Efésios 1:1-14
Estudando o primeiro capítulo da carta do Apóstolo Paulo aos Efésios, nós vamos descobrir que a Igreja é um presente de Deus para o mundo. Na mente do Apóstolo, assim como na nossa mente, deve ser claro o fato, que a Igreja é um presente de Deus para um mundo necessitado.
•Veja por exemplo o verso primeiro: “...aos santos que vivem em Éfeso...” – Primeiramente uma referência para a Igreja. Assim como nós devemos receber como um atestado da Palavra de Deus, “aos santos que vivem em (nome da cidade, ...!?!)”, da (nome da igreja local, ...!?!)•Veja o que ele diz no verso 3. Aqui, ele diz que a Igreja é abençoada com toda a sorte de bênçãos espirituais. Ele não nomeia uma ou duas ou algumas bênçãos, mas toda sorte de bênçãos espirituais, e nós também recebemos essas bênçãos espirituais! Amém?
Como pode então a Igreja não ser um presente para o mundo, se ela é composta de santos e também é tão ricamente abençoada? Portanto, se ela é abençoada, ela precisa ser bênção para o mundo.
•Veja o que ele diz no verso 4, “é separada para um relacionamento de amor com o Pai”. Existe bênção maior do que um relacionamento de amor, sincero e genuíno? Claro que não! Talvez a grande causa da violência generalizada no mundo todo, é a degeneração dos relacionamentos familiares e sociais, é que é obra do diabo.
Mas agora eu pergunto, existe bênção maior do que ser separado para um relacionamento de amor, sincero e genuíno, com Deus? Experimentar o amor de Deus e poder compartilhar do amor de Deus com as pessoas! Essa é uma sorte de bênção que nós temos.
•Ele diz agora, no verso 6, que a Igreja existe para o “louvor da glória e da graça de Cristo”. Por isso, somos uma bênção para o mundo, porque somos e existimos, para o louvor da glória e da graça de Cristo. Existimos, para que pessoas lá fora conheçam o amor de Cristo através das nossas vidas e obtenham, em Cristo, o mesmo que nós temos obtido gratuitamente, ou seja: “...a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,” conforme o verso 7.•Ele cita aqui no verso 8, que a Igreja é capacitada com a prudência provinda do Senhor, discernimento.•Ele fala, por exemplo, no verso 9 que a Igreja é privilegiada, porque ela conhece o mistério da vontade de Deus.•Ele cita nos versos 11 e 14, que a Igreja é herdeira, conforme os propósitos do Senhor.•Ele fala no verso 12 novamente, que a Igreja existe para o louvor da glória do Altíssimo - “a fim de sermos para o louvor da Sua glória, nós que de antemão esperamos em Cristo;”.•E no verso 13, que a Igreja é garantida pelo poder do Espírito Santo de Deus.
Faz sentido amados, quando nós ouvimos um desafio da Palavra de Deus, que a Igreja de Cristo é um presente de Deus para o mundo em que vivemos?
Soa bem isso? Soa?
Deve soar, porque assim é que é!
Infelizmente – e sempre tem um infelizmente – conforme estamos vendo nestes dias, algumas igrejas, alguns pastores, sem o compromisso com a Palavra da Verdade, por causa do seu mau testemunho, deixa essa mensagem nebulosa. E essa é uma das razões, porque às vezes nós perguntamos, que se isso é verdade, se a Igreja é uma bênção para o mundo, porque o mundo não vê assim?
Já pensou nisso?
Se a Igreja é enriquecida por Deus com toda sorte de bênção, a fim de abençoarmos o mundo, então porque o mundo não nos procura, para poder desfrutar também, deste relacionamento de amor com Deus? Se a Igreja é um presente de Deus para o mundo, porque o mundo não entende essa verdade tão clara?
Existem várias razões porque o mundo não entende. Uma delas é porque a Igreja ao longo dos anos, na história, e, principalmente nos dias de hoje, deixou de funcionar do jeito de Deus.
Nós como Igreja, deixamos de ser presente para o mundo, e nos tornamos tropeço pra eles. Por isso, o mundo às vezes olha pra nós, não como um presente, mas com um sentimento de: “quero estar bem longe”.
