Revestido de Poder para as Missões
Quando Jesus ascendeu ao céu, ele disse aos discípulos: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.18, 20). Essa é a autoridade com a qual ele chama suas ovelhas.
Então, para que ficasse evidente que sua autoridade e sua presença concederiam sucesso à missão, ele ordenou aos discípulos que esperassem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder do alto (Lc 24.49). Ele disse que a vinda do poder, por intermédio do Espírito Santo, lhes possibilitaria ser suas testemunhas "tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1.8). Quando o Espírito vem é o próprio Senhor cumprindo a promessa de edificar sua igreja. De acordo com o que Lucas disse, "acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos" (At 2.47). O Senhor o fez e continuou a fazer pela conversão do maior missionário de todos os tempos (At 26.16-18), orientando os missionários em suas viagens (At 8.26, 29; 16.7, 10) e dando-lhes as palavras de que necessitavam (Mc 13.11; At 6.10).
"Não Eu, mas a Graça de Deus Comigo"
Paulo estava profundamente ciente de que o sucesso da sua missão era obra do Senhor e não sua. Ele disse: "Não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo'1'' (Rm 15.18-19). A paixão de Paulo, como sempre, foi concentrar toda a glória sobre a supremacia de Cristo na missão da igreja. O Senhor estava edificando sua igreja.
Como então Paulo fala de seus próprios labores? Ele disse: "Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo" (1 Co 15.10). Paulo trabalhou. Ele combateu o combate e correu a corrida. Mas fez isso, como disse em Filipenses 2.13, porque Deus operava com poder, dentro e sobre ele, "tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". Usando a imagem de uma fazenda, Paulo assim se expressou: "Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (1 Co 3.6-7). Paulo era zeloso em defender a supremacia de Deus na missão da igreja.
Esse zelo pela glória de Deus na missão da igreja incentivou os apóstolos a ministrar de uma forma que magnificassem sempre a Deus e não a si mesmos. Por exemplo, Pedro ensinou às'jovens igrejas: "Se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo (1 Pe 4.11; cf. Hb 13.20-21). Aquele que concede a força recebe a glória. Assim, Pedro insistiu na absoluta necessidade de servir na força que é dada por Deus e não por nossas forças. Se Deus não edificasse sua igreja, ele não teria glória, e tudo seria em vão, não importando o quanto a obra pudesse parecer "bem-sucedida" para o mundo.
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