João 4:23,24      
Quando pensamos em adoração a Deus, geralmente imaginamos        algo que emana de nós a fim de expressarmos louvor às qualidades        de Deus. Seja na música, serviço, oração ou        outra forma de expressarmos adoração, pensamos que louvor        é próprio de nós. A pergunta é: A adoração        verdadeira é produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos,        ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração        que Deus deseja receber do homem? 
O Que Significa a Palavra "Adoração"?
O dicionário Aurélio define adoração como culto        a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo        dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade);        reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio Eletrónico).        As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam        ajoelhar-se, prostrar-se (#7812, Strongs), como em Êx. 20:5. As palavras        que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar        a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou        prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica        (#4352, Strongs), como em Mat. 4:10 e João 4:24. Adoração        então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino,        que se expressa com ações singulares de reverência e        culto. 
Qual é a Base da Definição da Adoração        Verdadeira?
Seria um engano severo achar que toda e qualquer expressão verdadeira        de adoração é oriunda do homem. Do homem não        pode emanar a verdade pura. O homem possui um coração enganoso        e uma mente limitada (Jer 17:9; Isa 55:8,9). Essas duas coisas geram um        erro que não é percebido facilmente pelo homem, especialmente        quando a maioria ao seu redor está envolvida no erro (II Tim 4:3,4).        Não é sabedoria colocar base de sustentação        naquilo que é enganoso e limitado. Devemos usar o que é firme        e eterno. Se essa sustentação não vem do homem, tem        que vir do que não é contaminado pelo homem. Somente a        Bíblia, por ser dada pela inspiração do Espírito        Santo, é a base firme para estipular o que é a adoração        verdadeira. Se a Bíblia por escrito for a base; ela será        a base "mui firme" (II Pedro 1:19; Heb 4:12). Se as Escrituras        Sagradas forem a nossa única regra de fé e prática,        então tudo o que não concorda com elas será julgado        como falso (Isaías 8:20). Não é válido estipular        uma parte exclusiva da Palavra de Deus para a nossa sustentação        do que é adoração verdadeira, pois "Toda a Escritura        é inspirada e proveitosa" (II Tim. 3:16; Rom. 15:4). Por ser        a Bíblia completamente dada por Deus, é ela que define para        nós o que é a adoração verdadeira. 
As Naturezas Distintas da Verdade e do Amor
Existe verdade e a natureza dela é única, exclusiva e eliminatória.        A verdade proclama: "À lei e ao testemunho! Se estes não        falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles."        (Isaías 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrije, instrui, reprova        com o intuito de que haja aperfeiçoamento e obediência "boa"        (II Tim 3:16,17; 4:2-6). O ensinamento pela Palavra de Deus pode dividir        (Heb 4:12, "mais penetrante que espada alguma de dois gumes";        Mat. 10:34; Atos 14:1-4). Por ser a Bíblia entendimento        verdadeiro, aquele que retém as Suas palavras odiará todo        falso caminho (Sal 119:104, 128). Se pretendemos agradar a Deus, temos que        separar-nos dos que não andam segundo a verdade (ou na igreja - Rom        16:17; I Cor. 5:11; II Tess 3:6, 14; ou no mundo - II Cor 6:14-18; I Tim        6:3-5). Deus pergunta ao Seu povo: "Porventura andarão dois        juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). O apóstolo        Paulo indaga à igreja de Deus em Corinto, com todos os santos que        estão em toda a Acaia, "que sociedade tem a justiça com        a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que        concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel        com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?"        (II Cor. 6:14-16). As respostas são claras, pois a verdade é        única, exclusiva e eliminatória. 
Todavia, o amor, por natureza, é inclusivo. O amor (#26, ágape:        afeição e benevolência, Strong’s) é sofredor,        não se irrita, nem suspeita mal. Este amor bíblico sofre e        suporta tudo (I Cor 13:4-7) e cobre uma multidão de pecados (I Pedro        4:8). A natureza desse amor "ágape" dá valor àquele        que não o merece. Quando esse amor for ativo (#25, agapão,        amor num senso moral e social, Strong’s) a misericórdia reinará        (Rom. 9:25; Efés. 2:4). Podemos observar esse amor (#25) em ação:        Deus amou a Cristo (João 17:24) e o mundo (João 3:16), Jesus        amou os Seus discípulos (João 13:1; 15:9; Gal. 2:20; Apoc.        1:5), os discípulos devem amar os outros discípulos (João        13:34; I João 3:11-14; 4:7), os esposos devem amar as suas esposas        (Efés. 5:25,28; Col. 3:19) e nós devemos amar o nosso próximo        e inimigo (Mat. 5:43,44; Rom. 13:8,9). 
O servo que anda na verdade não precisa desistir de amar de jeito        nenhum. Mas há diferença entre o amor e a participação        do erro. O amor equilibrado andará junto da verdade, nunca em        oposição a ela (João 14:15). O amor verdadeiro        leva-nos a cuidar de todos os que estão no erro para que eles odeiem        o seu erro (Judas 1:23; Lev 13:56,57; I Cor 5:5; II Cor 6:14-18; Heb. 1:9;        12:5). O Apóstolo Paulo tinha amor pelo povo de Israel e este íntimo        amor desejou que eles andassem segundo a verdade (Rom 10:1; 11:14). Deus,        o Amor verdadeiro, levou nos à Verdade (Cristo) para nossa salvação        do pecado (Efés 2:4-7). Para podermos entrar no Amor (Cristo), nosso        erro tem que ser deixado de lado (arrependimento). Agora, para andarmos        em santidade, por amor a Deus, somos constrangidos à obediência        (II Cor. 5:14), a suportar um ao outro (Efés. 4:2) e a deixar o erro        (II Cor 5:14; 6:14-18). O andar em obediência tornou-se o nosso culto        racional em amor (Rom 12:1). O amor (#26, ágape), mesmo inclusivo,        é equilibrado pela verdade que é exclusiva. Somente existe        crescimento quando o amor é acoplado com a verdade (Fil. 1:9; Efés.        4:15, 16; II Pedro 1:5-7) pois o amor é o "vinculo da perfeição"        (Col. 3:14) e leva às boas obras (Heb. 10:24). O amor verdadeiro        não se isenta da fé, da justiça, da perseverança,        da piedade, da santificação, da obediência ou do poder        espiritual, mas é aperfeiçoado neles (I Tim. 1:5; 2:15; 4:12;        6:11; II Tim. 1:7; 2:22; 3:10; Tito 2:2; I João 2:5; 4:18; II João        6). Pelo amor aceitamos todas as pessoas como elas são, e, pelo mesmo        amor, encorajamo-las a andarem na luz pela verdade. Nisso entendemos que        o amor não é inimigo da verdade nem a verdade do amor. 
A Adoração Falsa Existe
1. Existe adoração sem santidade,        mas não é adoração verdadeira. Nos últimos        dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (Mat. 24:24;        II Tim 3:1-8). Os falsos adoradores têm somente uma        aparência de piedade (II Tim. 3:5), mas, na realidade, negam a eficácia        dela. Olhando além da aparência, as vidas públicas        e íntimas dos falsos adoradores revelam uma atração        maior e dominante para os deleites do mundo do que para agradar ao Santo        Deus (II Tim. 3:4). Eles carregam a Bíblia junto com eles, estudam-na        (II Tim. 3:7), mas eles não conhecem a obra do Espírito Santo        nas suas vidas (João 14:26; 15:26), que leva ao conhecimento        e à verdade (II Tim. 3:7) a ponto de seguir a verdade dos        apóstolos (II Tim. 3:10). Estes falsos adoradores querem somente        as coisas aprazíveis (Isa 30:10), as fábulas (II Tim 4:3,4)        e freqüentemente apregoam tradições de homens como se        fossem mandamentos de Deus (Mar 7:7,9). São réprobos quanto        àquela fé uma vez dada aos santos (II Tim. 3:8; Judas 1:3,4).        Resumindo, se o seu conhecimento da Palavra de Deus não o leva a        ter uma vida nova, que zela pela santidade, e uma santidade que influi tanto        a vida pública, quanto íntima, você ainda não        está adorando a Deus em espírito e em verdade. Se o fruto        do Espírito Santo não está evidente na sua obediência        à doutrina (II Tim. 3:10), você está exercitando-se        em adoração falsa. A adoração na forma correta        leva à substância da verdade e ao aperfeiçoamento real        (II Tim 3:16,17). Os que querem adorar em espírito e em verdade devem        afastar-se daqueles que não têm a eficácia da piedade        (II Tim. 3:5). 
2. Existe adoração com os lábios,        mas não com o coração. Tal adoração é        falsa. Essa adoração pode ter uma aparência impecável,        como se o povo estivesse chegando a Deus e assentando-se diante dele, como        sendo o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim,        seus corações seguem o pecado (Isaías 29:13; Ezequiel        33:31; Mat. 6:7; 7:21-23; 15:8; Atos 8:21). Isso é nada mais ou nada        menos que uma adoração falsa. Em Isaías 1:2-18,        o povo de Israel tinha holocaustos abundantes (v. 11-13), com uma aparente        aproximação de Deus (v. 12). Eles praticavam oblações        e reuniões solenes (v.13), orações constantes e o levantar        das mãos (v. 15), mas, em tudo disso, não tinha um        reconhecimento da grandeza de Deus nos seus corações, nem        uma obediência em amor (v. 15, "porque as vossas mãos        estão cheias de sangue"). Toda essa adoração,        que o povo aceitou largamente, era vista por Deus como iniqüidade,        vaidade, abominação, cansaço e maldade (v. 13-16).        Para revelar que aquela adoração não era adoração        aceitável diante de Deus, Ele escondeu os Seus olhos deles (v. 15).        A adoração ocupou todos os lábios do povo mas o coração        deles estava longe de Deus. Não há adoração        verdadeira se não tiver obediência de um coração        singular e temente a Deus (Jer 9:23,24). Tudo isso é uma lição        para nós (Rom. 15:4). Verifique a sua adoração. Está        mais nos lábios para com os homens do que no coração        para com Deus? Pode ser que os falsos adoradores andem religiosamente com        uma multidão bonita, mas tal adoração, para com Deus,        é uma iniqüidade, cansaço, vaidade e uma maldade. Quem        é que você quer agradar? Se quiser andar entre os adoradores        verdadeiros, peça que Deus sonde o seu coração e o        instrua no caminho eterno, Cristo no coração (Sal 139:1,23,24;        Prov. 23:26; Isaías 1:16-18). Somente aquela adoração        que vem de um coração sincero, preparado pelo Espírito        e estabelecido na verdade, é a adoração aceitável        ao Senhor Deus e praticada no céu (Josué 24:14; João        4:24; Apoc. 4:9-11). 
3. Existe adoração com a letra da lei,        mas não com o espírito da lei. Zelar pelas regras, mesmo as        mais rígidas e absurdas, em vez de inteirar-se com um espírito        da adoração, parece ser fácil. Isso acontece entre        os religiosos, com uma adoração falsa, e, até entre        os que têm a forma correta de doutrina. A igreja em Éfeso,        que era uma igreja com doutrina verdadeira, não foi corrigida por        zelar pela doutrina, mas por não incluir o espírito da adoração        na sua doutrina. Deixaram o seu primeiro amor (Apoc. 23:1-7). Se aconteceu        com aquela igreja naquela época, pode acontecer entre nós        hoje. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança        sincera de deixar Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem        aceitos. Religiosamente também. A cerimônia da sua adoração        era exatamente conforme a lei que Deus estipulava, mas, mesmo assim, era        uma adoração falsa. Por quê? Porque deixavam o espírito        da lei desfeito (Mat. 23:23). Na cerimônia (Mat. 23:1-12),        pela letra da lei, muitas vezes em adoração, faziam "prolongadas        orações" (v. 14), evangelismo fervoroso (v. 15), um dízimo        sério (v. 23) e vidas corretíssimas (v. 25). Todavia, com        todo o esforço expedido na sua adoração, o espírito        da lei foi contrariado. Deus, a Quem deviam praticar essas ações,        julgou-os hipócritas (v. 14), condutores cegos (v. 16), insensatos        (v. 17) serpentes, raça de víboras, (v. 34) condenadores (v.        35) e enganadores que invertiam valores (v. 19-22). Tais palavras de descrição,        revelam o grau de falsidade: quanto ao zelo e à letra da lei, esta        não era adoração verdadeira. A maior evidência        da sua falsidade foi quando a própria pessoa da Verdade presenciou        os que adoravam por meio da letra da lei, vindo a zangar-se. No fim da história,        crucificaram a Verdade, que cumpriu toda parte da lei (João 8:46),        para que pudessem continuar em adoração pela letra da lei        (Mat. 26:57-68; 27:1). Não podemos classificar como adoração        verdadeira aquela que dê primazia à letra da lei, ao abandono        do espírito da lei. Que tenhamos a adoração verdadeira        que é correta tanto em espírito quanto em verdade (João        4:24)! 
4. Existe adoração com ignorância da verdade        de Cristo e é tida como adoração falsa.        Jesus, na sua conversa com a mulher Samaritana, chegou a dizer-lhe que os        Samaritanos adoram o que não sabem (João 4:1-24,        v. 22). A instrução de Cristo é: se não esteja        adorando, em espírito e em verdade, a pessoa de Cristo, não        está adorando ao agrado do Pai (João 4:24). Os Samaritanos        eram Judeus também, mas uns Judeus que tinham linhagem e doutrina        consideradas poluídas pelos Judeus de Jerusalém (João        4:9, Zondervan Bible Dictionary, p. 747). Sendo Judeus, não eram        sem conhecimento intelectual do Messias, mas eram ignorantes de Cristo por        não O aceitarem como o Messias, igual aos Judeus em geral. A sua        adoração abrangia fatos e cerimônias, mas não        tinha o alvo correto: a pessoa de Cristo. Era sem a verdade de Cristo e,        portanto, a sua atividade religiosa era uma adoração ignorante        (João 4:22,23). Jesus disse que os Fariseus erraram na mesma maneira,        pois os seus ensinamentos exteriorizavam uma ignorância tremenda da        verdade de Cristo como o Filho de Deus (Mat. 22:29, "Errais, não        conhecendo as Escrituras"). Por não ser uma adoração        baseada somente na verdade de Cristo, todo o aparato religioso dos Fariseus        era classificado por Jesus Cristo como errado. O Apóstolo        Paulo notou também a existência de adoração com        ignorância entre outros povos. Em Atenas, capital da mitologia, não        faltava adoração. A adoração dos Atenienses        tinha forma, deidades, sacrifícios, tradição, lógica        e antigüidade. Todavia, pela inspiração do Espírito        Santo, tudo isso não era uma adoração mas uma superstição        (Atos 17:22,23) por ser dirigida "AO Deus DESCONHECIDO". Foi uma        adoração falsa e supersticiosa por ser falha com a verdade        da pessoa e obra de Cristo. Destes exemplos podemos aprender: Se a adoração        não está correta tocante à verdade de Cristo, é        adoração falsa. O eunuco de Etiópia atravessou países        em busca da adoração (Atos 8:27). Não obstante toda        sua sinceridade e esforço, ele não entendeu o tema das Escrituras:        o Cristo Jesus (Atos 8:30,31). Portanto, enquanto ignorante de Cristo, não        pode adorar a Deus verdadeiramente. Cristo é a Verdade Única        (João 14:6, "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém        vem ao Pai senão por Mim."). Foi Ele, por Deus, que foi estabelecido        como "sabedoria, e justiça, e santificação, e        redenção; para que, como está escrito: Aquele que se        gloria glorie-se no Senhor" (I Cor. 1:30,31). Qualquer adoração        que não é centrada somente em Cristo, como Ele é apresentado        pelas Escrituras, é uma adoração falsa. O Apóstolo        João confirmou que a Sua pregação, e toda a sua adoração        resultante, era verdadeira por ser exclusivamente centrada na pessoa e obra        de Cristo (I João 1:1-4). O Apóstolo Paulo apelou para a autenticidade        da Sua pregação e, conseqüentemente, a sua adoração,        mostrando que ela era somente de Cristo, "segundo as Escrituras"        (I Cor. 2:1-5; 15:3,4). O Apóstolo Pedro substanciou a sua pregação,        e a sua adoração juntamente, como sendo verdadeira por ser        aquela que foi exclusivamente de Cristo. A sua mensagem foi testemunhada        por Cristo, pelo Pai e pelas Escrituras (II Pedro 1:16-21). Se conhecemos        Cristo pela obra de Deus, pelas Escrituras, e obedecemos à Palavra        de Deus para o agrado do Pai, estamos adorando o Pai como convém,        "em espírito e em verdade". De qualquer outra maneira a        nossa atividade de adoração é vista por Deus, como        ignorância, e portanto, falsa. Como vai a sua adoração?        É centrada somente na pessoa e obra de Cristo? Deus não dá        um prêmio pela adoração que é oferecida com ignorância.        Jesus ensinou que devemos ser humildes como uma criança para entrarmos        no reino dos céus (Mat. 18:1-4). Não deve ser interpretado        que humildade é ser sem conhecimento da pessoa e obra de Cristo.        O oposto é a verdade. A humildade que Cristo ensinou significa não        confiar mais em outra coisa do que em Cristo, mesmo que a sociedade, tradição,        ou a lógica assim diga. Ser humilde como uma criança é        confiar somente em Cristo como o Salvador. Já O conhece pela fé,        uma fé que se revela arrependimento dos pecados e confiança        unicamente na pessoa e obra de Cristo? Somente assim a sua adoração        seria verdadeira. 
5. Existe adoração com sacrifício aceitável        ao homem, que não é em obediência à Palavra        de Deus, e, portanto, não é adoração verdadeira.        O Rei Saul foi instruído detalhadamente para destruir completamente        os Amalequitas. Todos os homens, as mulheres, as crianças e os animais        deviam ser destruídos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi        à cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo,        como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as        da segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul, terminada a        guerra, Samuel perguntou-lhe se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei        Saul disse que sim. Mas o balido de ovelhas e o mugido das vacas veio aos        ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupadas para serem oferecidas        ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma adoração        falsa, pois obedecer ao que Deus diz é melhor que qualquer sacrifício        que o homem possa pensar. O atender a voz do SENHOR é melhor que        a gordura dos carneiros ou qualquer outra oferta que o homem possa dar (I        Sam 15:3,8-9,14,21-22). É interessante notar que as ações        do Rei Saul tinham o aval do grande público. Todo o povo estava contente        por ter o estômago cheio, e, também por ter agora as riquezas        dos Amalequitas. O fato de humilhar ao rei pagão foi muito gratificante.        Todavia, apesar do grau de aceitação humana da ação        do Saul pelo povo, não foi em nada uma adoração aceitável        ao SENHOR. Apenas a obediência restrita à Palavra de Deus é        adoração verdadeira. Seria melhor se o Rei Saul obedecesse        exatamente à Palavra de Deus. Pela obediência explícita        à Palavra de Deus, manifestamos a nossa confiança em Deus.        Tal confiança é tida por Deus como adoração        aceitável, pois, pela fé que é vista em obediência,        Deus é santificado diante do povo. Por Moisés não subjugar        a sua carne diante do povo de Deus no deserto e por não reter a sua        reação de ira ao bater a rocha, que foi uma manifestação        de falta de fé, Deus não foi santificado diante do povo (Num        20:7-13). Em vez de ser uma adoração, para Deus foi uma indignação        (Deut. 1:37). Por essa falta de obediência explícita, Moisés        foi proibido de introduzir o povo de Israel na terra prometida (Deut. 32:51).        Seria bem melhor obedecer e fazer o que era correto a seus olhos. O povo        de Deus, em outra ocasião, movido pelo temor de Deus, obedeceu com        rigor à Palavra de Deus ao ficar silencioso quando marchou ao redor        de Jericó (Josué 6:8-11). O obedecer, sem dúvida, parecia        estranho, tanto para povo de Deus que marchava, quanto para o povo de Jericó,        que observava a marcha silencioso. Mesmo que essa marcha não fosse        um culto de louvor, Deus aceitou a obediência como uma manifestação        de confiança Nele foi mostrado o Seu Poder com uma grande vitória.        Foi melhor obedecer a Deus, que inventar astúcias que agradariam        ao homem por pouco tempo. Em Isaías 58:2-5, o povo inventou sacrifícios        que pareciam retos diante dos seus olhos, mas não eram aceitos por        Deus. A igreja de Sardes (Apoc. 3:1) também tinha atividades que        lhe agradaram, mas, para Deus, era uma igreja morta. Há muitos que        chamam o SENHOR de Senhor e fazem muita coisa boa, mas, para Deus, não        vale nada (Mat. 7:21-23). Estes casos de Rei Saul diante dos Amalequitas,        de Moisés às águas de Meribá, do jejum falso        de Israel, dos religiosos reprovados por Jesus e da igreja em Sardes nos        ensinam o que é adoração aceitável. Esse ensino        é: Quando obedecemos a Ele, em vez de fazer o que nós pensamos,        é melhor estarmos dando a Deus o sacrifício que Lhe agrada.        É a obediência que exalta Cristo na qual o Pai é glorificado.        (Mat. 5:16). Este é o sacrifício vivo (Rom. 12:1) que a Deus        é devido (I Pedro 2:5). Fazer justiça e juízo é        melhor do que sacrifício (Prov. 21:3; Sal 69:31), mesmo que não        seja o mais fácil. Vamos então perseverar explicitamente na        doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão,        e nas orações (Atos 2:41,42). A Deus é dada toda a        glória. Ele recebe toda a glória pela obediência correta        da Palavra de Deus (João 4:24). 
6. Existe adoração com intenção        pura mas não vale como adoração verdadeira.        Jesus explicou que viria um tempo em "que qualquer que vos matar cuidará        fazer um serviço a Deus" (João 16:2).        Este tempo veio acontecer não muitos anos depois. Encontramos Saulo        de Tarso, zelosamente perseguindo a igreja (Atos 9:1,2; 22:1-5). Em toda        essa perseguição à igreja, ele se julgava irrepreensível        segundo a sua religião, a Lei de Moisés (Fil. 3:4-6). Sem        dúvida nenhuma ele tinha as melhores intenções para        com Deus quando procurava a destruição do ajuntamento dos        crentes. Todavia, não obstante a sua intenção pura        e a sua devoção a Deus, era uma adoração falsa.        Depois da sua conversão ele entendeu as coisas bem melhor. Essa intenção        pura que antes julgava "ganho", depois do seu encontro com a Verdade,        ele julgou "perda" (Fil. 3:7, "Mas o que para mim era ganho,        reputei-o perda por Cristo"). Com o seu entendimento entendendo a Verdade,        ele julgou vãos os que têm "zelo de Deus, mas não        com entendimento" (Rom. 10:1-3). Nisso entendemos que existe adoração        que é movida somente pela intenção pura. Tal adoração        não é necessariamente uma adoração verdadeira.        Tal adoração não é com entendimento (Rom. 10:2).        Tais adoradores não conhecem nem o Pai, nem Jesus Cristo (João        16:3) e, portanto, não é adoração, segundo a        verdade. O homem pode honestamente desprezar Deus e o Seu Cristo e ainda        perder a sua alma. Convém adorar o Senhor Deus por Jesus Cristo.        Isso é adorar "em espírito e em verdade" (João        4:24). Os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e os quatrocentos        profetas de Asera (I Reis 18:19) eram sinceros na sua adoração        aos seus deuses. Eles achavam que serviam um deus pessoal, que podia ouvir        e responder-lhes. Isso poderia ser dito de todos os que vivem nas tradições        vãs que recebem de seus pais (I Pedro 1:18). Estes profetas de Baal        entraram de corpo e alma na sua adoração (I Reis 18:26-29).        Todavia, com todo os seus sacrifícios, e sinceridade, intenção        e boa fé, a sua adoração era completamente falsa, sem        nenhum vestígio de adoração verdadeira. Eles pagaram        caro pelo seu erro (I Reis 18:40). Não depende da sua intenção        a indicação da veracidade da sua adoração.        A intenção pura do homem, mesmo quando é dirigida a        Deus, não faz que o seu coração enganoso não        seja perverso (Jer. 17:9; Mat. 15:19). Quando o Rei Davi quis trazer de        volta a arca da promessa, ele tinha intenções puras. Ele e        todo o povo de Deus estavam empenhados em fazer o que achavam correto segundo        Deus. Tinham a intenção de levar a arca da terra dos inimigos        sujos e pagãos à terra de Deus. Eram empolgados com intenções        que eles consideravam santas e puras, mas não fizeram de maneira        correta. Eles não acharam errado misturarem a sabedoria humana no        meio da adoração à Deus. Eles pensavam que tudo isso        seria aceitável e agradável a Deus. Porém, mesmo com        intenções puras na sua adoração, Deus ministrou        morte entre eles (II Sam 6:1-8). Isso não foi um caso isolado, pois        encontramos os religiosos em Mateus 7:15-23 aconteceu a mesma maneira. Na        adoração verdadeira, a intenção do homem não        é o que vale mais. É a obediência da Palavra de Deus        em amor. Não deixe a sua boa intenção enganar você.        Deus quer que o adoremos pela obediência de Jesus Cristo para a nossa        redenção e, pelo Espírito Santo obedecer à Palavra        de Deus. Não precisamos ser ignorantes nesse assunto, pois Deus já        nos revelou como Ele quer ser adorado: "em espírito e em verdade"        (João 4:24). 
 Nenhum destes seis exemplos, apesar da sua aceitação por        parte do povo, foram aceitos por Deus. Eram abomináveis e desobedientes.        A adoração falsa é repreendida por Deus, e, às        vezes, até à morte. Agora estamos informados de que aquilo        que nós queremos naturalmente dar ao Senhor pode ser uma abominação        para Ele. 
 Em verdade, a adoração verdadeira não é aquilo        produzido pelo homem, é dado, com os devidos merecimentos, ao único        Deus vivo e verdadeiro. O que é produzido pelo homem é contaminado        pela natureza do homem, pelo pecado, e pela mente limitada do homem. 
A Adoração Verdadeira Existe João 4:23,24
Parte I - "Em Espírito"
É muito claro que Deus o procura no assunto de adoração.        Deseja Deus ser adorado por aquilo produzido por Ele. Isso seria uma adoração        em "espírito e em verdade". O que cria confusão        entre os que querem adorar O SENHOR é tanto a teoria quanto a prática,        de adorar em espírito. Podemos entender melhor este assunto, se entendêssemos        o próprio espírito do homem. 
O Espírito do Homem Natural e a Adoração Verdadeira
O homem natural (I Cor 2:14; 15:46), o primeiro Adão (I Cor 15:45);        ou seja, o pecador não salvo, não pode adorar o Senhor verdadeiramente.        Ele é morto espiritualmente. Quando Deus falou a Adão e a        Eva, no Jardim do Éden, "certamente morrereis" (Gên.        2:7), se comerem do fruto proibido, eles morreram para com Deus, que é        uma morte espiritual (Gên. 3:6; Efés 2:1; I Cor 2:14). Agora        o filho natural de Adão é morto para com as coisas de Deus.        Portanto, diante de Deus, o pecador é filho da desobediência        (Efés 2:2), inimigo de Deus (Rom 8:7) e separado de Deus (Isa 59:1,2).        Por causa do seu estado espiritual, o pecador não tem entendimento        espiritual (I Cor 2:14). Não há nada que vem naturalmente        do espírito do pecador que pode agradar a Deus (Jer 13:23; Rom 8:8;        João 3:3-6; 15:5). O primeiro Adão é apenas um ser        terreno com uma alma vivente, mas sem um espírito vivificado para        com Deus (I Cor 15:45-47). Ele vive segundo a sua natureza pecaminosa, o        que a Bíblia determina "o homem velho" que se corrompe        pelas concupiscências, ou os desejos carnais (Efés 4:22; I        João 2:16; Rom 6:6). Isso quer dizer que aquilo que o homem natural        faz segundo o seu coração enganoso (Jer 17:9) é para        satisfazer suas concupiscências, e por elas, é corrompido.        Mesmo na esfera de religião o homem natural não agrada a Deus,        pois não habita bem algum na carne (Rom 7:18). 
O homem natural, que é um descrente, pode vestir-se com religião        e moralizar suas ações diante dos homens, mas, mesmo assim,        não ser vivo para com Deus, ou não ser espiritual, não        agrada Deus de nenhuma maneira (Mat. 7:21-23; Luc 6:46; 11:39-44; João        4:22; Atos 17:22-24). 
O Espírito do Homem Novo e a Adoração Verdadeira
O homem espiritual (I Cor 2:15; 15:46) é feito espírito vivificado        através da obra do último Adão (I Cor 15:45). O último        Adão é do céu e é espírito vivificante        (I Cor 14:45-47). O pecador arrependido e crente em Cristo pela fé,        é feito um homem novo e espiritual. Este homem novo pode adorar o        Senhor em espírito verdadeiramente. Pode ser uma nova criatura, este        homem novo é adotado na família de Deus, feito filho de Deus        (Gal 4:5; I João 3:1,2) amigo (João 15:15) e nunca mais pode        ser separado de Deus (Efés 2:14). Este novo homem está com        entendimento espiritual (I Cor 2:15), é espiritualmente vivo (João        3:16; 10:28; Efés 2:1) e não pode pecar (I João 5:18).        Todas essas bênçãos espirituais nos lugares celestiais        estão confirmadas por Jesus Cristo (Efés 1:3; João        3:16). O Espírito de Deus habita no corpo desse homem que foi feito        novo (I Cor 6:19; II Cor 6:16) e faz com que ele seja agradável a        Deus por Jesus Cristo (Efés 1:6). O cristão, que é        vivificado espiritualmente, é chamado um novo homem (Efés        4:24) e tem um homem interior (Rom 7:22). Esse novo homem é criado        por Deus em verdadeira justiça e santidade (Efés 4:24; Col.        3:10). É assim que os Cristãos podem adorar a Deus corretamente        "em espírito". 
O pecador regenerado no seu espírito tem prazer na lei de Deus (Rom        8:22) e anseia ser obediente a Deus, pois é feito conforme a imagem        de Cristo que foi obediente em tudo (Rom 8:29; João 17:4; Fil. 2:8).        Esta nova criatura é evidenciada pelos desejos santos e ações        de obediência. Pela nova natureza feita por Deus, através de        Jesus Cristo pelo Espírito Santo, os frutos da santidade serão        vistos (Gal 5:22; Efés 4:24). Os frutos desta santidade são        separação de tudo o que é imundo (Sal 97:10; 119:104;        Prov. 8:13) para viver em obediência à Palavra de Deus (Efés        2:8-10). A adoração verdadeira consiste em uma vida separada        do mundo e uma crescente obediência à Palavra de Deus. 
Resumo: A adoração "em espírito" é        muito mais que um cântico bem cantado, ou uma aparência de santidade,        uma concordância de observar uma lista de regras para a vida, ou um        sentimento de bem estar. A adoração "em espírito"        é um estilo de vida para com Deus, que deseja ser conforme o Seu        Filho. Esse estilo de vida espiritual resulta em uma apresentação        dos nossos corpos em sacrifício vivo para expressar pública        e continuamente uma vida santa e agradável a Deus (Rom. 12:1,2; Gal.        2:20). 
Estás com o principal de uma vida espiritual, o Cristo? Somente        com Ele seremos agradáveis a Deus. Somente por Ele temos o espírito        vivificado pelo qual Deus deseja ser adorado. 
Como o Cristão Adora "Em Espírito"
Por ter o Cristão um espírito vivificado e ainda ter o pecado        nos seus membros da carne, há conflitos. Uma natureza deseja os prazeres        da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justiça e santidade        (Rom 7:23,24). Tentações vêm ao crente através        da sua carne (I Cor 10:13; Tiago 1:13-15). A vitória sobre essas        tentações é por Jesus Cristo pelo espírito vivificado        (Rom. 7:25; I João 4:4). O crente é justificadopurificado no seu viver        no mundo (I João 1:9; Prov. 4:18).  eternamente        por Jesus Cristo (João 3:16; 10:28,29; Heb 9:12, "eterna redenção"),        mas vive confessando seus pecados para ser 
Só o que é produzido do alto é aceito por Deus, pois        o que o homem natural produz é sujo. Para podermos adorar a Deus        verdadeiramente, tem que ser "em espírito", pois é        este que é movido e feito por Deus no crente. Só aquele        que é separado do mundo, é obediente à Palavra de Deus.        A adoração, que é baseada nas emoções        da carne, e movida pelas maneiras e métodos extra-bíblicos        (os métodos inventados pelos homens que não são apoiados        pela Bília) ou anti-bíblicos (os métodos inventados        pelo homem que são contrários aos princípios da Bíblia),        mesmo que sejam dirigidos a Deus, é uma adoração vã        e não aceita por Deus, pois não foi produzida por Ele.        O que Deus aceita é feito por Ele e é evidenciado pela santidade,        silêncio, temor e por uma obediência crescente (Sal 97:10; Hab.        2:20; Mat. 7:21; Rom 8:27; Fil. 1:6; 2:13). 
O homem que cultiva uma sensibilidade ao temor de Deus nos seus pensamentos,        na fala, na vestimenta, no estudar, no trabalhar e no adorar e é        levado a obedecer a Palavra de Deus onde quer que seja, no lar, na sociedade        ou na igreja, esse é o homem que adora Deus "em espírito".      
A adoração que agrada a Deus não é        produto dos esforços do homem natural mas é fruto do Seu Espírito        que está no homem novo. Isso é o que significa "adorar        em espírito". 
Parte II – "Em Verdade"
O que é a Adoração "Em Verdade"?
Mesmo que este estudo sobre a adoração verdadeira seja dividido        em dois pontos ("em espírito" e "em verdade")        devemos entender que não existe um sem o outro. Importa a Deus que        os que O adoram O adorem tanto "em espírito" quanto "em        verdade" (João 4:24). Se procuramos adorar o Senhor em só        um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas estes dois pontos podem,        para maior clareza, ser estudados separadamente. 
Não Existe Adoração Verdadeira sem a Verdade
O homem sempre precisa de um equilíbrio. Por ter o homem Cristão        as duas naturezas, (uma pecaminosa e uma santa, Gal. 5:17), a influência        que a natureza pecaminosa pode exercer no crente precisa ser sempre lembrada.        Por esta razão existem tantos versículos na Bíblia        sobre a necessidade do Cristão ser vigilante e sóbrio (I Tess        5:6; I Ped 5:8), despertado do sono (Rom 13:11-14) e ser espiritual (Mat.        26:41; Gal 5:16,17,24-26; Efés 5:14-21). Também, por ter um        inimigo astuto, cheio de ardis (Gên. 3:1; II Cor 2:10,11; Apoc 12:9),        incansável (I Ped 5:8), que arma lutas espirituais contra nós        (Efés 6:11,12) precisamos de um alicerce forte, o qual possa nos        restabelecer nos conflitos espirituais. 
A Palavra de Deus é o equilíbrio em que o Cristão        precisa. Ela é a verdade que santifica (João 17:17),        é mui firme, e, portanto, devemos ser atentos a ela (II Pedro 1:19).        As Escrituras Sagradas foram dadas pela inspiração do Espírito        Santo e não produzidas por vontade de homem algum (II Pedro 1:20,21)        e, por isso, nos preparam perfeitamente para toda a boa obra, inclusive        a adoração (II Tim. 3:17). A Palavra de Deus é viva        e, portanto, eficaz em todas as épocas e para todos os povos a fim        de dirigi-los ao que agrada à Deus (Heb 4:12). O equilíbrio        de que o Cristão precisa no meio da mentira e engano sagaz que opera        ao redor dele (Heb 12:1; Efés. 6:12) é a Palavra de Deus (Sal        119:105). Ela é o que nos aperfeiçoa para a defesa (Efés        6:13-17), a resistência (I Ped 5:9) contra todas as astutas ciladas        do diabo e de todo o engano dos nossos próprios corações        (Sal 119:130; I Tim 3:16,17). É pela verdade que os espíritos        são provados (I João 4:3; I Tim 4:1) e não pelos pensamentos        manipuláveis ou emoções enganadoras da natureza humana.        De fato, a Bíblia é a única regra de fé        e ordem para o crente e isso vale também para o assunto de adoração.        Não há adoração verdadeira quando a Palavra        de Deus não é cuidadosamente obedecida, tanto na sua letra        quanto no seu espírito. 
