uma condição de falsa segurança. Separando a necessidade que o pecador tem de crer da sua necessidade de regeneração, o arminianismo deixa nos fundos o fato de que "a mudança do coração é o cerne e a essência da salvação". É inevitável que ele não dê proeminência a esta última verdade porque ninguém pode fazer com que a sua natureza se divorcie para sempre do amor e do domínio do pecado, e a regeneração não significa nada menos que isso. Ao contrário disso, o arminiamismo descreve a regeneração como algo que está dentro do alcance da escolha do homem, ou como algo que acompanhará a sua decisão, e, ao fazer isso, sua tendência é levar os homens a imaginarem que o novo nascimento é algo inferior ao que de fato é. "A sua regeneração", Spurgeon costumava dizer, "não se deveu à vontade do homem, nem do sangue, nem do berço; se fosse, então deixem que lhes diga, quanto mais cedo vocês se livrassem dela, melhor. A única regeneração verdadeira é da vontade de Deus e pela operação do Espírito Santo."


Iain Murray

Cristo + Filosofia – John MacArthur

A palavra "filosofia" é a transliteração da palavra grega philosophia, a qual é formada de duas palavras gregas comuns: phileo (amar) e sophia, (sabedoria). Ela literalmente significa "o amor à sabedoria humana". Em seu sentido mais amplo, é a tentativa da parte do homem para explicar a natureza do universo, incluindo os fenômenos de existência, pensamento, ética, comportamento, estética e assim por diante.

No tempo de Paulo, "tudo que tinha a ver com teorias sobre Deus, sobre o mundo e sobre o significado da vida humana se chamava 'filosofia'... não somente nas escolas pagas, mas também nas escolas judaicas das cidades gregas". Josefo, o historiador judeu do primeiro século, acrescenta que havia três correntes filosóficas entre os judeus: a dos fariseus, a dos saduceus e a dos essênios.

Paulo condenou com veemência qualquer teoria filosófica, a respeito de Deus, que professasse mostrar a causa da existência do mundo e oferecer orientação moral à parte da revelação divina. Em Colossenses 2.8-10, ele diz:

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo: porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.


A frase "venha a enredar" (v.8) vem da palavra grega sylagogeo, que se referia a levar os cativos ou outros despojos da guerra. Nesse sentido, ela transmitia a idéia de um rapto. Ela retrata o modo como a heresia "Cristo + filosofia" estava seqüestrando os colossenses para longe da verdade, levando-os à escravidão do erro. Assim o apóstolo retratou a filosofia como uma predadora que procura escravizar cristãos sem discernimento, por meio de "vãs sutilezas" (v.8).

"Vãs" fala de algo vazio, destituído da verdade, fútil, infrutífero e sem efeito. A filosofia declara ser verdadeira mas é totalmente enganosa, como um pescador que captura sua presa involuntária, ao esconder um anzol mortal dentro de um saboroso bocado de alimento. O peixe pensa que está sendo alimentado quando, em vez disso, torna-se alimento. Igualmente, aqueles que abraçam uma filosofia humana sobre Deus e o homem podem pensar que estão recebendo a verdade, mas, em vez disso, estão recebendo vão engano, que pode levar à condenação eterna.

A filosofia é inútil porque se fundamenta na "tradição dos homens" e nos "rudimentos do mundo" (v.8), e não em Cristo. A "tradição dos homens" se refere às especulações humanas passadas de geração a geração. A maioria dos filósofos amontoam seus ensinamentos sobre a pilha de ensinamentos dos seus predecessores. Um desenvolve um pensamento até tal ponto, depois outro o desenvolve além, e assim vai. Isso é uma série de variações dentro da tradição humana que apenas perpetua o erro e agrava a ignorância.

A frase "rudimentos do mundo" literalmente significa "coisas em coluna" ou "coisas em fila" (tais como 1,2,3, ou A,B,C). Ela se refere ao tipo de instrução que se daria a uma criança. Paulo estava dizendo que, embora intente ser sofisticada, a filosofia humana é de fato rudimentar— infantil e sem refinamento. Abandonar a revelação bíblica em favor da filosofia é como voltar ao jardim da infância após formar-se numa universidade. Mesmo a mais refinada filosofia humana nada pode oferecer para ampliar a verdade de Cristo. Ela impede e retarda a verdadeira sabedoria, produzindo apenas tolice, erro e engano infantis.

Em 1 Coríntios 1.18-21, Paulo diz:

Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos.
Onde está o sábio? onde o escriba? onde o inquiridor deste século?
Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação.

A sabedoria humana não pode enriquecer a revelação dada por Deus. De fato, ela inevitavelmente resiste e contradiz a verdade divina. Mesmo o melhor da sabedoria humana é mera tolice em comparação com a infinita sabedoria de Deus.
Os cristãos, de forma nenhuma, precisam se dirigir à sabedoria humana. Eles possuem a mente de Cristo (1 Coríntios 2.16). A grande, perfeita e incompreensível sabedoria de Cristo se revela a nós na Palavra de Deus pelo Espírito Santo. Isso deveria revolver nossos corações e nos fazer declarar juntamente com o salmista:

Quanto amo a tua lei!
É a minha meditação todo o dia.
Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque aqueles eu os tenho sempre comigo.
Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
Sou mais entendido que os idosos, porque guardo os teus preceitos.
De todo mau caminho desvio os meus pés, para observar a tua palavra. Não me aparto dos teus juízos, pois tu me ensinas.
Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais que o mel à minha boca.
Por meio dos teus preceitos consigo entendimento; por isso detesto todo caminho de falsidade.
(Salmo 119.97-104)

Por que se deixar capturar pela filosofia quando se pode ascender à perfeita verdade de Deus?

Em Colossenses 2.9-10, Paulo traça um significativo paralelo: "Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados". "Plenitude" e "aperfeiçoados", nessa passagem, são originadas da mesma palavra grega (plêroma). Assim como Cristo é absolutamente divino, também nós somos totalmente suficientes nEle. A sabedoria humana nada acrescenta ao que já está revelado em Cristo.

Nossa suficiência em Cristo se fundamenta na completa salvação e no completo perdão, os quais Paulo descreve nos versículos 11 a 14. Ele diz que temos passado da morte espiritual para a vida espiritual através do perdão das nossas transgressões (v. 13). No versículo 14, ele traça um quadro vivido desse perdão, dizendo que Cristo "tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz". Quando alguém era crucificado, a lista de seus crimes era sempre pregada à cruz exatamente acima de sua cabeça. Sua morte era o pagamento por aqueles crimes. Os crimes que pregaram Jesus à cruz não foram os dEle, mas os nossos. Por haver Ele tomado sobre Si a nossa pena, Deus apagou o "escrito de dívida" que era contra nós.


