De fato, em tempo de guerra os pecadores muitas vezes sobem a níveis admiráveis de sacrifício por causas que não se comparam com Cristo. A maior causa do mundo é alegremente salvar as pessoas do inferno, satisfazendo suas necessidades materiais, tornando-os alegres em Deus, e fazendo-o com um prazer bondoso, sério, que faz Cristo parecer o Tesouro que ele é. Nenhuma guerra na terra foi travada em tempo algum por uma causa maior ou um rei maior.
Mas, ah, que riscos valentes e sacrifícios ousados essas causas menores já inspiraram! Em 19 de fevereiro de 1944, começou a batalha por Iwo Jima. Era uma ilha nua, com área de uns 25 quilômetros quadrados a cerca de 313 quilômetros para o sul de Tóquio, protegida por 22 mil japoneses prontos a lutar até a morte (o que fizeram). Estavam protegendo duas pistas de aviação de que a América precisava no esforço estratégico de conter o avanço japonês depois do ataque de Pearl Harbor, e preservar a liberdade americana. Foi uma causa importante, e o sacrifício corajoso foi admirável.
As duras estatísticas mostram o sacrifício feito pelo 2o. Batalhão do Coronel Johnson: 1.400 rapazes [muitos ainda adolescentes] aportaram na ilha no Dia-D; 288 substitutos foram providenciados no correr da batalha, um total de 1.688. Destes, 1.511 foram mortos ou feridos. Só 177 saíram andando da ilha. E destes 177 que saíram, 91 tinham sido feridos pelo menos uma vez e retornaram à luta.
Foram 22 embarcações de transporte para levar a 5a. Divisão para a ilha. Os sobreviventes couberam bem em oito navios que saíram dali.
Os rapazes americanos tinham matado uns 21.000 japoneses, mas sofreram mais de 26.000 baixas fazendo isso. Seria a única batalha do Pacífico onde os invasores sofreram mais mortes do que os defensores.
Os fuzileiros navais lutaram na Segunda Grande Guerra durante 43 meses. Contudo, em um mês em Iwo Jima, ocorreu um terço do total de mortes. Deixaram lá os maiores cemitérios do Pacífico: quase 6.800 túmulos, ao todo; montinhos de terra com suas cruzes e estrelas. Milhares de famílias não teriam o consolo de um corpo ao qual dizer adeus: só a informação abstrata de que o fuzileiro tinha "morrido no cumprimento de seu dever". Mike estava no lote 3, fila 3, túmulo 694; Harlon no lote 4, fila 6, túmulo 912; Franklin no lote 8, fila 7, túmulo 2189.
Quando penso em Mike, Harlon e Franklin ali, penso na mensagem que alguém esculpiu fora do cemitério:
Quando voltar para casa
Conte-lhes de nós e diga:
Pelo seu amanhã
Demos o nosso hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário