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21 de jun. de 2010

O Reino dos Céus





O Adiantamento do Reino

O rei Nabucodonosor teve um sonho e queria saber o seu significado. Em vez de simplesmente aceitar as interpretações dos seus magos, ele testou a habilidade deles de interpretar o sonho, exigindo que primeiro descrevessem o próprio sonho. Se pudessem fazer isso, ele acreditaria na sua interpretação (Daniel 2:1-9). Apesar dos protestos dos mágicos, astrólogos e feiticeiros que ninguém poderia fazer isso, o rei bravo deu a ordem de matar os magos da Babilônia.
Havia um cativo judeu chamado Daniel entre aqueles magos. Ele orou a Deus, buscando misericórdia através da revelação do sonho e de sua interpretação. O Senhor revelou a Daniel que o sonho de Nabucodonosor era algo que aconteceria “nos últimos dias” (2:28).
Nabucodonosor viu no seu sonho uma grande imagem, a figura de um homem. A interpretação divina através de Daniel era que a cabeça de ouro (da imagem) representava Nabucodonosor e o reino babilônico (2:36-38). O peito e os braços de prata representavam um segundo reino que levantaria após Nabucodonosor. O ventre e os quadris representavam um terceiro reino grande (2:32,39). As pernas de ferro e os pés de ferro e barro representavam um quarto reino que “quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará” (2:40).
Nos dias dos reis do quarto reino, um quinto reino seria estabelecido pelo Deus do céu, um reino que nunca seria destruído ou deixado para outros povos. A maioria das pessoas religiosas acredita que este quinto reino é o reino de Cristo. O sonho de Nabucodonosor deu um “cronograma” para o estabelecimento do reino do Senhor.
No entanto, há muitas pessoas que acreditam que o estabelecimento do reino do Senhor ainda acontecerá no futuro. Elas reconhecem que Jesus pretendia estabelecer seu reino na época da sua encarnação, mas alegam que o reino, na verdade, foi adiado por causa da rejeição de Jesus pelos judeus. Fazem uma distinção entre o reino e a igreja e argumentam que Deus instituiu a igreja “do nada” como um plano “secundário”.
Jesus e João Batista pregaram que “está próximo o reino dos céus” (Mateus 4:17; 3:2). Aparentemente Jesus entendeu que a época para o cumprimento da profecia de Daniel foi nos dias do império romano. Se Jesus, o Filho de Deus versado nas profecias do Velho Testamento, entendeu que o reino só seria estabelecido bem mais tarde, por que ele pregou a proximidade do reino naquela época? Jesus não sabia quando o reino realmente viria? Se ele esperava que o reino fosse estabelecido nos dias do primeiro século e isso não aconteceu, então ele estava errado (uma conclusão com sérias conseqüências em relação à sua divindade).
A verdade? Jesus pregou a proximidade do reino (como fora dito na profecia de Daniel) e o reino realmente foi estabelecido no dia de Pentecostes (Apocalipse 1:9; Colossenses 1:13).

–por Allen Dvorak



O Reino dos Céus


por Sewell Hall


Se lhe pedissem para explicar o reino dos céus, o que você diria? A maioria de nós acharia mais fácil dizer o que não é o reino do que dizer o que ele é. Alguns simplificariam demais a matéria, dizendo apenas que o reino é a igreja. O assunto merece uma explicação bem mais completa.
A importância deste assunto pode ser percebida pelo fato do Novo Testamento conter mais de 100 referências ao reino. Jesus passou os três anos e meio de seu ministério “pregando o evangelho do reino” (Mateus 4:23). Tudo o que ele disse e fez durante esse período de sua vida estava relacionado com o reino. Enquanto narrativas paralelas mostram Jesus falando sobre “o reino de Deus”, Mateus cita-o 33 vezes, dizendo “o reino dos céus”.
A designação reino dos céus é bem apropriada. Ela reforça lindamente a explicação que Jesus deu a Pilatos a respeito de seu reino, quando disse: “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36). Positivamente, “O reino veio do céu; seu governo, suas leis, seu modo de vida, de pensamento e de adoração são aqueles do céu; a grande nação da qual os santos são cidadãos está agora centrada no céu (Filipenses 3:20); [e] olha para o céu como seu lar, sua pátria” (Caffin, Pulpit Commentary).
O reino é a igreja? É certamente verdade que aqueles que estão na igreja estão no reino, e que aqueles que estão no reino estão na igreja. Se é correto chamar a igreja o corpo de Cristo, também tem que ser correto falar dela como o reino. Contudo, a palavra reino tem sentidos que não atendem à palavra igreja. Enquanto igreja chama a atenção para as pessoas que aceitaram o chamado do céu, reino concentra-se mais no rei, seu governo e seu domínio. Seria extremamente embaraçoso, se não incorreto, substituir a palavra reino, nas muitas passagens onde é encontrada, pela palavra igreja.