Aos pensamentos de completa salvação e de completo perdão, Paulo acrescenta um terceiro: completa vitória (v. 15). Em sua morte e ressurreição, Cristo triunfou sobre as forças demoníacas, nos concedendo assim vitória contra o próprio maligno.

Em Cristo nós temos completa salvação, completo perdão e completa vitória — amplos recursos para cada questão da vida. Esta é a verdadeira suficiência! O que a filosofia pode acrescentar a isso?



A Hipocrisia e Mentira dos Falsos Líderes – João Calvino


Espíritos sedutores (1Tm 4.1-3). Paulo está se referindo a profetas ou mestres, aplicando-lhes esse título porque se vangloriavam de possuir o Espírito, e ao procederem assim estavam causando impressão sobre o povo. Em geral, é deveras verdade que todas as classes de pessoas falam da inspiração de um espírito, mas não o mesmo espírito que inspira a todos. Pois às vezes Satanás passa por espírito mentiroso na boca dos falsos profetas, com o fim de iludir os incrédulos que merecem ser enganados [1 Rs 22.21-23]. Mas todos quantos atribuem a Cristo a devida honra falam pelo Espírito de Deus, no dizer de Paulo [1 Co 12.3]. Esse modo de expressar-se teve sua origem na reivindicação feita pelos servos de Deus, a saber, que todos os seus pronunciamentos públicos lhes vieram por revelação do Espírito; e, visto que eram os instrumentos do Espírito, lhes foi atribuído o nome do Espírito. Mais tarde, porém, os ministros de Satanás, através de uma falsa imitação, como fazem os símios, começaram a fazer a mesma reivindicação em seu favor, e da mesma forma falsamente assumiram o mesmo nome. Eis a razão por que João diz: "provai os espíritos, se realmente procedem de Deus" [1 Jo 4.1].

Além do mais, Paulo explica o que quis dizer, acrescentando: e doutrinas de demônios, o que eqüivale dizer: "atentando para os falsos profetas e suas doutrinas diabólicas". Uma vez mais digamos que isso não constitui um erro de somenos importância ou algo que deva ser dissimulado, quando as consciências dos homens são constrangidas por invenções humanas, ao mesmo tempo que o culto divino é pervertido.

Pela hipocrisia, falam mentiras. Se esta frase for considerada como uma referência aos demônios, então falar mentiras será uma referência aos seres humanos que falam falsamente pela inspiração do diabo. Mas é possível substituí-la por: "através da hipocrisia dos homens que falam mentiras".Evocando um exemplo particular, ele diz que falam mentiras hipocritamente, esão marcados com ferretes em sua consciência. E devemos observar que essas duas coisas se relacionam intimamente, e que a primeira flui da segunda. As más consciências que são marcadas com o ferrete de seus maus feitos lançam mão da hipocrisia como um refúgio seguro, a saber, engendram pretensões hipócritas com o fim de embaralhar os olhos de Deus. Aliás, esse é o mesmo expediente usado por aqueles que tentam agradar a Deus com ilusórias observâncias externas.

E assim, a palavra hipocrisia deve ser entendida em relação ao presente contexto. Ela deve ser considerada primeiramente em relação à doutrina, e significando que gênero de doutrina é esse que substitui o culto espiritual de Deus por gesticulações corporais, e assim adultera sua genuína pureza, e então inclui todos os métodos inventados pelos homens para apaziguar a Deus ou obter seu favor. Seu significado pode ser assim sumariado: em primeiro lugar, que todos os que introduzem uma santidade forjada estão agindo em imitação ao diabo, porquanto Deus jamais é adorado corretamente através de meros ritos externos. Os verdadeiros adoradores "o adorarão em espírito e em verdade" [Jo 4.24]. E, em segundo lugar, que esse culto externo é uma medicina inútil por meio da qual os hipócritas tentam mitigar suas dores, ou, melhor, um curativo sob o qual as más consciências ocultam suas feridas sem qualquer valia, a não ser para agravar ainda mais sua própria ruína.

Proibindo o matrimônio. Havendo descrito a falsa doutrinação em termos gerais, ele agora toma nota de dois exemplos específicos dela - a proibição do matrimônio e de certos alimentos. Tal atitude tem sua origem na hipocrisia que abandona a genuína santidade e então sai em busca de algo mais à guisa de dissimulação. Pois aqueles que não se abstêm da soberba, do ódio, da avareza, da crueldade e de coisas afins, tentam adquirir justiça por seus próprios esforços, abstendo-se daquelas coisas que Deus deixou para o nosso livre uso. A única razão por que as consciências são sobrecarregadas por tais leis é porque a perfeição está sendo buscada à parte da lei de Deus. Isso é feito pelos hipócritas que, procurando transgredir impunemente aquela justiça interior que alei requer, tentando ocultar sua perversidade interior por meio de observâncias externas, com as quais se encobrem como com véus.

Isso se constituía numa clara profecia do perigo que não seria difícil de se observar, se os homens atentassem para o Espírito Santo que fez registrar uma advertência tão distinta. Não obstante, percebemos que as trevas de Satanás geralmente prevaleciam, de tal sorte que a clara luz dessa perfeita e memorável predição não deixou de cumprir-se. Não muito depois da morte dos apóstolos levantaram-se os encratitas ~ que derivaram seu nome do termo grego, continência —, os tacianistas*, os catarístas, Montanocom sua seita e finalmente os maniqueus, que sentiam extrema aversão por carne como alimento e pelo matrimônio, e condenavam a ambos como sendo profanos. Ainda que tenham sido repudiados pela Igreja em razão de sua arrogância em pretenderem obrigar os demais a sujeitarem-se a seus pontos de vista, não obstante tornou-se evidente que, mesmo aqueles que os resistiram, cederam aos seus erros mais do que lhes era conveniente. Esses de quem estou falando agora não tiveram intenção de impor uma nova lei aos cristãos, contudo atribuíam mais importância a observâncias supersticiosas, como abstinência do matrimônio e de carne como alimento. Tal é a característica do mundo, sempre imaginando que Deus pode ser cultuado de uma forma carnal, como se ele mesmo fosse carnal. A situação se tornava gradualmente pior, até que um estado de tirania se fez prevalecente, ao ponto de o matrimônio não mais ser lícito aos sacerdotes ou monges, ou que em todos ou em certos dias não comerem carne. Por conseguinte, temos boas razões para hoje crer que essa profecia se aplica aos papistas, visto que obrigam o celibato e a abstinência de alimentos mais rigorosamente do que a obediência a qualquer dos mandamentos de Deus. Acreditam que podem escapar da acusação de torcer as palavras de Paulo, fazendo-as aplicar-se aos tacianistas, aos maniqueus ou a grupos afins, como se os tacianistas não pudessem tê-la evitado da mesma forma, voltando as censuras de Paulo contra os catafrinenses e contra Montano, o autor dessa seita; ou como se os catafrinenses não pudessem facilmente fazê-la retroceder contra os encratistas como culpados em seu lugar. Aqui, porém, Paulo não está preocupado com pessoas, e, sim, com os pontos de vista que elas defendiam; e mesmo que surgisse uma centena de seitas diferentes, todas elas laborando sob a mesma hipocrisia em exigir a abstinência de alimentos, todas estariam incorrendo na mesma condenação.

