“Não como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:36-42).
Uma questão deve ser feita para uma profunda reflexão: quem é capaz de seguir esse excepcional exemplo de abandonar tudo a sua volta e em momento algum querer que se faça sua vontade? Essa oração de Jesus não é uma oração comum, uma oração a qual estamos acostumados a fazer. Essas palavras de Jesus ensinam o quão são importantes e necessárias a seriedade e disposição que deve haver ao se fazer uma oração. Elas não dizem que achegar-se a Deus buscando algo que se deseja obter é o correto, mas tratam exatamente do oposto: com uma abordagem simples elas rogam que nossas vontades sejam suprimidas, para que se faça tão somente a vontade de Deus. E assim você precisa confessar o seu pecado – fator que impede que a vontade de Deus seja feita – e deve clamar por ajuda e graça, para que o Deus Santo lhe perdoe naquilo que você deixa a desejar e ajuda você a preencher ou compreender aquilo que lhe falta. Porque devemos tomar consciência de que, se a vontade de Deus deve ser feita, então é essencial que a nossa vontade e nossos desejos sejam anulados, pois o querer de Deus e nossos impulsos são diretamente contraditórios.
Atente para o exemplo de Cristo, nosso Senhor: no jardim, ele pediu ao Pai que desviasse dele o cálice. Não obstante ele diz: “Não se faça a minha vontade e, sim, a tua” (Lucas 22:42). Reflita: se a vontade de Cristo, que, evidentemente, era boa, sim, que foi a superior de todas em todo o tempo, precisou ser invalidada para que a vontade do Pai fosse cumprida, como poderíamos nós, pobres vermes, exaltar-nos em nossa vontade, que jamais está livre de qualquer tipo de maldade e sempre merece ser impedida?
–por Joel Oliveira Pinto
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