Desfrutando da fé exercida por um salmista velho Reflexões sobre Salmos 71
Não quero ser um velho rabugento. Deus anuncia coisas terríveis para aqueles que murmuram (SI 106.25-26). A murmuração desonra o Deus que promete fazer com que todas as coisas cooperem para o nosso bem (Rm 8.28). O queixume abafa a luz de nosso testemunho cristão (Fp 2.14-15). Um espírito crítico e ansioso esgota a paz e a alegria. Esta não é a maneira como que desejo envelhecer.
Desejo ser como o ancião de Salmos 71. Sabemos que ele estava envelhecendo, porque orou: "Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs" (v. 18); e: "Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares" (v. 9).
Ao considerar a maneira como este homem se aproximou da velhice, formulei algumas resoluções:
1. Recordarei, com admiração e gratidão, as milhares de vezes em que confiei em Deus, desde a minha mocidade.
Pois tu és a minha esperança, SENHOR Deus, a minha confiança desde a minha mocidade (v. 5). Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocida¬de; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas (v. 17).
2. Eu me refugiarei em Deus, em vez de me ofender por causa de meus problemas.
Em ti, SENHOR, me refugio (v. 1).
3. Falarei com Deus cada vez mais (e não cada vez menos) sobre toda a sua grandeza, até que não haja, em meus lábios, lugar para a murmuração.
Tu és motivo para os meus louvores constantemente (v. 6).
Quanto a mim... te louvarei mais e mais (v. 14).
4. Esperarei (resolutamente) e não cederei ao desespero, mesmo no lar de idosos e mesmo se viver mais do que todos os meus amigos.
Quanto a mim, esperarei sempre (v. 14).
5. Encontrarei pessoas para falar-lhes sobre os maravilhosos atos da salvação de Deus e nunca acabarei, porque esses atos são inumeráveis.
A minha boca relatará a tua justiça e de contínuo os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número (v. 15).
6. Ficarei atento aos jovens e lhes falarei sobre o poder de Deus. Eu lhes direi que Deus é forte e podemos confiar nEle, quer na juventude, quer na velhice.
Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força (v. 18).
7. Recordarei que em Deus existem coisas que estão além de minha imaginação e que em breve eu as conhecerei.
Ora, a tua justiça, ó Deus, se eleva até aos céus (v. 19).
8. Considerarei todo meu sofrimento e aflição como um dom de Deus e um caminho para a glória.
Tu, que me tens feito ver muitas angústias e males, me restaurarás ainda a vida (v. 20).
9. Resistirei aos estereótipos de pessoas velhas, brincarei, cantarei e exultarei (quer pareça conveniente, quer não).
Eu também te louvo com a lira, celebro a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei salmos na harpa, ó Santo de Israel (v. 22). Os meus lábios exultarão quando eu te salmodiar (v. 23).
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