Portanto, debalde se faz que os papistas evoquem os antigos hereges como sendo eles os únicos alvos da condenação paulina. E mister que vejamos bem se porventura não são igualmente culpados. Alegam que são distintos dos encratistas e maniqueus, porquanto não proíbem de forma absoluta o matrimônio e alimentos, senão que obrigam a abstinência de carne somente em certos dias, e exigem um voto de celibato somente aos monges, sacerdotes e freiras. Mas essa é uma desculpa completamente frívola, porquanto fazem a santidade consistir dessas coisas e estabelecem um culto a Deus falso e espúrio, bem como escravizam as consciências humanas com uma compulsão da qual devem estar totalmente livres.

No quinto livro de Eusébio há um fragmento dos escritos de Apolônio no qual, entre outras coisas, repreende Montano por ser o primeiro a dissolver o matrimônio e a estabelecer regras para o jejum. Ele não diz que Montano proibisse universalmente o matrimônio ou certos alimentos. É suficiente impor às consciências humanas uma obrigação de se fazer essas coisas e cultuar a Deus através de sua observância. Proibir coisas que são de livre uso, seja em termos universais, seja em casos especiais, é sempre uma tirania diabólica. Mas isso se tornará ainda mais óbvio à medida que certos tipos de alimentos aparecerem na próxima cláusula.

Os quais Deus criou. É mister que notemos bem a razão apresentada por que devemos viver contentes com a liberdade que Deus nos concedeu no uso dos alimentos. E porque Deus os criou para esse fim. Eles proporcionam o maior contentamento a todos os piedosos, por saberem que todos os tipos de alimentos que comem lhes são postos nas mãos pelo Senhor, para que desfrutem deles de modo puro e legítimo. Como é possível que os homens excluam o que Deus graciosamente concedeu? Podem, porventura, criar alimentos? Ou podem, porventura, invalidar a criação de Deus? Lembremo-nos sempre de que Aquele que criou é também o mesmo que nos faz desfrutar de sua criação, e é debalde que os homens tentem proibir o que Deus criou para o nosso uso.

Deus criou o alimento para ser recebido, ou seja, para o nosso usufruto. Ele, porém, acrescenta: com ações de graças, pois o único pagamento com que podemos retribuir a Deus por sua liberalidade para conosco é dando testemunho de nossa gratidão. E assim, ele expõe a uma maior execração os perversos legalistas que, mediante novas e precipitadas sanções, obstruíam o sacrifício de louvor que Deus especialmente requer que lhe ofereçamos. Além do mais, não é possível haver ações de graças sem sobriedade e moderação, e não é possível haver genuíno reconhecimento da benevolência divina por parte de alguém que impiamente a insulta.



A Fábrica de Ídolos
por
C. J. Mahaney

Fazer mais do que definir e brevemente esboçar os conceitos associados com idolatria, é impossível, considerando as páginas disponíveis desta revista. Contudo, é vital que façamos assim, porque idolatria é o problema tratado com mais freqüência nas Escrituras. Seguramente podemos concluir disto, que idolatria é nosso problema mais predominante.
Os expressivos retratos de idolatria das Escrituras - o bezerro de ouro de Arão (Ex.32), o roubo de Raquel dos ídolos do lar de seu pai (Gn. 31) e a exposição vívida de Isaías do absurdo da adoração de ídolo (Is. 44:13-20), por exemplo - tratam de pecados que estão tão presentes em nossos corações, quanto estavam nos dos pagãos e dos adoradores do demônio no Velho Testamento. Sempre que depositamos qualquer porção de nossa confiança, não importando quão pequena, em algo que não seja o próprio Deus, você e eu cometemos atos de idolatria exatamente tão sérios quanto se dobrar diante de uma imagem de madeira grosseiramente talhada. Portanto, idolatria, de um ou de outro tipo, precede cada um de nossos incontáveis pecados.
Trataremos deste tópico, não com o propósito de condenação (a condenação foi abolida para o cristão, graças a completa obra de Cristo), mas para iluminação: um entendimento claro da verdadeira natureza e penetração de nosso própria idolatria. Também procuraremos a definitiva, inegável mudança que se torna possível pela graça de Deus, quando nos conscientizamos da profundidade da nossa inerente propensão para o pecado e depois, em total contraste, da estatura da santidade de Deus.