W. E. Vine diz que a palavra traduzida como reino “é principalmente um substantivo abstrato significando soberania, poder real e domínio...; e daí, transformando-se num substantivo concreto para indicar o território ou o povo sobre quem o rei domina... É usado especialmente para o reino de Deus e de Cristo. O reino de Deus é: a) a esfera do domínio de Deus,... b) a esfera em que a qualquer dado momento, seu domínio é reconhecido” (Expository Dictionary of New Testament Words).
Rabinos pensantes, mesmo antes dos dias de Jesus, entenderam algo referente ao que verdadeiramente seria o reino de Deus. De acordo com o Pulpit Commentary, um certo rabino, Berequias, disse que quando Moisés perguntou a Deus por que somente Israel, dentre todas as nações, estava entregue aos seus cuidados, a resposta foi, “Porque eles tomaram sobre si o jugo de meu reino no Sinai, e disse, ‘Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos’” (Êxodo 24:7). Diversos estudiosos relatam uma opinião comumente mantida que se Israel fizesse perfeitamente apenas por um dia a vontade de Deus, o Messias teria vindo. Contudo, como Bob Waldron observa no artigo seguinte, Israel, como uma nação, jamais atingiu tal ideal. De fato, a vontade do céu só pôde ser perfeitamente conhecida e praticada entre os homens quando “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14).
Comentando sobre Mateus 3:2, M. R. Vincent afirma: “No ensinamento de Cristo e nos escritos apostólicos, o reino do Messias é a própria realização da idéia profética referente ao domínio de Deus, sem nenhuma limitação nacional...Todos os seus sentidos são somente perspectivas diferentes da mesma grande idéia: a sujeição de todas as coisas a Deus, em Cristo” (Word Studies in the New Testament).
Alfred Edersheim, em seu livro Life and Times of Jesus the Messiah, observa: “Uma análise de 119 passagens do Novo Testamento onde a expressão ‘reino’ ocorre, mostra que significa o governo de Deus; o qual foi manifestado em e através de Cristo; é aparente na igreja; desenvolve-se gradativamente no meio de obstáculos; é triunfante na segunda vinda de Cristo (‘o fim’) e, finalmente, aperfeiçoado no mundo por vir” (página 270). É esse conceito que é refletido nos artigos que se seguem.
A maioria do nosso ensinamento referente ao reino nos dias recentes tem sido refutar a noção falsa de que o reino ainda está para ser estabelecido na terra. Tal refutação tem sido tanto oportuna como valiosa. Contudo, a melhor defesa contra um conceito falso é um conceito acurado. Deixando, pois, as definições de estudiosos, voltemos às Escrituras para ver como a idéia do reino de Deus se desenvolveu no Velho Testamento e foi plenamente explicada na vida e ensinamento de Jesus e seus apóstolos. Sugerimos que você leia os artigos em ordem, uma vez que foram arranjados para seguir tão cronologicamente quanto possível a revelação de nosso Senhor sobre “os mistérios do reino.”


