“Não deixemos de congregar-nos...” (Hebreus 10:25) é uma afirmação clara da vontade de Deus quanto ao assunto; e alguns “recém-nascidos” em Cristo podem “ir à igreja” compelidos pelo medo da ira de Deus. Este é um motivo legítimo, ainda que seja menos necessário para os cristãos mais maduros. O ato coletivo dos santos, comparecendo às reuniões, tem por fim muito mais do que justificarem-se. Ele provém do caráter básico dos santos e dos seus propósitos apontados por Deus.
Todos os cristãos primitivos “que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum” (Atos 2:44-46). Uma intimidade e singeleza de propósito como a deles juntava-os fisicamente, assim como juntará os verdadeiros cristãos de hoje. Eles atraíam uns aos outros pela oração como os pescadores se juntam para discutir as iscas; eles tinham interesse e objeto de adoração comuns.
Eles amavam a verdade, e seu prazer estava na lei do Senhor (Mateus 5:6; Salmo 1:2). Quando as pessoas têm fome, não é preciso insistir com elas para que vão aonde há comida; nem elas comem por “um senso de dever”.
Os cristãos fiéis tinham grande respeito e veneração por Jesus Cristo (1 Coríntios 11:23 em diante), portanto acolhiam com alegria a oportunidade de participarem da ceia comemorativa. Seus corações eram aquecidos e a fé renovada quando adoravam “em memória” de Cristo.
O cuidado de cada um com seu próprio bem estar espiritual, bem como dos companheiros cristãos, era refletido na assembléia. Em Hebreus 10:23-25 observe como o guardar “firme a confissão da esperança, sem vacilar” é relacionado com o congregarem.
E, porque “os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram” fazer um caixa comum, uniram-se (Atos 11:29; 1 Coríntios 16:1-3). E um fundo comum é o meio de troca pelo qual uma pluralidade de santos age como um só para fazer a vontade de Deus. Algumas igrejas primitivas estavam tão ansiosas para fazer o trabalho de Deus que rogavam a Paulo que aceitasse as ofertas delas (2 Coríntios 8:4). O próximo versículo explica esta ânsia: elas tinham-se dado ao Senhor.
Os santos congregam-se, hoje em dia, por estas mesmas razões. Não me refiro àqueles que “assistem” ocasionalmente ao culto; digo aqueles que adoram com freqüência, os poucos ou muitos fiéis.
Os indiferentes e os hipócritas dão desculpas; talvez até tentem algum argumento “lógico”, como “posso adorar a Deus mesmo estando só”. Certamente, o que se pode fazer, estando só, não é bem a questão. O hipócrita está raramente só (isto é, há outros santos ao alcance) e estando-se só, há pouco motivo para se acreditar que se adorará a Deus. Tais pessoas usualmente compõem seu erro mentindo a outros, a si mesmos e a Deus.
Se você adora uma vez por semana, ou até menos, conceda-se um momento de introspecção verdadeiramente honesta. Você acredita que alguém que ame seus irmãos porque são irmãos, que tem prazer no estudo da Bíblia, tem profundo respeito pela Ceia do Senhor, e está verdadeiramente interessado na obra de Deus e em sua própria alma, faria “como você faz”?
–por Robert Turner
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