IDOLATRIA NO SÉCULO 20
“O coração humano é uma fábrica de ídolos”, escreveu Calvino. “Cada um de nós é, desde o ventre materno, experto em inventar ídolos”. De fato, diariamente enfrentamos tentações para criar novos ídolos, nos quais depositamos nossa esperança. Esta esperança e confiança, em qualquer outra coisa, que não Deus, é a essência da idolatria. Ken Sande escreve: “Em termos bíblicos, um ídolo é alguma outra coisa, que não Deus, na qual empregamos nosso coração (Lc.12:29, 1 Co. 10:6), que nos motiva (1 Co. 4:5), que nos controla ou governa (Sl. 119:133), ou a qual servimos (Mt. 6:24)”. Como Richard Keyes salienta, idolatria é extremamente sutil e penetrante: “Toda sorte de coisas são ídolos em potencial, dependendo somente, das nossas atitudes e ações concernentes a elas... Idolatria pode não envolver negações explícitas da existência de Deus ou de Seu caráter. Ela pode vir também, na forma de um afeto excessivo a algo que é, em si mesmo, perfeitamente lícito... Um ídolo pode ser um objeto físico, uma propriedade, uma pessoa, uma atividade, uma posição, uma instituição, uma esperança, uma imagem, uma idéia, um prazer, um herói, qualquer coisa que possa substituir Deus”.
Aqui está João Calvino, de novo: “O mal em nosso desejo, caracteristicamente não repousa no que queremos, mas em o querermos muito”.
Quando um desejo, mesmo por algo não naturalmente mal em si mesmo, se torna um ídolo? Como posso determinar se eu quero alguma coisa exageradamente? Não é difícil de saber.
Faça a si mesmo, as seguintes perguntas: Porque eu quero isto?; qual será minha reação se eu não conseguir o que quero?; e se eu conseguir, mas me for tomado?; em resumo, qual é o proveito do meu desejo?; se ele me é negado, o que acontece no meu coração? continuarei, apaixonadamente, a procurar conformidade com Cristo ou me cercarei de auto-piedade, amargura, malevolência ou queixumes (os quais, no fim das contas, são direcionados a Deus)?
O que ocorre no seu coração quando você não é reconhecido por algum serviço no âmbito de dons? quando lhe negam uma certa posição? quando você é substituído? o que ocorre no seu coração em um conflito de relacionamento?
Como é que nossas reações pecaminosas aos testes de caráter diários e comuns, são, na verdade, antes atos de adoração e obediência direcionados a ídolos, do que a Deus? Muito simples; porque Deus nos ordenou, nas Escrituras, a confiar nEle, o Único Soberano, como fonte suprema da realização de todas as coisas.
Quando um desejo não realizado me tenta, com êxito, a cometer qualquer pecado, seja de discórdia, amargura ou raiva, eu demonstro que estive confiando na realização daquele desejo para alcançar minhas necessidades, ao invés de confiar em Deus. Que estive agindo sobre minha, agora exposta, crença de que eu sei, melhor que Deus, o que é bom para mim. Que nesta área da minha vida, eu destronei Deus e coloquei, no Seu lugar, um ídolo feito por mim e este ídolo, nada mais é do que uma manifestação de uma faceta da minha própria natureza pecaminosa, que se auto glorifica e deifica. Eu substitui o Deus que eu professo, por um falso deus, um deus funcional, um que só pode me prejudicar.


OS MEIOS DE IDENTIFICAR IDOLATRIA
1) As Escrituras.
Em alguns aspectos, idolatria é como qualquer outro pecado: sua fonte é sempre nosso próprio coração (Ez.14:1-7; Tg.1:14). Além do mais, o meio definitivo de identificação é sempre as Escrituras (Hb. 4:12-13). Devemos considerar o que as Escrituras dizem a respeito da idolatria com a maior seriedade. Não é por acaso que o primeiro mandamento dado ao povo de Deus foi “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex. 20:3). No Novo Testamento, o termo idolatria especifica, mais comumente, paixão lascívia, desejos carnais, cobiça, etc.


2) O Espírito Santo.
Um segundo meio de identificar idolatria é a convicção do Espírito Santo enquanto perscruta o coração e identifica uma área de idolatria que ainda temos de tratar adequadamente. Examinarmos a nós mesmos não é encorajado nas Escrituras; nós nos enganamos muito facilmente. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr. 17:9). Precisamos clamar a Deus que nos perscrute e depois, buscarmos ser perceptivos, responsivos e arrependidos, conforme Ele nos revela nosso próprio coração. Nós necessitamos, desesperadamente, da obra persuasiva e iluminadora do Espírito Santo.


3) Um dos outros.
Em terceiro lugar, devemos estar prontos para sermos confrontados por outros, em amor, em condições de identificar e definir nossos ídolos do coração como descritos pelas Escrituras. “Os puritanos sabiam que homens pecadores são demorados em aplicar a verdade a si mesmos”, J. I. Packer nos diz, “ainda que rápidos para ver como ela se aplica aos outros”. Evitemos esta atitude e, ao invés dela, busquemos, conscientemente, a correção uns dos outros, que Deus deseja que recebamos.
Muitas mudanças significativas na minha vida cristã, ocorreram, não quando estava sozinho e empenhado no meu período devocional, mas quando outros foram mandados por Deus, como meio de graça para mim; mais freqüentemente quando minha esposa, ou outro líder com o qual eu sirvo, mostram áreas de pecado na minha vida que são óbvias para eles.
É assustador quão claro meu pecado pode ser para uma outra pessoa, e quão totalmente esquecido eu posso ser quanto ao que se esconde no meu coração.
Recentemente, dois pastores do Covenant Life Church, procuraram corrigir-me sobre um problema que era claro para eles, mas, infelizmente, não para mim. Não houve falha na comunicação deles. Eles falaram com clareza e precisão, repetidamente, na verdade. Não havia dúvida quanto o significado de suas palavras. Ainda assim, eu não pude ver, absolutamente, como o pecado particular que eles estavam descrevendo, se aplicava a mim.
Reconheci daquele encontro que, embora o discernimento de outros é freqüentemente necessário, nunca é suficiente. O Espírito Santo e as Escrituras devem ainda acionar a chave que confirma o que foi dito. Embora eu fosse lento em perceber o pecado que eles descreviam, eu sou profundamente grato pela amizade e paciência destes homens e pela obra do Espírito Santo através daquela interação.


4) Conflitos de relacionamento.
Tiago 4:1-12 trata dos ídolos revelados através dos conflitos de relacionamento. Nos fala que tais desavenças revelam cobiças e anseios. Freqüentemente experimentamos alguns destes antagonismos quando alguma relação falha em atender nossas expectativas ou esperanças. Numa relação particular, posso desejar, por exemplo, um certo nível de respeito, ou grau de compromisso ou investimento de tempo que a outra pessoa não pode ou não irá prover. Qualquer reação pecaminosa que eu faça em relação a esta deficiência, é um sinal claro que meu desejo tornou-se um ídolo.


5) Circunstâncias.
Circunstâncias podem revelar os ídolos do nosso coração através de testes que vem de duas maneiras: adversidade ou prosperidade. Os testes de adversidade podem ser os mais óbvios, mas os de prosperidade podem ser, com freqüência, os mais difíceis (leia o livro de Tiago).
Como John Owen observou, alguns dos mais horrendos pecados cometidos por alguns dos mais santos na história, foram praticados não em período de adversidade mas de prosperidade. Pior que isto, aqueles pecados foram cometidos depois de anos de fidelidade através de adversidades, sofrimentos e perseguições num grau que não podemos começar a relatar. Homens como Davi, Noé, Ezequias pecaram mais gravemente em períodos de prosperidade.


6) Dor.
Dor excessiva é outra área que pode revelar idolatria. Não podemos negar a realidade da dor física ou psicológica, ou as lutas ou tentações associadas com o fato de sermos pecadores. Mas, quando a reação de dor é excessiva ou distorcida, ela pode revelar a presença de um ídolo.


