O  céu será uma descoberta progressiva e infinita de mais e mais da glória  de Deus, com gozo crescente nele. Se a glória de Deus e o nosso gozo  são uma coisa só e, no entanto, não somos minutos como ele, a nossa  união com ele na experiência plenamente saciadora da sua glória nunca  pode ser completa, mas deve ser de intimidade e intensidade cada vez  maiores para sempre. A perfeição do céu não é estática, assim como não  vemos de uma só vez tudo o que há para ser visto - pois isso  corresponderia a limitar a revelação própria e gloriosa de Deus e,  portanto, o seu amor. Uma vez que não nos tornaremos Deus, sempre haverá  mais a descobrir, e o prazer crescente em Deus nunca terá fim.  
Edwards  declara essa verdade da seguinte maneira: "Suponho que não haja quem  possa negar que, ao glorificar os santos no céu com felicidade eterna,  Deus tem por objetivo satisfazer sua graça ou benevolência infinita,  concedendo um bem infinitamente valioso, pois é eterno. E, no entanto,  nunca chegará um momento em que se poderá dizer que agora esse bem  infinitamente valioso foi, de fato, concedido". Além do mais, ele diz, a  nossa ascensão eterna em intimidade cada vez maior com Deus será  crescente "ao longo dessa duração infinita, não com celeridade [isto é,  velocidade] cada vez menor (mas talvez até maior)... em sua altura  infinita, apesar de sabermos que jamais haverá determinado momento em  que se poderá dizer que ela tenha alcançado essa altura". Isso é o que  vemos como em espelho, obscuramente, em Efésios 2.7: "[Deus nos fez  assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus] para mostrar, nos  séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para  conosco, em Cristo Jesus" 
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