"Deus é espírito" - (Jo 4.24) - Deus é plenamente pessoal, mas não vive em um corpo ou por meio dele. Ele não está fechado numa moldura espaço-tempo como nós. Ele então, não é marcado pela desintegração pessoal (falta de concentração e controle), como nós - algo que o pecado produziu em nós.
Podemos meditar então no que se chama de infinidade de Deus - sua imensidade e sua transcendência.Ele não está limitado nem pelo espaço (Ele está continuamente em todo lugar em sua plenitude) nem pelo tempo ( não há um momento "presente", no qual Ele esteja contido) - (!Rs 8.27; Is 40.12-26; 66.1).
Como Ele mantém todas as coisas existentes, assim Ele tem todas as coisas em todos os lugares sempre diante de sua mente, cada qual em sua própria relação com seu plano e propósito tatalmente abrangente para todo item e toda pessoa em seu mundo (Dn 4.34,35; Ef 1.11).
Deus é totalmente consistente - ou seja, imutável - porque Ele é perfeito, Ele não pode mudar - não pode melhorar, e muito menos piorar. E porque Ele não está limitado no tempo, Ele não está sujeito a mudança, como todos nós (2Pe 3.8). É essa imutabilidade que garante sua fidelidade a tudo que tem dito em sua Palavra e ao Seu plano eterno (Nm 23.19; Sl 33.11; Ml 3.6; Tg 1.16-18). Entenda, é exatamente essa imutabilidade que explica porque quando as pessoas mudam sua atitude para com Ele, Ele muda sua atitude para com elas (Gn 6.5-6; Êx 32.9-14; 1Sm 15.11; Jn 3.10) - Ele não muda para se adaptar as mudanças, Ele permanece o mesmo - A idéia de que a invariabilidade de Deus envolve indiferença ao que se passa nesse mundo é o oposto da verdade. Ele não se adapta a novas realidades para continuar em comunhão com as pessoas. Porque Ele é imutável.
Os sentimento de Deus não estão fora do seu controle, como nossos muitas vezes estão - então é dito que Deus é impassível e insensível. Então o que Ele sente, como o que Ele faz, é uma questão de Sua própria escolha deliberada e voluntária. Deus jamais é nossa vítima no sentido de que o fazemos sofrer naquilo que Ele não tinha previamente escolhido sofrer. Apesar disso, são abundantes as passagens que expressão a realidade das suas emoções (Alegria, tristeza, ira, deleite, amor, ódio...). - Então é um grande equívoco esquecer que Deus sente - embora em forma de necessidade que transcende a experiência emocional de um ser finito.
As emoções, pensamentos e ações de Deus envolvem todo o seu Ser. Esta perfeita integração é chamada de "sua simplicidade". Como assim? Ela está em completo contraste com a complexidade e falta de integração de nossa própria existência pessoal, na qual, como conseqüência do pecado, não podemos concentrar a totalidade do nosso ser sobre qualquer coisa. Um aspecto maravilhoso de Deus, é que Ele simultaneamente dá total e indivisa atenção não apenas a uma coisa de cada vez, mas atodas as coisas e a todas as pessoas em todo lugar em seu mundo - passado, presente e futuro (Mt 10.29,30).
Ele é espírito - e Ele deve ser adorado "em espírito e em verdade" (Jo 4.24). Em "espírito" - ou seja, com um coração renovado pelo Espírito Santo. Não são rituais, movimento do corpo, regras devocionais... que constituem a adoração. Sem o envolvimento total do coração - algo que só o Espírito pode produzir, adoração é impossível. Em "verdade" - com base na realidade plena de Deus conforme revelada pela Palavra encarnada - Cristo. Antes de mais nada, a revelação de que nós somos pecadores indignos e de que Deus só é por nos em pelo ministério redendor em Seu Filho Amado.
Apesar da peregrinação "mística" - dos evangélicos a Jerusalém... Nenhum lugar da terra é atualmente determinado como centro de adoração. A habitação simbólica de Deus em Jerusalém foi substituída, quando veio o tempo (Jo 4.23), por sua morada na Jerusalém celestial, de onde Jesus nos ministra (Hb 12.22-24). No Espírito, e somente assim, "perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade" - não importa onde estejam (Sl 145.18; Hb 4.14-16).
Esta disponibilidade universal de Deus, é uma das boas novas do evangelho.
"Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono e a terra o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?" (Is 66.1).
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