7) Modo de falar.
Vamos observar também, como nos comunicamos. É tão fácil usarmos termos extremos tais como: “Ele me corrigiu e eu fiquei arrasado”. Por quê? É hora de perguntar a você mesmo: “Que ídolo meu coração está criando que me arrasaria por uma palavra de correção destinada para o meu bem?” (Se você não está arrasado, mas usou a palavra, conhecendo seu verdadeiro significado, então porque você busca receber mais atenção do que a situação permite?)


8) Comportamentos corrompidos.
“Fazei pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lascívia, desejo maligno, e a avareza, que é idolatria”. Aqui, as Escrituras não poderiam ser mais claras. Certos comportamentos são sempre idolátricos.


A CONSEQUÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DA IDOLATRIA
O que ocorre quando, pela misericórdia de Deus, chegamos a um entendimento bíblico de nossa própria idolatria?
Gostaria de ter muitas mais páginas para tentar responder a esta pergunta. Mas deixe-me tentar motivá-lo, com poucos fundamentos, sobre o que o estudo e aplicação destas verdades pode prover.
Quando identificamos a profundidade de nossa própria idolatria, e também vemos a solução perfeita e completamente suficiente para este problema, na pessoa e obra de Cristo, muitas doutrinas essenciais das Escrituras subitamente adquirem nova clareza. O abismo que percebemos entre nossa depravação e a santidade de Deus, cresce a proporções imensuráveis - um abismo intransponível a não ser pelo infinitamente grande sacrifício de Cristo. Obtemos uma apreciação imensamente ampla da grandeza da graça de Deus e do próprio Evangelho. Ficamos sob forte convicção de pecado e experimentamos forte perdão. A medida que nos arrependemos e buscamos deixar nossos ídolos, crescemos em santidade e humildade. Nossa paixão por Deus aumenta.
Passamos a entender porque João, o apóstolo amado, termina sua primeira epístola com este apelo sincero: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”.



C. J. Mahaney é líder do PDI (Proclaiming God's Grace, Developing Local Churches, Influencing Our World with the Gospel) e pastor senior da Covenant Life Church em Gaithersburg, Maryland.





Este site da web é uma realização de
Felipe Sabino de Araújo Neto®



Quando o cristão lê o primeiro mandamento e medita nele, um comentário digno de nota é uma estrofe de um hino que tem o título "Ah, como quero andar mais perto de Deus". Especificamente, é a estrofe que diz o seguinte:

O ídolo mais querido que já tive,
Qualquer que seja esse ídolo,
Ajude-me a arrancá-lo do teu trono,
E adorar só a ti.

Para que o cristão conheça, reconheça, adore e glorifique a Deus, certamente é de primeiríssima importância que ele conheça Cristo como Salvador. É na verdade a pedra fundamental. Mas sobre esse alicerce sólido como a rocha precisam ser acrescentados o ouro, a prata e as pedras preciosas das boas obras. Isso significa uma autodisciplina por parte do cristão, o que tem muito que ver com o cristão não colocar outros deuses adiante do Deus Onipotente e Soberano.



Paulo emprega uma abordagem interessante em 2Co 5.9. "E por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis". Ou, "aceitos por ele" nas palavras de outro tradutor. Mas é tão fácil pôr outras coisas antes desse viver somente para a glória de Deus, mesmo coisas que em si parecem certas e respeitáveis. Por exemplo, ganhar almas ou dirigir grandes avivamentos ou fundar uma igreja ou tantas outras coisas que poderiam ser mencionadas. Mas nosso alvo na vida, como crentes nascidos de novo, é fazer as coisas puramente para a glória de Deus. Se fizermos o contrário podemos ser culpados de ter edificado pequenos ídolos que se tornam outros deuses. E tais coisas violam o primeiro mandamento.

Paulo aborda a mesma questão de outra maneira: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (ICo 9.27). Não que ele esteja em perigo de perder sua salvação, mas que ele está em perigo de perder a aprovação de Deus, de não viver para a glória de Deus. Isso quer dizer abordar nossa vida do dia-a-dia com uma atitude de nos discipli¬narmos em nossos pensamentos, palavras, feitos. Significa que precisamos, a cada mo¬mento, "mortificar" (fazer morrer) aquelas coisas da carne que não agradariam a Deus. Isso significa que devemos morrer diariamente para essas coisas e nunca deixar que se tornem ídolos para nós. Basta pouca coisa para eles chegarem a esse estado. Satanás cuidará de tirar proveito disso se nós relaxarmos nossa disciplina. Que Deus nos ajude a arrancar de nós tais coisas para que não tenhamos outros deuses antes dele!

Pergunta 45. Qual é o primeiro mandamento?.

Resposta: O primeiro mandamento é: "Não terás outros deuses diante de mim".

Pergunta 46. O que exige o primeiro mandamento?

Resposta: O primeiro mandamento exige de nós conhecer e reconhecer a Deus como o único Deus verdadeiro e nosso Deus; e como tal adorá-lo.

Referência Bíblica: Êx 20.3; lCr 28.9; Dt 26.7; Mt 4.10; SI 95.6; SI 29.2.

Perguntas:

1.       Quais são os três deveres exigidos acima de tudo no primeiro mandamento?

Os três deveres são: 1) Conhecer Deus. 2) Reconhecer Deus. 3) Adorar e glorificar a Deus.

2.       O que é que devemos saber com respeito a Deus?

Devemos saber que Deus existe, ou que há um Deus. Além disso devemos conhecer Deus reconhecendo-o como o único Deus verdadeiro conforme é apresentado em sua Palavra.

3.       Como devemos adorar a Deus?

Devemos adorar a Deus fazendo-o o objeto do nosso desejo e de nosso deleite.

4.       Como devemos glorificar a Deus?

Devemos glorificar a Deus, primeiro reconhecendo Cristo no coração como nosso Salvador e Senhor e então vivendo de tal modo que todo ato seja dirigido à promoção de sua glória e honra aqui na terra.

5.       Quais são algumas maneiras práticas pelas quais nós adoramos e glorificamos Deus?

Glorificamos Deus quando o colocamos em primeiro lugar em nossos pensamentos, palavras e ações. Se amássemos alguma coisa mais do que Deus, tal como o prazer, nosso corpo, ou nossos entes queridos, não estaríamos glorificando a Deus.