O Reino dos Céus na Terra


por Tommy Poarch


O reino de Deus na Terra é um reino celestial. O evangelho de Mateus usa a expressão “reino dos céus” mais de trinta vezes. Quase todas as vezes se refere ao reino que está próximo. “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2).
Jesus pregou a maravilhosa mensagem da chegada iminente do reino. “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mateus 4:23). A palavra de Deus e a palavra do reino podem ser usadas indiferentemente. “A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho” (Mateus 13:19; veja Lucas 8:11). Os discípulos são guiados pela “doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42), porque Deus lhes deu a obra de ordenar a vontade do céu sobre os cidadãos do reino na terra (veja Mateus 18:18). E por essa razão, Jesus disse aos seus discípulos: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio” (Lucas 22:29).
O domínio do Rei Jesus Cristo chegou às mentes e corações do povo de Deus durante o primeiro século. E lhes disse: “Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Marcos 9:1). Homens e mulheres ouviram a mensagem do reino e se tornaram cidadãos do reino do Senhor. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).
O reino dos céus na terra não é um reino terrestre. Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36). O que significa “não é deste mundo”? “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”(Lucas 17:20-21). “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17).
O que é o reino? Reino, basileia, significa monarquia, império, poder real, domínio. Portanto, o governo do céu chegou à terra. Mas o reino celestial não é como os reinos mundanos. O governo de Deus se dirige ao coração (espírito) do homem. Deus governa seu povo em seu Filho pela persuasão moral que é dada através de escritos sagrados, a Bíblia. Os cidadãos do reino são aqueles que renasceram. “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:3,5). “Tendo purificado a vossa alma pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pedro 1:22-23).
Os cidadãos do reino de Deus deixam que a palavra dele tenha domínio sobre suas vidas. Eles seguem a Bíblia e formam hoje, coletivamente, o território da nação de Deus. Assim, nesse sentido, eles são o território que Deus governa. Eles não têm autoridade, pois todo o governo e domínio pertencem a Cristo. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18). Assim, quando se olha para a palavra reino, deve-se primeiro estar se lembrando do rei que governa.
A igreja forma o território do governo espiritual de Cristo. O que significa igreja? A assembléia de cristãos que foram libertados das trevas do pecado pelo sangue de Cristo. A igreja e o reino são intimamente ligados, mas não são palavras sinônimas. Reino destaca o governo do Rei. Igreja salienta o povo de Deus que está sob o governo de seu Senhor e Rei, Jesus Cristo.


O Reino dos Céus no Céu


por Tommy Poarch


O reino de Deus veio realmente a esta terra; mas nunca foi, não é, e jamais será um reino terrestre. O reino (governo) de Deus foi estendido do céu às criaturas humanas do Criador, neste planeta temporário. Mas a natureza e a duração do domínio de Deus em Cristo é de eternidade a eternidade.
Dizer que estamos no reino implica que submetemos nossas vidas ao governo de Deus em seu Filho. Mas o domínio de Deus nunca foi destinado a ficar limitado no espaço e no tempo, pois é um reino eterno. Simplesmente nos submetemos ao domínio de Deus agora, para que possamos viver sob o governo e cuidado de Deus para sempre. Entramos no reino agora (ele “nos transportou para o reino do Filho do seu amor”SColossenses 1:13), para que possamos ser “herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam” (Tiago 2:5).

A herança de Deus para nós é, em última análise, um lar com ele no céu. Ele é eterno e sua meta para nós é “a posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34). Já que “a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus” (1 Coríntios 15:50), os santos podem com justiça ter “o desejo de partir e estar com Cristo” (Filipenses 1:23), e Deus pode ver como preciosa a morte de seus santos (Salmo 116:15).
A herança eterna vem quando Jesus aparece como juiz dos vivos e dos mortos. “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino” (2 Timóteo 4:1). “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:11).
Para quem será oferecida a entrada no reino eterno? NÃO PARA ESTES: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-10). MAS PARA ESTES, SIM:“Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?” (Tiago 2:5).
Como será? Será maravilhoso! Um lugar sem lágrimas, sem dor, sem depressão, sem solidão, sem inimigos, sem nenhuma coisa má. Como seremos? Não como agora somos (1 Coríntios 15), mas como agora ele é. “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 João 3:2).
Se você perder o reino celestial, você terá perdido tudo. Mas é preciso disciplina para viver uma vida de fé. Exige um anseio por Deus e fome e sede de justiça. É uma meta excelente e uma esperança nobre buscar ser como o Senhor, tanto agora como para sempre. “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 João 3:3). Mas posso ter uma tão elevada esperança, porque estou certo de que “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém” (2 Timóteo 4:18).
O amor para com este mundo faz com que se perca o céu, porque não se pode amar este mundo e fielmente amar a Deus. “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mateus 16:26).“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:10-11).



