Aceitando a Dor da Vergonha
por John Piper
Existe um tipo de vergonha da qual você não deve se envergonhar. Talvez você diga: “Então, isso não é realmente vergonha”. Mas a Bíblia o chama de vergonha, e realmente parece uma vergonha, até que um milagre acontece em nosso coração e reverte o nosso senso de valores.
A razão por que isto é importante para mim é que ainda estou aprendendo — às vezes, eu penso: apenas começando a aprender — como aceitar esta vergonha. Eu digo realmente “aceitar”, não apenas tolerar, o desagradável sentimento de ser envergonhado. Até que eu aprenda isso mais plenamente, nunca serei, entre os incrédulos, o tipo de testemunha que Deus me chama a ser.
Onde consegui este estranho conceito sobre aceitar a vergonha? Eu o retirei da história de Pedro e dos apóstolos, em Atos 5. Eles foram presos e lançados no cárcere, por curarem um homem e pregarem a Cristo (v. 18). Naquela noite, um anjo do Senhor libertou os apóstolos e disse-lhes que fossem ao templo e pregassem “todas as palavras desta Vida” (v. 20). Mas, novamente, o Sinédrio e os sumos sacerdotes os tomaram em custódia e os acusaram de encher Jerusalém com a doutrina deles (v. 28). “Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome.”
Pedro respondeu com ousadia, dizendo: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29). O Sinédrio estava pronto para matá-los, quando Gamaliel, um mestre da Lei, se levantou e disse: “Dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele” (vv. 38,39). Com isso, os membros do Conselho mudaram seus planos, “açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram” (v. 40).
Em seguida, lemos um dos versículos mais impressionantes das Escrituras:
E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome (v. 41).
Leia devagar estas palavras e deixe-as penetrar em sua alma.
Observe duas coisas.
Primeira, os apóstolos foram envergonhados. Eles sofreram “afrontas”. Ser transformado em espetáculo pelos reverenciados líderes de seu povo, ser tratado como criminosos ímpios, ser despido até (pelo menos) à cintura e ser ferido tão dolorosamente, o que levou ao ponto de gritar e chorar com profundos soluços de dor — este é um momento repleto de vergonha. A Bíblia chama isto de vergonha. E é horrível.
Segunda, eles se regozijaram nesta vergonha.Use sua imaginação. Isto não é uma brincadeira. Não é romântico. Não é um momento heróico e nobre, com música sublime e milhares de espectadores. É algo terrível. A dor é excruciante. Pode resultar em morte. Não há qualquer auxílio. É humilhante. Mas os apóstolos não protestaram. Não se perturbaram com a perda de seus direitos. Não maldisseram os seus inimigos. Pelo contrário, os apóstolos cantaram. Eles se regozijaram por “terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus”.
Isso é o que pretendo dizer quando uso a expressão “aceitando o sofrimento da vergonha”. Já chegou a este ponto? Se não, tenha coragem. Poucos de nós já chegamos lá. Você quer ser assim? Eu também quero! O que devemos fazer? Três coisas:
1. Oremos uns pelos outros. Sejamos específicos. Supliquemos: “Pai, realiza uma profunda obra transformadora em mim, de modo que eu sinta gozo, quando sou envergonhado por causa do nome de Cristo”.
2. Meditemos freqüentemente na infinita obra de Cristo, na doçura de suas promessas e no grande sofrimento que Ele suportou para a nossa salvação.
3. Avancemos em direção ao inexplorado território do testemunhar para Cristo. Se surgirem os sentimentos dolorosos de vergonha, transformemos este cântico fúnebre em uma canção de triunfo.
Assim, o mundo começará a ver o que é mais valioso no universo: Jesus Cristo. Até que isto aconteça, pareceremos tanto com as pessoas do mundo no que nos regozijamos, que elas serão pouco motivadas a nos darem atenção.
A razão por que isto é importante para mim é que ainda estou aprendendo — às vezes, eu penso: apenas começando a aprender — como aceitar esta vergonha. Eu digo realmente “aceitar”, não apenas tolerar, o desagradável sentimento de ser envergonhado. Até que eu aprenda isso mais plenamente, nunca serei, entre os incrédulos, o tipo de testemunha que Deus me chama a ser.
Onde consegui este estranho conceito sobre aceitar a vergonha? Eu o retirei da história de Pedro e dos apóstolos, em Atos 5. Eles foram presos e lançados no cárcere, por curarem um homem e pregarem a Cristo (v. 18). Naquela noite, um anjo do Senhor libertou os apóstolos e disse-lhes que fossem ao templo e pregassem “todas as palavras desta Vida” (v. 20). Mas, novamente, o Sinédrio e os sumos sacerdotes os tomaram em custódia e os acusaram de encher Jerusalém com a doutrina deles (v. 28). “Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome.”
Pedro respondeu com ousadia, dizendo: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29). O Sinédrio estava pronto para matá-los, quando Gamaliel, um mestre da Lei, se levantou e disse: “Dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele” (vv. 38,39). Com isso, os membros do Conselho mudaram seus planos, “açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram” (v. 40).
Em seguida, lemos um dos versículos mais impressionantes das Escrituras:
E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome (v. 41).
Leia devagar estas palavras e deixe-as penetrar em sua alma.
Observe duas coisas.
Primeira, os apóstolos foram envergonhados. Eles sofreram “afrontas”. Ser transformado em espetáculo pelos reverenciados líderes de seu povo, ser tratado como criminosos ímpios, ser despido até (pelo menos) à cintura e ser ferido tão dolorosamente, o que levou ao ponto de gritar e chorar com profundos soluços de dor — este é um momento repleto de vergonha. A Bíblia chama isto de vergonha. E é horrível.
Segunda, eles se regozijaram nesta vergonha.Use sua imaginação. Isto não é uma brincadeira. Não é romântico. Não é um momento heróico e nobre, com música sublime e milhares de espectadores. É algo terrível. A dor é excruciante. Pode resultar em morte. Não há qualquer auxílio. É humilhante. Mas os apóstolos não protestaram. Não se perturbaram com a perda de seus direitos. Não maldisseram os seus inimigos. Pelo contrário, os apóstolos cantaram. Eles se regozijaram por “terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus”.
Isso é o que pretendo dizer quando uso a expressão “aceitando o sofrimento da vergonha”. Já chegou a este ponto? Se não, tenha coragem. Poucos de nós já chegamos lá. Você quer ser assim? Eu também quero! O que devemos fazer? Três coisas:
1. Oremos uns pelos outros. Sejamos específicos. Supliquemos: “Pai, realiza uma profunda obra transformadora em mim, de modo que eu sinta gozo, quando sou envergonhado por causa do nome de Cristo”.
2. Meditemos freqüentemente na infinita obra de Cristo, na doçura de suas promessas e no grande sofrimento que Ele suportou para a nossa salvação.
3. Avancemos em direção ao inexplorado território do testemunhar para Cristo. Se surgirem os sentimentos dolorosos de vergonha, transformemos este cântico fúnebre em uma canção de triunfo.
Assim, o mundo começará a ver o que é mais valioso no universo: Jesus Cristo. Até que isto aconteça, pareceremos tanto com as pessoas do mundo no que nos regozijamos, que elas serão pouco motivadas a nos darem atenção.
Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
Penetrado pela Palavra, de John Piper
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