6.       Podemos glorificar a Deus tanto interior quanto exteriormente?

Podemos glorificar a Deus interiormente confiando, esperando, deleitando-nos nele, pensando e meditando sobre ele, enchendo-nos de tristeza quando pecamos contra ele. Podemos glorificar a Deus exteriormente mostrando humildade e buscando fazer sua vontade conforme é expressa em sua Palavra. A Bíblia diz: "Agrada-te do Senhor" (SI 37.4). "Confiai no Senhor perpetuamente" (Is 26.4). "Isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz: andai em todo o caminho que eu vos ordeno" (Jr 7.23).



"Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais lhes
queimou incenso, e se adornou com as suas arrecadas
e com as suas jóias, e andou atrás de seus amantes,
mas de mim se esqueceu ", diz o SENHOR. (Os 2.13).


IDOLATRIA

 Embora haja somente um Deus e somente uma fé verdadeira, a saber, a que é ensinada na Bíblia, nosso mundo apóstata (Rm 1.18-25) sempre esteve cheio de religiões, e o antiqüíssimo impulso em direção ao sincretismo, pelo qual aspectos de uma religião assimilam-se a outra, mudando assim ambas, ainda está entre nós. Na realidade, ele revive de forma alarmante em nosso tempo por meio da renovada busca acadêmica de uma unidade transcendente de religiões e o desabrochar do amálgama popular das idéias do Oriente e do Ocidente, que se autodenomina Nova Era.



Esta pressão não é nova. Tendo ocupado Canaã, Israel era constantemente tentado a introduzir o culto cananita dos deuses e deusas da fertilildade no culto de Yahweh, e a fazer imagens do próprio Yahweh — mudanças ambas proibidas pela lei (Êx 20.3-6). A questão espiritual era se os israelitas se lembrariam de que Yahweh, o Deus do pacto, era plenamente suficiente para eles, e além disso reivindicava sua fidelidade exclusiva, de sorte que adorar outros deuses era adultério espiritual (Jr 3; Ez 16; Os 2). Este foi um teste em que a nação falhou grandemente.

De modo semelhante, o sincretismo foi   muito difundido e aprovado no primeiro século do império romano, em que predominava o politeísmo e em que floresceu toda sorte de cultos. Os mestres cristãos lutaram muito para manter a fé a salvo de ser assimilada pelo gnosticismo (uma espécie de teosofia em que não havia lugar para a encarnação e a expiação, uma vez que, para ela, o problema do homem era a ignorância, não o pecado), e mais tarde pelo neoplatonismo e pelo maniqueísmo, ambos os quais, como o gnosticismo, viam a salvação no expediente da separação física do mundo. Estes conflitos foram relativamente bem-sucedidos, e as formulações clássicas do credo sobre a Trindade e a Encarnação são parte de seu permanente legado.

A Escritura é rigorosa a respeito do mal de praticar a idolatria. Os ídolos são escarnecidos como ilusórios, não existentes (SI 115-4-7; Is 44.9-20), mas escravizam seus adoradores em uma superstição cega (Is 44.20), que significa infidelidade perante Deus (Jr 2), e Paulo acrescenta que os demônios operam por intermédio dos ídolos, fazendo deles uma ameaça espiritual concreta; o contato com os falsos deuses somente corrompe (1 Co 8.4-6; 10.19-21). Em nossa cultura ocidental pós-cristã, que está preparada para preencher o vazio espiritual que as pessoas sentem ao voltar-se com simpatia para o sincretismo, a feitiçaria e os experimentos com o ocultismo, as advertências bíblicas contra a idolatria precisam ser tomadas com sensibilidade (cf. 1 Co 10.14; 1 Jo 5.19-21).



Sobre a idolatria evangelica

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O evangélico é idólatra! Tenho ministrado em alguns grandes congressos e o nível de idolatria assusta. Basta o cantor (ou pregador) ser famoso e pronto, está deflagrado o processo idólatra. Olhinhos brilhando, tietagem, lágrimas, milhares de fotos, celulares brotando do chão, em alguns lugares gritos eufóricos tiram Cristo do foco e assassinam o sagrado.


A mentalidade evangélica do show não é mais novidade - e a idolatria também não - tanto que já não choca, não "escandaliza" ninguém. Já não se respeita o lugar do culto, a ambiência do sagrado, o momento da adoração. O que importa é tirar fotos com o ídolo, abraçar, chorar, entronizar o novo deus do instante.


Os chamados "artistas gospel" adoram isso tudo! Basta ver em seus rostos a expressão de êxtase por estarem na mira dos holofotes. Notei o modus operandidesses deuses de hoje: as mesmas técnicas dos "artistas" seculares em seus shows: "Joga a mão pra cima!" Enquanto o "culto" se desenrola em sua forçada normalidade, o povo tenta esconder sua alarmante ansiedade pelo show, até que chega o momento esperado: "com vocês: o nosso deus!" E o povo... abraça a idolatria em sua mais nefasta expressão - a substituição do Deus verdadeiro pela cópia bizarra do momento.


Eugene Peterson escreveu: "Gostamos dos ídolos porque gostamos secretamente da ilusão de controlá-los. São deuses destituídos de divindade para que nós possamos continuar a ser deuses de nós mesmos. A adoração de ídolos (em todas as dimensões: céu, terra, embaixo da terra) sempre foi o jogo religioso predileto. A adoração de ídolos é o vazio batizado de espiritualidade" Dt. 5. 8-10.


Não preciso lembrar que a idolatria é um pecado que fere profundamente o coração de Deus, preciso? O grande problema na adoração aos ídolos é a inversão teológica que é feita. Passa-se a adorar o objeto criado ao invés do Criador de todas as coisas (Rm. 1.19-23). Alguns estudiosos trabalham com a ideia de que o deus de uma pessoa é aquilo a que ela dedica seu tempo, seus bens e seus talentos; aquilo a que ela se entrega. A ideia teológica dessa linha de pensamento é a de que sempre que alguém, ou algum objeto, ou até mesmo alguma função ocupa o lugar central em nosso coração, mente e intenção, torna-se um ídolo, porque tomou o lugar que pertence a Deus (Mt. 22.37).


Não há problema em gostar do trabalho de alguém, ou mesmo tirar uma foto com ele(a), mas a questão é: dentro do templo? No ambiente do culto? Qual é a intenção em celebrar tão desesperadamente alguém? Em matéria de idolatria, todo cuidado é pouco.


A W Tozer disse: "Um ídolo na mente é tão ofensivo a Deus quanto um ídolo na mão".


Até mais...


Autor: Alan Brizotti
Fonte: [ 
Blog do autor ]



Aparentar idolatria é idolatrar

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Eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios (Sl. XVI, 4).


