Forasteiro no mundo terrenal,
calmo nele me hospedo até à mudança.
Nem a felicidade nem o mal
dão-me este, o medo, e aquela, a esperança
A grande verdade que nunca devemos perder de vista é que nesta vida não passamos de peregrinos. Andamos por este mundo sob o olhar de Deus, caminhando em direção a Deus e à nossa esperança eterna. . . Esse é o grande princípio ensinado em Hebreus 11. Aqueles homens poderosos, grandes heróis da fé, tinham um só propósito. Andavam «como quem vê aquele que é invisível». Confessavam «que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra». Peregrinavam para «a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador». Assim, quando Deus chamou a Abraão, este respondeu. Dirigiu-se a um homem como Moisés, que tinha fabulosa carreira na corte egípcia, e ordenou-lhe que deixasse tudo e se tornasse um pobre pastor durante quarenta anos, e Moisés obedeceu. . . E assim foi com todos eles. Que fez com que Abraão estivesse pronto para sacrificar seu amado filho Isaque? Que fez com que todos os demais heróis da fé estivessem dispostos a fazer o que fizeram? É que aspiravam «a uma pátria superior, isto é, celestial».
... Se tivermos correto conceito de nós mesmos como peregrinos neste mundo. . . tudo cairá dentro da correta perspectiva. Imediatamente encararemos corretamente os nossos dons e as nossas posses. Começaremos a considerar-nos apenas como despenseiros, tendo que prestar conta deles. Não somos os permanentes detentores dessas coisas. . . O homem mundano pensa que ele as possui todas para si mesmo. Mas o cristão começa dizendo: «Não sou o dono dessas coisas; só as tenho como um arrendamento. . . Não poderei levar comigo as minhas riquezas, e nem meus dons. Sou apenas guardião dessas coisas». E, de imediato, a grande pergunta que se levanta é esta: «Como posso usar essas coisas para a glória de Deus? . . . É a Ele que terei que prestar contas de minha mordomia. . . Portanto, deve ter cuidado no emprego dessas coisas. Devo fazer tudo que Ele me diz para agradá-lo».
Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 84.
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