Algumas Reflexões Finais sobre o Reino dos Céus

por Sewell Hall


Pensamentos sobre o Prémilenarismo

Nos tratos de Deus para com o homem, ele tem sempre movido das coisas terrestres, materiais e temporais para aquelas que são espirituais, celestiais e eternais.
Desde o sangue de animal oferecido por Abel, Deus trouxe a humanidade ao sangue de Cristo oferecido diante de Deus como eterna expiação pelo pecado. Desde a circuncisão de Abraão fomos levados a uma circuncisão “não por intermédio de mãos” (Colossenses 2:11). De um tabernáculo material avançamos para o “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hebreus 8:1-2).
No Velho Testamento Deus possuía um reino terrestre que atingiu o pico de sua glória militar nos dias do Rei Davi. Esse reino ficou inerte, mas Deus prometeu um novo reino que seria eterno (Daniel 2:44-45). Os judeus cometeram o sério engano de esperar que tal fosse simplesmente um reino maior e do mesmo tipo. Jesus passou muito tempo de seu ministério pessoal procurando afastar a atenção deles do que era físico e terreno para o que era espiritual e celeste. Ele explicou a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36).
Apesar de tudo isso, há muitos hoje, conhecidos como premilenaristas, que crêem que Jesus veio para estabelecer um reino físico, terrestre e militar, como o de Davi, mas que ele foi impedido de fazer isso pela descrença de Israel. Eles esperam plenamente que Cristo volte à terra e se empenhe em guerra carnal para estabelecer seu trono em Jerusalém, de onde ele reinará na terra durante mil anos. Certamente, aqueles que têm compreendido o que o Novo Testamento ensina a respeito do reino podem ver que isso seria uma inversão da direção de todos os tratos anteriores de Deus para com o homem. “Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (Gálatas 3:3). Deus “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).
Qualquer interpretação das profecias, seja do Velho Testamento como do Novo, que contradiz esse quadro claramente desenvolvido do reino do Messias como um reino pacífico, espiritual, celeste e eterno, é uma interpretação errada de tais profecias.

Pensamentos sobre Autoridade

Um reino verdadeiro é o oposto exato de uma democracia. Uma democracia é o “governo do povo”. Uma monarquia é o governo de uma única pessoa. Ela tem todo o poder e estabelece ou elimina todos os cargos quando quer, e admite ou demite cada ministro conforme escolhe. Qualquer pessoa reivindicando autoridade precisa ter credenciais do rei, e qualquer ato para ser legal precisa ser aprovado pelo rei ou por alguém a quem ele concedeu autoridade.
Nosso rei autorizou seus apóstolos a falarem por ele. Eles eram seus embaixadores, falavam e escreviam por ele. Nenhum outro ser humano pode reivindicar tal autoridade. Isso significa, simplesmente, que como cidadãos do reino dos céus, precisamos ter autorização do Rei para tudo o que fazemos, e essa autorização só pode ser encontrada nas Escrituras.

Pensamentos sobre os Cidadãos do Reino no Mundo

Aqueles dentre nós que têm passado algum tempo em uma nação que não a nossa, percebem como nos sentimos estranhos e diferentes em tal lugar. Somos constantemente lembrados de nossa situação como estrangeiros. Mas não ficamos envergonhados. Temos orgulho de nossa pátria, aceitamos o fato de sermos diferentes, tentamos manter-nos a par dos acontecimentos em nossa terra nativa e esperamos pelo dia quando poderemos ter a alegria e o contentamento de vivermos novamente entre “nosso próprio povo”.
Sendo aqueles cuja “pátria está nos céus” (Filipenses 3:20) somos sempre como Abraão, que “peregrinou...como em terra alheia”(Hebreus 11:9). Estamos no mundo, mas não somos “do mundo”; assim como nosso Rei estava no mundo, e não era do mundo (João 17:16). As pessoas ao nosso redor ficam surpresas porque não nos envolvemos com elas em suas “dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias” e nos caluniam (1 Pedro 4:3-4). Mas nos lembramos das palavras de Pedro:“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pedro 2:11); e também das palavras de Paulo: “se perseveramos, também com ele reinaremos” (2 Timóteo 2:12).


