A Teologia da prosperidade é um falso ensino que afirma que possuir bens materiais e riquezas são “direitos” daqueles que seguem a Cristo, e que ser pobre significa estar debaixo de “maldição”, em pecado, sem fé ou autoridade para “reivindicar” seus “direitos”.
“Porque haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos, e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (IITm.4.3).
Deus de fato é um Pai amoroso e abençoador, que supre nossas necessidades, mas de acordo com a vontade dele, e não da nossa, afinal nós é quem somos seus servos e Ele o Senhor, e não ao contrário. Não podemos reivindicar ou exigir direito algum, pois tudo o que ele nos dá é pela graça, que significa favor imerecido, e não um direito a ser exigido.
Os pregadores da teologia da prosperidade ou do “evangelho de mamom” alegam ter seus templos sob a bênção de Deus, pois esses vivem cheios e suas filiais se espalham por todos os lados, mas na verdade eles usam de covardes estratégias para lotarem suas igrejas, pois estimulam a cobiça do povo, prometem garantia de prosperidade material e terrena, transformam as dificuldades humanas em “maldições a serem quebradas”, exploram a fé e a miséria do povo, que se tornam presas fáceis desse engano e, motivados pelo interesse ou pelo desespero financeiro, se aglomeram nesses templos, sendo iludidos e persuadidos a um evangelho de facilidades, desprovidos da Verdade em Cristo, são induzidos a barganharem com Deus através de suas ofertas/dízimos e aprendem a usar o nome de Jesus como um mero detalhe e “fórmula mágica” para adquirirem seus desejos e riquezas, e quando essas falsas promessas não se cumprem se tornam frustrados e feridos, culpando a Deus e se sentindo rejeitados por ele.
Multidão de sacrifícios, “ofertas generosas”, templos cheios, ajuntamentos solenes e grandes festas “em nome de Deus” nem sempre são agradáveis e aceitáveis ao Senhor, Leiamos Isaías 1:11 a 14 as Palavras do próprio Deus: “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios - diz o Senhor. Estou cansado dos holocaustos de carneiros e da gordura dos animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros e nem de bodes. Quando vinde para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes em meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs, o incenso é para mim abominação e também as festas de lua nova, os sábados e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada a ajuntamentos solenes.”
Jesus ou mamom?
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e a mamom (riquezas).” Mt 6:24.
Nessa passagem o próprio Jesus compara as riquezas, a cobiça material a outro senhor, nos mostrando que é como servir a outro deus, a um ídolo. É IDOLATRIA PURA!!! Porém muitos têm escolhido servir a mamom, e vários pregadores e pastores estão levando a igreja a se prostrar diante de altar estranho, rejeitando a Jesus. Se aprendemos que é impossível servirmos a dois senhores, sem amar a um e aborrecer o outro, se um é opositor ao outro, qual o senhor que está sendo servido no meio do povo que aceita a teologia da prosperidade?
A palavra de Deus nos alerta que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (I Tm.6:10) e que “ onde está o seu coração, aí está o seu tesouro.”(Mt 6:21). O verdadeiro evangelho ensina que somos peregrinos e forasteiros nesse mundo (Hb.11:13), que nossa herança está na eternidade(Mt 25:34).
Aceitando a proposta de satanás?
Em Mt. 4: 8 e 9 foi lançada uma tentadora proposta:
“Levou-o o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: tudo isso lhe darei se prostrado me adorares”.
A Teologia da prosperidade nada mais é do que essa mesma proposta de satanás feita a Jesus na tentação do deserto, e que hoje está se estendendo a nós e sendo aceita no meio da igreja, e muitos, sem discernimento, não percebem que estão se rendendo à glória desse mundo com toda sua riqueza, cobiça, ostentação e poder, e se prostrando, conseqüentemente ao adversário. Porém Jesus, a quem dizem servir, se negou a aceitar, respondendo: “Então Jesus ordenou: Retira-te satanás, porque está escrito:Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto”.( Mt.4:10).
Que a igreja do Senhor possa seguir a JESUS, não se prostrando a mamom, não se rendendo às propostas cobiçosas de satanás, adorando apenas ao Senhor Verdadeiro e buscando as coisas lá do alto. Que possamos retirar do nosso meio os “bezerros de ouro” que muitos têm levantado, que toda idolatria seja dissipada para glória de Deus!
“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. (I Tm.6:8 a 10).
Desmascarando o engano
· Somos abençoados pelo que possuímos? Não! Jesus nos responde em Lc.12:15b: “...porque a vida de um homem não consiste na abundancia de bens que ele possui”.
· Para Deus quem tem riqueza material, tem necessariamente riqueza espiritual? Não! Vejamos em Lc.12:20 e 21: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo , mas não é rico para com Deus”.
· Para Deus aqueles que buscam apenas riquezas têm uma vida espiritual frutífera? Não! Leiamos em Mt.13:22: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a Palavra, mas os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocaram a Palavra, e ficaram infrutíferas”.
· Quem é pobre foi rejeitado, esquecido ou amaldiçoado por Deus? Não! Em Tiago 2:5 aprendemos: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do Reino que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, porque menosprezais os pobres?”
· Os grandes homens de Deus tinham como principal característica os seus bens materiais? Não! Observamos: “Disse Pedro: Não tenho ouro, nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, Levanta-te e anda!”.(Atos 3:6).
· Uma igreja pobre financeiramente também é pobre espiritualmente? Não! Vejamos a carta enviada à igreja de Esmirna em Ap.2;9a : “ Conheço a tua tribulação e a tua pobreza ( mas tu és rico)...”
· Imensas igrejas, luxuosas e ricas podem ser miseráveis e pobres diante de Deus? Sim! Vejamos parte da carta à igreja de Laodicéia, em Ap.3:17: “...pois dizem: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”
· Um alerta de Jesus aos mestres que colocam aquilo que é material acima do Próprio Senhor: “ai de vós, guias cegos, que dizeis: quem jurar pelo santuário, isto é nada, mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou. Insensatos e cegos! Pois qual é o maior: O ouro ou o altar que santifica o ouro? E dizeis: quem jurar pelo altar, isso é nada, quem, porém jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou. Cegos! Pois qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?”. Mt. 23:16 a 19.
Conclusão
Como provamos através da Palavra de Deus, a prosperidade pregada pelos homens está muito aquém da verdadeira prosperidade na ótica do Senhor. Pobres podem ser prósperos, enquanto quem confia em suas riquezas podem ser, na realidade espiritual, miseráveis. As coisas do Espírito se discernem espiritualmente (I co 2:13) e não materialmente.
Sejamos ricos ou pobres, o Senhor não faz acepção de pessoas (Rm.2:11). Ele comprou com seu sangue pessoas de todas as tribos, raças, povos e nações. Ele não rejeita ninguém.
Se aprouver a Deus permitir que alguns de seus servos sejam ricos, a eles ele deixou essa orientação: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona para o nosso aprazimento, que pratiquem o bem e sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir, que acumulem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que alcanceis a vida eterna”.(I Tm. 6:17 a 19).
Aos que não possuem bens, saibam que nossa esperança não está nas coisas perecíveis desse mundo:
“Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos homens.” I Co 15:19
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