A Palavra de Deus leva o Cristão à imagem de Cristo para        poder adorar "em verdade". O Cristão que adora "em        verdade" conforma-se com Cristo, pois Cristo é a própria        Verdade (João 14:6). O que Deus produz por Seu Espírito traz        a lembrança, tudo o que Cristo ensinou (João 14:26) e que        verdadeiramente testifica Cristo (João 15:26). O Espírito        do Senhor, pela Palavra de Deus, transforma-nos, de pouco em pouco, EM imagem        de Cristo (II Cor. 3:18). A adoração verdadeira nunca pode        agir contrária aos ensinamentos de Cristo ou exemplificar outra vida        se não a de Cristo. A adoração verdadeira deve ser        "em verdade", e Cristo é a verdade. Tudo que agrada a Deus        deve ser em conformidade com Seu Filho, pois pelo Filho o Pai é comprazido        (Mat. 3:17 ; 17:5). Tanto mais em conformidade à imagem de Cristo,        mais perfeita é a nossa adoração. Deus não        procura invenções sinceras ou espertas com que o homem qualquer        possa se empolgar em manifestar, mas Ele se compraz em Cristo (Mat. 17:4,5).        Deus não se contenta nem um pouco com aquela adoração        que é movida pelo raciocínio de homens bem intencionados,        mas isentos da verdade (João 18:10,11). Deus somente se contenta        com aquela adoração que bebe fundo em obediência ao        cálice que Ele dá. Deus não é agradado em nenhuma        maneira pela compaixão humana que não é dirigida pela        verdade da Palavra de Deus. Deus se agrada naquilo que nos torna iguais        a Cristo, naquilo que entenda as coisas que são de Deus (Mat. 16:21-23;        I Cor. 2:16). Cristo é o alvo e o meio de toda a adoração        verdadeira. Você está se tornando mais e mais a imagem de Cristo?        Somente assim se pode prestar adoração verdadeira. 
Não há Espiritualidade sem Obediência
Excluir a obediência à Palavra de Deus ou não ser conforme        a imagem de Cristo seria uma abominação para Deus a Quem queremos        adorar (Luc 6:46). Substituir as Escrituras Sagradas por algo diferente        também é abominação (Mar 7:7; Tito 1:14). Há        uma multiplicidade de atrativos para afastar o Cristão de uma adoração        verdadeira. Há fábulas ou genealogias intermináveis        (I Tim 1:4; 4:7) ofertas vás, incenso, observação de        luas novas e sábados (Isa 1:13,14). Mas tudo isso tende a adicionar        algo à Palavra de Deus, em vez de seguir a sua pureza (Prov. 30:5).        Não devemos procurar melhorar a verdade (Deut 12:32; Apoc        22:18,19) mas devemos apenas observá-la. Uma atenção        sensível, um estudo constante, a meditação contínua        em conjunto com uma obediência temente à verdade, a Palavra        de Deus é essencial para adoração verdadeira.        Não podemos separar a adoração espiritual da adoração        prática (obediência). O próprio Espírito Santo        é chamado o Espírito da verdade (João 14:17; 15:26;        16:13) que nos aponta a Cristo que perfeito e espiritual mostrou a Sua espiritualidade        pela Sua obediência (Fil. 2:8; João 14:11). É certo        que podemos ser menos espirituais que o próprio Cristo, mas de nenhum        modo podemos ser tão espirituais a ponto de tornarmos a minuciosa        obediência à verdade uma desnecessidade. 
A Obediência Verdadeira é Espiritual
Deve ser enfatizado que podemos ter obediência sem espiritualidade.        Os que crucificaram Cristo cumpriram a Palavra de Deus completamente, mas,        mesmo sendo obedientes, não operam com desejo de adorar o Senhor        por amor (Atos 2:21,22; 4:27,28). Demônios crêem na verdade,        mas não adoram o Senhor segundo a operação do Espírito        Santo (Tiago 2:19). Os Fariseus obedeceram à lei a risco, mas não        entraram no reino de Deus (Mat. 5:20). Se vamos servir ao Senhor, a obediência        deve ser segundo o Espírito em amor (Oséias 6:6; Miquéias        6:8; Apoc. 2:4,5). 
Deve ser lembrado que podemos ter intenção sem uma obediência        completa. Pedro tinha intenção pura, tanto quando cortou a        orelha direita do Malco (João 18:10) quando repreendeu o Senhor Jesus        Cristo quando Este predisse Sua morte (Mat. 16:21-23). A igreja em Tiratira        tinha muito amor, mas era displicente com a obediência e isso trouxe        uma dura repreensão do Senhor (Apoc. 2:18-23). Se vamos servir o        Senhor, o nosso amor deve ser com obediência. 
Pelo estudo feito podemos entender bem melhor que o que Deus deseja é        a adoração "em espírito e em verdade", é        algo que nunca é produzido pelo homem, mas que vem somente de Deus.        É produzida pelo Espírito de Deus e é segundo a Sua        Palavra, para trazer os seus à imagem de Cristo (II Cor. 3:18). 
Bibliografia
Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana da Bíblia, São Paulo, 1994.
Concordância Fiel do Novo Testamento, Editora Fiel, S. José dos Campos, 1994
Dicionário Eletrônico Aurélio, v. 2.0, Junho 1996
STRONG, James LL.D., S.T.D., Exhaustive Concordance of the Whole Bible, Online Bible, Canada, v. 7.0, (http://www.onlinebible.org).
TENNY, Merrill C. The Zondervan Pictorial Bible Dictionary, Zondervan, Grand Rapids, 1975.
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TENNY, Merrill C. The Zondervan Pictorial Bible Dictionary, Zondervan, Grand Rapids, 1975.
      Autor: Pastor Calvin Gardner
Correção ortográfica e gramatical: Helen Flávia Meneguesso
Supervisão: Sylvia Jorge de Almeida 06/00
Correção ortográfica e gramatical: Helen Flávia Meneguesso
Supervisão: Sylvia Jorge de Almeida 06/00
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