"Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus        fiel". Deuteronômio 7:9.      
A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura.        A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador.        A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É        travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração        que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências        da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará        a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de        Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna.        Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos        olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens,        e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos        que "Porque fiel é o que prometeu". Hebreus 10:23.      
Infidelidade é uma das características que se sobressai nestes        dias maus. Quem nunca sofreu nas mãos de homens infiéis? E,        onde está o homem que de uma maneira ou outra, não        seja culpado deste pecado? No mundo econômico quase todas as falhas        são resultado de devedores ou empregados infiéis. No setor        social, a infidelidade conjugal tem se tornado um terrível mal. Os        sagrados laços do matrimônio são rompidos com a facilidade        de quem joga fora roupas velhas. No mundo político, as promessas        antes das eleições são quebradas com a mesma facilidade        com que foram feitas. Nas negociações internacionais, os acordos        são considerados como simples folhas de papel. E no setor religioso,        a infidelidade é tão notável quanto em qualquer outro        setor. Multidões que professam crer na Bíblia ignoram grandes        porções dela, pronunciando outras partes como antiquadas,        e com explicações tentam desfazer o que está escrito.      
ENOJADO COM A HUMANIDADE      
Um repórter de um dos grandes noticiários americano, que        havia testemunhado a batalha de Alcazar numa Espanha regada pela guerra        e ensopada com sangue, ainda hospitalizado, falou com o chefe no outro lado        do oceano e disse: "Estou enojado com a humanidade". A raça humana        começou a se degradar no Jardim do Éden pela sua infidelidade        ao Criador, e pelo mesmo pecado, destrói a si mesma. Aqui está        uma pergunta com que podemos sondar o nosso coração: Temos        sido motivo de tristeza a outros por motivo de nossa infidelidade? Será        que esposa, marido, filhos, pais, vizinho, pastor, irmão, ou outra        pessoa qualquer já se entristeceu por nossa infidelidade? Lembre-se        que as lágrimas causadas por nosso maltratar são guardadas        no odre de Deus para serem evidência no dia de julgamento. Salmo 56:8.      
O DEUS FIEL      
Há alguém que é grande em Sua fidelidade. A fidelidade        é uma perfeição em Deus pela qual Ele é fiel        à sua Palavra e a todos os Seus concertos. Ele nunca quebra um contrato        consigo mesmo nem com Suas criaturas. O que Ele propôs, isto fará,        e o que prometeu, isto executará. A mentira é um dos pecados        que mais prevaleceu em todos os tempos. Foi o acreditar numa mentira que        arruinou toda a raça humana. Adão e Eva deixaram a Palavra        de Deus e seguiram o pai das mentiras. E todos os seus filhos seguiram no        mesmo caminho. Os filhos de Israel, literalmente rogavam, no passado distante,        aos profetas a pregarem mentiras a eles. Eles clamavam: "Não profetizeis        para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis,        e vede para nós enganos". Isaías 30:10. Em nossos dias, a        palavra mentira se camuflou com o termo "propaganda".      
Conta-se que em Sião quem fosse pego contando mentira teria a boca        costurada por três dias. O Irmão R. G. Lee diz, que se esta        fosse a lei aqui em nosso país, muitos homens de negócios        não poderiam atender ao telefone, e que muitas senhoras andariam        com lindos bordados na boca.      
A inclinação de contar e acreditar numa mentira é        um dos fatos mais surpreendentes na história da humanidade. Da boca        de um só Homem, nunca saiu nenhuma mentira. E este foi o Deus-Homem,        Jesus Cristo, a verdade encarnada. Isaías 53:9.      
DEUS É FIEL A SI MESMO      
A respeito de Deus lemos que "Se formos infiéis, ele permanece fiel;        não pode negar-se a si mesmo". 2 Timóteo 2:13. Isto significa        que Ele efetuará tudo o que propôs. Romanos 8:28 diz que tudo        opera para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito.        Lá na eternidade anterior, havia um povo que dantes conheceu e predestinou        a quem Deus propôs chamar e justificar e glorificar. Esta era uma        proposta secreta, conhecida somente por Deus. Não havia promessa        dada ao homem, pois este nem sequer existia ainda. Portanto, se Deus não        chamasse, justificasse e glorificasse os dantes conhecidos e predestinados,        Ele não seria fiel nem verdadeiro a Si mesmo. Seria como o homem        que se propôs a fazer uma coisa, e depois falhou por inconsistência        ou por incapacidade. Deus é fiel ao Seu próprio propósito,        e tem amplo poder para a execução de Seus planos. "E segundo        a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores        da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe        diga: Que fazes"? Daniel 4:35.      
