Como amar a Deus - Dave Butts
Como se pode demonstrar que se ama alguém? Porventura é somente uma questão de falar-lhe? É melhor enviar um cartão? É demonstrado pelos seus atos? Muitas pessoas sentem dificuldade em comunicar amor. Essa dificuldade não se apresenta só entre um ser humano e outro, mas até entre nós e o próprio Deus.
Chuck Colson conta, com muita clareza, como ele descobriu essa dificuldade em saber como devemos amar a Deus:
Um aspecto que se vê em todos os livros, é claro, é o amor de Deus pela humanidade e como ele demonstrou esse amor através do sacrifício do seu Filho na cruz. Quanto mais eu lia sobre isso, mais eu queria saber sobre o outro lado – ou seja, como fazer para demonstrar o meu amor por ele. De algum modo, parecia ser essa a chave para o que estava faltando na vida cristã.
O maior de todos os mandamentos, de acordo com Jesus, é “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22.37). Eu tinha decorado essas palavras, contudo, na verdade, nunca havia pensado realmente sobre o que significavam em termos práticos; ou seja, sobre como eu podia cumprir esse mandamento. Ponderei se outras pessoas não sentiam a mesma coisa. Então perguntei a uma porção de cristãos mais experientes de que forma eles amavam a Deus.
“Bem… amando-o”, gaguejou um. Logo em seguida, completou, a título de explicação: “com todo o meu coração, alma e mente”.
“Mantendo um coração adorador, oferecendo a mim mesmo como um sacrifício aceitável”, explicou um outro rapidamente. Quando insisti por detalhes mais específicos, ele começou a explicar seu esquema de leitura devocional e vida de oração. Na metade da sua fala, ele parou e deu de ombros: “Preciso de mais tempo para pensar a respeito”.
Respostas freqüentes eram a fidelidade na assistência aos cultos e o dízimo. Vários mencionaram pecados favoritos que haviam abandonado, enquanto outros tentavam explicar o amor a Deus como um sentimento nos seus corações, como se fosse algo semelhante a um encontro romântico. Outros me olhavam com desconfiança, talvez pensando que a pergunta tivesse uma espécie de pegadinha.
Foi o suficiente. O efeito cumulativo da minha pesquisa me convenceu de que a maioria de nós, cristãos professos, não sabemos, de fato, como amar a Deus. Além de não termos dedicado tempo para pensar no significado do maior de todos os mandamentos no nosso dia-a-dia, também não o temos obedecido (extraído de Loving God – “Amando a Deus” –, de Chuck Colson, pp.15-16).
Como se faz para demonstrar seu amor por Deus? É um sentimento ou um andar-pela-fé? Uma atitude ou uma ação? Ou um pouco de tudo? Chuck Colson escreveu um livro inteiro acerca do significado de amar a Deus. O seu estudo o levou a incluir aspectos da vida cristã tais como obediência, santidade, arrependimento e sofrimento.
Jesus falou muito claramente: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14.15). Sem dúvida alguma, a obediência ao Senhor é uma parte importante da implicação prática de amá-lo. Santidade também é essencial. Arrependimento é o meio que Deus nos dá para dar as costas ao pecado e caminhar em direção a ele. Viver uma vida de obediência à Palavra, confissão e arrependimento do pecado, e andar em santidade, tudo isso são demonstrações do nosso amor para com Deus.
Sem depreciar de modo algum esses aspectos da nossa vida cristã, eu gostaria de sugerir uma outra parte muito crítica do significado prático de amar a Deus. É muito simples e, ao mesmo tempo, é tão humana. Amar a Deus significa querer estar com ele.
Não é essa a nossa tendência humana? Quando amamos alguém, nós nos sentimos atraídos para essa pessoa. Queremos passar tempo com ela. Poemas e canções são compostos para expressar os nossos sentimentos de tristeza quando estamos separados daqueles que amamos.
No Velho Testamento, Davi expressou esse mesmo tipo de desejo, o anseio de estar com Deus:
“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo”
(Sl 27.4).
Este é o clamor de um coração cego de amor. “Deus, eu quero estar contigo. Onde quer que tu estiveres, é lá que eu quero estar."
Esse desejo de estar com Deus é encontrado muitas e muitas vezes nos Salmos. O Salmo 84 é uma súplica para viver na presença de Deus:
“Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo"
(Sl 84.1-2).
A boa-nova para nós, os cristãos, é que não precisamos viajar até Jerusalém, ou para qualquer outro lugar, para estar com o Senhor. Ele veio para habitar conosco. Jesus disse, falando de si mesmo e do seu Pai: “Viremos para ele [aquele que o ama], e faremos nele morada" (Jo 14.23). O problema para a maioria de nós é ter consciência diária da presença do Senhor habitando conosco.
Essa falta de percepção é tipicamente uma falta de amor. Pelo fato de não sermos apaixonados no nosso relacionamento com Deus, por permitirmos que outros interesses ou pessoas ocupem a nossa agenda – nós negligenciamos o fato mais maravilhoso do universo: o próprio Senhor Deus veio residir no nosso interior.
Cultivar um relacionamento de amor com Deus é, em muitos aspectos, semelhante a qualquer outro tipo de relacionamento – leva tempo. Tempo para passar com ele – ouvindo, amando, desfrutando da sua presença. Isso envolve alterações no nosso modo de ver a oração e a leitura da Palavra. Ao invés de ver na oração um meio de conseguir coisas de Deus, começamos a enxergá-la como tempo que podemos passar na sua presença. Em vez de ler a Bíblia para buscar discernimento para as nossas vidas (por mais valioso que seja), começamos a ver na nossa Bíblia um lugar de encontro com Deus.
Deus nos ama tanto que suportou a cruz para que pudéssemos passar a eternidade com ele. Ele nos quer AO LADO dele. Nossa resposta de amor para ele significa cultivar um desejo permanente, apaixonado de estar com ele – não somente algum dia no céu, mas cada dia que ele nos dá aqui na terra.
Fonte: Arauto da Sua Vinda, ano 24, n° 2, Março/Abril de 2006.
O que é amar a Deus?
Na resposta que Jesus deu aos seus argüidores sobre qual o maior mandamento ele disse, "Amai a Deus..." (....).
Quero propor aqui uma discussão sincera e aberta sobre o que seria amar a Deus, pois, no decorrer de nossas vidas somos confrontados com esse mandamento. Seria no mínimo coerente se pudéssemos ter uma definição que nos desse o respaldo bíblico e prático de tal mandamento.
Olhando para a História da Igreja veremos que esse mandamento tomou formas diferentes, como por exemplo; por amor a Deus os cristãos padeceram no Coliseu Romano, também por amor a Deus muitos irmãos preferiram viver em monastérios, mas também por amor a Deus os Cristão do século 12 realizaram as Cruzadas, as quais foram responsáveis pelo assassinato de milhares de árabes. Da mesma forma, extremistas mulçumanos, por amor a seu deus (alá), provocam o medo e o terror no Oriente Médio de nossos dias.
Falar sobre o amor de Deus se torna bem desafiador quando somos confrontados com as atitudes daqueles que, em nome desse amor, praticam tudo que vai contra a essência do criador do amor. A interpretação do amor de Deus pode se tornar exatamente o oposto do que esse amor é, trazendo assim confusão sobre o caráter de quem o criou.
Jesus em seu ministério sempre surpreendeu as pessoas com seus atos de amor a Deus. Ele deixou bem claro que a expressão do seu amor a Deus era algo que foi gerado em obediência ao Pai. Jesus não era compreendido quando falava de amor a Deus, pois ele questionava os atos que eram praticados em nome desse amor. Atos esses inclusive que faziam parte da Lei. Não creio que Jesus questionava a Lei, mas ele questionava a forma que essa lei era interpretada, vivida e aplicada.
O apostolo Paulo diz que no final o que fica é a fé a esperança e o amor, e desses três o amor é o maior. Segue a pergunta; como o amor pode ser maior do que a fé? A resposta é uma questão de prioridade de criação. Deus teve que primeiro amar o homem para poder criá-lo. A fé vem depois como uma forma do homem perceber a existência de Deus. Por isso Paulo coloca que o amor é maior do que a fé. O amor foi criado primeiro, pois foi através desse amor que Deus amou o mundo.
Quero colocar três possibilidades em relação ao Amor de Deus:
1. Perceber o amor (Colossenses 1:16) Todas as vezes que olhamos sinceramente para o criador podemos perceber que ele ama suas criação. Pois ele deu ao homem tudo para que o homem fosse abençoado na sua existência. Seja o próprio dom da vida, a possibilidade de andarmos em comunidade, seja os recursos naturais e tudo quanto existe para benefício do homem.