O Evangelho do Reino


por Charlie Brackett


Jesus veio “pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:14-15).
Com a brevidade usual, Marcos expôs o que ele e outros escritores inspirados denominaram o evangelho do reino. Evangelho significa boa nova ou boa mensagem. O reino de Deus estava próximo. Sua vinda estava perto. Os mandamentos de Deus ordenam a todos que se arrependam e creiam nessa jubilosa mensagem.
Nunca houve uma mensagem tão acreditável. O poder miraculoso provava que Jesus falava a verdade; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou” (Mateus 4:24). O poder sobre os demônios provou ser verdadeira a sua mensagem e anunciou poderosamente a chegada do reino. Acusado de expelir demônios pelo poder de Satanás, Jesus replicou que, se isso fosse verdadeiro, o reino de Satanás estava dividido, condenado à aniquilação.“Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus”, ele disse, “certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12:22-30). A vinda do reino de Deus era um golpe mortal em Satanás. A luta foi breve. Ainda que tudo parecesse perdido na cruz, a vitória foi arrebatada da morte quando Cristo ressuscitou. O reino veio! Essa boa nova ressoou em todos os cantos do globo e ainda oferece esperança a todos os pecadores. Ela persiste porque o evangelho do reino é...


  • A boa nova de Deus (Romanos 1:1). Ele é sua fonte. Paulo escreveu, “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito” (1 Coríntios 2:9-10). As boas novas do reino são dignas de aceitação e crédito.

  • A boa nova do Filho de Deus, Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 3:2). Ele é o mensageiro. “Deus...nestes últimos dias, nos falou pelo Filho” (Hebreus 1:1-2). Jesus não é somente o mensageiro, ele é a mensagem. O evangelho apresenta Jesus: quem ele é (o Filho de Deus), como foi declarado (ressuscitado dentre os mortos), e o que ele fez (fez-nos seus chamados, amados de Deus) (Romanos 1:1-7,9,16). Marcos afirma que o início do evangelho de Jesus Cristo estava escrito nos profetas (Marcos 1:1-2). As boas novas de um reino vindouro seriam incompletas se não houvesse predição, descrição e anúncio da vinda do Rei.

  • A boa nova da graça de Deus (Atos 20:24). É uma bela história de amor, e a graça de Deus é vista nesse amor. Pela graça ele nos salva e nos eleva para sentarmos em lugares celestiais em Cristo (Efésios 2:4-8). Quando se fica na graça de Deus, tem-se paz com Deus em seu reino (Romanos 5:1-2; Colossenses 1:13-14). A graça de Deus explica a bondade básica do evangelho.

  • A boa nova da nossa salvação (Efésios 1:13). O evangelho é o poder de Deus para salvar (Romanos 1:16). Por ele os pecadores crêem que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos (Romanos 10:9) e são persuadidos a invocar o nome do Senhor para serem salvos (Romanos 10:13). Nele eles aprendem que para permanecer no amor de Deus e para retribuir-lhe amor, é necessário guardar seus mandamentos (João 15:9-10; 1 João 5:3). Obedecendo quanto ao arrependimento e batismo (Marcos 16:16; Atos 2:38), eles se tornam cidadãos do reino (Atos 2:41,47; Colossenses 1:13).

  • A boa nova de paz (Efésios 6:15). Muitos buscam a paz. Alguns fingem ter a paz, mas por dentro estão as dúvidas, a ansiedade e a perturbação. Outros tentam fazer a paz. Horas e dinheiro incontáveis são gastos nos auditórios de conferências do mundo buscando a paz. Tanto os líderes políticos como os religiosos negociam sem sucesso duradouro. Mas o evangelho do reino diz, “simplesmentereceba a paz”. O evangelho leva o homem a se reconciliar com Deus (Romanos 5:10-11) e unir-se com o seu semelhante (1 João 5:1). Jesus Cristo, que é nossa paz (Efésios 2:14-18), diz, “Vinde a mim...Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim...e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11:28-30). Esse descanso traz paz com Deus e consigo mesmo, e dá ao lar, à igreja e a tudo mais, uma calma celestial. Oh, paz que ultrapassa o entendimento (Filipenses 4:7)!

  • A boa nova de esperança (Colossenses 1:23). Muitos dos que lêem isto têm ouvido e recebido aquela mesma esperança do evangelho que os cristãos primitivos abraçaram. Que Deus nos ajude a permanecer “na fé, alicerçados e firmes” para que nossa esperança no reino não venha a diminuir.

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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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