DEUS É FIEL A SEU FILHO      
Existem certas promessas feitas a Cristo, que é simbolizado por        Davi espiritualmente, com a condição de que executasse Seus        deveres como Mediador do novo concerto. E Deus jurara não mentir        a Davi, isto é a Cristo, o Davi espiritual. Ele veria Sua semente        e o labor de Sua alma e ficaria satisfeito. Em relação ao        concerto da graça, do qual as três pessoas da Trindade fizeram        parte, não podemos fazer melhor que citar B. H. Carroll: "Antes de        haver o mundo, um concerto de graça e misericórdia foi feito        pelo Pai, Filho e Espírito Santo, cujas evidências são        plenas no N. T., e a parte a ser executada por cada um são claramente        definidas, a saber: A graça do Pai em concordar que seu o Filho viesse,        suas obrigações para com o concerto de dar uma semente ao        Filho, Sua presciência desta semente, Sua predestinação        da semente, e a justificação e adoção destes        em bom tempo. O concerto do Filho inclui a obrigação de assumir        a natureza humana em Sua encarnação, voluntariamente renunciando        à glória que tinha com o Pai antes do mundo? para tornar-Se        obediente até a morte e morte de cruz. A consideração        como esperança à Sua frente, induzindo-O a suportar a desgraça        da cruz, e o galardão dado pela obediência, foi Sua ressurreição,        Sua glorificação, Sua exaltação ao trono real        de sacerdote e Seu investimento com direito a julgar. E as obrigações        do Espírito Santo eram de aplicar Sua obra de redenção        em chamar, convencer, regenerar, santificar e levantar dos mortos a semente        prometida ao Filho. Tudo isto mostra que o plano de salvação        não foi um pensamento secundário; que as raízes dele        na eleição e predestinação estão tanto        na eternidade quanto da existência do mundo, e os frutos dele estão        na eternidade após o julgamento. O crente deve considerar esta corrente,        testar cada elo, sacudi-la e ouvir seu som, ligado de eternidade à        eternidade. Cada um que Deus escolheu é atraído pelo Espírito        a Cristo. Cada um predestinado é chamado pelo Espírito em        tempo, justificado em tempo e será glorificado quando o Senhor vier".      
A MORTE DE CRISTO NÃO FOI UMA EXPERIÊNCIA      
A morte de Cristo não foi uma experiência, incerta nos resultados.        A obra do Espírito Santo não é mera tentativa para        ver o quanto Ele pode efetuar. Jamais poderíamos aprovar a doutrina        dum Pai infiel, um Espírito Santo derrotado e um Filho decepcionado.        Cremos num Deus fiel, num Espírito Santo invencível e num        Cristo vitorioso. Spurgeon diz: "Creio firmemente que toda alma pela qual        Cristo verteu Seu sangue como substituto, Ele reivindicará como Sua,        e terá como Sua por direito. Amo esta verdade e deleito-me em proclamá-la.        Nem todos os poderes da terra ou inferno, nem a obstinação        da vontade humana, nem a profunda depravação da mente humana,        podem impedir Cristo de ver o labor de Sua alma e de ficar satisfeito. João        6:13-40.      
Mas, melhor ainda são as palavras proferidas pelos lábios        da Verdade em carne... ouçam-na: "Todo que o Pai me dá virá        a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque        eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade        daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que        nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último        dia". João 6:37-40.      
A BASE DE NOSSA SEGURANÇA      
A base da nossa segurança é a fidelidade de Deus a seu Filho.        "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de        seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor". 1 Coríntios 1:9. De acordo        com o concerto, Jesus Cristo teria companheiros. Pelo chamado de Deus (o        chamado eficaz do Espírito pela Palavra) fomos primeiramente admitidos        na comunhão com Cristo, e o objetivo final é nossa presença        com Ele na glória. E isto é garantido pela fidelidade de Deus,        que nos confirmará no fim (1 Coríntios 1:8), pois os chamados        serão justificados e glorificados. Os que Ele chamou e justificou        estão seguros enquanto Deus for fiel à Sua Palavra para com        o Filho. Livrar-se da correção depende da boa conduta do crente,        mas a certeza da glória se baseia na fidelidade de Deus para com        Seu Filho.      
"Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus        juízos, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os        meus mandamentos, então visitarei com vara, e a sua iniqüidade        com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade,        nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança,        não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por        minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência        durará para sempre, e o seu trono será como o sol diante de        mim". Salmo 89:30-36.      