2. Experimentar o amor de Deus As pessoas podem de uma forma ou outra experimentar esse amor de uma forma mais intensa. Isso pode acontecer através de uma experiência religiosa. Isso mesmo. Pessoas podem experimentar o amor de Deus através de outros que liberam porções desse amor no seu dia-a-dia. Isso possibilita que o amor do Pai possa ser literalmente experimentado, da mesma forma que alguém experimenta um doce ou uma fruta bem saborosa.
3. Vivenciar o Amor de Deus Aqui encontramos a forma mais intensa de perceber e experimentar o amor de Deus, pois aqui a percepção e a experiência se confundem com a vida de quem está vivenciando tal amor. Foi nesse contexto que Jesus expressou e recebeu o amor de Deus. Sua vida fazia parte desse amor e o amor de Deus fazia parte de sua vida.
Quando os homens tentam expressar o amor de Deus, sem tê-lo vivenciado, ai acontece as catástrofes religiosas. Quando alguém fica apenas na percepção, essa pessoa fica como que do lado de fora de um aquário tentando entender como é respirar debaixo d água. Quando alguém fica apenas com a experiência isso pode levar essa pessoa a ter outras experiências e ai a revelação fica misturada pelo empirismo moderno. Mas quando alguém ousa em vivenciar, ou ainda melhor, misturar sua vida com a essência de Deus, que é o Amor, ai sim, teremos alguém que vai conhecer a Deus e amá-lo mais do que as religiões, mais do que as suas ambições, mais do que as possibilidades de realização em nome de Deus.
Amar a Deus é deixar que Ele mesmo viva através de nossas vidas. Ë permitir a essência do criador ser manifesta em nossos membros, nossa mente, nosso espírito. Tal vivencia não pode se dar no âmbito do saber. Vou dar mais um exemplo; quando alguém come uma maça, essa pessoal não precisa necessariamente saber como se da todo o processo de digestão para ter certeza que está vivenciando o fato. Da mesma forma, muitos precisam apenas vivenciar o amor de Deus sem querer entender totalmente como se dá tal acontecimento. Muitos ficam como que em crise se perguntando; "Deus, eu não mereço", "Deus quero entender tal coisa", "Deus, se o Senhor não me revelar tal coisa eu não poderei continuar". Essa postura vem apenas mostrar que a vivencia do Amor de Deus vai alem do nosso entendimento. Isso deveria gerar gratidão na vida de um adorador. Gratidão por tão grande amor, que vai além do entendimento humano.
Se algum dia alguém te perguntar, "O que é o Amor de Deus?", será que você teria a coragem de dizer "O Amor de Deus é a minha vida". um Irmão em Cristo chamado Richard Wummburd, ficou preso por treze anos por causa do seu amor a Deus, certa vez um dos seus companheiros de cela perguntou-lhe, "Como é Jesus?", ele respondeu, "Jesus...Jesus é assim, igual a mim".
Que o Senhor possa nos dar a graça de vivenciar todo seu amor. Oro para que você não ame a religião evangélica mais do que a Deus. Um abraço.
Até a próxima
Gerson Freire
www geracaoprofetica.com.br
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. (Dt. 6.5)
- O que significa de fato amar a Deus?
- Quais são as implicações disto.
- É possível de fato amar a Deus de todo o coração?
- Quais as recompensas advindas de amar a Deus de todo o coração?
- Gostaria de começar a meditação de hoje refletindo num outro texto de Mateus à e por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará (Mt. 24.12).
- Este texto se refere ao final dos tempos e fala principalmente à Igreja.
- Qual a prova de que o texto fala à Igreja à o mundo não tem amor verdadeiro
- E há também um outro texto muito importante na seqüência deste à Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. (Mt 24.13)
- Então a exortação do Senhor Jesus em perseverarmos é para nós
- E mais ainda, é para nossos dias.
- Porque vivemos dias em que de fato, estamos muito sujeitos a estarmos com nosso amor esfriando.
- O mal está ao nosso redor, a iniqüidade cresce constantemente.
- Pais contra filhos e filhos contra pais. (menina de nove anos grávida de gêmeos pelo padrasto, Cristiane Risthofen manda matar o pai e a mãe por causa da herança).
- Os bancos lucram milhões por segundo e ao mesmo tempo crianças morrem de fome no outro lado do mundo.
- Religiões surgem de todos os lados e as pessoas ficam confusas à qual é a certa
- Matam em nome de Deus
- Suicídios em nome de Deus (Seita Portão do céu – 39 suicidas à No ano 2000, em Uganda, 900 mebros da seita “Movimento pela restauração dos 10 mandamentos”
- E a iniqüidade aumentando.
- Então queridos irmãos, seja sempre a nossa oração: “Senhor, não permita que meu amor por ti esfrie”.
- Mas para que isto aconteça, é fundamental vigiarmos por nós mesmos à Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. (Lucas 21.36)
Porque, queridos irmãos, estamos cercados por iniqüidade como nunca antes estivemos: “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”. (Hb 3.12)
Então podemos voltar às nossas 4 perguntas iniciais, começando pela primeira:
- O que significa de fato amar a Deus?
à penso que a melhor definição para esta pergunta é “Colocar a Deus em primeiro lugar nas nossas vidas, independente das circunstâncias”
- Certamente não tenho a melhor das respostas para esta pergunta, mas esta certamente é uma resposta: “Colocar a Deus em primeiro lugar nas nossas vidas, independente das circunstâncias”
- Você já pensou sobre isto?
- Quero fazer uma pergunta para você, a qual você não deve responder para os outros, somente para você: Quem está em primeiro lugar na sua vida?
- Você? Seu trabalho? Seus estudos? Dinheiro? Bens? Ser bem sucedido?
- Qual é a prioridade na sua vida?
- Muitos até dizem: há, mas eu preciso destas coisas!
É certo que sim! Todos precisamos! Mas a Palavra de Deus nos dá uma certeza: Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt. 6.33).
- Na minha vida cristã, tenho visto muitas pessoas padecerem exatamente naquilo que elas mais buscam.
- Quem quer ter dinheiro, trabalho, namoro, ser bem sucedido, passa quase que o tempo inteiro tentando conseguir e no final se frustra.
- Porque fez do dinheiro, do trabalho, do namoro, do ser bem sucedido, o mais importante
- Não colocou Deus em primeiro lugar.
à Independente das circunstâncias... à Isto não é fácil
- Mas o Apóstolo Paulo, usado pelo Senhor falou: Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas (Fp. 2.14)
- Queridos irmãos, precisamos entender que Deus está no controle. Murmurar é duvidar disto.
Nossa segunda pergunta: - Quais são as implicações disto?
à Penso que a resposta adequada a esta pergunta é “ter uma atitude que demonstre nosso amor”
- Sabemos que a salvação é pela graça: (Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Ef. 2.8)
- Mas muitas vezes não temos disposição em demonstrar gratidão por esta salvação.
- Enquanto o macumbeiro faz ponto a meia noite de sexta-feira numa esquina, adorando a um demônio, tem cristão que não vem na igreja nem uma vez por semana.
- Enquanto tem gente fazendo romaria de joelhos adorando a um ídolo mudo, tem cristão que não consegue orar 20 minutos de joelhos, porque dói.
- Enquanto muitos dançam a noite inteira de pé num bailão de kerb ou de carnaval, às vezes é difícil ficar adorando a Deus de pé por 30 minutos ou menos.
- Isto sem falar em ajudar, se dispor, evangelizar.
- Queridos, precisamos demonstrar nosso amor a Deus com atitudes.
- Não somos salvos por nada que fazemos, mas aquilo que nós fazemos demonstra que nós somos salvos.
- Amar não é só um sentimento. Amar é uma decisão. Sentimentos são breves, não durma muito.
- Não espere sentir vontade de fazer para fazer.
- Faça o que é certo, aquilo que você sabe ser certo. Não espere até sentir vontade.
- Se você esperar sentir vontade, você só irá querer fazer coisas de prazeres momentâneos.
- Quem é de vocês que diz: “oba, são duas da manhã e eu vou trabalhar”
Terceira pergunta: - É possível de fato amar a Deus de todo o coração?
- Claro que é, senão a Bíblia não nos diria para fazer.
- O primeiro princípio disto é amar a quem eu estou vendo: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (I Jo. 4.20)
- Em segundo lugar: Como podemos fazer isto: reconhecendo que não podemos amar por nós mesmos
- Por isso Deus nos deu o Espírito Santo
- Para nos capacitar em todas as coisas, inclusive em amá-lo – Paulo mesmo disse: Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. (II Co. 11.30)
- Decida a amar. Faça coisas que demonstrem o teu amor.
- Mesmo que não esteja com vontade de amar decida amar
- mesmo sem vontade de cantar, decida cantar: “...ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hb. 13.15)
Quarta Pergunta: - Quais as recompensas advindas de amar a Deus de todo o coração?
