A Bíblia é um livro Espiritual que deve ser interpretado através da iluminação do Espírito Santo, mas ao mesmo tempo a Bíblia é um livro, e a única correta interpretação é aquela que concorda com sua gramática – o que está escrito. Por esta razão é importante que nós estejamos familiarizados com as regras ou princípios da interpretação. A ciência da Hermenêutica é o estudo desses princípios.Hermenêutica é um assunto sério. A nossa interpretação da Bíblia irá determinar nossas crenças e essas crenças determinarão como pensamos e agimos.A seguir, estão 13 princípios que nós devemos seguir quando interpretamos a Bíblia:| parte 1 | parte 2 | parte 3 |
5. Textos incertos [difíceis] devem ser interpretados através de textos claros [fáceis]. Aqueles textos que a interpretação não é muito clara devem ser interpretado à luz dos textos, que podem ser entendidos claramente.
6. A gramática determina a Interpretação. O texto ou verso que estamos estudando tem somente uma interpretação correta e é aquela na qual está de acordo com a gramática (o que está escrito). Mesmo se o texto possa ter várias aplicações, ele tem apenas uma interpretação correta e é aquela que está de acordo com o que está escrito.
7. O contexto é importante. A Bíblia é como um quebra-cabeça no qual é impossível interpretar somente uma peça sem um entendimento geral de todas as outras. Cada palavra deve ser interpretada no contexto da frase, cada frase no contexto do parágrafo, cada parágrafo no contexto do livro e cada livro no contexto da Bíblia inteira.
8. As palavras são importantes. Deus escolheu palavras para nos comunicar Sua palavra. Portanto é importante determinar o significado de cada palavra.
9. A interpretação simples é normalmente a melhor. A Bíblia não foi escrita para teólogos ou místicos, mas para o homem comum. Apesar de haver alegorias, metáforas e símbolos na Bíblia, devemos buscar a mais simples interpretação.
Por: Paul Washer © HeartCry Missionary Society | hcmissions.comTradução: voltemosaoevangelho.comPermissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
11. A interpretação não deve ir além da revelação das Escrituras. O que a Bíblia não explica nós devemos aceitar como um mistério. Se formos além “do que está escrito” corremos perigo de formar falsa doutrina.
12. O Objetivo é a exegese. A palavra exegese vem do verbo Grego exegeisthai [ ex=fora/ hegeisthai=conduzir ou guiar ]. Quando interpretamos as Escrituras devemos extrair o verdadeiro sentido do texto e a todo custo devemos evitar ler textos a qual eu acho que ele pode significar. Devemos evitar interpretar a Bíblia de acordo com nossas próprias presunções ou ideias preconcebidas. Nossas presunções são como óculos coloridos que destorcem nossa visão das Escrituras. Devemos nos esforçar para retirar nossos óculos e ver o texto como ele é. Esse é o maior trabalho do estudante da Bíblia.
13. Nossa interpretação pessoal deve ser comparada com a da Igreja. Nos últimos 2000 anos, teólogos dedicados, pastores e outros Cristãos estudaram as Escrituras. Devemos comparar nossas descobertas com a deles. Se nossa interpretação não é encontrada entre os dedicados Cristãos da história, possivelmente estamos errados. Não deveria haver “novas descobertas” na doutrina Cristã. Judas refere à fé Cristã com aquele que foi “de uma vez por todas” entregue aos santos (Judas 1:3). [1]
Por: Paul Washer © HeartCry Missionary Society | hcmissions.comTradução: voltemosaoevangelho.comPermissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
[1] n.t.: com isso Paul Washer não está dizendo que a tradição possui autoridade igual ou superior ao das Escrituras. Concordamos com a Declaração de Cambridge que diz:
“Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado. Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.”
O que Paul Washer quer dizer é que Deus deu à Igreja mestres fiéis as Escrituras e que devemos nos atentar ao seus ensinos. Contudo, em último quesito, todo ensino deve ser fundamentado sobre as Escrituras e não sobre a autoridade de qualquer pessoa. E da mesma forma, somente as Escrituras devem ser usadas para convencer o crente das doutrinas bíblicas e não “fulano disse”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário