- JÁ: DEFINITIVA E IRREVOGAVELMENTE LIVRES; NÃO AINDA: FINAL E PERFEITAMENTE LIVRES -
Romanos  6 e 7 ensina que ao confiarmos em Cristo como nosso . salvador, senhor e  tesouro de nossa vida, somos unidos a ele (Rm 6:5; 7:4). Nessa união,  morremos (Em 6:8; Cl 2:20; 3:3) e ressuscitamos (Rm 6:4; Cl 2:12; Ef  2:6). Portanto, definitiva e irre-vogavelmente surge nova criação (2Co  5:17) e acontece uma libertação (Rm 6:14,18). Passamos da morte para a  vida (eterna!). O juízo decisivo pelo qual deveríamos passar fica para  trás, no Gólgota (Jo 5:24). Somos transportados do império das trevas  para o reino do Filho de Deus (Cl 1:13).
Esses  capítulos também nos ensinam que nossa libertação do pecado ainda não é  final e perfeita, mas definitiva e irrevogável! O pecado ainda habita  em nós (Rm 7:17, 20). A maldade está presente (Rm 7:21). A "carne" causa  problemas a nossa alma diariamente (Rm 7:25). Ainda não somos  perfeitos, nem obtivemos nossa coroa e prêmio (Fp 3:12). Estaremos  mentindo se dissermos que não temos pecado (ljo 1:8,10).
Sendo  assim, como o apóstolo Paulo nos ensina a viver? Será que ele nos  diria: "Você é definitiva e irrevogavelmente uma nova criação, e pode  atravessar a vida sem ter de lutar de forma alguma para ser  transformado". Ou então: "Você não é definitiva e irrevogavelmente uma  nova criação, e deve, portanto, lutar para obter tal posição em Cristo".  Não, nenhuma dessas alternativas. Ele diria: Pela fé, receba em Cristo  tudo que Deus é para você e tudo que você é para sua glória. Creia  nisso. Agora, com tal confiança, lute para tomar posse do território que  Cristo já conquistou para você. Lute para tornar-se, na prática, o que  você é em Cristo. Aqui estão oito ilustrações dessa verdade:
1.       Declaração de mudança: Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Rm 6:14).
2.       Ordem para mudar: Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal (Rm 6:12).
3.       Declaração de mudança: E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rm 6:18).
4.       Ordem para mudar: Oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça (Rm 6:19).
5.       Declaração de mudança: Foi crucificado com ele o nosso ve¬lho homem (Rm 6:6).
6.       Ordem para mudar: Considerai-vos mortos para o pecado (Rm 6:11).
7.       Declaração de mudança: [...] vos despistes do velho homem com os seus feitos (Cl 3:9).
8.       Ordem para mudar: [...] vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano (Ef 4:22).
9.       Declaração  de mudança: [...] e vos revestistes do novo homem que se refaz para o  pleno conhecimento, segundo a imagem daque¬le que o criou (Cl 3.10).
10.     Ordem  para mudar: [...] e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus,  em justiça e retidão procedentes da verdade (Ef4:24).
11.     Declaração de mudança: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes (Gl 3:27).
12.     Ordem para mudar: Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo (Rm 13:14).
13.     Declaração de mudança: E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências (Gl 5:24).
14.     Ordem para mudar: Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências (Rm 13:14).
15.     Declaração de mudança: Como sois, de fato, sem fermento (ICo 5:7).
16.     Ordem para mudar: Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa (ICo 5:7).
Tomar  consciência desses fatos e aprender como andar com confiança (por causa  dessa mudança de vida) e com urgência (por causa da necessidade de  tornar-se uma nova criação) é o segredo da vida  cristã. Esta é a maneira como o apóstolo Paulo viveu,e a expressou da  seguinte forma: "Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a  perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui  conquistado por Cristo Jesus" (Fp 3:12). Já fui conquis¬tado por Cristo,  mas prossigo em busca dessa conquista.
A  vontade de Deus para nós não é anular a frustração que temos por causa  da imperfeição, mas liberar a coragem proveniente da certeza do nosso  futuro nele. O ainda não nos torna humildes e vigilantes. Algumas vezes,  o caminho parece longo. O já, entretanto, nos faz confiantes e ousados,  lembra-nos de que o caminho, percorrido pelo próprio Cristo, é curto,  portanto, em Jesus, nós já estamos em casa. Enquanto vivermos, este será  o nosso chamado: uma ousadia quebrantada, confiança contrita. A imagem  de Cristo na Terra: o Leão e o Cordeiro.
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