- Ah! Tem o céu à ruas de ouro, não haverá choro nem dor, nem clamor, nem pranto.
- Aleluia! É pra lá que eu vou!
- Louvar a Deus constantemente. Estar num lugar de delícias em fim por toda a eternidade.
- Isto é o porvir.
- Mas há um detalhe ainda mais impressionante no fato de amar a Deus: nós passamos a ver a vida de outra forma.
à Em primeiro lugar, tendo nossos olhos postos na eternidade e não numa vida temporal
à Temos uma morada assegurada nos céus – Jesus disse isto - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (João 14.12).
à E tem a paz de Deus: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14.27)
à Andando com Jesus, além da perspectiva de vida futura, você tem muito para desfrutar hoje.
à Independente de cura, de sinais, de maravilhas, deve haver em você aquilo que te faz compreender a razão porque você está aqui.
Fonte:
O desafio do amor
T. Austin-Sparks
Leituras: Efésios 2:4; Romanos 5:5; 1ª João 4:11, 19.
O desafio do amor, o amor divino. «Amados, se…», então, «…se Deus nos amou assim, devemos também nós nos amarmos uns aos outros». Há um tremendo desafio nisso.Nós vimos que o amor divino, o amor de Deus, é a chave de tudo desde Gênesis a Apocalipse; e se isso é verdade, a soma de toda a revelação divina é a união vital com Deus em Cristo; se do principio o fim é uma questão de relacionamento com Deus como Pai, então neste fragmento da carta de João, somos enfrentados face a face com a prova da nossa relação com Deus. A prova dessa relação está aqui resolvida em uma questão de amor. Ali segue adiante outro dos vários «Se…» da carta de João – «Se alguém disser: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso» (1ª João 4:20), ele não ama a Deus. A prova da nossa relação com Deus é esta questão de amor. Tudo depende deste «Se...».
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. A relação com Deus em Cristo é produzida por um ato do Espírito Santo, quando o recebemos. Ele é dado a nós, e ele produz o relacionamento, e o resultado e o selo imediato dessa relação pela habitação do Espírito é que o amor de Deus é derramado em nossos corações. É a prova da relação. A mesma base de nossa união orgânica, espiritual e vital com Deus é esta questão do amor divino em nós, e João nos desafia com isto em sua carta dizendo: «Nós sabemos que passamos da morte para a vida (quer dizer, que estamos em união vital com Deus), em que amamos os irmãos» (1ª João 3:14). A palavra de Deus faz deste amor uma prova de que recebemos o Espírito.
O amor divino demanda o amor dos irmãos
É obvio, sobre a simples base da nossa conversão, nós sabemos que antes de ser salvos não sentíamos amor em particular pelos cristãos, mas depois, quando chegamos ao Senhor, descobrimos que tínhamos um sentimento totalmente novo para outros filhos de Deus. Esse foi o começo simples. Mas é o início, a base. João está nos levando até mais à frente. Ele nos fala como as pessoas que conhecem o Senhor, como a crentes que têm o Espírito. E diz: «A unção que vós recebestes dele permanece em vós, e não tendes necessidade de que ninguém vos ensine; assim como a própria unção vos ensina todas as coisas...» (1ª João 2:27).
Ele escreve a aqueles que vão avançando na vida espiritual. Ao chegar ali, é possível que de alguma forma tenha brotado em você uma raiz de amargura para com o seu irmão. É possível que você possa falhar ao amor de Deus, que esta natureza muito básica de sua relação com o Senhor seja entorpecida por falta de amor, que a sua vida espiritual inteira se veja detida e paralisada, e você deixe de ser um fator vital e de ter uma comunhão realmente viva dia a dia com o seu Senhor, tudo porque o amor básico de alguma forma foi detido ou danificado.
Qual foi a marca de sua relação inicial com o Senhor? Foi o amor de Deus derramado em seu coração, e você amava tremendamente aos outros cristãos. Isso pode mudar de tal forma que já não os ame como no princípio. Você pensava então que todos os cristãos eram muito maravilhosos: não havia perguntas; eles pertenciam ao Senhor e isso era tudo o que importava. Mas, a partir dali, começaste a fazer perguntas sobre os cristãos, e não só os cristãos em geral, mas também sobre cristãos em particular. Fica sabendo que os cristãos são só seres humanos e não anjos, não aquela coisa consumada que ao princípio talvez pensasse que eles fossem. Chegou a ter alguma decepção com respeito a eles e agora tem de fato algo contra eles, e sua relação básica com Deus está sendo afetada.
Se não conseguir de algum modo ultrapassar isso e achar uma saída, se não tiver uma nova aproximação ao amor divino, seu caminhar de fé vai ser detido, vai perder a sua comunhão preciosa e feliz com o seu Senhor, e ali se interporá uma sombra entre você e seu Pai. Descobrirá que a única maneira de se livrar da sombra é obter a vitória sobre esse desamor para com aqueles dos Seus filhos que estão envolvidos.
Como conhecemos o amor de Deus por nós
Como conhecemos o amor de Deus por nós? Bom, essa é uma pergunta pertinente. Há muitas dificuldades e muitos mistérios conectados com o seu amor. Em primeiro lugar, por que ele haveria de nos amar? No entanto, ele tem dito que nos ama. Ele nos deu preciosas e grandessíssimas promessas e garantias. Nós temos, no que ele fez por nós, uma enorme quantidade de provas da parte de Deus de que ele nos ama. Mas mesmo assim, com toda a doutrina do dom de Deus, a grande obra redentora de Deus, com todas as palavras que nos dizem que ele nos ama, há tempos quando tudo isso é só algo no Livro, só doutrina. Mas é verdade? Ele me ama? Pode ser verdade em todas as outras partes, mas ele me ama?
Agora voltemos para essa palavra em Romanos 5:5 e temos a resposta no princípio e na substância. Perguntemos-nos: Como você e eu podemos saber que Deus nos ama, saber de uma maneira adicional ao que nos tem dito, ter uma apresentação intelectual da verdade do amor de Deus para o homem? Dir-lhes-ei uma maneira na qual vocês podem saber, e saber com muita certeza. Se você for um filho de Deus e recebeu o Espírito Santo (e lembra que o Espírito Santo é o Espírito do amor divino), então se você tiver uma reserva de amor para outro filho ou outros filhos de Deus, uma atitude crítica, uma suspeita ou prejuízo, em seu interior algo morre ou parece morrer. Seu gozo se vai, sente que algo está mau, e dentro de ti haverá um sentimento de pesar. Você se entristece, tem esse sentimento horrível de aflição em algum lugar no interior. Mas neste caso não é absolutamente você quem está se afligindo por causa desse desamor, mas há Alguém dentro de você que se entristeceu: há um soluço no centro do teu ser.
É assim como nós sabemos que Deus nos ama, que «o amor de Deus foi derramado em nossos corações». Quando entristecemos esse amor, sabemos que em nós o Espírito diz: «Eu não posso seguir em comunhão feliz contigo, eu me aflijo, eu sinto dor». É só o amor que pode ser afligido. As pessoas que não têm amor nunca se afligem, nunca se doem, nunca se ferem. Você precisa ter amor, e quanto mais sensível é o amor, mais percebe e vai se afligir quando as coisas não estão corretas.
O Espírito Santo é extremamente sensível nesta matéria do amor, porque essa é a sua característica suprema. Relembre, essa é a sua característica inclusiva. Paulo escreveu: «Mas o fruto do Espírito é amor…» (Gál. 5:22). Ele o pôs no singular. Teria sido um engano gramatical dizer: «O fruto do Espírito é amor, gozo, paz, paciência…», etc. Ele teria tido que dizer: «Os frutos do Espírito são amor, gozo, paz...». Mas ele disse: «O fruto do Espírito é – amor», e então ele continuou dizendo o que é o amor –«gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão, moderação». Se matar o amor, matas todo o restante; fere o amor e fere todo o restante. Você não pode ter os outros, sem a coisa inclusiva – o amor.
O Espírito, por conseguinte, é de maneira inclusiva e preeminente o Espírito de amor divino, e como tal ele é muito sensível e facilmente se entristece. «E não entristeçais o Espírito Santo de Deus» (Ef. 4:30) é a exortação. É assim que sabemos como Deus nos ama – porque o amor de Deus em nós pelo Espírito Santo sofre pesar quando o amor é prejudicado.