No livro, “O JESUS QUE EU NUNCA CONHECI”, o escritor Philip Yancey conta uma história narrada a ele por um amigo que trabalha com pessoas marginalizadas. Esse amigo foi procurado por uma prostituta que, doente, contou não ter dinheiro para comprar comida para a filha. Chorando copiosamente, revelou que alugava a garotinha de dois anos de idade para homens interessados em perversões sexuais, a fim de sustentar o vício das drogas. Disse-lhe que ganhava mais alugando a menina do que em uma noite inteira de programas. O amigo do escritor, horrorizado com o relato e sem saber o que dizer à mulher, sugeriu que procurasse uma igreja em busca de ajuda. Por que não procura ajuda? Sabe o que ela disse?
“Tudo, menos procurar uma igreja. Porque eu sei muito bem, como os da igreja me olham. Eu sei muito bem o julgamento que eles fazem de mim”.
Amados, isso é sério. Muito sério!
Como é que as pessoas lá fora recebem o meu olhar. Como é que as pessoas que carecem da minha instrução ou da minha ajuda, do meu amor, como é que essas pessoas recebem a minha vida?
Isso é muito sério. É por essas e por outras razões, que o mundo lá fora, não vê a igreja como um presente de Deus.
Que a Igreja é um presente de Deus para o mundo, é uma verdade que nós não podemos mudar. Ainda que ela se torne, às vezes, obscura, nós não podemos mudar.
Pense, agora, sobre qual é a razão primária da Igreja! Todos nós sabemos! Por que a Igreja existe? A Igreja existe, para dar uma devida adoração a Deus. Não é isso que nós aprendemos?
Lembra do verso 12? “a fim de sermos para o louvor da Sua glória...”, isso é verdade! Pra mim e pra você!
Mas quantos de nós lembramos disso?
Quantos de nós nos levantamos hoje, nos lembrando, que eu existo, para o louvor da glória de Deus?
E quantos de nós, aos nos levantarmos amanhã, e formos para o nosso trabalho, para a escola, quando estivermos almoçando, ou com os amigos e colegas, e quando estivermos voltando para a nossa casa, e estivermos com nossas famílias, e quando formos dormir, quantos de nós estaremos nos lembrando disso? Será que estaremos nos lembrando de que tudo de nós, nossos atos, nossos pensamentos e atitudes, seja quando for, seja onde for, tudo! Existe para a glória de Deus?
Talvez não nos lembremos disso, e por essa razão, o mundo não vê em nós o “presente”. Porque os nossos atos, nossas palavras, nossas vidas, não estão sendo para o louvor da glória de Deus.
Mas é assim que deve ser, “...para o louvor da glória de Deus...”.
E uma igreja sadia; uma vida espiritual; uma igreja forte; uma vida forte deve entender essa mensagem. Que a razão da minha existência, é para o louvor da glória de Deus. E quando nós ouvimos essa mensagem, nós não fechemos os nossos ouvidos e o nosso coração para ela.
Assim como os irmãos estão sérios, olhando pra mim!
Esse é motivo mais do que suficiente, para nos alegrarmos, pois a minha vida é para refletir a vida de Deus e assim, para que Ele seja glorificado. Amém?
E sabemos que às vezes, passamos por vários empecilhos até chegarmos à compreensão da verdade, e do conhecimento e da prática desse estilo de vida que é a adoração.
Mas nós não vamos nos entregar aos empecilhos, nós também não vamos deixar que o inimigo olhe para nós e fique rindo de nós por causa dos empecilhos, nós vamos lutar contra o inimigo.
E nós vamos rir diante de todas essas coisas, pois sabemos que existimos para o louvor da glória de Deus.
Nós vamos sorrir, nós vamos prestar atenção, nós vamos deixar que o nosso coração seja sensível à Palavra de Deus, e que o Espírito Santo nos mude. Porque só assim, seremos o “presente”, a bênção para o mundo. Caso contrário não seremos! Amém?
Adoração ao Senhor.
Quando nós falamos que a razão primária da existência da Igreja, é adorar ao Senhor, nós nos lembramos logo de textos como Colossenses 3:16, que fala para adorarmos ao Senhor, com “salmos, hinos e cânticos espirituais”. Também Efésios 5:19, “falando entre vós com salmos, entoando e louvando ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,”.
Falamos que adoração são essas coisas. A Bíblia ensina que essas coisas fazem parte da adoração.
A Bíblia ensina que adorar ao Senhor, se constitui de cantar, mas também de viver para o Senhor e também de servir ao Senhor de formas específicas. Nós adoramos ao Senhor, quando vivemos para o Senhor. E esse é um desafio para a Igreja que quer ser vista como um presente de Deus.
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