Que firme fundamento para nossa fé! Nossa segurança não        jaz em nossa fidelidade a Deus, mas na fidelidade de Deus ao Seu Filho.        ALELUIA!      
DEUS É FIEL A SEUS SANTOS      
Deus fez promessas aos crentes pobres, fracos e entristecidos que creram        no Senhor Jesus Cristo e Ele, fielmente, cumprirá cada promessa que        fez. "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento".        Romanos 11:29. Isto significa que Deus é fiel às Suas promessas        do concerto, e não falhará na glorificação dos        que chamou. Todas as promessas de Deus em Cristo são "sim" (certas)        para que cada crente possa dizer "amém" à glória de        Deus. 2 Coríntios 1:20.      
PRESERVAÇÃO      
Deus é fiel na preservação de Seu povo. "Porque o        Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos, eles são        preservados para sempre". Salmo 37:28. "As minhas ovelhas ouvem a minha        voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna,        e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da        minha mão. Meu Pai, que, mas deu, é maior do que todos; e        ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai". João        10:27-29. Aquele que é preservado não tem o poder para guardar-se        a si mesmo. Os santos são fracos, mas são guardados pelo poder        de Deus. 1 Pedro 1:5. A promessa de Deus ao crente é a vida eterna.        E isto não significa existência eterna, mas favor ou justificação        eterno para que ele nunca mais fique debaixo da condenação.        João 5:24.      
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito,        e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para        a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual        também o fará". 1 Tessalonicenses 5:23-24. Aqui jaz a completa        santificação e livramento do pecado e isto pela dependência        do crente na fidelidade de Deus. Os chamados não são apenas        justificados, mas também glorificados, pois Deus é fiel. Deus        nunca chamaria os pecadores com o chamado eficaz de vida eterna para depois        deixá-los pelo meio do caminho que leva à glória. A        obra de Deus para com Seus santos é perfeita. Aqueles que fugiram        da tempestade da ira divina, têm a Palavra de Deus, e Seu juramento        como base de esperança, estas duas coisas sendo imutáveis,        nas quais Deus não pode mentir.      
DISCIPLINA      
Deus é fiel ao disciplinar Seus filhos. "Bem sei eu, ó Senhor,        que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade        me afligiste". Salmo 119:75. Aqui Davi submete-se à disciplina de        Deus e a aceita como justa e boa. Na teologia de Davi não havia lugar        para sorte nem chance. Ele cria que tudo o que acontecia, era ordenado por        Deus. Suas aflições foram grandes, mas ele via a mão        de Deus em todas elas, e acreditava serem para o seu próprio bem.        Ele ainda acrescenta que Deus era fiel em mandá-las. Deus estava        operando para o bem de Davi, e sabia o que ele necessitava. Deus é        tão fiel aos Seus em discipliná-los quanto em preservá-las.        Deus não é um Eli indulgente e infiel. Ele não permitirá        que Seus filhos pequem sem serem disciplinados. "O que faz uso da vara odeia        seu filho; mas o que o ama, desde cedo o castiga". Provérbios 13:24.      
Devemos louvar a Deus por Sua fidelidade em nos açoitar, a fim de        levar-nos de volta a Si mesmo e às veredas da obediência. Os        santos têm certas tendências das ovelhas e são propensos        a se desviarem. Deus é o fiel pastor que sabe usar a vara para levar-nos        de volta ao rebanho. Ouça a Davi, novamente: "Antes de ser afligido        andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra". Salmo 119:67. E        a doutrina permanece a mesma, seja no Velho ou no Novo Testamento. Em Hebreus        12:11, lemos: "E, na verdade, toda correção, ao presente,        não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz        um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela". Temos        esta gloriosa verdade escrita por um dos puritanos, Thomas Washburn (1606-1687):      
À medida que o santo cresce na sabedoria da verdade quanto a Deus        e ao homem, ele repudiará a si mesmo e admirará mais e mais        a Deus. Quando a verdade a respeito de Deus e do indivíduo se interiorizarem,        então faremos o que é justo, amaremos misericórdia,        e andaremos em humildade diante de Deus. Miquéias 6:8.      
Ó, quanto nós, Seus filhos comprados com sangue, devemos        ser fiéis Àquele que jamais faltará em fidelidade para        conosco! Isto é o que Ele requer de nós como mordomos de Seus        bens. Pouco importará quando morrermos, se tivemos riquezas e honras        neste mundo, mas importará grandemente se fomos fiéis ao nosso        Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes donde corram        águas de fidelidade em Seu serviço glorioso.       
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
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