De novo, há muitas coisas que o inimigo assinala e nos diz que são evidências de que o Senhor não nos ama. Da minha parte, eu tenho que ter alguma prova interior, uma prova viva, algo claro dentro de mim que me demonstre que Ele me ama; e esta é uma das formas que eu aprendi que Deus me ama – que se eu disser ou fizer algo que é contrário ao amor, terei um tempo terrivelmente mau. O amor de Deus por mim é tocado, afligido, quando eu violo esse amor, e em seguida eu fico consciente do fato. Tudo está ligado a isso. Não irei a nenhum lugar até que diga: «Senhor, me perdoe, arrependo-me, confesso esse pecado»; e assim veremos tudo esclarecido e não haverá repetição do fato. Envolve todo o caminhar com Deus, afeta à própria relação com Deus. Precisamos estar sensíveis ao Espírito de amor para que nossos lábios e corações sejam purificados pelo fogo do amor, e para que não nos seja fácil abrigar um espírito crítico e desconfiado. Nunca conseguiremos ir a nenhum lugar com Deus se houver algo assim.
A vida de oração afetada pela falta de amor
O amor toca cada aspecto das nossas vidas. Toca nossa vida de oração. Nós não podemos perseverar em oração se não houver amor; e quanta necessidade temos hoje de homens e mulheres que possam orar; não de pessoas que dizem orações, mas não oram. Não queremos desprezar nenhuma oração, mas Oh, nós necessitamos de homens e mulheres que possam perseverar orando, que possam nos levar à presença de Deus, agarrem-se a ele e consigam estabelecer uma situação mediante a oração. Nunca poderemos fazer isso a menos que se afirme esta relação básica com Deus, expressando-se em amor por todos aqueles a quem ele ama, não importa o que eles sejam nem quem sejam. A vida de oração será interferida, e a Palavra de Deus se fechará para nós. O Senhor não seguirá se rompermos o fundamento.
Nós amamos, porque ele nos amou primeiro
«Se Deus nos amou assim...». Podes perscrutar esse «assim»? Podes entender esse «assim»? Não, não podemos. «Deus nos amou assim» - então «nós devemos também nos amar»; e nós amamos, diz João aqui, porque Ele nos amou primeiro.Como destaquei em outra ocasião, pôr a letra «o» na Versão Autorizada é inexato. Ela não aparece na maioria dos manuscritos originais. Eu não estou seguro de que isso seja uma doutrina errada; mas certamente está fora de lugar no contexto. João não disse isso em sua carta. Ele disse: «Nós amamos, porque ele nos amou primeiro». Você diz que realmente não capta isso, e que seria mais preciso pôr o pronome «ele», e dizer: «Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro». Há literalmente muitos milhões neste mundo a quem Deus amou primeiro e eles não o amam; há multidões do povo do Senhor a quem ele amou assim, mas eles não o amam como deveriam amá-lo.
Não é lamentável dizer: «Eu não tenho o amor que deveria ter, até para Deus, e muito menos para com o seu povo e os incrédulos?» Nós não necessariamente o amamos porque ele nos amou primeiro. Quando temos uma apreensão mais plena do Seu amor por nós, então flui o amor por ele, mas aqui a ênfase inteira está no fato do amor – «Nós amamos, porque ele nos amou primeiro». O desafio está ali. A medida do meu amor a outros é a medida de minha apreensão do amor de Deus por mim. Eu nunca poderia ter uma apreensão adequada do seu amor por mim, e não amar os outros. Oh, se na verdade fôssemos constrangidos pela grandeza do amor de Deus por nós, como poderíamos assumir uma atitude de juízo para o erro, o equívoco, ou até o pecado de outro filho de Deus? De maneira nenhuma! É nisto que conhecemos o amor de Deus, em que amamos os irmãos. Eis aqui a prova de nossa apreensão, a prova da nossa relação, e a base de tudo para um filho de Deus.
Crescimento na base do amor
Para eu crescer espiritualmente, só é possível na base do amor. Nunca crescerei porque alcanço muito mais ensino. Você não cresce pelo ensino. Essa é a tragédia de assistir às conferências – que você pode assistir a elas por anos e anos e ainda permanecer na mesma medida espiritual, e nunca crescer: não fazendo nenhuma contribuição efetiva à medida de Cristo na igreja, não contando nada mais senão com o que fez faz anos na batalha espiritual. Todo o ensino não significa necessariamente que você cresce. É necessária como base, mas nós crescemos através do amor. Não permita que alguém pense que pode prescindir do ensino e ter o amor e ir bem em tudo. Essa seria uma total contradição da Palavra. O ensino tem o seu lugar, é absolutamente necessário; mas se eu tiver tudo e não tiver amor, nada serei (1ª Cor. 13). Assim que tudo está baseado nisto.