[...] E Davi expressamente enfatiza isto: ele não será coparticipante das oferendas [aos ídolos], e que seus nomes não lhe passarão pela boca. Ele poderia ter dito: “não vou me prejudicar com as devoções tolas dos descrentes, não vou confiar em tais abusos, não deixarei a verdade de Deus em troca de tais mentiras”, mas ele não fala assim. Em vez disso, ele diz que terá absolutamente nada a ver com tais cerimônias. Ele protesta, então, que permanecerá continuamente na pureza do corpo e da alma, no que tange ao culto a Deus. Em primeiro lugar, então, temos que ver se não é idolatria mostrar externamente alguma concordância com superstições, com as quais o culto a Deus é corrompido e pervertido. Aqueles que nadam (como se diz) entre duas correntes alegam que, visto que Deus é adorado em espírito, então não se pode adorar aos ídolos se não houver confiança neles. Mas a resposta é esta: que Deus não será adorado em espírito dessa maneira se a questão do corpo for negligenciada como se não lhe dissesse respeito. Pois, alhures, [Deus] já falou o bastante a esse respeito, do dobrar os joelhos diante dele, e do levantar das mãos aos céus. E daí, então? Ora, é verdade que o principal culto que ele demanda é espiritual. Mas a declaração aberta [N.T.: externa] que os fieis fazem, a saber, de que é ele, e somente ele, que eles servem e honram, é imediatamente derivada, e deve ser de vez acrescentada a isso. Mas [quanto à] objeção que eles [i.e., os que dizem internamente não idolatrar, embora externamente deem sinais contrários] fazem, aproveitando-se de uma palavra [N.T.: passagem da Escritura], basta uma [outra] passagem para os reprovar. Está escrito no segundo capítulo do profeta Daniel que Sidrach [Sadraque], Misach [Mesaque] e Abednego [Abede-nego], recusando a Nabucodonosor a [própria] aparência (mesmo que uma só vez) de consentimento na superstição que ele havia erigido, declaram inequivocadamente que não adorariam seus deuses.


Se esses sutis sofistas estivessem lá, eles teriam rido de escárnio da simplicidade daqueles três servos de DEUS. Pois eles teriam dito: “Pobres tolos, isso não é para adorar [os ídolos], pois vocês não fizeram qualquer aliança com eles, e não há idolatria a não ser quando há devoção”. Mas esses santos personagens seguiram um conselho melhor. E, de fato, esta resposta procedeu não de seu próprio cérebro, mas foi o Santo Espírito que dirigiu suas línguas. Se não quisermos resistir contra [o Espírito Santo], cabe a nós extrair desta passagem uma vera regra e definição: a saber, que acontece verdadeiramente um tipo de idolatria quando qualquer ato externo é feito que seja contrário ao verdadeiro culto a Deus, ainda que isso seja feito de apenas de aparência e com hipocrisia. Esses hipócritas cavilam alegremente: “não é idolatria, pois não cremos de fato [nos ídolos]”. Contudo, tais pessoas permanecerão continuamente condenados por esta sentença, que foi pronunciada pelo grande Juiz. E ainda tal tipo de gente resiste a uma palavrinha, querendo que apenas em parte isso diminua a sua falta, para a qual não podem inventar desculpa mesmo. Mui facilmente, elas admitirão que tudo isso é praticado, mas não gostariam que os outros vissem tal pecado como se fosse venial. [...]


João Calvino


Extraído do site Neocalvinismo
Via: [ Orthodoxia ]

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Você conhece o Moonismo? A seita do Rev. Moon!

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O MOONISMO

O moonismo, ou "Associação do Espírito Santo Para a Uni ficação da Cristandade Mundial", foi fundado na Coréia, em 1954, e, em 1973, nos Estados Unidos. Em 1976, proclamava ter entre 500 mil a 2 milhões de adeptos, radicados principalmente na Coréia e no Japão, com modestas ramificações também na Europa.
Resumo Histórico do Moonismo
Sun Myung Moon, fundador da "Associação do Espírito San to Para a Unificação da Cristandade Mundial", nasceu na Coréia, em 1920. A exemplo de Joseph Smith, fundador do mormonismo, Moon fundamenta as suas crenças e ensinos em alegadas revela ções que teria recebido de Deus ainda quando criança.
No seu livro O Divino Princípio, Moon conta que, desde a infância, foi clarividente, isto é, podia ver através do espírito das pessoas. Conta que quando tinha apenas doze anos, começou a orar para que coisas extraordinárias começassem a acontecer. Conta o próprio Moon que, num domingo de Páscoa, quando tinha ape nas dezesseis anos, teve uma visão na qual Jesus lhe teria apareci do, dizendo: "Termina a missão que eu comecei".
Moon procurou se preparar para o cumprimento dessa mis são, através do estudo das seitas e dos cultos populares do Japão e da Coréia. Foi assim que, em 1946, começou a pregar a sua pró pria versão do Cristianismo messiânico. A medida que a seita cres cia, Moon enfrentava problemas com as autoridades coreanas, o que culminou com a sua excomunhão pela Igreja Presbiteriana, em 1948, à qual pertencera até então.

Ensinamentos de Moon
De acordo com O Divino Princípio, o livro "sagrado" que contém as revelações do reverendo Moon, Deus queria que Adão e Eva se casassem e tivessem filhos perfeitos, estabelecendo as sim o Reino de Deus na Terra. Mas Satanás, encarnado na ser pente, seduziu Eva, que, por sua vez, transmitiu sua impureza a Adão, causando, então, a queda do homem. Por isso Deus man dou Jesus Cristo ao mundo, para redimir a humanidade do peca do. Mas Jesus morreu na cruz, antes de ter podido casar-se e tornar-se pai de uma nova raça de filhos perfeitos. Agora chegou o tempo para um novo Cristo, que finalmente cumprirá os dese jos de Deus. Como você pode ver, o ensino de Moon tem o propósito de desvirtuar a obra de Cristo e anular o testemunho do Evangelho, segundo o qual o propósito de Deus não é constituir uma família perfeita aqui na Terra, através de Moon, mas salvar os pecadores perdidos, através de Jesus Cristo. O ensino moonita é anti-bíblico e satânico, digno do repúdio de todo cristão verdadeiro.