O amor de Deus, não o amor natural
No entanto, para que inadvertidamente não interprete mal o que estou dizendo, devo insistir que eu estou falando sobre o amor de Deus. Não pense que falo a respeito de uma disposição generosa, um temperamento magnânimo, da classe de pessoas que procedem dessa maneira e que não podem suportar os outros, mesmo que há um tremendo problema espiritual em jogo. Nunca algo como «a verdade em amor» (Ef. 4:15) por temor de algo desagradável. Esse não é o amor ao qual me refiro. Este amor não é um amor temperamental.
As pessoas que são desse tipo, magnânimos, de disposição generosa, podem descobrir que aquilo é derrubado ao enfrentar uma situação espiritual na qual nenhum temperamento natural é suficiente. Eles podem ter que ser provocados para manter-se em pé. Aqueles que nunca ficaram zangados podem ter que ser sacudidos para encolerizar-se. As pessoas que sempre cedem antes de expressarem o seu desgosto, podem ter que ser cortados pela raiz. O amor de Deus pode exigir algo como isso. Por outro lado, aqueles que não podem mostrar absolutamente essa disposição generosa e magnânima, pelo amor de Deus e um coração e nova natureza, transformam-se no que são agora temperamentalmente. Isto do qual falamos não está absolutamente em um terreno natural – o que somos ou o que não somos.
O amor de Deus triunfante sobre o mal
O que eu estou dizendo é que o amor de Deus é um amor poderoso, vitorioso, que triunfou por sobre algo imenso. O amor de Deus que vem a nós de Cristo vem dele como crucificado. Flui a nós da Cruz, das suas feridas, do seu lado rasgado. Esse amor veio contra as coisas mais horríveis neste universo que o rejeitou, e os venceu. Não era uma boa disposição que olhava benignamente sobre todo o mau e o desculpava. Oh não! Veio contra a ferocidade do anti-amor, o anti-amor de Deus neste universo, e o venceu. O Calvário foi o poderoso triunfo do amor de Deus sobre tudo o que lhe opôs, e é esse tipo de amor que nós temos que ter, um amor vitorioso, triunfante.
É, em certo sentido, um amor terrível. Vem contra aquilo, rompe-o e o destroça; tudo tem que submeter-se diante dele. As coisas não se abaterão diante da nossa amabilidade humana, são coisas do diabo, coisas realmente malignas e antagônicas a Deus; mas elas cairão diante do amor provado, demonstrado, o amor que tudo suporta, o amor paciente e sofredor. É possível que tenha que esperar um tempo longo, sofrer muito, suportar muito, ver seu amor ignorado e até resistido. Dá-lhe tempo, e tudo sucumbirá diante do amor divino. É o amor de Deus que tudo suporta o que nos tem ganho. Essa não é a coisa mais profunda que há em seu coração? Está no meu – a paciência infinita do amor divino. É um tremendo amor. É um amor poderoso, um amor vitorioso.
Não há ministério verdadeiro sem amor
Há um desafio neste amor de Deus para nós. «…nós devemos também...». É um desafio. Nada é possível, exceto quando o amor de Deus for derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.
Voltemos para o ponto de partida. Se alguma vez você for exercitado por Deus em qualquer ponto, será nesta matéria. Se está interessado em ser útil ao Senhor, em qualquer capacidade –como um pregador, um mestre, uma testemunha pessoal–, me permita te dizer que nada de utilidade é possível ao Senhor a não ser se for apoiado no amor de Deus que foi derramado em nossos corações. Deve ser neste amor do Espírito Santo pelas pessoas que deveríamos ministrar – o amor, até dando as nossas vidas por eles, sofrendo até a morte por causa deles, o amor ao ponto de romper os nossos corações –uso essa expressão na forma muito deliberada– em favor das pessoas pelas quais tens preocupação espiritual e nas quais tens interesse espiritual; esse tipo de amor.
Nenhum ministério que não tenha nascido disto será um ministério para o Senhor; nenhum testemunho, nenhuma vida, se não estiver arraigada e afiançada no amor de Deus. Você pode ter todo o resto, uma massa de conhecimento bíblico, uma riqueza de instrução bíblica e informação doutrinária e muito mais, mas tudo isso não terá valor a menos que seu exercício seja no amor, em paixão, em um pulsar do coração com o coração de Deus por seu grande amor com que ele nos amou.
Traduzido do His Great Love, Chapter 4.
http://www.austin-sparks.net/english/books/001271.html
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