Moon, um Falso Messias
Moon não identifica a si mesmo como o novo Messias, mas diz que este, tal como ele próprio, nasceria na Coréia em 1920. Não obstante, muitos dos seus pensamentos o identificam ora como sendo Deus, ora como Satanás, ora como o Anticristo. Evidente mente, os seus pensamentos contradizem as Escrituras, como você mesmo pode ver e comparar:

Moon
a. "Eu sou o vosso cérebro". b. "O que eu desejar, deve ser o que vós haveis de desejar".
c. "Minha missão é dar novos corações a novas pessoas".
d. "De todos os santos enviados à Terra por Deus, creio ter sido eu o que até hoje obteve maiores sucessos". e. "Tempo virá em que minhas palavras terão quase o mes mo valor que as leis. E tudo aquilo que eu pedir terá de ser feito".
f. "O mundo está nas minhas mãos. E eu conquistarei e subju garei todo o mundo".
g. "Estou pondo as coisas em ordem, para que possamos cum prir os desejos de Deus. Todos os obstáculos que nos venham a ser opostos devem ser aniquilados".
h. "Nossa estratégia é nos unirmos como se fossemos uma só pessoa. Só assim poderemos vencer o mundo inteiro".

A Bíblia
a. "Eu sou o Senhor teu Deus" (Êx 20.2).
b. "... o Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.28).
c. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido" (Lc 19.10).
d. "Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos, e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez" (2 Co 10.12).
e. "Humilhai-vos, portanto, sob a potente mão de Deus, para que ele em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6).
f. "Ao Senhor pertence a terra, e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam" (SI 24.1).
g. "Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lo bos" (Lc 10.3; cf Is 42.1-3).
h. "Porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus? (1 Jo 5.4,5).
Quando se mudou para os Estados Unidos, em 1973, Sun Myung Moon proclamou a "Nova Idade do Cristianismo", em conferências, banquetes e comícios, culminando com uma con centração no Madison Square Garden, em Nova Iorque, em 1974. No seu discurso, ele deu a sua própria versão da queda do homem e da vinda do Messias esperado: "Esta é a vossa esperança... A única esperança dos Estados Unidos e do resto do mundo."

Lavagem Cerebral e Fanatismo
Em geral, os moonitas, ou seguidores de Moon, cedo assu mem a responsabilidade de fazer proselitismo nas esquinas das grandes cidades. As pessoas mais visadas, tidas como moonitas em potencial, são as que se mostram estar sendo vencidas pela solidão. Quando estas pessoas se sentem atraídas, são convidadas para uma conferência da seita, para jantares, para passar um fim de semana num dos centros da comunidade, para estudo.
Esses fins de semana obedecem a um programa rigidamente estruturado, exaustivo, com pouco tempo para dormir e nenhum para refletir. Os neoconvertidos passam por uma verdadeira la vagem cerebral, que envolve uma média de seis a oito horas de preleções baseadas no livro "Divino Princípio", livro que con tém as visões de Moon. Na preleção final, aprendem que Deus mandou Moon para salvar o mundo, em geral, e a eles próprios em particular.
Dentre os adeptos da seita, alguns continuam a fazer seus cur sos ou a exercer seus empregos, mas, à noite ou durante os fins de semana, trabalham para a seita, vários deles dando a esta uma par te de seus salários. Os que trabalham com tempo integral, geral mente freqüentam seminários que duram de seis a dezesseis se manas.
Durante os primeiros meses de experiência religiosa, os no vos membros da seita freqüentemente recebem telefonemas de pais, parentes e amigos, pedindo que voltem ao seu convívio. Quando alguns deles vacilam, os seus discipuladores lhes dizem que seus pais, parentes e amigos são agora inimigos a serviço de Satanás.
No Brasil, muitas famílias têm tido seríssimos problemas com seus filhos que se têm deixado envolver pelo moonismo. Tem ha vido casos em que pais, acompanhados de policiais, têm invadido templos da seita (no Rio de janeiro e São Paulo, por exemplo) para arrebatar à força os filhos, que estão sendo programados por manipuladores da seita.

Duas Particularidades Doutrinárias
Dentro do complexo quadro doutrinário do moonismo, pode mos destacar as duas particularidades a seguir:
1) Uma das principais exigências do reverendo Moon àqueles que se convertem ao moonismo é que o neoconverso passe a ado tar a Coréia como sua nova pátria-mãe, à qual deve jurar lealdade e amor. Assim, um brasileiro, por exemplo, que se converte ao moonismo, já não tem nenhum dever cívico e patriótico para com o Brasil.
Evidentemente, esta tem sido a principal razão do repúdio das autoridades de muitas nações ao moonismo.
2) Outro princípio inviolável do moonismo é que quando um moonita for considerado apto para o casamento, deve ter dado pelo menos sete anos de leais serviços para a promoção da seita. Ainda assim precisa de permissão do reverendo Moon para poder con trair matrimônio.
Os moonitas em idade de se casar podem propor parceiros ou parceiras de sua própria escolha, mas a decisão final é do reveren do Moon, que pode até escolher noivos ou noivas inteiramente desconhecidos um do outro. Os moonitas recém-casados devem viver inteiramente separados durante os primeiros quarenta dias.

Conclusão

A história de Moon tem muita semelhança com a história de diversos fundadores de seitas falsas. Envolve sempre os mesmos princípios:

• Foram "iluminados desde criança".
• Tiveram algum tipo de visão, iluminação, aparição, etc.
• Foram escolhidos para desempenho de uma "nova missão".
• Foram dotados de "dons" extraordinários.
• Alegam que Buda, Jesus, Maomé ou qualquer outra divinda de paga é a base da sua mensagem.
• Têm uma mensagem diferente das demais ouvidas até então. • Vão revolucionar o mundo.
• Pretendem agrupar todas as religiões, fazendo-as um só rebanho.
Foi sobre homens como Sun Myung Moon que escreveu Judas nos versículos 12 e 13 da sua epístola:

"Estes homens são como rochas submersas, em vossas fes tas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer reca to, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação de frutos, mas de frutos desprovidas; duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estre las errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das tre vas, para sempre".
Durante esses anos, Moon construiu um verdadeiro império industrial nos Estados Unidos, graças aos donativos arrecadados pelos seus seguidores. Porém, como o governo americano resol veu processá-lo por sonegação de impostos, Moon fugiu dos Esta dos Unidos durante o mês de outubro de 1981. Ao voltar, foi jul gado e preso, sendo finalmente solto no final do ano de 1985.


Fonte: Livro Seitas e Heresias - Raimundo Oliveira
Raimundo de Oliveira é ministro do Evangelho, autor dos livros Como Estudar e Interpretar a Bíblia, As Grandes Doutrinas da Bíblia e Esboços de Sermões e Estudos Bíblicos, editados pela CPAD.
Para maiores informações, segue alguns links a respeito:




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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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